segunda-feira, 29 de abril de 2019

Podemos acreditar! – Mensagem para o Dr. Kramer


Estimado Dr. Kramer,
Inicialmente, por curiosidade, depois por inequívoco interesse, li o estimulante ensaio “Can we believe?”. A fundamentação conceitual e teórica proposta é desafiadora e fascinante. A leitura trouxe-me à consideração lembranças dos dois anos em que morei em um país islâmico no Oriente Médio. Exponho, com a certeza de que deixo a esfera estratosférica a que o denso texto remete o leitor para rastejar nas sendas da realidade palpável, simples — assumindo os riscos de me enfurnar no que é simplista e simplório.
Ao receber a notícia da nomeação para a missão, no Irã, o território correspondente a uma boa parcela da antiga Pérsia, conheci um iraniano que morava na praia do Flamengo. Tive uma meia dúzia de contatos com ele. Achei que poderia aprender farsi, o persa moderno. Depois das tentativas iniciais, desisti por achar que — além do inglês, o idioma requerido — poderia utilizar melhor o tempo para completar a possibilidade de comunicação em francês. O contato surgiu porque ele ministrou algumas aulas no IME, onde eu tinha muitos amigos. Esse iraniano foi professor de arquitetura na Universidade de Teerã. Ele fez doutorado na Universidade de Roma e se caracterizava como um intelectual respeitável — no doutorado, teve aula com o Umberto Ecco, se não me engano em Filosofia do Direito ou Ética do Direito. Seu irmão era Vice-Ministro da Energia do Xá Reza Pahlevi. Quando o Khomeini tomou o poder em 1979, os três ou quatro irmãos abandonaram o país e se dividiram entre os Estados Unidos e Brasil. Em 2000, para encontrar os filhos, a mãe tinha que ir para a Turquia, pois se eles entrassem no Irã seriam presos. Então, entre os islâmicos, a generosidade é inequívoca, às vezes, interagindo com a ausência de lógica.
Meu motorista em Teerã era bahai, uma minoria perseguida naquele país. A secretária era filha de um diplomata iraniano que em 1979 era embaixador em Buenos Aires. Com a revolução islâmica, a família, que tinha vários funcionários públicos, foi reduzida a trapos. Meus antecessores na Embaixada do Brasil disseram que, por serem oponentes do regime vigente, os dois servidores eram confiáveis. Durante o tempo em que lá estive, viajei muito. Fui a Susa, Passárgada, Persépolis, margem do Tigre e Eufrates, fronteira com a Turquia e fronteira com a Armênia e Azerbaijão. Ressalto que fiz questão de ir a Passárgada, pois queria conhecer a possibilidade da beleza do impossível que, em outro contexto, relatou Bandeira. Nas viagens de carro ou aérea, eu me valia da certeza de que estava sendo seguido 24 horas por dia para garantir a segurança em locais conflituosos; porém eu nunca via os meus seguidores. Certa vez, em meu escritório, resolvi dizer, somente para a secretária, que por ser cristão iria a Jerusalém. Para os iranianos, Israel não existe; mas caso houvesse equívoco e existisse, precisaria ser eliminado. Nos dias seguintes à conversa com a servidora, passei a ser seguido de forma completamente ostensiva por um casal. O recado foi cristalino: se cumprisse meu intento de ir a Israel, seria expulso imediatamente. Os colegas francês e turco foram expurgados — o primeiro fotografou um prédio público; o segundo tentou comprar informação de um cidadão local. O francês deixou para trás um filho com três dias de vida — teve que sair em 24 horas. Como eu estava em face de conclusão da jornada, perdi o jantar de despedida, normalmente magnífico, que ele tinha me oferecido. Claro, a secretária e o motorista não poderiam ser confiáveis: o regime usava a ameaça à família para que eles relatassem tudo o que se passava com o adido militar e com os diplomatas. Individualmente, os islâmicos são muito elegantes, mas institucionalmente, são implacáveis.
Ao chegar em Teerã, aluguei a casa de um médico, professor da Universidade de Teerã. Fizemos amizade. Ele me relatou que um colega, também professor — com doutorado em Stanford, em energia das estrelas — era considerado um espécie de Einstein regional e fazia parte do programa nuclear iraniano. Por ocasião da guerra com o Iraque, houve um período em que o Irã estava em enormes dificuldades (foram mais de meio milhão de soldados mortos). O que fez o cientista? Organizou um batalhão de civis, sem treinamento e sem equipamentos, e foi para a guerra. Bem, ele e todos os seus comandados foram simplesmente dizimados. Ora, esse caboclo deveria permanecer atrás do chefe de Estado. Deveria ser o último a perecer. Fica evidenciado que a ambivalência islâmica comporta a genialidade e a irracionalidade, de forma razoavelmente equilibrada.
Saindo do cenário oriental, é imperioso não esquecer que os herdeiros de Goethe, Kant, Bach, Mozart et alnão souberam lidar com um certo cabo Adolfo. É relevante lembrar que os herdeiros de Caxias, Rio Branco, Rui Barbosa e Castelo Branco prevaleceram no Brasil mas não souberam lidar com a herança de Gramsci.
 À guisa de conclusão, o Dr. Andrew Klavan estatui: “... não há incompatibilidade entre a Fé Cristã e a Ciência. Ademais, a Fé que construiu o Ocidente pode ainda defendê-lo da dupla ameaça da religião arcaica e do cientificismo bárbaro. Em realidade, pode ser a única solução.”. Sem qualquer discordância, é razoável inferir, que uma virtude do magnífico ensaio é precisamente clarificar que o Ocidente — de forma similar aos alemães e brasileiros — não está sabendo lidar com os islâmicos. Uma parcela destes têm a cabeça atrapalhada, proliferam fora de padrões que a atualidade convencionou adequados e não há um único local do mundo onde haja comunidade islâmica que não tenha trauma, conflito ou pelo menos discordância exacerbada. Eles não se contentam em ser; querem que os outros também sejam, custe o que custar. Nesse sentido — e aí profiro uma tremenda blasfêmia —  há semelhanças entre nazismo, comunismo e qualquer outro ‘ismo’. Posso aduzir que a simples necessidade de um scholardo porte do Dr. Klavan tratar do tema é um indicador de que à visão conceitual e intelectual não estão correspondendo ações práticas eficazes. A realidade está atropelando os conceitos e o intelecto.
Bem, agradecendo pela oferta de matéria tão relevante, peço desculpas pelos atrapalhados garranchos. É difícil imaginar que alguém leu até aqui. Mas a questão primacial é que o cérebro humano contempla a atrapalhação e nem sempre contempla a possibilidade de agir de forma eficaz em face dela. Ademais, em qualquer circunstância humana, se a densidade de trapalhadas é grande, arquiteta-se o cenário do desastre inevitável. Claro, torço para que prevaleçam as asserções do autor do ensaio e que a paz e a harmonia sejam atingidas pelo Ocidente, com e a despeito do islamismo. Podemos acreditar, pois!
Saudações cordiais,
ARS

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O ensaio "Can we believe?", de Andrew Klavan, pode ser acessado em: 

Trata-se de um ensaio longo, porém denso, equilibrado, desafiador e fascinante!
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domingo, 28 de abril de 2019

Holocausto e Holodomor — direita ou esquerda? [3]


Do ponto de vista da lei da relatividade do Einstein, bem longe mas muito longe mesmo, a reta se encurva e aí a direita se encontra com a esquerda. Aqui por perto, o nazismo e o comunismo produziram o Holocausto e o Holodomor (seis milhões de mortos na Alemanha versus 5 milhões na Ucrânia), respectivamente. Então, conforme a física e a matemática, bem como a sociologia e a psicopatia, os dois sistemas são muito semelhantes e hediondos, e podem ser deixados onde prefiram permanecer — tão longe quanto a realidade imponha e a imaginação permita.

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sábado, 27 de abril de 2019

Entrevista com presidiário [5] - The Guardian


The British newspaper The Guardian published the article "Brazil governed by 'lunatics' and US 'lackeys', says ex-president Lula", with a report that the "PT" party people spoke to journalists from the newspapers "Folha de São Paulo" and "El País". Consequently, I spoke about the topic in the message transcribed below.
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The Guardian 
Dear Sir or Madam,

The interview mentioned in the article Brazil governed by ‘lunatics’ and US ‘lackeys’, says ex-president Lula” (The Guardian, April 27th) showed that the former Brazilian president — now convicted due to corruption and other crimes — never got consciousness of the recent transformation of politics in his country.
The governments of Mr Lula’s party (PT, the Workers Party) were characterized by corruption; participation of family members in illegal activities; and use of public financial resources in dictatorial countries, which could be used to save the life of children and old people in Brazil — among several others criminal actions.
The current government led by president Bolsonaro promised and is keeping the promises of fighting the corruption; of using his team (and his own family members) in projects to benefit citizens, including those with physical limitations; and of using of the public budget, in a rigorous manner, to reduce the unemployment, to improve the conditions of health, education and home, and to develop the infrastructure background of the country. 
The convicted Mr Lula never see, interpret and understand the differences between the former governments of his party and the present government.
There is no solution! Being arrested does not reach the goal of the condemnation, which is the recovery of Mr. Lula and the abandonment of criminal practice by him.
As a matter of fact, in a democratic state, a convicted never could have the freedom to be interviewed by media and criticize the system that convicted him, in a very fair judicial procedure — that could be performed by his lawyer and friend accomplices.
Similarly and in a reasonable and logical manner, the freedom should end when the criminal vocation prevails and the practice of crime begins. It's a judicial problem. So it’s time to get the Brazilian judicial system better. Thanks to the new government, it will be improved.
Best regards,
ARS

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[Versão reduzida para 300 palavras, conforme requisito para possível acolhimento e divulgação]


The Guardian
Dear Sir or Madam, 

The interview mentioned in the article “Brazil governed by ‘lunatics’ and US ‘lackeys’, says ex-president Lula” (The Guardian, April 27th) showed that the former Brazilian president — now convicted due to corruption and other crimes — never got consciousness of the recent transformation of politics in his country. 

The convicted Mr. Lula never see, interpret and understand the differences between the former governments of his party and the present government of Mr. Bolsonaro, which is committed with the fight against corruption and the development of good procedure in the public management. 

There is no solution! Being arrested does not reach the goal of the condemnation, which is the recovery of Mr. Lula and the abandonment of criminal practice by him. 

As a matter of fact, in a democratic state, a convicted never could have the freedom to be interviewed by media and criticize the system which convicted him, in a very fair judicial procedure — that could be done by his lawyers and friend accomplices. 

Similarly and in a reasonable and logical manner, the freedom should end when the criminal vocation prevails and the practice of crime begins. It's a judicial problem. So it’s time to get the Brazilian judicial system better. Thanks to the new government, it will be improved. 

Best regards,
ARS


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Entrevista com presidiário [4] - El Pais



No que concerne à entrevista concedida pelo ex-presidente Lula a jornalista da Folha de São Paulo e El Pais, encaminhei para o jornal espanhol a mensagem apresentada a seguir.

El Pais
Estimado señor o señora,

Em relación a la entrevista “Lula da Silva: ‘Sé muy bien qué lugar me reserva la historia’ ” (El Pais, de 27 Abr 2019), los lectores de esse diario deve llevar en consideración lo que sigue. 
Al ser condenado de manera injusta, el griego Sócrates tuvo la oportunidade de reverter la condena o de huir. Peferió ingerir la cicuta y contribuir para la creación de una civilization. El presidiario Lula, que ha estado leyendo mucho (según dicen, pero hay dudas ...) bien que podría ler “La Apologia de Sócrates” y aprender. 
Por supuesto, es muy difícil, necessita saber ler — e no apenas pretender; si lee, necesita interpretar; si interpreta, necesita conocer los valores humanos esenciales; si los conoce, necesita praticar-los; y para tanto, necesita corage. En suma, alfabetización, interpretación, principios, acción noble y bravura son aspectos humanos que el condenado de Curitiba desprecia y, desafortunadamente, ejerce influencia para que sus seguidores lo imiten. 
Además, en el Estado Democrático de Derecho, un encarcerado jamás podría tener la libertad de criticar el sistema que lo condenó — que lo hagan sus abogados y amigos cumplices. Y también, la libertad termina donde comienza la vocación, el gusto y la decisión por la criminalidad.
Cordiales saludos,
ARS

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Entrevista com presidiário [3] - Folha de SP


No que concerne à entrevista concedida pelo ex-presidente Lula a jornalistas da Folha de SP e El Pais, encaminhei para o diário paulista a mensagem apresentada a seguir.

Folha SP
Prezado Sr. / Sra.
A entrevista concedida pelo presidiário Lula da Silva comprovou de forma inequívoca que o malfadado ex-presidente jamais adquiriu a consciência da recente transformação política brasileira. 
Os governos do PT se caracterizaram pela corrupção; inserção de familiares de autoridades em ‘maracutaias’; e emprego de recursos públicos em regimes ditatoriais hediondos, recursos esses que poderiam ser destinados a salvar a vida de crianças e idosos — para citar apenas uma amostra de malfeitos. 
O atual governo liderado pelo presidente Bolsonaro prometeu e está cumprindo as promessas de rigoroso combate à corrupção; inclusão de familiares em atividades destinadas ao benefício dos cidadãos, especialmente, aqueles com limitações físicas graves; e emprego judicioso dos recursos públicos para a melhoria da vida dos brasileiros.
O prisioneiro Lula da Silva não consegue enxergar, interpretar e perceber as diferenças.
Não tem jeito, o cumprimento da pena não está conseguindo cumprir uma das metas essenciais da condenação, isto é, a recuperação do sentenciado e a correção dos desvios e de suas tendências de cometer crimes.
Atenciosamente,
ARS

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Entrevista com presidiário [2] - Correio Braziliense


A propósito do artigo "Lula: 'O que não pode é esse país estar governado por um bando de maluco' " (Bruno Santa Rita, Correio Braziliense, de 26 de abril), com relato de que o presidiário petista falou com jornalistas da Folha de São Paulo e do El Pais, há controvérsia que deve ser considerada à luz da razão e da lógica.

Ao ser condenado de forma injusta, o grego Sócrates teve a oportunidade de reverter a condenação ou de fugir. Preferiu ingerir a cicuta e contribuir para a criação de uma civilização. O condenado Lula, que tem lido muito (é o que dizem ...), bem que poderia ler "Apologia de Sócrates" e aprender.
É muito difícil, precisa saber ler — e não apenas fingir; se ler, precisa interpretar; se interpretar, precisa conhecer valores; se conhecer, precisa práticas-los; e para tal, precisa coragem. Enfim, alfabetização, interpretação, princípios, ação e bravura ... O condenado de Curitiba despreza tudo isso e, desafortunadamente, exercer influência para que seus seguidores o imitem.

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[Divulgado em 'Comentários' do Correio Braziliense online de 27/Abr/2019]
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Entrevista com presidiário [1] - Estadão


Com o título "Em entrevista na prisão, Lula diz que Brasil é ‘governado por um bando de maluco’ ", o Estadão divulgou que o presidiário Lula da Silva foi entrevistado por jornalistas da Folha de São Paulo e do El Pais. É a primeira vez que o petista tem contato formal com a mídia desde que foi preso em abril do ano passado. No âmbito de uma sequência de diatribes, ele teceu críticas ao ministro Sérgio Moro, um dos responsáveis pelo desencadeamento da Operação Lava Jato, que transformou os procedimentos judiciais brasileiros, ocasionando o aprisionamento de figurões poderosos como nunca ocorrera nesta República. 

Em relação à entrevista do cidadão sentenciado Lula, no Estado Democrático de Direito, um encarcerado jamais poderia ter a liberdade de criticar o sistema que o condenou. A liberdade termina onde começa a vocação e o gosto pela criminalidade. No atinente ao juiz Sérgio Moro, trata-se do mais admirado e probo cidadão da República — só discordam disso os desonestos, os corruPTos e os canalhas. Ademais, é melhor ser governado por um bando de malucos do que por um bando de corruPTos. Os venezuelanos, cubanos e nicaraguenses sabem disso. E o Cesare Batisti também.

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[Divulgado em 'Comentários' do Estadão online de 27/Abr/2019]
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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Às vezes, ... se repete



IMPERADORES DO BRASIL
1822-1831 – PEDRO I  [a]
Independência
1831-1889 – PEDRO II (Filho de Pedro I)
Herança imperial

PRESIDENTES DOS ESTADOS UNIDOS
1889-1993 – GEORGE H. W. BUSH, pai [b]
Eleição presidencial
2001-2009 – GEORGE W. BUSH, filho
Eleição presidencial

PRIMEIROS-MINISTROS DA ÍNDIA
1947-1964 – JAWAHARLAL NEHRU
Independência
1966-1977 – INDIRA GANDHI (Filha de J. Nehru)
Eleição parlamentar
1980-1984 – INDIRA GANDHI [c] [f]
Eleição parlamentar
1984-1989 – RAJIV GANDHI (filho de Indira)
Eleição parlamentar

PRIMEIROS-MINISTROS DO PAQUISTÃO
1973-1977 – ZULFIKAR ALI BHUTTO [d]
Golpe de Estado
1988-1990 – BENAZIR BHUTTO, filha
Eleição parlamentar
1993-1996 – BENAZIR BHUTTO [e] [f]
Eleição parlamentar

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NOTAS ESCLARECEDORAS

[a] Pedro I abdicou em favor de seu filho e foi para Portugal. A partir de 1832, ele participou em Portugal de conflito entre liberais e absolutistas. Em 1834, após a vitória dos liberais que ele liderava, veio a falecer de tuberculose.
 [b] Em 1942, com 18 anos, George Bush, pai, ingressou na Marinha como aviador naval (o mais novo até aquela época). Em 1944, o avião que pilotava (um bombardeiro TBM Avenger) foi atacado; apesar de atingido, continuou sua missão, lançando suas bombas sobre o alvo e voando ainda cerca de 7 milhas, quando saltou de paraquedas junto com os demais membros da tripulação. Em 1994, nas comemorações da invasão da Normandia, com 70 anos, saltou de paraquedas na França, com veteranos daquela missão.
 [c] Indira Ghandi iniciou o projeto nuclear indiano [f] e liderou a primeira explosão nuclear em 1974. Ela foi assassinada [f] em 1984.
 [d] Zulfikar Ali Bhutto foi presidente de 1971 a 1973. Ao tomar conhecimento do teste nuclear indiano, iniciou o desenvolvimento da bomba atômica paquistanesa [f]. Com a adoção do parlamentarismo em 1973, tornou-se Primeiro-Ministro. Em 1977, foi destituído do cargo, processado, condenado e enforcado.
 [e] Nas duas vezes em que Benazir Bhutto foi Primeira-Ministra, ela foi afastada do poder pela acusação de nepotismo, corrupção e improbidade administrativa. Ela foi assassinada [f] em 2007, quando se encontrava em campanha para um terceiro mandato de Primeira-Ministra.
 [f] “Às vezes, a História se repete!”. 


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segunda-feira, 22 de abril de 2019

Disfunção cerebral


Esse Olavo de Carvalho está doente ou é doente? Quem abandona o território que deve preservar é covarde, canalha ou ambos? Quem ofende e agride é mal educado, tomou drogas ilícitas ou é psicopata? A Primeira Ministra da Nova Zelândia recomendou aos neozelandeses que não reproduzissem as palavras ou as imagens do cidadão australiano que cometeu malfeitos naquele País. Parece que é o caso de os cidadãos brasileiros adotarem procedimento similar em relação às palavras e imagens desse senhor que tem disfunção cerebral. Cura-se qualquer mal esquecendo-o!

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[Divulgado em 'Comentários' do Estadão online, em 22/Abr/2019]

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quinta-feira, 18 de abril de 2019

STF versus ITF


Não se pode confundir STF com ITF. 
O Supremo Tribunal Federal (STF) é a Corte daqueles que tem notório saber jurídico, possuem ilibada conduta pessoal e profissional, são garantidores do Estado Democrático de Direito e se constituem em inequívoco alicerce da democracia. 
O Inferior Tribunal Falido (ITF) é a metáfora do local que abriga os que comprovam não possuir adequado saber jurídico, não são reconhecidos pela exemplar conduta pessoal e profissional, contribuem para a impunidade dos agentes públicos corruptos e asseguram a liberdade de acusados da prática contumaz de crimes. 
O STF se opõe à metáfora divergente por ser a garantia da prevalência da meta primacial do ser humano, que é a busca da paz e harmonia, amparada no instrumento primacial representado pela democracia, que por seu turno se fundamenta na liberdade, verdade, coragem e ética. 
Os integrantes do STF devem ser reconhecidos por equilíbrio, moderação, imparcialidade, confiabilidade, sabedoria, esperança e otimismo. No âmbito da sociedade, todas as cogitações, atos, decisões, despachos, bem como todas as manifestações da faculdade de ser, saber, pensar e agir devem convergir para a potencialização do valor da corte suprema — notadamente os oriundos dela própria. É atribuição individual e coletiva irrenunciável.

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[Divulgado em 'Comentários'  do Estadão online e do Globo online, em 20/Abr/2019]
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[Divulgado no Fórum de Leitores do Estadão online, em 21/Abr/2019]

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terça-feira, 16 de abril de 2019

Deu a louca nas instituições


Em relação ao inquérito aberto pelo STF para apurar ofensas contra os integrantes daquela Corte e também no atinente à censura à revista Crusoé e ao site Antagonista, a jornalista Vera Magalhães comentou no Estadão que "deu a louca nas instituições". Claro, a Suprema Corte foi contestada por intelectuais, juristas, políticos e demais seres pensantes deste País.

"Deu a louca nas instituições" é uma avaliação precisa e lógica. Um bom indicador é o fato de que os responsáveis pelas nomeações dos sábios estão ou estavam encarcerados, por corrupção e outros crimes prejudiciais à sociedade. 

Outros indicadores:
     (i) os sábios estudaram "Apologia de Sócrates", de Platão?
     (ii) eles são ou foram juízes?
     (iii) eles foram aprovados em concurso público para se tornarem juízes?
     (iv) eles tem trabalhos acadêmicos ou livros que demonstram notório saber jurídico?
     (v) eles vivem um padrão de vida compatível com os salários?

Indagar é preciso. E responder à indagação é possível?

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[Divulgado no Estadão online de  16 /Abr/2019]
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sexta-feira, 12 de abril de 2019

Qualificação dos militares no holofote


No artigo “Forças Armadas consideram Triplo A como uma ‘ameaça’ ” (Estadão de 12 de fevereiro), o jornalista Roberto Godoy assevera que “o Corredor Triplo A, ligação gigante entre os Andes, a Amazônia e uma linha larga no litoral do oceano Atlântico, é amplamente considerado, sempre como ameaça, entre os estudos estratégicos das Forças Armadas. Para alguns oficiais de Estado-Maior, pode ser uma ‘das mais preocupantes’ hipóteses de conflito do Brasil.”

Um leitor postou um comentário afirmando: "Muito holofote para milico no noticiário. Acho que é hora de saber o que ensinam nos quartéis e como é possível fortalecer o poder civil."

Tentei esclarecer o cidadão desavisado.

Faça a gentileza de dirigir sua pergunta para os pais de alunos que estudam em escolas 'militarizadas' (sob a gestão de militares que seguem com rigor a orientação do MEC e suas habitualmente descumpridas normas) no Rio Grande do Norte, em Goiás, no Amazonas, no Distrito Federal. 
Por favor, não esqueça que Churchill, De Gaulle e Eisenhower foram militares. Lembre-se que há dezenas de militares que foram Secretários (Ministros) da Defesa e das Relações Exteriores dos Estados Unidos. Se o senhor responder de forma educada, lerei sua resposta com satisfação. Democracia = Paz + Harmonia.

Um outro leitor complementou, asseverando que Colin Powell foi muito lembrado pelos americanos para lançar-se candidato a Presidência dos Estados Unidos. Repliquei-lhe.

Sua observação é esclarecedora. Creio que é razoável considerarmos a capacitação do cidadão, contribuinte e eleitor. Não importa a profissão de origem. Estamos vivenciando uma transformação da práxis política: fim do "toma-lá-dá-cá", preenchimento de cargos com base no mérito, combate intransigente à criminalidade (com ênfase para a malfadada corrupção). 
Em relação aos militares, convém sublinhar que todos os escolhidos estão entre os grandes talentos de seus pares [e entre os brasileiros em geral]. Todos tiveram missões difíceis no exterior (no Haiti e na África); e todos são experimentados em gestão pública.

Um terceiro leitor chamou Colin Powell e os demais presidentes americanos das últimas três décadas de marionetes nas mãos do stablishment (Rockefeller et al). Similarmente, repliquei-lhe.


Por causa dos marionetes, cidadãos de todos os locais do mundo querem ir para lá. Ademais, olha o que cada cidadão brasileiro tem em casa — uma parcela expressiva das coisas tem origem ou capital americano [chevrolet, ford, coca-cola, apple, back up UPS, boeing, HP, ...]

Olhando a caminhada humana, é fácil perceber que determinaram os rumos do mundo, sucessivamente, egípcios, babilônios, persas, gregos, romanos, ..., e britânicos. Agora é a vez dos americanos. A insatisfação com a realidade resulta de doença ou é causa de doença. É melhor procurar a cura da doença ou evitá-la. Reclamar piora. Infelizmente, não há alternativa. 

Uma inferência para reflexão:  se as reformas econômicas forem permitidas; se o combate à criminalidade prosperar — em especial a criminalidade institucional; se as ações desencadeadas na infraestrutura tiverem êxito; se a Agricultura continuar amparando e potencializando a economia brasileira; se houver eficácia na ação gerencial no nordeste; se houver a recuperação dos erros no campo da Educação; e se a boa fé e a decência prevalecerem, há a possibilidade da transformação do Brasil nos próximos 50 a 200 anos. Aí haverá a mudança do debate e dos paradigmas de reclamação. Os militares e os americanos sairão da agenda.

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[Divulgado no campo 'Comentários' do Estadão online de 12/Abr/2019]

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