O jornal Gazeta do Povo fez uma curiosa matéria baseada nas respostas de 18 colunistas à indagação “Quem foi o melhor presidente dos últimos 40 anos?”
Esse período abrange os presidentes civis que alcançaram a condição de mandatário do Brasil a partir de 1985, com o término do regime militar iniciado em 1964.
Então foram considerados 8 presidentes: José Sarney, Fernando Collor de Melo, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luís Lula da Silva, Dilma Roussef, Michel Temer e Jair Bolsonaro.
Jair Bolsonaro foi considerado o melhor presidente, seguido de Fernando Henrique Cardoso. Luís Lula da Silva não recebeu pontuação de quaisquer dos colunistas.
O que explica que, em 40 anos, no Brasil haja tão poucas opções para a escolha de um grande presidente?
O que explica que o Brasil não ofereça aos cidadãos igualdade de oportunidades de tal sorte que cada um conquiste padrões de vida consoante com a capacidade e esforço possível de cada um?
O que é necessário para que se responda com bom senso, razão e lógica a esses questionamentos?
Em todos os grandes países prevalentes no mundo, constata-se três fatores determinantes: traumas, intelectuais e estadistas.
Seria muito interessante que os colunistas que opinaram sobre o melhor presidente, opinassem sobre os três fatores sugeridos, levando em conta os significados apontados a seguir.
Traumas – aqueles que causam centenas de milhares de mortos (verdadeira limpeza).
Intelectuais – aqueles que pensam e propõem soluções que dão origem a transformações.
Estadistas – aqueles que desencadeiam as transformações pensadas pelos intelectuais.
Um leitor que se autodenomina “Cristão e Patriota” fez um comentário em que, de certa forma, desqualifica as visões dos colunistas que participaram da enquete. Esse comentário bem como minhas réplicas são apresentados a seguir.
Cristão e Patriota
Os terraplanistas da gazeta entendem que o melhor foi o único que o povo não reelegeu! Isso diz muito sobre o "acerto" dos colunistas da gazeta, e como os próprios colunistas e a própria gazeta estão "afinados" com a maioria do povo brasileiro!
Réplicas
Isso explica as razões pelas quais um país com a grandeza territorial, populacional e de recursos naturais tem a metade do povo sem esgoto, disparidade de renda entre as maiores do mundo e ausência de igualdade de oportunidades.
Isso explica a razão pela qual o responsável pela maior corrupção do mundo já foi eleito três vezes para a presidência.
Eleitores desse jaez jamais reelegeriam o presidente que aqueles que usam a faculdade de pensar consideram o melhor de um período de 40 anos.
E notem que há o risco do caboclo, não raro, chamado ex-honesto e ex-corrupto, se reeleger e conquistar o 4o. mandato, sem ter sido escolhido uma única vez na enquete de colunistas. Tem "feito por merecer" o voto da metade dos eleitores brasileiros.
O capitão Miller, na hora da morte, resultante dos esforços para salvar o soldado Ryan, disse-lhe: "faça por merecer".
Perto da morte, o velho Ryan, mirando a sepultura de Miller, indagou à esposa se ele tinha vivido com honra, dignidade e virtude que justificassem o sacrifício de Miller. Ela respondeu afirmativamente.
Pois é, há o risco do ex-corrupto ser reeleito em 2026. Ele tem "feito por merecer" — por óbvio, para uma metade com rigorosa dificuldade de pensar e a consequente doença ideológica que os tem punido de forma inquestionável.
Junto a artigo no Estadão, atinente ao encontro entre os presidentes Lula e Trump, na Ásia, no qual, entre outros assuntos, os dois chefes de Estado trataram do tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil, postei o comentário apresentado a seguir.
A propósito do tarifaço! Em enquete entre 18 colunistas, indagando “quem foi o melhor presidente do Brasil nos últimos 40 anos", o resultado mostrou Bolsonaro como 1°. classificado, Fernando Henrique como 2°.; e Lula com nenhum voto. Por incrível que pareça, Bolsonaro não foi reeleito. Dentre as razões, podem ser citadas: avaliação do PISA sobre estudantes, com o Brasil entre os piores países; 100 milhões de brasileiros sem esgoto sanitário; cidadão condenado em 3 instâncias da justiça, por corrupção e outros crimes e, depois, libertado para concorrer a eleição presidencial; presença da metade dos parlamentares em julgamento na justiça; ministro que foi advogado de criminoso condenado em país democrático, entre outras atuações nefastas de ministros, não encontradas em Cortes de países democráticos desenvolvidos; urna eletrônica sem voto impresso (caso inusitado, dado que, dentre 41 países que usam urna eletrônica em processo eleitoral, apenas três — Brasil, Butão e Bangladesh — não utilizam voto impresso); maior disparidade de renda entre os cidadãos; e inexistência de igualdade de oportunidade pelo menos para a maioria. Está configurada, pois, uma inexcedível tragédia!
Então, que em 2026, a maioria dos cidadãos eleja um presidente que possa agir de forma consentânea com a população, território e recursos naturais, daí resultando: prioridade da Educação em detrimento de todos os demais campos; oferta de Saúde para toda a população; desencadeamento de ações requeridas para a redução das disparidades de renda; desencadeamento de ações para fomentar igualdade de oportunidades; combate pertinaz a todas as formas de criminalidade, especialmente, as mais letais como a corrupção e o tráfico de drogas; e defesa intransigente das liberdades individuais e de expressão.
Um leitor do Estadão questionou a enquete realizada com colunistas de jornal que eu citei, para determinar qual foi o melhor presidente do Brasil, mencionando que em geral “jornalistas são os maiores críticos do Bolsonaro” e que “é duro ser bolsonarista”. Repliquei como faço habitualmente.
Sr. Wilson Demetrio, segue o título do artigo, o jornal e a data. "Quem foi o melhor presidente dos últimos 40 anos? Os colunistas da Gazeta opinam", de 25/10/2025, jornal Gazeta do Povo.
Devo lhe dizer que não tenho preferência por pessoas, partidos políticos ou ideologias. Entendo que o objetivo fundamental do ser humano é a paz e a harmonia, que só podem ser tentadas no âmbito da democracia; e esta, por seu turno, baseia-se na Liberdade, Verdade, Coragem e Ética.
Só estou respondendo por admitir que o senhor possa ser um ser humano do bem e voltado para a decência e valores universais.