quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Não desistir jamais

"O lavrador perspicaz conhece o caminho do arado!"
Homenagem a Oscar Barboza Souto, antigo lavrador e comerciante.
In Memoriam.

Quando você estiver triste, lembre-se que a alegria é um sentimento que também está dentro de você!

Quando você for derrotado, não esqueça de que você já teve vitórias e muitas outras serão possíveis!

Quando você estiver cansado, trate de descansar pois sua energia torná-lo-á pronto para o próximo embate!

Quando você se sentir só, lembre-se que a solidão é passageira e sempre há alguém que pode ampará-lo!

Quando você estiver desanimado, não esqueça que a coragem o estimula a prosseguir.

Quando você tiver a sensação de que está retrocedendo, lembre-se de firmar o pé e motivar a mente para seguir adiante.

Quando você estiver diante de um obstáculo, desborde-o e siga para a vanguarda.

Quando a solução não existe, invente-a.

Quando não encontrar a trajetória, construa-a.

Quando você estiver desesperado, lembre-se que a calma, a paciência e a fé equivalem à brisa suave que alivia e ao sorriso de uma criança que enternece.

Quando a raiva ficar evidente, use a razão e a lógica, acalme-se e faça o bom senso prevalecer.

E por último e primordialmente relevante, lembre-se de tentar sempre, desistir jamais e vencer sempre que possível — assim, as vitórias serão majoritárias nas sendas de sua trajetória.

 

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sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Queda da escada

"O lavrador perspicaz conhece o caminho do arado!"
Homenagem a Oscar Barboza Souto, antigo lavrador e comerciante.
In Memoriam.

O objetivo deste texto é apresentar uma resenha das atividades de tratamento médico recebido no HFA (Hospital das Forças Armadas), relativas à fratura multifragmentar e exposta do calcâneo (osso do calcanhar), resultante da queda de escada no interior de nossa casa em Brasília.

Da internação à alta hospitalar, o relato é diário. Depois, o relato é feito por períodos, em geral, terminados com a volta ao hospital para avaliação do processo de recuperação.


31/Jul/2023 (2ª. F)

Às 10:07 h, ao subir na escada, no corredor do 2º. andar de nossa Casa em Cima do Mundo (CCM), para observar o funcionário José avaliar problema hidráulico na cobertura da casa, a escada escorregou e eu caí de 2,70 m de altura. Em consequência, ocorreu fratura exposta do calcâneo — dor terrível!

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Para ver a fratura, clique em:

Fratura do calcâneo

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Inicialmente, a querida filha Alessandra tentou chamar o SAMU; depois, por orientação da recepção do HFA, para onde telefonei, foi chamada a equipe de emergência do WMED UTI Móvel. Em cerca de 25 minutos, a ambulância chegou e, depois dos primeiros cuidados de dois enfermeiros liderados pela Dra. Ana Maria, fui transportado para o HFA.

Alessandra acompanhou-me. Dei entrada na emergência do HFA às 11:27 h. Fui atendido pelo Dr. Maxwel (médico UnB 102 — formado em 2020), integrante das equipes de emergência de Clínica Geral e de Ortopedia. O equipamento elétrico-eletrônico de medida de pressão, batimento cardíaco et al estava danificado; foi trocado por outro, supostamente, com bom funcionamento.

Fui encaminhado para a radiologia. As imagens de raio X apontaram fratura multifragmentar e exposta do calcâneo. Fui deslocado para o Centro Cirúrgico às 13:07 h. Na hora em que fui recebido pelo médico anestesista, fui informado que, em face de outra emergência gravíssima, eu teria que voltar para a Sala Pré-Operatória do Centro Cirúrgico e aguardar.

Alessandra — que afora o imprescindível apoio presencial desde o primeiro momento da queda, providenciou, com lucidez, as medidas burocráticas requeridas para a internação — foi pra casa às 13:00 h e voltou para o HFA por volta de 15:00 h.

Às 16:07 h, pedi para falar com um médico, e relatei que desde a hora do acidente, às 10:07 h, até aquele momento, transcorridas pois 6 horas, em pequena ou maior quantidade, o sangue não parou de sair da fratura. O médico reagiu de forma um tanto irritada; porém, argumentei com calma e segurança e parece que ele se deu conta de sua atitude inadequada.

Foi feita tomografia para verificar se houve avarias adicionais não identificadas na radiografia — no dia seguinte tomei conhecimento de que foi confirmada apenas a fratura do calcâneo, afora uma sequência de problemas nos ligamentos e demais componentes do calcanhar, tais como, enfisema subcutâneo e densificação de partes moles adjacentes.

Em torno de 17:00 h, fui levado para o Centro Cirúrgico e submetido a uma primeira cirurgia: sedação, anestesia, limpeza, curativo e sutura.

Alessandra foi substituída por Isabel, que passou a noite e a manhã de terça-feira comigo. Por volta de 19:00 h, na Sala Pré-Operatória, o efeito da sedação passou, e acordei com a parte de baixo do corpo, do umbigo para baixo, ainda anestesiada.

Ao conseguir mexer as duas pernas, as funcionárias tentaram pedir apoio para me transportar para um apartamento. Telefonaram mais de 10 vezes, mas não conseguiram atendimento. Depois, conseguiram a informação de que não havia maqueiros disponíveis. Finalmente, logo após as 21:00 h, os maqueiros apareceram e me transportaram para o apartamento 1019, no 10º. andar.

Como não tinha almoçado nem jantado, pedi para servirem o jantar. Não havia mais jantar, que pela norma, é servido às 18:00 h; havia somente lanche, habitualmente, servido às 21:00 h. Somente às 23:30 h, trouxeram-me o lanche. Alimentei-me, aguardei algum tempo, mergulhei no bom sono e ultrapassei o primeiro dia de uma trapalhada absurda.

 

1/Ago/2023 (3ª. F)

Acordei e recordei o infausto evento com tristeza.

Houve a visita do Maj Dr. Salgado e do Dr. Gabriel. O Dr. Salgado fez a troca de curativo e avaliação. O aspecto do pé direito não é o que se pode apreciar. Estava roxo e inchado; com sutura de 7 cm, em cada um dos dois lados do pé, abaixo do tornozelo; e sutura de 2 cm na parte posterior do calcanhar.

Tomei consciência da complicação em que tinha me metido: médicos, enfermeiras, procedimentos e relatório de aprazamento (documento com a prescrição detalhada de medicamentos e demais orientações médicas). Ademais, depois da cirurgia de ontem, ficarei internado até desinchar o tornozelo, afastar o risco de infecção e reconstituir a pele; depois será agendada a cirurgia ortopédica e repetido o processo de recuperação cirúrgica.

Analgésicos Tramadol e Dipirona, antibiótico Cefazolina, e soro estavam sendo ministrados direto na veia. Para isso, infiltraram um mecanismo de acesso (uma agulha interligada a tubo) em veia do antebraço. Dessa forma, é garantida maior eficácia ao medicamento, com o inconveniente de alguma dor e desconforto. O antibiótico, por exemplo, é aplicado de 8 em 8 horas.

O apartamento estava sem persianas. Depois, esclareceram que foram tiradas para não acumular coronavírus durante a pandemia.

As enfermeiras tentaram fazer o eletrocardiograma uma meia dúzia de vezes. O primeiro aparelho não funcionou. O segundo só funcionou (será que funcionou corretamente?) na terceira tentativa.

Assim, o tempo foi passando. No início da tarde, Isabel foi substituída por Cecília. Por força de seu perfil prevalente, ela fez um ingente esforço para me consolar e animar; e acabou chorando.

Com incomum desprendimento, Laura faltou ao futebol de que tanto gosta, substituiu Cecília e me acompanhou durante a noite.

Minhas queridas filhas têm se revezado no acompanhamento. Para Alessandra, que está ingressando no 4º. semestre de Medicina, acho que foi agregador. Pelo sim pelo não, para as filhas, a experiência tem sido positiva: vivenciar as dificuldades paternas e apoiá-lo, acho que tem sido enriquecedor.

 

2/Ago/2023 (4ª. F)

O Maj Dr. Salgado e o Dr. Gabriel repetiram a visita de rotina. O estado do tornozelo e calcanhar apresentou ligeira melhora (expectativa ou realidade?)

Nesse terceiro dia, ficou imperiosa a necessidade de banho — com a demanda de cadeira especial, toalhas e plásticos para cobrir o pé fraturado e o antebraço com o mecanismo de acesso. Para tanto, foi sugerida a troca de local.

Então, mudaram-me para o apartamento 1043, que tem um banheiro mais espaçoso e facilita o movimento da cadeira de banho; e adicionalmente, tem aparelho de ar condicionado. Ressalte-se que esse apartamento está sem o tampo metálico externo de uma janela; e o sol entra diretamente sobre as duas camas. De forma similar ao anterior, não tem persianas.

Laura continuou me acompanhando durante a manhã. Com muita garra, ela ajudou nos deslocamentos, na vedação dos locais que não poderiam se molhar no banho e em cada atividade que a falta de um pé sadio causa impacto.

No início da tarde, Alessandra substituiu Laura e passou a noite comigo. Ela trouxe o notebook e, com argúcia, escolheu o filme Extraordinário; vimo-lo a partir de 20:00 h. A propósito, no 8º. ano, do Leonardo da Vinci, as meninas leram o livro que deu origem ao filme; fizeram um trabalho de cordel, baseado no livro. A história de superação do menino Augie (August Pulman) foi uma boa escolha para quem está em minha situação.

Alessandra fez uma escolha excelente de filme para o pai paciente.
Apartamento 1049 - HFA – 2/Ago/2023.

3/Ago/2023 (5ª. F)

No início da tarde, Isabel substituiu a Alessandra. Foi razoável, pois o apoio para o banho é mais eficaz com ela do que com as filhas.

Como o pedido para a troca de posição das camas para evitar o sol no paciente não foi atendido pela equipe do hospital, Isabel fez o trabalho ingente de reposicioná-las — arrastar a cama pesada em espaço reduzido não foi tarefa fácil! E de quebra, ela prendeu um lençol em lugar da placa metálica ausente.

Isabel me acompanhou até a manhã seguinte.

 

4/Ago/2023 (6ª. F)

Visita do Dr. Marlon, do residente Dr. Gabriel e de uma interna (acadêmica do 5º. ou 6º. ano de Medicina) oriunda do CEUB. O Dr. Marlon é integrante da equipe que fez a primeira cirurgia. Na substituição do curativo, avaliou e declarou que a evolução está satisfatória. Esclareceu que caso a evolução prossiga na normalidade, a cirurgia ortopédica será realizada na próxima quarta-feira.

No início da tarde, Cecília substituiu Isabel. Conversamos bastante; lamentei estar estragando as férias delas; e ela fez uma produtiva declaração de ânimo e de apologia da família para fazer face às dificuldades. Cecília permaneceu até o dia seguinte.

No jantar, tentei consumir a comida do hospital; contentei-me com umas duas garfadas. Cecília optou por pedir comida do Subway, via iFood. Teve sucesso e degustou um apetitoso sanduíche de pão, três queijos, frango e salada. Fiquei olhando com inveja.

 

5/Ago/2023 (Sáb.)

Visita do Dr. Maxwel. Foi o médico que me recebeu na emergência, na segunda-feira, às 11:30 h. Trocou o curativo e asseverou que o estado do tornozelo estava satisfatório.

Com o apoio inestimável da Cecília, resolvi tomar banho. O processo envolve cobrir o pé e parte da perna com plástico; repetir a operação no braço; entrar no banheiro, tirar a bermuda e a cueca, sentar na cadeira de banho; abrir o chuveiro, ensaboar e lavar; secar, colocar a bermuda e cueca — nesse momento, a cadeira escorregou e eu caí no piso molhado; levantei-me, sentei-me na cadeira e substituí a cueca que se molhou. A Cecília ficou nervosíssima, mas conseguiu me ajudar a sair do banheiro, secar e voltar para a cama. A enfermeira foi chamada para substituir a gaze da imobilização do pé. Enfim, uma operação custosa e demorada, mas ao final, todos restaram sãos e salvos.

Cecília solidária com o pai.
Apartamento 1043 – HFA – Brasília – 5/Ago/2023.

Uma curiosidade! A funcionária da limpeza que veio fazer a faxina hoje se chama Deisielle. Ela faz Faculdade de Enfermagem na UNIP, faz Gestão de Segurança Privada no Instituto Nacional de Segurança Privada, na modalidade on-line; é socorrista e brigadista; tem um filho de 11 anos, Miguel Artur, considerado superdotado, que faz o 5º. ano na Escola Classe 48; e que lê livros da coleção do Steve Jobs — não declarou quais, mas, com certeza, é surpreendente.

Na terça-feira e na quarta-feira, eu até consegui me alimentar minimamente bem. A comida de paciente não causou impacto severo. A partir de quinta-feira, e até hoje, sábado, os alimentos se tornaram insuportáveis: o sabor e o grau de cozimento insatisfatórios e a falta de sal e de tempero ficaram por demais evidentes. Até quando? 
 

Depois do almoço, Laura veio substituir Cecília. Ela veio com Isabel, que levou Cecília para almoçar. Eu e Laura vimos no notebook o filme Moneyball, com Brad Pitt. Seria muito melhor se conhecêssemos as regras do beisebol; ainda assim, foi interessante.

Decidimos nos livrar da comida do hospital para jantar. Pedimos, via iFood, sanduíches Subway.

A Laura desceu para receber os alimentos. Na recepção, no térreo, informaram-lhe que é proibido trazer comida de fora para o apartamento. Ela voltou e, desapontada, mencionou a indesejada, porém correta norma. Disse-lhe para descer, receber os sanduíches, jantar na recepção, e depois voltar. Dancei! Fiquei sem jantar! Por volta de 21:00 h, consumi torradas com queijo Polenguinho, iogurte e água de coco. 

Transmiti para enfermeiras, auxiliares e médico que, desde quinta-feira, estava me alimentando mal e perdendo peso, pois a comida, além de carente de sal, gordura e tempero, era malcozida. 

6/Ago/2023 (Dom.)

Para evidenciar meu estado físico, médico e de ânimo, registro a mensagem que enviei para Isabel, Cecília e Alessandra, no rodapé de foto minha e da Laura.

Laura deixou o futebol de que tando gosta para ficar com o pai.
Apartamento 1043 – HFA – 6/Ago/2023.

A rotina prossegue.

🏨

Um bom começo de domingo.

Higiene feita.

Café tomado.

Sangue colhido.

Pressão e batimento cardíaco aferidos.

Glicemia avaliada.

Antibiótico pingando direto na veia.

 

O melhor é que os contendores do campeonato brasileiro estão numa disputa acirrada para ver quem será Vice-Campeão de 2023.

 

Mesmo sem entendermos de beisebol, eu e Laura vimos o filme Moneyball com o Brad Pitt; recomendamos! É uma história de trabalho intenso, perseverança, ousadia e desapego ao sucesso financeiro.

 

Isabel e filhas queridas, tenham um bom dia.

Beijos.

👨🏻‍🏫

 

Houve a visita do Dr. Pedro Lucas. Graças a sua boa memória, ele se lembrou que atendeu a Laura no HFA, quando ela torceu o tornozelo. Ele fez a troca do curativo e melhorou a imobilização. 

Evolução da cirurgia do lado interno do pé direito
(sedação, anestesia, limpeza e sutura).
Centro cirúrgico do HFA – Brasília – 6/Ago/2023.
Houve também a visita da nutricionista. O relato de ontem, no sentido de que me alimentei mal a partir de quinta-feira, fez efeito.


Ela insistiu em saber a causa da má alimentação. Asseverei, com ênfase que entendia a falta de sal, gordura e tempero na comida; porém considerava inaceitável que fosse malcozida.

Ela queria saber o que estava malcozido. Tudo! Arroz, feijão, cozido de legumes e bife (este estava preto, pelo excesso de cozimento). Ela manifestou a intenção de ajudar e propôs algumas alterações, por exemplo, omelete; e eu acrescentei: salada e iogurte. Fiz-lhe ver que cumpriria com rigor as normas e que tentaria comer o que viesse. Que a reação tenha eficácia!

Terminei de almoçar. Consumi mais de 70% da comida para paciente — arroz, feijão, frango, legumes, salada; fatias de laranja, morango; e suco de pêssego.

A Laura pediu massa com frango et al, via iFood. Deve chegar entre 13:10 e 13:30 h. Ela desceu para almoçar na recepção.

Isabel e Cecília vieram buscar a Laura. Cecília não subiu. Passar esse tempo com as duas tem a virtude de me lembrar que existem momentos únicos, dado que nos próximos 10 ou 20 dias estarei aqui lutando para a recuperação do calcanhar.

No jantar, consumi omelete, torrada Bauduco, salada e suco ONI (Origem Não Identificada).

Estando sozinho, consegui movimentar a mesa de refeição, alimentar-me, jogar os restos de comida no lixo, escovar os dentes e ir ao banheiro. Nada mal para a situação anômala.

Alessandra chegou para me acompanhar durante a noite. Ganhei figurinhas que ela adquiriu em uma exposição temática; uma retratando o pai e três filhas e a outra com uma ode a Brasília, indicadoras de sua sofisticada sensibilidade.

O médico anestesista Dr. M. A. visitou-me no final da tarde. Transmitiu a orientação para a cirurgia ortopédica, que deverá ser mesmo na quarta-feira — jejum total e ausência de água a partir de 22:00 h do dia anterior. 

7/Ago/2023 (2ª. F)

Visita do Dr. Estanislau, ortopedista que, no primeiro semestre atendeu a Laura, na entorse do calcanhar, e a mim mesmo, no problema do ombro; e do Dr. Gabriel. A evolução foi considerada razoável.

A auxiliar de enfermagem trocou o mecanismo de acesso à veia duas vezes — na primeira vez não funcionou. É um processo um pouco doloroso. 

Alessandra permaneceu até a tarde. 

A comida melhorou e almocei bem. A querida filha foi almoçar no Shopping Terraço. Às 16:00 h, recebi a elegante visita do Fábio. Conversamos quase uma hora. Às 18:00 h, Isabel chegou com Cecília. A chegada delas é como a brisa que alivia e o sorriso da criança que enternece. Cecília ficou em lugar da Alessandra.

No jantar, alimentei-me de forma razoável: omelete, salada, sanduíche (que era para o lanche das 15:00 h); e creme de chocolate, que dividi com Cecília. Antes, ela saboreou dois sanduíches que trouxe do Big Box.

Conversei bastante com Cecília. Foi agradável e tranquilizador.

 

8/Ago/2023 (3ª. F)

Ocorreu a visita do Maj Dr. Salgado e do Dr. Gabriel. Como tem ocorrido todos os dias, a imobilização foi retirada, a evolução da cirurgia inicial foi avaliada e a imobilização refeita. 

O Dr. Salgado informou que a cirurgia ortopédica foi confirmada para quarta-feira de manhã. Então, a preparação impõe jejum absoluto, inclusive de água, a partir de 22:00 h de hoje. Os remédios de amanhã (previstos a partir de 8:00 h), devem ser suspensos. A alta está prevista para quinta-feira de manhã.

O processo de recuperação, sem colocar o pé no chão, está previsto para cerca de 30 a 40 dias — um processo realmente longo.

A enfermeira constatou que houve a desconexão do mecanismo de acesso à veia e o líquido estava vazando no antebraço. A correção é um pouco dolorosa. A pressão que, desde o início, tinha se mantido razoavelmente estável, na faixa de 11 x 5 a 13 x 6, hoje chegou a 14 x 6. Acompanhamento é preciso! Resolvi uma dúvida: decidi participar aos amigos irmãos da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes, de 1972, da AMAN, o que está se passando comigo. Enviei a mensagem transcrita a seguir.

 

Meus amigos,

Por causa de uma queda da escada, caí de 2,70 m de altura e fraturei o calcâneo (fratura múltipla e exposta). 

Idoso NÃO deve subir em escada (agora estou em dificuldade de mencionar isso para familiares e amigos!).

 

Estou internado no HFA, com previsão de uma segunda cirurgia amanhã (cirurgia ortopédica) e previsão de alta na quinta-feira.

 

Independentemente do que vier acontecer, uma semana no HFA, com um problema não grave, me permite afirmar que temos um tratamento de saúde muito bom — refiro-me a mim próprio e a outros pacientes graves. Pequenos problemas estruturais não tiram o mérito de equipes exemplares.

 

Abraços fraternos,

RS

 

O efeito da mensagem foi impactante. Algumas dezenas de companheiros replicaram com palavras de estímulo, ânimo, conforto, crença, força e fé. Comecei a responder individualmente e parei. Após a cirurgia, responderei coletivamente, citando nominalmente cada um. Anexei as mensagens enviadas e recebidas ao final deste relato.

Telefonei para o Amorim no Rio de Janeiro. Ele está de cama e alegou que nas últimas 3 semanas não tem passado bem. Vai ao médico hoje à tarde. Achei a situação dele preocupante. 

Com diligência e descortino, Cecília pesquisou cadeira de rodas motorizada (CRM) para compra e para aluguel. A CRM mais barata custa R$ 5.000,00 (preço de internet, o que significa maior valor no comércio de Brasília). 

Na empresa brasiliense Ponto da Saúde, o aluguel mensal de uma CRM custa R$ 400,00. 

Conclui-se que a relação custo/benefício da compra não é satisfatória. A decisão é alugar uma CRM.

Falei em videoconferência com Isabel, Alessandra e Laura. Relatei a confirmação da cirurgia e da alta; e pedi para avaliarem a CRM e cadeira de banho na firma da Asa Norte, que dá assistência técnica para umidificadores. Isabel já tinha contatado a firma. Ela tem apenas cadeira de rodas manual.

No almoço, consumi arroz, feijão, frango purê ONI, salada; pudim de chocolate; e suco ONI. Cecília pediu salada Caesar, via iFood; e foi almoçar na recepção, no térreo.

No jantar, pelo terceiro dia consecutivo, serviram omelete, salada e torrada. Como passei a me alimentar um pouco melhor, degustei também um pouco da comida que o hospital serve para acompanhante. Enfim, foi bom, dado que entro em jejum a partir de 22:00 h. 

Recebi um telefonema do amigo Honório, oriundo de Material Bélico e paraquedista; e além disso, é pai de família exemplar, pois durante mais de 30 anos, cuida com desvelo incomum de sua filha Valéria, que chegou a este mundo com problemas que requerem disposição, amor e coragem. Recebi sua manifestação de apoio e votos de rápida recuperação; e disse-lhe que ele é nossa eterna referência por suas virtudes incomparáveis no trato com a filha e com a esposa.

Quase ao final da tarde, quando a enfermeira estava aplicando o antibiótico e tentando corrigir o mecanismo de acesso de medicamento na veia, o Amorim me telefonou, relatando que fora ao médico e nada grave foi constatado; foram pedidos alguns exames — tomografias do pulmão e da pélvis. Mantenho a preocupação com a saúde do grande Amorim.

Foi preciso trocar o mecanismo de acesso cinco vezes porque a auxiliar de enfermagem não conseguia acessar a veia. Ela chamou uma enfermeira, que com sua experiência instalou o mecanismo de acesso no braço esquerdo e não no antebraço, como ocorrera em todas as vezes anteriores.

Por volta de 18:15 h, em meio à refeição, Isabel chegou para substituir a Cecília. Alessandra levou Laura de casa para o ginásio da 603 Norte, para a prática de futebol, e depois veio buscar Cecília. As duas saíram para Cecília jantar e depois apanharem Laura, ao final do futebol.

São 22:00 h. O jejum começou! Então, o processo da cirurgia ortopédica está em curso!

Para passar o tempo, elaborei a mensagem de agradecimento, coletiva, a ser enviada para os amigos da turma Marechal Mascarenhas de Moraes/AMAN — dado que recebi várias dezenas de mensagem desejando sucesso na cirurgia.

 

🤝🤝🤝🤝🤝

Meus amigos,

 

As mensagens de solidariedade, apoio e motivação resultantes de minha internação e cirurgia me trouxeram energia para encarar com força e fé essa passagem. 

Por essa razão, tive surpreendente tranquilidade para aguardar o momento da sedação, anestesia, correção óssea com a instalação de placas e parafusos e o restante do processo.

E mais, a força das mensagens potencializaram minha crença no sucesso do procedimento cirúrgico.

Dessa forma, fortaleço a convicção na grandeza de nossa valorosa turma e na certeza de que a noção de irmandade nos faz melhores, mais fortes e mais virtuosos, bem como capazes de superar falhas e limitações individuais que permeiam a condição humana.

Passado o primeiro momento da cirurgia, constato que houve êxito inicial, tive alta ontem — o processo de recuperação ainda é longo — e por isso expresso o efusivo agradecimento pelas inexcedíveis mensagens motivadoras com que os amigos me contemplaram.

 

Abraços fraternos,

RS

🤝🤝🤝🤝🤝

 

Elaborei também a mensagem de agradecimento individual a ser enviada a cada um dos amigos, irmãos, da turma MMM/72.

 

👏👏👏👏👏

Meu amigo …,

 

Após o primeiro momento da cirurgia ortopédica, constato que houve pleno êxito inicial. Passadas 24 horas do procedimento, tive alta e já estou em casa.

Por isso, caro amigo irmão, expresso o melhor agradecimento por sua mensagem de apoio, solidariedade e motivação.

 

Abraço fraterno, 

RS

👏👏👏👏👏

 

9/Ago/2023 (4ª. F)

Acordei às 06:00 h. Com o apoio de Isabel, iniciei a higiene. Entrei em estado de espera visando ao chamado para a cirurgia.

Apoio inexcedível de Isabel no dia da cirurgia ortopédica.
Apartamento 1049 – HFA – Brasília, 9/Ago/2023.

Surgiu dúvida sobre o consumo dos remédios previstos para 8:00 h. Como já era 8:30 h e a minha pressão, pela primeira vez, ultrapassou 15 x 7, a enfermeira sugeriu que eu tomasse os quatro remédios previstos para 8:00 h — não hesitei e os tomei, até porque o Novanlo 2.5 e o Concárdio 2.5 se destinam aos casos de pressão alta.

A enfermeira mencionou que a ansiedade causa hipertensão. Repliquei que não sentia qualquer sintoma de ansiedade e de aumento da pressão.

A espera para o chamado teve fim às 10:30 h, quando o médico Dr. Leandro — conhecido por causa de consulta uns 4 meses atrás por problema no ombro — chegou com uma cadeira de rodas e disse era chegada a hora. Troquei de roupa, coloquei a bata hospitalar e segui para o Centro Cirúrgico, no segundo andar.

Por volta de 11:00 h, ingeri o medicamento para sedação e em poucos minutos a sonolência chegou; claro, apaguei. Disseram-me que a cirurgia foi concluída 12:40 h. Participaram da cirurgia os médicos: Dr. Crapis, Dr. Salgado, Dr. Marlon, Dr. Leonardo e o anestesista Dr. M. A.

Aí pelas 14:00 h, estava acordado, deitado na cama, mas com a parte do corpo abaixo do umbigo anestesiada. 

Passadas umas 2 horas, consegui movimentar as duas pernas — elevava até a do calcanhar lesionado — então fui levado para o setor de radiologia para radiografar o pé. Pedi uma cópia da radiografia e vi que foram inseridos 4 parafusos no calcâneo.

Radiografia do Pé Direito – Aléssio Ribeiro Souto
HFA - Brasília – 9/Ago/2023

O passo seguinte foi seguir para o apartamento onde Isabel, com algum grau de ansiedade me aguardava. Objetivo imediato: alimentar-me, o que fiz com satisfação.

O amigo Pimentel veio me visitar na hora que eu estava no Centro Cirúrgico. Ele conversou com Isabel. Telefonei para ele e conversamos sobre suas recentes cirurgias e sobre a minha. A última dele resultou de perda de consciência seguida de queda. Ele saiu do desmaio quando chegou ao hospital. Agora, está indo a médico para descobrir a causa. 

Como ele leva vida muito intensa (triathlon, aviação etc) disse para ele que Átila, se não me engano, rei dos hunos, afirmara: “Se não há caminho, nós construímos um”. Parodiando-o, elaborei o seguinte lema para o CTEx: “Se a solução não existe, nós a inventamos.” Ora, ele precisava identificar ou, se for o caso, inventar atividades de que gosta, mas de risco reduzido.

Diante da possibilidade de alta, Isabel permaneceu comigo, exceto durante o jantar; ela optou pelo restaurante Marietas, no Terraço Shopping. A nutricionista é realmente eficaz: no jantar, repetiram omelete, salada, torradas e algumas garfadas da comida destinada à acompanhante.

 

10/Ago/2023 (5ª. F)

Visita do Maj Dr. Salgado e Dr. Gabriel. Perguntou como estava. Respondi que doeu muito durante a noite e dormi muito pouco, contudo, nesse início de manhã, a dor sumiu. Questionei como foi a cirurgia e o Dr. Salgado informou que a instalação de 4 parafusos não é tarefa fácil, mas transcorreu dentro da normalidade. Solicitei os documentos da internação e cirurgia e ele prometeu que os providenciaria algumas horas depois.

A indagação essencial: quando seria a alta. Ele respondeu que eu estava livre, a partir do término dos medicamentos que estavam sendo inoculados na veia.

A partir daí, acho que, pela primeira vez, desde o primeiro dia de internação, fiquei ansioso — a volta para casa era a causa.

Eles saíram, a auxiliar de enfermagem entrou e colocou o antibiótico Cefazolina e o analgésico Tramadol no mecanismo de acesso, com o remédio diluído em soro, o que significava pingar lentamente, durante cerca de meia hora. Que pena que a inoculação não foi com seringa de injeção, vale dizer, direta e rápida.

Isabel tratou de arrumar as coisas e foi levando para o carro, em etapas.

Por volta de 10:00 h, comunicamos para as meninas a saída e pedimos o maqueiro. Apareceu o soldado Freitas com uma cadeira de rodas. Passamos pelo ambulatório de Ortopedia, marcamos a consulta de retorno, conforme orientação médica, para o dia 16 de agosto, às 15:00 h.

Eu entrei no carro com alguma dificuldade e seguimos. Isabel procurou dirigir cuidadosa e lentamente. Qualquer quebra-molas ou pequenos obstáculos no asfalto, causava dor no pé.

Chegamos em casa, Cecília nos recebeu com a cadeira de rodas motorizada e eu me transferi para ela. Causando surpresa, dei umas voltas na garagem e entrei em casa pilotando-a de forma eficaz. Segui para o quarto e cheguei à porta do banheiro. Aí, me transferi para a cadeira de banho e fui para debaixo do chuveiro. A CB é mais complicada de dirigir do que a CRM. Enfim, consegui rapidamente a adaptação para o novo cenário: viver os próximos 30 dias na suíte do térreo da casa, usando muletas, CRM e CB.

Alessandra e Laura (que estava no UniCEUB) chegaram por volta de 11:40 h. Alegria em estado puro, seguida de um quase trauma.

O pé começou a doer e tive a maior crise desde a queda em 31 de julho. Tomei Lisador e Alessandra saiu para comprar Novotram (Tramadol usado no HFA é seu genérico).

A dor era tamanha que chamei Cecília para segurar minha mão. Depois de 40 minutos de quase estado de choque, Alessandra chegou com o Novotram. Tomei-o imediatamente. Passados uns 30 minutos, os remédios começaram a fazer efeito e pude me dirigir para a mesa, onde Isabel e as meninas já estavam almoçando. Em uma primeira abordagem, com a dor intensa, eu não almoçaria. Aliviada a dor, eu me reuni a elas para degustar uma comida deliciosa, o que não fazia há dias.

 

Trato agora das perspectivas subsequentes: 

– dia 16 de agosto (4ª. F) – retorno ao HFA, para consulta, possivelmente, com o ortopedista, Dr. Crapis;

– próximos 30 dias – não apoiar o pé direito no chão; vale dizer, os deslocamentos devem ser com muletas, em cadeira de rodas ou, no caso de banho, em cadeira de banho;

– próximos 6 meses – adaptação ao pé ‘biônico’ e preparação para, se possível, voltar a caminhar de manhã, após 6 meses, durante 60 minutos, 5 vezes por semana; e

– doravante, em qualquer tempo, refletir, pensar e agir à luz de calma e paciência; e avaliação cuidadosa do que fazer e falar.

Assim, está encerrada uma primeira parte do relato de minha lamentável queda da escada e respectiva recuperação.

 

 

Daqui por diante, o relato não será mais diário. Apenas no dia em que houver algum fato relevante, farei o devido registro.

 

 

11/Ago/2023 (6ª. F)

Ontem, passados os momentos de intensa dor, iniciei o processo de adaptação a essa circunstância inédita, que incluía, entre outras as seguintes atividades: morar na suíte térrea (que pelo fato de abrigar os três computadores das meninas, elas apelidaram-na de ‘lan-house’); deslocar-me para o banheiro com muletas, fazer a higiene sentado no banco de plástico e utilizar o chuveiro em cadeira de banho; dirigir-me para a sala em cadeira de rodas motorizada; assistir TV uma boa parte do tempo, atendo-me a programas esportivos e a filmes (estes, quase sempre, vistos parcialmente); e, de quando em vez, telefonar para os irmãos Agton, Aloizio e Angeliqui e cunhado Delaor, para o cunhado Pedro e para amigos diletos. 

Continuo não conseguindo assistir aos noticiários de TV, abordagem que incorporei depois que, a partir das eleições presidenciais de 2022, o governo federal voltou para as mãos das quadrilhas mergulhadas na corrupção, lavagem de dinheiro e conspurcação da gestão pública, que vicejaram na política brasileira de 2003 a 2016.

O apoio de Isabel e das queridas filhas Alessandra, Laura e Cecília tem sido imprescindível. Por vezes, fico constrangido de estar dando a elas tanto trabalho; por outro, confirmo a imprescindibilidade da família, que, não raro, personagens da política e da intelectualidade, envenenados por doença ideológica, querem denegrir e até eliminar.

 

16/Ago/2023 (4ª. F)

Com ansiedade, fiquei aguardando o momento de retornar ao HFA, para a primeira avaliação médica subsequente à alta hospitalar de 10 de agosto.

Isabel e Alessandra me acompanharam. Na recepção do hospital, informaram que não havia cadeira de rodas disponíveis, porém, alguns minutos depois apareceu o soldado maqueiro. Ele me transportou para o ambulatório de ortopedia numa cadeira de rodas que não tinha os suportes para pés; para substituí-los, havia uma improvisada corda. 

Não foi necessário esperar muito tempo. Para minha surpresa, fui recebido pelo Maj Dr. Crapis e pela médica residente. A consulta foi agradável, dado que o Dr. Crapis se mostrou gentil e alegre. Relatei o desconforto dessa primeira semana, as dificuldades para dormir, a retirada paulatina, a partir de domingo, dos remédios analgésicos e outros aspectos. Ele determinou a troca do curativo e, após a retirada cuidadosa pela enfermeira, das bandagens, examinou os dois ferimentos localizados abaixo do tornozelo — o primeiro do lado esquerdo, resultante da primeira cirurgia; e o segundo do lado direito, resultante da segunda cirurgia. Embora, para olhos leigos, parecessem horríveis, o Dr. Crapis considerou-os em estado de normalidade e indicadores do êxito das cirurgias. Ainda bem! 

Evolução da cirurgia ortopédica no lado externo do pé direito
(sedação, anestesia, correção de ligamentos e tecidos do calcanhar, correção do calcâneo multifragmentado com a inserção de 4 parafusos e sutura).
Retorno ao HFA – Brasília – 16/Ago/2023.

Por fim, o Dr. Crapis informou que o retorno seria em duas semanas, isto é, no dia 30 de agosto; e orientou que agendássemos a consulta, com a apresentação de uma radiografia, a ser providenciada na mesma data dessa consulta. Ademais, ele sugeriu a troca da imobilização, que seria feita sobre os curativos, antes da saída do hospital, por bota ortopédica, também chamada bota ‘robofoot’. Disse que dispúnhamos dessa bota, já que Laura ganhou a da avó Maria Helena quando ela sofreu entorse no futebol e imobilizou o pé.

Com uma certa dose de alívio, com o apoio de Isabel, agendamos a radiografia e a consulta e retornamos para casa.

Tão logo cheguei em casa, verifiquei que o inchaço se ampliou e a imobilização estava apertando muito a perna e o pé, sobretudo nos locais dos ferimentos. Então, decidi fazer a substituição pela bota ‘robofoot’.


19/Ago/2023 (Sáb.)

Em casa, constatei que a bota ‘robofoot’ herdada da Laura estava pressionando em demasia os dois ferimentos. Fomos a uma loja e compramos uma bota Mercur, cujos suportes flexíveis eram movíveis, e ao serem retirados aliviavam a pressão sobre os dois ferimentos. Essas botas pesem mais de 1 kg. É incompreensível que não utilizem material resistente e leve, de tal sorte que se construa uma bota na faixa de 400 g.

A rotina da primeira semana após a alta hospitalar se repete de forma entediante e desconfortável. Dormir tem sido a arte da superação. A alimentação está sendo irregular e o metabolismo alimentar apresentou problema; durante três ingeri comprimidos de Floratil. Há a perspectiva de precisar consultar um médico (gastroenterologista ou nutrólogo? A ver!).

Um objetivo para esse período seria a leitura. Não estou conseguindo tranquilidade para ler; parei no terceiro capítulo de Oppenheimer. Preciso força e energia para continuar. Andei escrevendo uns poucos garranchos. Transcrevo-os a seguir.

 

Não desistir jamais

 

Quando você estiver triste, lembre-se que a alegria é um sentimento que também está dentro de você!

Quando você for derrotado, não esqueça de que você já teve vitórias e muitas outras serão possíveis!

Quando você estiver cansado, trate de descansar pois sua energia torna-lo-á pronto para o próximo embate!

Quando você se sentir só, lembre-se que a solidão é passageira e sempre há alguém que pode ampará-lo!

Quando você estiver desanimado, não esqueça que a coragem o estimula a prosseguir.

Quando você tiver a sensação de que está retrocedendo, lembre-se de firmar o pé e motivar a mente para seguir adiante.

Quando você estiver diante de um obstáculo, desborde-o e siga para a vanguarda.

Quando a solução não existe, invente-a.

Quando não encontrar a trajetória, construa-a.

Quando você estiver desesperado, lembre-se que a calma, a paciência e a fé equivalem à brisa suave que alivia e ao sorriso de uma criança que enternece.

Quando a raiva ficar evidente, use a razão e a lógica, acalme-se e faça o bom senso prevalecer.

E por último e primordialmente relevante, lembre-se de tentar sempre, desistir jamais e vencer sempre que possível — assim, as vitórias serão majoritárias nas sendas de sua trajetória.

 

 

E assim o tempo vai passando.

 

 

Nesses dias complexos da recuperação das duas cirurgias resultantes da fratura múltipla e exposta do calcâneo, passo o tempo entre a suíte térrea, o banheiro e a sala, deslocando-me com muletas, com cadeira de rodas motorizado ou cadeira de banho; e em uma boa parte do tempo, aferro-me ao celular, ao computador e à TV.

Bisbilhotando músicas para inserir no aplicativo Apple Music, encontrei um vídeo da obra-prima de Joaquin Rodrigo, o Concierto de Aranjuez, interpretado pela Orquestra Sinfônica Nacional Dinamarquesa, sob a condução de Rafael Frühbeck de Burgos, e tendo no violão o magistral Pepe Romero.

Diria que vale a pena assistir ao vídeo centenas de vezes, até porque a música está entre as dez melhores músicas já compostas pelo ente humano; e também porque o magistral 2º. Movimento, Rodrigo o criou em uma madrugada em que vivenciava a tragédia da perda de um filho por sua amada esposa.

Ao ouvir o Concierto, lembrei-me de que, com mais de 50 anos, já doente e próximo do final da vida, Steve Jobs recebeu a visita de Yo Yo Ma. O músico compensava a promessa não cumprida, por fato imprevisto, de comparecer ao casamento do amigo e interpretar sua música favorita. Nessa ocasião, Yo Yo Ma levou seu violoncelo Stradivarius e interpretou a Serenata de Schubert. Aí Jobs mencionou sua descrença em Deus, ressalvada pela impossibilidade de o violoncelista tocar daquela forma sem a ajuda Dele.

No campo de comentários do vídeo excepcionalmente bem-feito da obra de Rodrigo, acrescentei a seguinte paródia da expressão de Jobs:

 

 

If he didn’t say it, surely Steve Jobs would say: “I even thought I didn’t believe in God, but after I heard this song, there was no doubt, the composer could not have created it without His help!”

 

 


20/Ago/2023 (Dom.)

Isabel decidiu que, hoje, o almoço fosse churrasco, feito pela Laura que, não raro, me ajudava em ocasiões anteriores. Ela me pediu para que eu a apoiasse. Foram necessárias poucas intervenções: uso do dispositivo elétrico para acender o carvão, espessura do corte da picanha e colocação da carne no espeto (é preciso cuidado para não espetar o dedo); enfim coisas simples que deram segurança à querida filha, iniciante na arte de preparo do churrasco. 

Valeu a pena! O churrasco ficou muito bom e os deslocamentos na varanda dos fundos da casa me tiraram de rotina entediante. Ademais, fiquei motivado para não me limitar ao trânsito entre o quarto, o banheiro e a sala. Assim, no dia seguinte, resolvi me deslocar para a varanda e dar uma volta na orla da piscina.

Esse passeio no quintal se mostrou desejável e promissor. 

 

22/Ago/2023 (3ª. F)

Hoje é a celebração de 110 anos de nascimento de papai Oscar. O entardecer está magnífico. Registrei-o com uma boa sequência de fotos. Elas são apresentadas a seguir.

 








Imagens do crepúsculo vespertino, obtidas em passeio na cadeira de rodas motorizada,
na orla da piscina da Casa em Cima do Mundo – Brasília – 22/08/2023.

 

26/Ago/2023 (Sáb.)

A sogra Maria Helena, preocupada com minhas atuais limitações, enviou-me mensagem sugerindo que visse o vídeo Dirt 17, atinente a 17 paraquedistas, insubordinados, mas heroicos, que atuaram na Segunda Guerra Mundial. Enviei-lhe a resposta transcrita a seguir.

 

 

Maria Helena, bom dia,

Procurei Dirt 17 no canal Discovery Science e também no Discovery History, mas não encontrei.

Acabei descobrindo o filme Dirty Dozen com um elenco estelar, sobre um tema similar — participação de gente complicada na Segunda Guerra Mundial. Se não existir em algum canal ‘streaming’, vou comprar o DVD, ao lado de Deserto dos Tártaros. Este baseado em livro do Lino Buzatti (considerado o maior escritor italiano do século XX. Será que é mesmo?).

Antes da fratura, adquiri os seguintes DVDs de filme sobre Beethoven:

O Segredo de Beethoven; e 

A Amada Imortal.

O primeiro vi ontem. É bom mas pesado e complexo. Parece que o outro, é melhor.

Já que, por enquanto, não posso ver um filme que está na crista da onda nos cinemas, peguei dois livros correlatos que tinha há alguns anos e comecei a ler. São eles: 'Oppenheimer – Uma Biografia'  e  'Making the Atomic Bomb', ambos enormes calhamaços. Não consegui passar dos primeiros capítulos.

Enfim, esperava ler muito, mas o desconforto ainda é grande.

Escrevi para as meninas um diário sobre a passagem pelo hospital e os dias subsequentes. Ficou um pouco longo e por isso posso ter prejudicado o interesse de parte delas.

Bom, essa mensagem ficou longa. É um ‘passa-hora’ de quem não pode fazer nada, além de pilotar as muletas, a cadeira de rodas, a cadeira de banho e o controle da TV.

Um bom fina de semana.

Bjs

 

 

30/Ago/2023 (4ª. F)

Conforme previsto, compareci ao HFA, para radiografia, avaliação, troca de curativo, com a retirada dos pontos, e orientação das próximas etapas.

Tomei a decisão de levar a cadeira de rodas motorizada. Valendo-se da experiência vivenciada com seu pai, a funcionária doméstica Aline ajudou Isabel na preparação da cadeira de rodas (retirada da bateria, que pesa cerca de 8 kg; e dobragem). Em realidade, a dobragem mostrou-se inconveniente e então, bastou a retirada da bateria. O funcionário jardineiro Hélio colocou a cadeira de rodas e a bateria no chevrolet Spin. Isabel dirigiu o carro e me levou ao HFA.

Chegamos no hospital 11:15 h. Pilotando a cadeira de rodas, fomos para o laboratório tirar o raio X. Depois, voltamos para a recepção e Isabel foi à lanchonete e comprou sanduíches e coca-cola para o almoço. Evitamos alimentarmo-nos na recepção, porque havia muita gente aguardando atendimento. Fomos almoçar no carro, que ficou estacionado nas proximidades.

Radiografia do Pé Direito – Aléssio Ribeiro Souto.
HFA – Brasília – 30/Ago/2023.

Por volta de 12:40 h, fomos para o ambulatório, onde aguardamos cerca de meia hora.

Fomos recebidos pelo Maj Dr. Crapis e pela médica residente, Dra. Carolina. Relatei o desconforto em qualquer movimento, a dor leve no terceiro ferimento (parte posterior do calcanhar), a dificuldade em dormir, os problemas com o metabolismo alimentar e a sensação de melhoria lenta. Na avaliação do Dr. Crapis, ficou evidenciada a normalidade da evolução. Porém, para mim, ocorreu uma surpresa: ele mencionou que o quarto parafuso (o maior deles) seria retirado. Como a consulta foi demorada, acabei por não obter os esclarecimentos requeridos. Qual a razão? Seria pela instalação com a cabeça fora do osso?

Ele transmitiu a seguinte orientação:

– até 9 de setembro – manter a imobilização;

– a partir de 10 de setembro – iniciar a mobilização do tornozelo — significa movimentar o tornozelo, sem apoiar o pé no chão;

– a partir de 10 de setembro – permanecer sem imobilização enquanto estiver em casa, e para sair recolocar a bota ‘robofoot’;

– 18 de outubro – realização de raio X;

– 18 de outubro – retorno em ambulatório;

– 09 de novembro – previsão para iniciar a andar.

Por óbvio, ficou evidenciado que serão pelo menos 3 meses de utilização de muletas, cadeira de rodas e cadeira de banho.

Ele determinou que fosse substituído o curativo, com a retirada dos pontos. Alguns pontos do ferimento da cirurgia ortopédica deixaram de ser retirados porque o local estava muito dolorido e ligeiramente inflamado. Então, o Dr. Crapis preferiu que a retirada dos pontos fosse concluída dentro de uma semana — retorno adicional em 6 de setembro.

Após a conclusão do novo curativo, voltamos para casa.


31/Ago/2023 (5ª. F)

Ao tomar conhecimento de meu problema no calcanhar, o amigo Paulo Roberto sugeriu um contato com o Dr. Gildásio Daltro, em Salvador.

O Dr. Gildásio é médico, professor, doutor e livre docente da Universidade Federal da Bahia (UFBa).

Fez aperfeiçoamento em cirurgia no pé e no tornozelo (480 h), no hospital San Rafael, na Espanha.

Fez aperfeiçoamento em cirurgia no quadril (240 h), no hospital Raymond Poincaré, na França.

É membro da International Society for Stem Cell Research (ISSCR).

É membro Conselheiro da Revista Current Stem Cell Research and Therapy (2016)

É membro de Honra da Société Française de Chirurgie Orthopédique et Traumatologique (SOFCOT).

O Dr. Gildásio é especialista em Medicina Regenerativa Óssea com célula-tronco, que normalmente pode ser utilizada em lugar de Cirurgia Ortopédica com prótese. Contabiliza mais de 600 intervenções com célula-tronco.

Atualmente, o Dr. Gildásio é rico e idoso (76 anos), e trabalha no Hospital Universitário da UFBa, com o vigor similar ao de médicos mais jovens.

Em 2022, o Paulo Roberto deixou Brasília, onde lhe tinham proposto cirurgia ortopédica com prótese metálica na bacia, foi para Salvador, e se submeteu ao tratamento do Dr. Gildásio —regeneração do osso traumatizado com célula-tronco.

É imperioso asseverar que o Dr. Gildásio está tentando emplacar um projeto governamental no Ministério da Saúde, atinente ao tratamento ósseo com célula-tronco, que vai beneficiar, sobretudo, as camadas mais carentes da população.

No início da tarde deste 31 de agosto, o Paulo Roberto acertou um contato meu com a Dra. Valéria, assessora do Dr. Gildásio. Às 16:10 h, telefonei; ela estava no trânsito, dirigindo e me disse que retornaria a ligação mais tarde. Às 18:40 h, o próprio Dr. Gildásio me telefonou e solicitou um relato do problema. Transmiti uma síntese do que ocorreu e disse que poderia enviar cópias de raio X e de tomografia (que eu tinha preparado adredemente); ele concordou e desligamos. 

Em meia hora, o Dr. Gildásio me telefonou de volta e deu uma aula sobre o tratamento e recuperação de fratura multifragmentar e exposta do calcâneo. Ele me impressionou pela simplicidade pessoal, e por objetividade e precisão profissionais.

Afora, a tranquilidade e segurança transmitidas em relação ao tratamento correto, recebido no HFA, pela equipe dirigida pelo Dr. Alessandro Crapis, o Dr. Gildásio aduziu que o parafuso grande deverá ser retirado depois que as partes traumatizadas estiverem reconstituídas, o que deve ocorrer a partir de 3 meses da cirurgia ortopédica. De qualquer sorte, ele confirmou que a recuperação é trabalhosa, demorada, requer cuidados especiais e cumprimento rigoroso da orientação recebida.

É imperioso enfatizar que, do conhecimento da existência do médico, ao diagnóstico, em comunicação online, transcorreram menos de cinco horas.

 

Registro essa sequência de informações, motivado pela consciência de que seres humanos há que vivem no limite do que é possível, para cuidar do bem-estar de seus semelhantes e para construir-lhes um mundo melhor.

Enfim, minha admiração, respeito e homenagem ao amigo Paulo Roberto, ao Dr. Alessandro Crapis e ao Dr. Gildásio Daltro, integrantes do universo daqueles que vivem virtuosamente, lançando luzes pelas sendas percorridas.

 

 


6/Set/2023 (4ª. F)

Finalmente, chegou o dia agendado para a conclusão da retirada dos pontos.

Com a ajuda da Laura, Isabel colocou a cadeira de rodas motorizada no veículo Chevrolet Spin — uma operação trabalhosa porque a cadeira pesa mais de 20 kg e a bateria contribui com uns 7 kg. Seguimos pois! Como sempre, Isabel dirigiu com muito cuidado.

Na chegada do HFA, o soldado Tiago ia passando e eu pedi-lhe auxílio para tirar a cadeira do carro e montá-la, lembrando-lhe que, anteriormente, ele já tinha me transportado na cadeira de rodas do hospital.

No ambulatório de ortopedia, fomos recebidos pelo Dr. Crapis e pela interna Dra. Carolina. Relatei-lhes que a cada dia, o transtorno e o desconforto reduziam gradual e lentamente. Os ferimentos laterais não causavam dor, mas o ferimento na parte posterior do calcanhar continuava dolorido em alguns movimentos ou quando encostava em qualquer superfície.

Ante meus questionamentos, o Dr. Crapis prestou os seguintes esclarecimentos:

– a fisioterapia terá início a partir de 10 de novembro; 

– a dor no calcanhar é causada pelo parafuso grande; 

– o parafuso grande deverá ser retirado 6 meses após a cirurgia ortopédica, vale dizer, por volta de abril de 2024; 

– os três parafusos pequenos não serão retirados;

– de 9 de setembro a 9 de novembro (quando voltarei a caminhar), a bota ortopédica pode ser retirada em casa, o pé pode ser apoiado no chão, mas o peso parcial ou total do corpo não pode ser colocado sobre o pé.

 

Adicionalmente, o Dr. Crapis transmitiu a seguinte orientação:

– o curativo deve ser feito em casa diariamente;

– antes de tomar banho, retirar a bota ortopédica e o curativo e, após o banho, refazer o curativo;

– os ferimentos devem ser limpos com gaze embebida em soro fisiológico e, após secar, cobri-los com gaze seca e envolver o conjunto com atadura.

Após essa orientação, passei para a sala de curativos, para a conclusão da retirada dos pontos e novo curativo. Após a retirada do curativo antigo, o Dr. Crapis apareceu na sala, deu uma olhada, declarou que a evolução estava normal e repetiu a orientação para o curativo diário em casa. 

Embora a enfermeira demonstrasse conhecimento do processo, constatei que se tratava de uma pessoa estranha — seu cabelo é pintado de rosa, usa piercing nos lábios e na sobrancelha e treme as mãos quando usa os instrumentos para retirada dos pontos. Ela fez a limpeza dos ferimentos, colocou a gaze e envolveu o pé em atadura. Eu solicitei que ela acrescentasse gaze também no pequeno ferimento do calcanhar. Ela fez de maneira que considero incorreta: não retirou a atadura já colocada e ao invés de colocar uma camada de gaze em seu tamanho natural, acrescentou um bolinho de gaze, e prosseguiu com o envolvimento da atadura. Pensei com meus botões: se aumentar a dor, quando chegar em casa, eu corrijo.

Assim, devidamente orientado e com o otimismo daqueles que estão submetidos às condições de pessimismo, retornei para casa imaginando as atividades a praticar durante dois meses de convivência amigável com as muletas, cadeira de rodas motorizada e cadeira de banho.


 

8/Set/2023 (6ª. F)

Permanecer em casa durante todo o tempo da recuperação, impõe-me alguma atenção à malsinada conjuntura política — a despeito de continuar sem ler esse tema em jornal e sem assistir à TV (fico apenas com futebol e cinema). Por essa razão, saio dos objetivos deste registro de meu infortúnio, para tratar de questão nacional relevante.

De forma geral, a imprensa ignorou a ausência de público nas celebrações da independência neste 7 de setembro de 2023 e, como vem fazendo com reprovável insistência, prefere dar destaque à mal explicada questão das joias envolvendo o ex-presidente Bolsonaro e seu ajudante de ordens, o Tenente Coronel Mauro Cid.

Como já asseverei com insistência, nas interações pessoais, nos âmbitos familiar e dos amigos, não vale a pena discutir, ofender e brigar — como não raro sói acontecer, na atual conjuntura —, contudo é imperioso não abrir mão um átimo sequer dos valores, da crença e da fé que move a evolução resultante da orientação de nossos pais e das boas escolas que frequentamos. 

Nesse sentido, registrar nos meios disponíveis, nosso pensamento e visão, é preciso. A seguir, transcrevo o texto que postei no Facebook dos seguintes jornais: Estadão, da Folha de São Paulo e Correio Braziliense.

 

Na mídia tradicional, nenhuma notícia sobre o fiasco das celebrações da independência do reinado de CorruPTozumba. 

Nenhuma referência aos 11 caminhões com containers carregados de objetos surrupiados dos palácios do reinado de CorruPTozumba. 

Claro, seria imperiosa a referência ao fato de que em 2022, de forma abominável, lideranças políticas, judiciais, empresariais e militares, com o apoio de parcela da população, desencadearam o retorno ao reinado de CorruPTozumba — um estado de distopia, caracterizado pela aceitação de desmandos políticos, gestão econômica catastrófica, corrupção, atuação judicial fora da Carta Magna e risco de socialização. 

E, como consequência, na atual conjuntura, o retorno ao reinado de CorruPTozumba correspondeu ao ingresso no maior retrocesso político, econômico e social da história.

Dúvida não resta! É tão simples quanto a brisa suave que alivia ou o sorriso da criança que enternece; tão complexo quanto a estupidez que ofende e conspurca a realidade; tão hediondo quanto a opção e vocação humanas pelo socialismo que elimina a liberdade, agride a ética e elimina humanos — não importando se nacional-socialismo, socialismo real ou socialismo do reinado de CorruPTozumba.


10/Set/2023 (Dom.)

Hoje, deixei de usar a bota ortopédica em casa. Para tomar banho, retiro o curativo e deixo água e sabão passar sobre os três ferimentos — do lado esquerdo e do lado direito do pé e na parte posterior do calcanhar.

Após o banho, faço novo curativo, envolvendo limpeza adicional e cuidadosa, com soro fisiológico e gaze; depois de secar o pé, coloco gaze sobre cada um dos ferimentos e envolvo o pé com atadura.


A primeira troca de curativo, no dia 10 de setembro, foi feita com primor e eficácia pela querida filha Alessandra. 

 

Em 11 de setembro, ocorreu uma conversa inesperada e desagradável porque a Alessandra disse que ontem “havia esquecido de colocar o soro fisiológico na geladeira”

Eu repliquei de forma irritada que ela “não pode esquecer algo assim, uma vez que na Medicina, algum esquecimento pode ter consequência fatal.” 

Ela asseverou que “eu a acusei do risco de matar gente”, uma afirmação que não corresponde ao que eu falei. 

Ela acrescentou “que eu surtei”

Por óbvio, ela não teve a paciência que um paciente requer; e eu não tive a paciência requerida com a filha muito jovem — e convencida de sua infalibilidade. 

Então, pedi para ela parar o que estava fazendo e sair da suíte; e aí eu fiz o curativo sozinho. 

Foi péssimo eu, como paciente ter reagido de forma impaciente, mas foi bom eu ter encarado, com independência, essa delicada troca de curativo.

 

 

Dormir sem a bota ortopédica tem sido mais confortável. Estou acordando apenas uma ou duas vezes por noite; e não quase de hora em hora como antes.

Essa rotina de troca de curativo vai se repetir diariamente até o dia 9 de novembro.

Até hoje, tenho evitado olhar para os ferimentos e até mesmo fotografá-los. Ora, trata-se de história e imagem vale mais que monte de palavras; então, mudo a abordagem. Quem não quiser ver, feche os olhos — afinal, nem bonito, nem agradável; e até mesmo desagradável.


14/Set/2023 (5ª. F)

Decidi enviar para o Dr. Crapis, fotos e um relato da evolução de minha recuperação, questionando e solicitando orientação.

Releva mencionar que, em meu entendimento, a movimentação do pé deveria ocorrer a partir do início de novembro. Na realidade, essa movimentação deveria começar a partir do dia em que retirei a bota ‘robofoot’. Então, propus ao Dr. Crapis uma sequência de exercícios (movimentos no plano vertical, movimentos no plano horizontal e rotação da ponta do pé) e ele aprovou.

A seguir, são apresentadas a sequência de mensagens e as fotos enviadas via WhatsApp.


 

  

  
 

Evolução da cirurgia na parte interna do pé direito.
Casa em Cima do Mundo – Brasília – 14/09/2023.

Evolução da cirurgia ortopédica no lado externo do pé direito.
Casa em Cima do Mundo – Brasília – 14/09/2023.

Evolução da cirurgia ortopédica na parte posterior do calcanhar.
Casa em Cima do Mundo – Brasília – 14/09/2023.

Parte superior do pé direito.
Casa em Cima do Mundo – Brasília – 14/09/2023.

 

  

15/Set/2023 (6ª. F)

Iniciei os exercícios de mobilização aprovados pelo Dr. Crapis. A primeira sequência foi lenta, cuidadosa e de pequena amplitude. Tendo como referência a ponta dos dedos, fiz os três tipos de movimento do pé direito, com três repetições: movimento no plano vertical, para cima e para baixo; movimento no plano horizontal para a esquerda e para a direita; e movimento circular. Em realidade, para cada movimento, repeti a mobilização algumas vezes para sentir a reação. Não houve dor e, aparentemente, não houve qualquer outra reação.


19/Set/2023 (3ª. F)

De 15 de setembro até esta data, fiz a sequência de exercícios ao acordar e, à tarde, antes do banho. Surpreendentemente, cheguei a 10 repetições para cada exercício; e repeti cada sequência de movimento duas vezes, sem que houvesse reação negativa.

Hoje, ao tirar as ataduras e fazer os exercícios de mobilização, antes do banho, notei que apareceu pus ralo na ponta posterior da cicatriz da cirurgia ortopédica, na parte externa do pé direito. O pus continuou saindo após cada uma das três limpezas com lenço de papel. Isso significa que, daqui para frente, tenho que observar com atenção. Se o processo continuar amanhã, vou fotografar e submeter ao Dr. Crapis.


23/Set/2023 (Sáb.)

De ontem para hoje, dormi um pouco melhor do que nos dias anteriores. A pequena inflamação constatada há quatro dias, deu uma melhorada, não há mais pus. 

Eu comecei a manhã fazendo a sequência de exercícios que, por precaução, deixara de fazer ontem. Fiz dez repetições de cada um dos três movimentos planejados; e em seguida, fiz uma segunda rodada de exercícios. Não houve dor ou qualquer outra reação negativa. 

Vale lembrar que, no século XXI, a Medicina se ampara fortemente na Biologia da crença, o que significa ter pensamento positivo, otimista, bem como ânimo, crença e fé na melhora e na cura. É imprescindível expurgar, ignorar e esquecer o desânimo, a mágoa e a raiva!

As fotos de ontem, 22 de setembro, mostradas a seguir indicam a citada melhora.




 

26/Set/2023 (3ª. F)

O Dr. Crapis me enviou mensagem indagando-me como estava passando. Ao final, ficou acertado que, em 4 de outubro, eu devo comparecer ao HFA para que ele faça uma avaliação presencial, que antes não fora planejada.

A seguir, seguem as mensagens e as fotos de 25 de setembro.

  



Conforme alerta da querida filha Alessandra, é habitual na Medicina, denominar a parte interna de cada um dos pés de medial, e a parte externa de lateral. Então, o que eu chamava antes de parte interna (ou lado interno) do pé direito, chamo agora de medial do pé direito; e o que chamava de parte externa (ou lado externo) do pé direito, chamo agora de lateral do pé direito. Trata-se de um detalhe que contribui para a simplicidade.

29/Set/2023 (6ª F)

A recuperação segue lenta e gradual. Estou fazendo os habituais os três tipos de movimento — vertical, horizontal e circular. A rigor, são quatro tipos, já que o movimento circular é feito no sentido horário e no anti-horário. A sequência completa é repetida três vezes; a primeira compreende dez repetições; a segunda, doze repetições; e a terceira, quinze repetições.

As fotos mostram a situação de ontem, 28 de setembro. Dá para perceber que, na medial, há pequena inflamação na parte superior da cicatriz. Na lateral (onde a cirurgia foi mais recente, i. é, nove dias após a cirurgia da medial), a evolução parece mais adiantada.


 

30/Set/2023 (Sáb.)

Desde 31 de julho, quando caí da escada e fraturei o calcâneo, não saí de casa, a não ser para ir ao hospital. Passei três meses sem cortar o cabelo. Então, no final da manhã, fui à Barbearia Cícero, na SCLRN 714, onde fui atendido pelo Rony nas últimas três vezes. Ele foi embora; então, hoje, tive o cabelo cortado pelo Luciano, barbeiro que já trabalhou no Ministério da Defesa — é bom profissional, bem como comunicativo e cuidadoso no trato.

À tarde, fiz o primeiro passeio no período subsequente à queda da escada. Fui ao Shopping Iguatemi com as queridas Isabel, Alessandra, Laura e Cecília. As filhas providenciaram uma Scooter Elétrica Motorizada, que me permitiu ir ao Cinemark com elas. Vimos o filme Som da Liberdade e depois jantamos na Praça de Alimentação. 

No atinente ao filme, transcrevo o texto que inseri anteriormente neste blog e no Facebook.

 

 

Tráfico de crianças

 

O recém-lançado filme Som da Liberdade tem causado polêmica inexplicável, isto é, explicável para a mídia de esquerda que tudo fez para ignorar e não divulgar a película. Porém, o tema é candente e dramático uma vez que aborda o inominável tráfico de crianças.

Opinei no campo de ‘Comentários do Público’ no portal Google.

 

O filme deve ser visto por todos aqueles que defendem a Liberdade, a Verdade, a Coragem e a Ética.

É preciso lembrar que os socialistas — não importando se nacional-socialistas, socialistas reais ou socialistas de CorruPTozumba — têm se insurgido contra o filme no mundo inteiro.

Ora, é compreensível, já que esses socialistas pensam e agem em favor da supressão da Liberdade, da conspurcação da Democracia, da eliminação da iniciativa privada, da observância do autoritarismo judicial, da prevalência da centralização das ações governamentais e, por último e primordialmente relevante, do assassinato dos opositores (é o caso da Alemanha nacional-socialista, da União Soviética, Cambodja, Cuba e Venezuela, socialistas reais — todos tão admirados e pranteados pelos socialistas de CorruPTozumba).

Enfim, o filme deve ser visto por todos aqueles que defendem as crianças de quaisquer violências, sejam oriundas de simples agressão, de tráfico de pessoas, de tráfico de drogas e de outras formas de ações nefastas e hediondas.

Simples como a brisa suave que alivia e como o sorriso de uma criança que enternece.

Simples assim!

 


O filme é excelente — opinião unânime entre a esposa e filhas. Trata-se de denúncia de um crime hediondo; e de alerta e apelo para que todos se voltem para a defesa e proteção das crianças indefesas.


1º./Out/2023 (Dom.)

A evolução continua gradual e lenta, mas em cada dia, as cicatrizações parecem melhor do que no dia anterior. Ressalva para as pequenas inflamações que surgem fora de cada cicatriz. Elas não parecem consequência das cirurgias; há a tendência de que sejam resultantes de problema dermatológico anterior. Na consulta do dia 4 de outubro, vou questionar o Dr. Crapis sobre essa questão.

As fotos mostram as cicatrizes em bom estado e as inflamações nas proximidades.



4/Out/2023 (4ª F)

Conforme acertado com o Dr. Crapis, compareci ao HFA para avaliação do estado da recuperação das cirurgias na medial e na lateral do pé direito.

O Dr. Crapis afirmou que o estado dos dois lados do pé direito estava satisfatório. A evolução estava melhor do que o esperado. Diante do questionamento das bolhas que surgiram acima das cicatrizes, ele declarou que eram consequência da cirurgia. Em relação aos exercícios de movimentação do pé, relatei as sequências de movimentos e as repetições; e ele aprovou o prosseguimento de acordo com o que estava sendo feito.

Foi determinada a alteração da próxima consulta. Ao invés de 18 de outubro, bastava retornar após completados 90 dias da cirurgia ortopédica na lateral do pé direito, isto é, em 8 de novembro.

9/Out/2023 (2ª F)

Hoje, completam 60 dias da cirurgia na lateral do pé direito.

De quinta para sexta-feira e de domingo para segunda-feira, pela primeira vez, houve retrocesso na evolução da recuperação. Quer dizer, deixou de valer a máxima: “cada dia um pouquinho melhor do que o anterior”.

Os detalhes da situação constatada estão descritos na troca de mensagens com o Dr. Crapis, em que ele orientou para comparecer a uma consulta extra-planejamento no HMab, na próxima quarta-feira.

A seguir, é mostrada a troca de mensagens e as fotos. 

    




11/Out/2023 (2ª F)

Compareci ao HMab, para a consulta com o Dr. Crapis. 

Relatei-lhe que, pela primeira vez, em um pouco mais de 60 dias, houve um retrocesso na evolução da recuperação das cirurgias. De quinta para sexta-feira e de sábado para domingo últimos, a medial e a lateral do pé direito ficaram ligeiramente pior do que no dia anterior. As bolhas com água em volta da cicatriz da cirurgia, com até 1,5 cm de comprimento — afora o aspecto visual preocupante — estão causando aumento do inchaço e dor em qualquer movimento; e, em consequência, parei de fazer os exercícios que vinha fazendo com êxito.

Minha percepção é que o Dr. Crapis ficou um pouco surpreso. Eu questionei se essas bolhas não eram resultado de um problema anterior, que já foi tratado há 3 anos — pequenas bolhas que causavam ferimento mínimo e cicatriz (mostrei os indícios que tenho na perna: pequenas manchas brancas). Ele disse que não parece que a causa desse problema seja o tratamento da fratura; e que não há indícios de inflamação resultante da cirurgia. Enfim, diante da incerteza por ele demonstrada, sugeri que consultasse um dermatologista; ele concordou e fez o encaminhamento.

Fui à Direção e pedi que, se possível, eu fosse atendido ainda hoje na parte da manhã. O Soldado Pedroso conseguiu um encaixe com a Major Doutora Ana Paula — curiosamente, ela foi a dermatologista que atendeu a Cecília, no prosseguimento do tratamento iniciado com o Dr. Joel, com o complexo medicamento para acne, chamado Roacutã.

Relatei o problema dermatológico surgido há 3 anos, a fratura do calcâneo, as subsequentes cirurgias e o agravamento da recuperação com o surgimento das bolhas. A Dra. Ana Paula demonstrou alguma surpresa e dúvida. Disse que prescreveria o remédio (aplicação, de 14 a 21 dias, de Kollagenase com Clorafenicol, pomada destinada ao tratamento de lesões da pele em que é indicado o desbridamento, isto é, a retirada de tecido desvitalizado; e antibioticoterapia tópica em feridas, úlceras e lesões necróticas em geral). A aplicação da pomada deveria ser 2 vezes ao dia, os ferimentos deveriam ficar descobertos e só deveria refazer o curativo com gaze e atadura para dormir. Após a recuperação das cirurgias, eu deveria retornar para nova avaliação e tratamento do problema dermatológico. Enfim, fui medicado sem que houvesse o diagnóstico atinente à causa do surgimento das bolhas.

 

12/Out/2023 (Dom.)

 

Agora mais uma grande crise mundial.

Israel (com 9,4 milhões de habitantes, sendo 6,7 milhões judeus e 1,9 milhões árabes muçulmanos) está localizado no Oriente Médio, na extremidade direita do Mar Mediterrâneo. 

Israel tem a Leste a Cisjordânia (com 3 milhões de habitantes palestinos muçulmanos e 400 mil israelenses (estes dispostos em 230 assentamentos), sob a gestão da Autoridade Palestina; ao Sul, a faixa de Gaza (com 2 milhões de habitantes, muçulmanos sunitas), desde 2007, sob a gestão do grupo terrorista Hamas; e ao Norte, encravados na faixa Leste do território do Líbano, os terroristas do Hezbollah, cerca de 100 mil palestinos xiitas, financiados pelo Irã e pela Síria.

Em 8 de outubro, ocorreu em Israel a dramática e hedionda operação dos terroristas do Hamas. Os agressores atacaram 22 cidades de Israel por ar, por terra e por mar, causando em um primeiro momento mais de 700 mortes e mais de 1200 feridos. Houve assassinatos de crianças, adultos e idosos (em alguns casos, a família inteira), com destaque para o sacrifício de 40 bebês; e de mais de 100 militares, com destaque para um subcomandante e 2 comandantes de brigada.

Israel declarou guerra ao Hamas e está bombardeando continuamente os locais da faixa de Gaza que abrigam pessoal e equipamento desse grupo terrorista.

Passei toda a manhã deste domingo, traduzindo artigos do jornal The New York Times, que caracterizam a terrível falha das Forças Armadas israelenses:

– Ataque do Hamas Levanta Questões Sobre Falha da Inteligência Israelense (Hamas Attack Raises Questions Over na Israeli Intelligence Failure); e 

– Como as temidas Forças Armadas de Israel Não Conseguiram Impedir o Ataque do Hamas (How Israel’s Feared Security Services Failed to Stop Hamas’s Attack)

e artigo do jornal The Israel Times:

– Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel Admite Falhas e Promete Investigação; Jura ‘Desmantelar’ o Hamas (IDF Chief Admits Failures and Promises Investigation; Vows to ‘Dismantle’ Hamas).

Enfim, cuidei de absorver ensinamentos militares da área de Inteligência e do campo Operacional. Fiz questão de enviar para os amigos mais voltados para essas questões, no âmbito da turma Marechal Mascarenhas de Morais/AMAN 1972.

 


14/Out/2023 (6ª F)

Como resultado do tratamento prescrito pela Dra. Ana Paula, houve uma ligeira melhora dos dois lados do pé direito, com a ressalva de que pelo menos uma bolha da medial do pé direito continua eliminando líquido continuamente.

 

Evolução da cirurgia na medial do pé direito

Casa em Cima do Mundo – Brasília – 14/Out/2023


 

Evolução da cirurgia na lateral do pé direito

Casa em Cima do Mundo – Brasília – 14/Out/2023

 

16/Out/2003 (2ª F)

O medicamento Kollagenase, prescrito pela Dra. Ana Paula, causou a aceleração da recuperação das cirurgias na medial e na lateral do pé direito, entretanto parece que agravou as bolhas surgidas nas proximidades das cicatrizes. Essas bolhas, quando furadas (naturalmente ou por minha ação), expelem líquido meio amarelado e depois evolui para ferimento. Por essa razão e pelo fato de que as bolhas chegaram até 1,5 cm de comprimento, marquei consulta para o dia 18 de outubro (4ª F) com o Coronel Dr. Joel, dermatologista do HFA, que está prestes a completar 82 anos e continua trabalhando com afinco e generosidade. A propósito, ele atendeu recentemente a Alessandra e a Cecília e o tratamento prescrito foi caracterizado por eficácia e excelência.

 

Evolução da cirurgia na medial do pé direito

Casa em Cima do Mundo – Brasília – 15/Out/2023


 

Evolução da cirurgia na lateral do pé direito

Casa em Cima do Mundo – Brasília – 15/Out/2023

 

18/Out/2003 (4ª F)

Isabel me deixou no HFA e — em sua faina insuperável, nesses dias de minha imobilização e impossibilidade de ajuda em casa — levou Cecília ao HMab para atendimento com a Dra. Ana Paula.

Expliquei ao Dr. Joel meu problema, desde a queda no dia 31 de Julho, até o presente, com ênfase para a questão das bolhas e ferimentos, que tem sido agravados com o passar do tempo. Mencionei a ele a suposição de que a evolução das cirurgias segue na normalidade, porém, o surgimento de bolhas e subsequentes ferimentos no nível da pele parecem ser resultantes de impacto das cirurgias em um problema anterior, surgido há uns três anos que, a despeito de tratamento, ainda não foi totalmente equacionado. Essa hipótese é corroborada pelo fato de que coceira e pequenos ferimentos ocorreram também na cabeça, nas mãos, nas pernas e na genitália.

O Dr. Joel examinou cuidadosamente e afirmou que essa questão deverá ser acompanhada, inclusive após a recuperação das cirurgias. Ele receitou a pomada Verutex B, que ele próprio está utilizando em pequenos ferimentos no tórax, decorrentes da aplicação de nitrogênio em manchas na pele — e que ele receitara para a Alessandra, também para a pós-aplicação de nitrogênio nas costas, em manchas da pele. Ele receitou também o medicamento Hixizine, com o objetivo de coibir a coceira e suas consequências.

Como Isabel teria que acompanhar Cecília na consulta do HMab, depois a levaria à UnB e, em seguida, apanharia Laura na UniCEUB, decidi voltar para casa de Uber.

 

25/Out/2003 (4ª F)

O tratamento com Verutex e com Hixizine teve efeito positivo. Tanto as bolhas nas vizinhanças da cicatrização das cirurgias, quanto as coceiras nas outras partes do corpo se reduziram expressivamente. O Hixizine impacta o sono; sendo que na atual circunstância, positivamente, já que passei a dormir mais e melhor.

Prossegui com os exercícios do pé, aumentando gradualmente a intensidade. A sensação de recuperação cria uma expectativa muito positiva.

 

28/Out/2003 (Sáb.)

Hoje choveu muito e a ventania espalhou água nas áreas externas cobertas. Ao me dirigir para o carro, para sair com a Laura, com o objetivo de acompanhá-la no treinamento de direção, a muleta escorregou no piso úmido da garagem. O pé direito apoiou no piso, causando desconforto e dor.

Mesmo sentido o pé, acompanhei a Laura, no carro, em sua faina de dirigir, durante quase duas horas. Ao chegar em casa, constatei que o pé ficou meio dolorido e travado. Em consequência, não pude fazer os exercícios habituais.


Evolução da cirurgia na lateral do pé direito

Casa em Cima do Mundo – Brasília – 27/Out/2023


 

Evolução da cirurgia na medial do pé direito

Casa em Cima do Mundo – Brasília – 27/Out/2023


1º./Nov/2003 (4ª F)

Depois de 3 dias sem exercitar o pé, retomei os exercícios, com muito cuidado, pois o incidente na garagem forçou indevidamente as estruturas reconstituídas do calcâneo. Vontade, persistência e resiliência devem caracterizar minhas atitudes e procedimentos.

Tenho prosseguido no grande esforço para reduzir a dependência de Isabel e das queridas filhas. Afinal, criei problemas para todas elas, principalmente, para Isabel que assumiu todas as atividades que me cabiam com a utilização de veículo. Enfim, quando menciono isso para amigos, todos são unânimes em afirmar que essa é a essência e a imprescindibilidade da família.

 

7/Nov/2003 (3ª F)

Pela primeira vez, fiz tentativas de apoiar o pé no chão; dei uns poucos passos. Com longos intervalos de tempo, repeti a tentativa de andar umas três vezes. Deu para ver que ainda é cedo para começar a andar. Preciso fazer tentativas graduais de apoiar o pé.

Por sugestão da Isabel, antecipei em um dia a realização da radiografia que deveria fazer amanhã, dia do retorno para a consulta com o Dr. Crapis. Então, aproveitando que nesta terça-feira, Isabel teria que levar a Cecília para exame oftalmológico no HMab, às 11:00 h, fui com elas e fiz a radiografia. Houve excelente apoio do pessoal da direção (com destaque para o soldado Pedroso) e também do laboratório de Raio X — o sargento e a sargenta foram muito gentis, a espera foi pequena e eles me entregaram as cópias e ainda conseguiram o laudo, que normalmente só é entregue 48 a 72 horas depois.

No retorno, constatei que estou contribuindo para agravar as naturais tensões do dia a dia, no ambiente familiar. Ao sair do estacionamento do HMab, Isabel não percebeu a existência do quebra-mola; o carro deu um grande solavanco; eu estava levando a garrafa de água à boca e, no tranco, a água foi lançada no meu rosto, na roupa e nos documentos que estavam na outra mão. A garganta atingida, ficou desconfortável; e o pé bateu com alguma força no piso do carro. Discuti com Isabel; de forma não razoável, ela insistiu em justificar o injustificável; e eu demonstrei excesso de tensão e gritei com ela. Lamentável! Lamentável sob qualquer prisma!

 

8/Nov/2003 (4ª F)

Fui ao HFA para a consulta com o Dr. Crapis. Não consegui apoiar o pé no chão — desloquei-me do carro de Isabel, que me levou, até o consultório, com muletas e com o pé nos ares. Minha consulta não foi devidamente marcada; o encaminhamento não é suficiente, é preciso marcar. A atendente foi muito gentil e prestativa; ela pediu minha identidade, deixou o ambulatório e foi à recepção fazer uma marcação por intermédio da emergência. Por essa razão, a consulta demorou.

Fui recebido pelo Dr. Crapis e pela Dra. Carolina. Expliquei a evolução e especialmente os atendimentos na dermatologia pela Dra. Ana Paula, com a prescrição do Kollagenase e o bom efeito nas cicatrizações das cirurgias e ineficácia nas bolhas surgidas nas proximidades; e depois pelo Dr. Joel, com a prescrição do Verutex, que fez excelente efeito nessa questão das bolhas. Mencionei a batida do pé, em consequência do escorregão no piso da garagem molhado e a interrupção durante 3 dias dos exercícios que vinham sendo feitos com sucesso. Afirmei que no dia anterior, tentei alguns passos cuidadosos, mas deu para perceber que ainda era cedo.

Daí decorreu a seguinte orientação:

–  nos próximos 15 dias (ou 15 a 20 dias) — portanto de 9 a 26 de novembro — caminhar com muletas, apoiando o pé no chão, com uma carga aproximada de um terço de meu peso, isto é, cerca de 20 kg;

– iniciar a caminhada na primeira semana desses primeiros 15 dias — portanto de 9 a 14 de novembro — com bota ortopédica;

– nos próximos 15 dias (ou 15 a 20 dias) — portanto de 9 de novembro a 12 de dezembro — caminhar apenas com a muleta direita, apoiando o pé direito com mais força que nos 15 dias anteriores; o que significa quase marchar, levando para a frente o pé direito e o braço direito e depois o pé esquerdo e o braço direito (com a muleta).

– iniciar a fisioterapia, em princípio duas sequências de 10 sessões;

– radiografia e retorno à consulta em 3 meses, isto é, por volta de 7 de fevereiro de 2024 — nesse sentido, a consulta deve ser marcada no HFA por volta de 23 de janeiro;

– foi alertado que a dor e o desconforto deverão me acompanhar durante um longo tempo.

# ante a indagação de quando será feita a cirurgia para a retirada de um parafuso (os outros três deverão permanecer), o Dr. Crapis respondeu que a cirurgia será depois de 6 meses da cirurgia de 9 de agosto, o que significa que será depois de 7 de fevereiro;

# ante a indagação se poderei voltar a caminhar uma hora, 5 vezes por semana, ele respondeu que provavelmente sim, porém, deve ser considerado que terei perda de capacidade do pé direito e então é provável que não recuperarei a capacidade plena de voltar a caminhar;

Devo lutar com vontade, persistência e resiliência para fazer face aos aspectos negativos resultantes dessa consulta: uso de muletas durante 30 a 40 dias, fisioterapia durante pelo menos 2 meses, demora na recuperação, e possível impossibilidade de recuperação da capacidade plena de caminhar.


Evolução da cirurgia na lateral do pé direito.
Casa em Cima do Mundo – Brasília – 08/11/2023.

Evolução da cirurgia na medial do pé direito.
Casa em Cima do Mundo – Brasília – 08/11/2023.

10/Nov/2003 (6ª F)

Preciso obter apoio do Fusex para fazer as sessões de fisioterapia fora do HMab, em uma clínica localizada próxima de casa, para que, com a redução de deslocamento, eu possa poupar trabalho para Isabel, que está muito sobrecarregada. Então, ontem, agendei para hoje, às 17:00 h, avaliação fisioterápica na clínica Fisioclin, no Setor Hospitalar Norte, em frente à SQN 316. 

Ao final da manhã, compareci à Seção de Fisioterapia do HMab e expus ao chefe da Seção, fisioterapeuta Adriano (que recentemente, tratou de meu ombro, evidenciando elevada qualificação), a expectativa de fazer o trabalho de recuperação requerido fora do HMab. O Adriano não hesitou e lançou no pedido a respectiva autorização. 

Fui à recepção da Direção para obter a guia do Fusex. Pedi ao atendente, Cb Phillip, que verificasse se havia alguma clínica de fisioterapia no CA (Centro de Atividades) do Lago Norte, mais próximo de casa do que a Fisioclin. 

 

O Phillip é um caboclo negro, elegante no trato e qualificado nas questões profissionais. Ele já me atendera algumas vezes antes, por telefone. Então, satisfiz uma curiosidade e lhe perguntei a origem de seu nome — ele disse que foi homenagem de sua mãe ao médico Dr. Phillip, obstetra que a acompanhara durante a gestação.

 

 

O Phillip pesquisou o cadastro de convênio e encontrou a clínica FisioChronos, no Shopping Deck Norte, no CA, a 5 minutos de casa. Não hesitei, telefonei e consegui avaliação para a próxima 13 de novembro (2ª F), às 11:00 h. Enviei mensagem WhatsApp para a Fisioclin, cancelando o agendamento. A guia do Fusex para a FisioChronos ficou pronta, então voltei para casa satisfeito.

 

13/Nov/2003 (2ª F)

Isabel me levou ao Shopping Deck Norte. Saímos de casa às 11:00 h, atrasados portanto!

Ela me deixou no lado direito de quem chega na edificação do Deck. A clínica FisioChronos fica no 4º andar. Desloquei-me uns 30 metros de muletas, apoiando o pé direito, com cuidado, até o elevador; tomei-o e desci no 2º andar de lojas; tive que andar outros quase 30 metros; tomei outro elevador e segui para o 4º andar. Para chegar na clínica, andei cerca de 70 metros; parei algumas vezes e ainda assim cheguei exausto. 

Fui recebido pelo atendente Rodrigo e pela fisioterapeuta Monique. Ela é experiente, foi professora de fisioterapia na UniCEUB e, diante de minha indagação relativa ao jaleco da UnB, ela declarou que está cursando doutorado naquela universidade.

A avaliação durou cerca de uma hora. Inicialmente, relatei a queda da escada em 31 de julho; as duas cirurgias em 31 de julho e 9 de agosto, respectivamente; e a evolução da recuperação até o presente. Em seguida, a Monique examinou o tornozelo, com atenção, fez uma espécie de anamnese e ao final examinou os documentos (radiografia, tomografia e laudos). 

Acessei no celular este modesto diário para mostrar para a Monique a foto da fratura, que Alessandra obteve com o celular, logo após a queda, bem como as fotos da evolução da recuperação. Ela se mostrou surpresa — pareceu até desconfortável! — com a imagem da fratura multifragmentar exposta.

Indaguei-lhe sobre a eficácia dos exercícios que já fiz em casa, da alta hospitalar até o presente, bem como a conveniência da continuidade, da forma como tenho feito, isto é, sequência de 10 exercícios, cada exercício com cerca de 10 repetições. Sendo que essa sequência é repetida 3 vezes, durando por volta de 35 minutos. Esse processo tem sido feito de manhã, ao acordar, e à tarde, antes do banho. Ela enfatizou, com certeza e segurança, que os exercícios foram fundamentais para que eu não tivesse o pé direito completamente travado; e que eu deveria continuar fazendo, de forma concomitante com a fisioterapia.

Ela afirmou que a literatura indica o início da fisioterapia, logo após a cirurgia, o que não foi recomendado pelo Dr. Crapis. Segundo ela, há correntes médicas que adotam procedimentos distintos.

A Monique indicou 3 seções de fisioterapia semanais, ao longo de dois meses; e provável prosseguimento condicionado à evolução da recuperação. Nesta semana, só havia horários na 3ª F, às 7:30 h e 6ª F, às 08:30 h. Nas semanas subsequentes, as sessões seriam na 2ª F, às 11:00 h; na 4ª F, às 10:00 h; e na 6ª F, às 11:00 h.

Então, a programação inicial é:

MÊS

Dia (Sem.) – Hor.

Dia (Sem.) – Hor.

Dia (Sem.) – Hor.

Novembro

13 (2ª F) – 11:00 h

14 (3ª F) – 7:30 h

17 (6ª F) – 8:30 h

[8 sessões]

20 (2ª F) – 11:00h

22 (4ª F) – 10:00h

24 (6ª F) – 11:00)

 

27 (2ª F) – 11:00h

29 (4ª F) – 10:00h

Dezembro

01 (6ª F) – 11:00

[10 sessões]

04 (2ª F) – 11:00h

06 (4ª F) – 10:00h

08 (6ª F) – 11:00

 

11 (2ª F) – 11:00h

13 (4ª F) – 10:00h

14 (6ª F) – 11:00

 

18 (2ª F) – 11:00h

20 (4ª F) – 10:00h

21 (5ª F) – 11:00

Janeiro

05 (6ª F) – 11:00

[12 sessões]

08 (2ª F) – 11:00h

10 (4ª F) – 10:00h

12 (6ª F) – 11:00

 

15 (2ª F) – 11:00h

17 (4ª F) – 10:00h

19 (6ª F) – 11:00

 

22 (2ª F) – 11:00h

24 (4ª F) – 10:00h

26 (6ª F) – 11:00

 

29 (2ª F) – 11:00h

31 (4ª F) – 10:00h

Fevereiro

02 (6ª F) – 11:00

[12 sessões]

05 (2ª F) – 11:00h

07 (4ª F) – 10:00h

09 (6ª F) – 11:00

 

12 (2ª F) – 11:00h

14 (4ª F) – 10:00h

16 (6ª F) – 11:00

 

19 (2ª F) – 11:00h

21 (4ª F) – 10:00h

23 (6ª F) – 11:00

 

26 (2ª F) – 11:00h

28 (4ª F) – 10:00h

[*] Obs. Em 22 de dezembro (6ª. F), seguiremos para o Rio de Janeiro, de manhã.

 

14/Nov/2003 (3ª F)

Acordei cedo, tomei café e aproveitei a carona da Alessandra, que hoje saiu de casa às 7:00 h, levando também Laura e Cecília para a a UniCEUB e UnB. A querida filha, tão assoberbada no curso de Medicina, está se sacrificando para apoiar as irmãs e hoje, de quebra, seu pai.

Alessandra me deixou no acesso lateral direito do Deck, que dá acesso direto ao 2º andar de lojas, onde fica o segundo elevador do prédio. Assim, reduzi o percurso de sorte a chegar antes da hora agendada. Depois de uma caminhada não tão longa, fui surpreendido pela Monique e o Rodrigo, no início do corredor onde fica a clínica — chegamos pois juntos.

Imediatamente, a Monique orientou para que eu me deitasse na cama hospitalar. Ela declarou que hoje faria um procedimento chamado “liberação miofascial”, uma espécie de massagem (deslizamentos, apoios e pressões) com um instrumento metálico, sobre as cicatrizes, sobre as regiões adjacentes e sobre o peito do pé. Não houve dor, apenas uma sensibilidade, às vezes de alívio, às vezes de pequeno desconforto.

 


liberação miofascial consiste em uma técnica preventiva de lesões e alívio de dores musculares, que aplica pressão em alguns pontos do corpo a fim de liberar a fáscia (tecido fibroso que recobre os músculos do corpo) do músculo. Hoje, essa técnica já é comumente incorporada à fisioterapia para relaxar a musculatura.

O que pode causar a alteração da fáscia?

Treinos intensos (overtraining), má postura e até mesmo stress emocional podem provocar a alteração da fáscia, resultando em uma pressão excessiva sobre os nervos e músculos. Essas situações reduzem a elasticidade e flexibilidade muscular, a coordenação e até mesmo o bem-estar. Quando isso acontece, a reação do corpo é a formação de nódulos (chamados “pontos gatilhos”) que acumulam toxinas. Para quem tem uma rotina intensa de musculação, a alteração da fáscia dificulta o bom desempenho nos treinos e torna a hipertrofia mais difícil.

Benefícios da liberação miofascial:

– Alívio de dores crônicas, tensionais, pós-treino;

– Relaxamento muscular; e 

– Maior mobilidade das articulações. 

Além disso, a liberação miofascial também melhora a disposição e agilidade e o rendimentos em séries de exercícios intensas.


 

17/Nov/2003 (6ª F)

Fui para a segunda sessão de fisioterapia, na clínica FisioChronos, com a Monique. Ela prosseguiu com a ‘liberação miofascial’, iniciada no primeiro dia.

Como cheguei atrasado, o processo se reduziu para uns 38 minutos. Durante os deslizamentos, apoios e pressões sobre a medial e lateral do pé direito, conversamos muito. Indaguei-lhe sobre a frequência dos exercícios de mobilização que faço em casa. Ela recomendou que continuasse da forma que eu vinha fazendo, isto é, 3 sequências de 10 exercícios, repetindo cada um 10 vezes. A rigor, eu próprio estou considerando algo exagerado — vou refletir sobre essa questão.

Em face de minha provocação, a Monique recomendou dois procedimentos adicionais:

– realização dos exercícios de mobilização debaixo da água, na piscina; e

– exercícios com caneleira de 1 kg para fortalecimento das pernas, em particular, a perna direira.

 

19/Nov/2003 (Dom.)

Entendo que devo experimentar os exercícios de mobilização habituais durante terça-feira, quinta-feira e sábado. Na segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, faço-os, porém com um pouco menos da metade das repetições de cada exercício. Se eu sentir maior conforto e alguma melhora na evolução da recuperação, manterei esse procedimento.

Como Isabel não conseguiu comprar as caneleiras, improvisei duas com os dois pesos para musculação, de 1 kg cada, inseridos em um pedaço de perna de uma calça jeans antiga — o aspecto de minha invenção não é exatamente agradável, porém é eficaz.

Então, ontem e hoje, fiz sequências de exercícios com as caneleiras, bem como os exercícios de mobilização na piscina. Há um problema adicional: vou atarefar Isabel e as meninas, para tirar o plástico da piscina, retirar as folhas e recolocar o plástico — sobrecarga para quem já está sendo solicitada em demasia.

Pelo sim pelo não, a piscina vai me permitir a substituição das caminhadas diárias, que interrompi desde a queda da escada, em 31 de julho, por natação — essa substituição chegou no momento certo, pois vou exercitar braços, tronco e pernas. Assim, a vida segue ...


 

 








O apoio dos amigos - I

A seguir, transcrevo a troca de mensagem, a partir de 8/Ago/2023, via WhatsApp, com os amigos da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes. Dessa interação resultou apoio, solidariedade, energia e crença para a ultrapassagem da complexa travessia, no processo de recuperação da fratura múltipla e exposta do calcâneo, o osso do calcanhar fundamental para o corpo humano — para me deitar, dormir, permanecer de pé e realizar qualquer deslocamento.



 

 

 



 

 

 

 

 

 


 

 


 

 

 

 



 


 

 

 

 

 

 



  

O apoio dos amigos - II

Dessa feita, transcrevo a troca de mensagem, a partir de 25/Ago/2023, via Facebook, com familiares distantes e com alguns amigos da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes. De forma similar à interação por WhatsApp, recebi intenso apoio e solidariedade da turma aficionada do Facebook.