quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Não desistir jamais

"O lavrador perspicaz conhece o caminho do arado!"
Homenagem a Oscar Barboza Souto, antigo lavrador e comerciante.
In Memoriam.

Quando você estiver triste, lembre-se que a alegria é um sentimento que também está dentro de você!

Quando você for derrotado, não esqueça de que você já teve vitórias e muitas outras serão possíveis!

Quando você estiver cansado, trate de descansar pois sua energia torná-lo-á pronto para o próximo embate!

Quando você se sentir só, lembre-se que a solidão é passageira e sempre há alguém que pode ampará-lo!

Quando você estiver desanimado, não esqueça que a coragem o estimula a prosseguir.

Quando você tiver a sensação de que está retrocedendo, lembre-se de firmar o pé e motivar a mente para seguir adiante.

Quando você estiver diante de um obstáculo, desborde-o e siga para a vanguarda.

Quando a solução não existe, invente-a.

Quando não encontrar a trajetória, construa-a.

Quando você estiver desesperado, lembre-se que a calma, a paciência e a fé equivalem à brisa suave que alivia e ao sorriso de uma criança que enternece.

Quando a raiva ficar evidente, use a razão e a lógica, acalme-se e faça o bom senso prevalecer.

E por último e primordialmente relevante, lembre-se de tentar sempre, desistir jamais e vencer sempre que possível — assim, as vitórias serão majoritárias nas sendas de sua trajetória.

 

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terça-feira, 22 de agosto de 2023

Apologia da família e dos amigos

"O lavrador perspicaz conhece o caminho do arado!"
Homenagem a Oscar Barboza Souto, antigo lavrador e comerciante.
In Memoriam.

Com a curiosidade intelectual costumeira, o bravo paraquedista Heitor — que não é o antagonista de Aquiles, na guerra de Troia, no homérico poema Ilíada — inseriu no WhatsApp da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes a lista dos 100 maiores filmes de 10 décadas passadas (1910 a 2010) [1]. Em resposta ao guerreiro contemporâneo, postei uma lista adicional de 12 filmes aos quais atribuí a condição de “ausências relevantes” [2]. O audaz precursor paraquedista Silvano, sempre diligente, atento e eficaz, declarou que ratificava o acréscimo. O brilhante precursor paraquedista Bolivar, com sutileza e lucidez, emendou com a referência aos “112 melhores filmes ...”.

Esses amigos fizeram-me fuçar nas entranhas das lembranças e me transportar ao ano de 1961, quando me mudei de Rochedo para Campo Grande. Fui estudar no Colégio Estadual Campo-grandense e morar no Hotel Liberdade, localizado na rua XV de novembro, contíguo à praça Ary Coelho e bem em frente à antiga e providencial biblioteca pública da cidade. A maioria dos hóspedes do modesto hotel era composta de estudantes oriundos dos municípios vizinhos. No domingo, um programa habitual era a matinê no Cine Alhambra. A turma voltava para o hotel, sentava-se na calçada e a conversa girava sobre futebol e, principalmente, sobre o filme a que assistiram. Como eu não tinha dinheiro e não ia ao cinema, ficava sentado no canto, ouvindo os comentários sobre o tema do filme, o desempenho dos atores e demais aspectos constatados — era a minha forma de curtir o que não podia presenciar.

Em geral, meu pai ou minha mãe ia a Campo Grande uma vez por mês e me entregava o dinheiro para pagar a mensalidade do hotel e a lavadeira de roupa — era a arte do possível. Eu descobri que se eu mesmo lavasse minha roupa, o valor economizado dava para ir uma vez por mês ao cinema e, de quebra, após a saída, dava para me deliciar com um sorvete da sorveteria Torino; então não hesitei e a senhora lavadeira dançou. A espera mensal era estimulante. Aí, entrava no cinema e ficava aguardando a abertura da tela, o que ocorria lentamente, perfazendo um momento quase mágico, ao som da música A Summer Place [3] O filme poderia até não ser bom, mas o sorvete que os mestres do gelado italianos produziam com proficiência era inigualável. 

Chegando quase ao final do ano, papai passou por um período bom no pequeno comércio, com que mantinha os cinco filhos, e foi muito generoso com o recurso para comprar calça e camisa novas — afinal eu tinha apenas uma única de cada, para passear, nos finais de semana, durante todo o ano. Com a sobra, no longo intervalo entre o fim do programa pedagógico e as provas finais, consegui ir ao cinema 30 dias seguidos. Houve uns 4 ou 5 filmes que vi mais de uma vez. Deu para ir ao Cine Alhambra, o mais próximo do hotel; ao Santa Helena, o velho “pulgueiro”; e ao Rialto, o melhor dos três. Enfim, sanei o desajuste situacional resultante de vontade e possibilidade.

Assim é que cinema e sorvete estão em um cantinho da mente lá do período da adolescência. E ainda hoje a sétima arte exerce o fascínio daqueles tempos.

De ilusão em ilusão, vida segue com percalços e vitórias. As alegrias e emoções tornam-se contidas, sem, contudo, prejudicar o senso de que nascer, viver e sonhar sonhos bons constituem os grandes milagres que tornam nossa existência virtuosa e plena de sentimentos e crenças, às quais nos permitem declarar, com o coração e a mente, que viveríamos tantas vezes quantas possíveis, se isso fosse dado a acontecer.

As mensagens e as interações com os amigos, atinentes à arte cinematográfica, levaram a reminiscências de passado remoto e transportaram para perspectivas que seria desejável que estivessem em futuro ainda distante. Nesse sentido, vale destacar que um momento chegará, em que o sentir e pensar estarão se esmaecendo cada vez mais, a tal ponto que restará apenas a percepção de um grande cenário com dois níveis. O inferior vai aos poucos desaparecendo e o superior vai saindo da penumbra e clareando cada vez mais. O nível do cenário que se vai e o que chega estarão preenchidos pelos familiares que nos foram virtuosamente impostos; e pelos amigos, isto é, pelos irmãos que tivemos o privilégio de adotar ao longo da vida. Então, a família sanguínea e a família dos amigos preencherão a imagem final que constitui a transição de nossa passagem por este mundo tão complexo e enigmático quanto se queira.


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[1] TOP 100 BEST MOVIES OF THE PAST 10 DECADES – TIME’s Stephanie Zacharek on the top films from th 1920s through the 2010s – Para ler, clique em: https://time.com/collection/100-best-movies/

 

[2] Ausências relevantes:

- Era uma vez no Oeste;

- Dersu Uzala;

- O poderoso Chefão I;

- Perfume de mulher;

- Apocalipse Now;

- 2001 Uma odisseia no espaço;

- Amadeus;

- Patton;

- Ben-Hur;

- Platoon;

- A lista de Schindler;

- Casablanca.

Depois acrescentei mais 4 filmes não considerados pela revista Time:

- Psicose;

- Uma mente brilhante;

- Teoria de tudo;

- Busca do soldado Ryan.

 

[3] A Summer Place – Percy Faith & His Orchestra — Para ouvir, clique em: https://youtu.be/_Wd3dlEvodk?si=IrwOxZtX6Uxo-7V8

 

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El torpe exjugador Breitner

De forma incomprensible y hasta extraña (por ser uno de los más grandes futbolistas alemanes de todos los tiempos), el señor Paul Breitner dirigió una serie de insultos al as Neymar con motivo del traslado del astro brasileño al fútbol árabe.

El desastroso señor Breitner declaró a la prensa su agradecimiento "a los queridos saudíes por haber comprado al señor Neymar que en los últimos años ha sido uno de los jugadores más falsos bajo el sol. Uno de los grandes jugadores que sólo ha hecho teatro".

 

Hay varios tipos de alemanes: unos, por estupidez mental, son admiradores de Adolfo; otros, por virtud y cualificación intelectual, se oponen a los "adolfistas".

 

Aparentemente, el Sr. Breitner insiste en estar en el primer grupo; al fin y al cabo, demostró que le gusta ofender y atacar. 


Por supuesto, para él, los acontecimientos de la década de 1940 no tienen importancia. ¡Atención ciudadanos del mundo! ¡Manténgase alerta!

 

 

Desastrado ex-jogador Breitner

 

De forma incompreensível e, até mesmo estranha (por se tratar de um dos maiores futebolistas alemães de todos os tempos), o senhor Paul Breitner dirigiu uma sequência de insultos ao craque Neymar por ocasião da transferência do astro brasileiro para o futebol árabe. 

O desastrado Sr. Breitner declarou para a imprensa seu agradecimento "aos queridos sauditas por haver comprado o senhor Neymar que nos últimos anos tem sido um dos jogadores mais falsos abaixo do sol. Um dos grandes jogadores que só tem feito teatro”.

 

Existem vários tipos de alemães: alguns, por estupidez mental, são admiradores de Adolfo; outros, por virtude e qualificação intelectual, se opõem aos "adolfistas".


Aparentemente, o Sr. Breitner insiste em estar no primeiro grupo; afinal ele demonstrou que gosta de ofender e agredir.


Claro, para ele, os eventos da década de 1940 não têm importância. Atenção cidadãos do mundo! fiquem alertas!

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[Divulgado no jornal alemão Sport Bild em 22/Ago/2023]
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[Duvulgado no jornal Mundo Deportivo, de Barcelona, em 22/Ago/2023]
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[Divulgado no jornal As, de Madrid, em 22/Ago/2023]
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El beso en la boca de Rubiales y Hermoso

Según se publicó en varias revistas de la prensa deportiva europea, al recibir a las jugadoras españolas campeonas del mundo, el presidente de la Federación Española de Fútbol, Sr. Luis Rubiales, besó en la boca a la deportista Jenny Hermoso, provocando indignación y revuelta.

A modo de ilustración, el diario español Mundo Deportivo, de Barcelona, publicó el artículo “¡El beso en la boca de Rubiales y Jenni Hermoso en plena celebración!”.

Por su parte, el diario francés Le Parisien publicó un artículo con el título  (“'Seguirá siendo una broma': Hermoso calma el partido tras el fuerte beso del presidente Rubiales”).

 

¿Es este representante besador el responsable de los problemas de racismo en el fútbol español?

¿Tomó medidas respecto a los ataques racistas a Vinicius y otros jugadores negros?

El fútbol español es fantástico, pero algunos representantes españoles son desastrosos.

 

 

Le baiser sur les lèvres de Rubiales et Hermoso

 

Comme l'ont publié plusieurs journaux de presse sportive européenne, en recevant les champions du monde espagnols, le président de la Fédération espagnole de football, M. Luis Rubiales, a appliqué un baiser sur la bouche de l'athlète Jenny Hermoso, provoquant indignation et révolte.

A titre d’illustration, le journal espagnol Mundo Deportivo, de Barcelone, a publié l'article « Le baiser sur les lèvres de Rubiales et Jenni Hermoso en pleine fête ».

De son côté, le journal français Le Parisien, quant à lui, a publié un article intitulé   « « Cela restera une anecdote » : Hermoso calme le jeu après le baiser force du président Rubiales ».

 

Ce manager qui embrasse est-il responsable des problèmes de racisme dans le football espagnol ?

A-t-il pris des mesures face aux attaques racistes contre Vinicius et d'autres joueurs noirs ?

Le football espagnol est fantastique, mais certains managers espagnols sont désastreux.

 

 

O beijo na boca de Rubiales e Hermoso

 

Conforme foi divulgado em vários diários da imprensa esportiva europeia, ao receber as jogadoras espanholas campeãs do mundo, o presidente da Federação de Futebol Espanhola, Sr. Luis Rubiales, aplicou um beijo na boca da atleta Jenny Hermoso, ocasionando indignação e revolta. 

Como ilustração, o jornal espanhol Mundo Deportivo, de Barcelona, divulgou o artigo “¡El beso en la boca de Rubiales y Jenni Hermoso en plena celebración!” (“O beijo na boca de Rubiales e Jenni Hermoso em plena celebração”).

Por sua vez, o jornal francês Le Parisien publicou matéria com o título “«Cela restera une anecdote» : Hermoso calme le jeu après le baiser force du président Rubiales” (“ ‘Vai continuar sendo uma anedota’: Hermoso acalma o jogo após o beijo forte do presidente Rubiales”).

 

Esse dirigente beijoqueiro é responsável pelos problemas de racismo no futebol espanhol?

Ele tomou medidas em relação aos ataques racistas a Vinicius e outros jogadores negros?

O futebol espanhol é fantástico, mas alguns dirigentes espanhóis são desastrosos.

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[Divulgado no jornal Mundo Deportivo, de Barcelona, em 22/08/2023. Esse comentário foi postado também nos jornais Marca e As, de Madri]
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[Divulgado no jornal Le Parisien, em 22/08
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Brasil, passado, presente e futuro

Este texto se propõe a comparar as conjunturas vigentes no Brasil nas quadras de 1930, 1964 e 2022, buscando semelhanças e dissonâncias e a partir das constatações, lançar os questionamentos atinentes às perspectivas para o País e seus entes humanos, em médio prazo.

Em 1930, políticos, empresários e militares, ancorados nos estados da Paraíba, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, se insurgiram contra o status quo — ‘toma lá dá cá’, corrupção, desmando político-administrativo e risco de socialização do País —, prevalente sobretudo no governo Washington Luís e na política do café com leite (alternância de mineiros e paulistas, que seria quebrada se o vencedor da eleição presidencial, um paulista, assumisse o governo), e deram origem à Era Vargas, não importando se concordamos ou discordamos do que ocorrera a seguir. Naquela conjuntura, é imperioso mencionar a malograda tentativa de comunização do Brasil perpetrada no âmbito da chamada Intentona Comunista de 1935.

 

Em 1964, políticos, empresários e militares, apoiados pela mídia, pela Igreja, por instituições como a OAB, e por multidões que foram às ruas, novamente se insurgiram contra o status quo — ‘toma lá dá cá’, corrupção, desmando político-administrativo e risco de socialização do País. Não há como ignorar o fato de que havia algo nefasto, capitaneado pelo governo Goulart, e que foi impedido: a comunização do País, mercê de contato dos líderes esquerdistas com ditaduras comunistas, como as vigentes em Cuba, em países da Europa Oriental e na China; de treinamento militar de integrantes do Partido Comunista do Brasil (PC do B), em 1963, na Academia Militar de Pequim, na China; da intensificação do trabalho das Ligas Camponesas no Nordeste; e da formação dos famigerados “Grupos dos Onze”, que se proliferaram, no início da década de 1960, em municípios de quase todos os Estados da Federação.

 

Em 2022, políticos, empresários, integrantes do Judiciário e militares fizeram a opção pelo ‘toma lá dá cá’, corrupção, desmando político-administrativo e infausto alinhamento e apoio a ditaduras comunistas, com a possibilidade de nosso País seguir caminho similar. Essa tendência desaguou na vitória do Sr. Lula da Silva, na eleição presidencial de outubro de 2022, evento com acusações de fraude em urnas eletrônicas, cuja comprovação de veracidade ou falsidade foi impedida pela Justiça, aliada do suposto vencedor. A partir desse pleito, o Brasil passou a ter como governante um ex-honesto, ex-corrupto, ex-condenado e ex-presidiário, sendo oportuno relembrar que, a exemplo do que ocorreu no Brasil, a História registra os seguintes casos fatídicos em que meliantes saíram da prisão e passado mais ou menos tempo passaram a comandar seu País: Hitler, na Alemanha [1]; Stalin, na União Soviética [2]; Pol Pot, no Cambodja (Pol Pot a rigor não foi encarcerado, pois fugiu para a floresta) [3]; Fidel Castro, em Cuba [4]; e Hugo Chaves, na Venezuela [5]. Nesse  sentido, convém mencionar que em todos esses casos, a prisão do malfeitor se deu por crimes políticos; e no caso brasileiro, a prisão se deu por crime de corrupção e lavagem de dinheiro. 

É oportuno inferir que em 1930 e 1964, políticos, empresários e militares, bem como a maioria da população se insurgiram contra o estado de distopia em que se encaminhava o País por força da atuação de suas líderes maiores.

Já em 2022, de forma contrária, incompreensível e abominável, lideranças políticas, judiciais, empresariais e militares, com o apoio de parcela da população, desencadearam o retorno para similar estado de distopia, caracterizado pela aceitação de desmandos políticos, gestão econômica catastrófica, corrupção, atuação institucional fora dos ditames constitucionais e risco de socialização.

Como consequência, na atual conjuntura, o Brasil ingressou no maior retrocesso político, econômico e social da história.

 

Que perspectivas estão no horizonte?

Há solução para um país de dimensões continentais, população no patamar superior a duzentos milhões de habitantes e extensa gama de recursos naturais?

Refletir e aguardar os pleitos presidenciais de 2026 e 2030 são um bom começo?

Os desastres da atual gestão presidencial oferecem ensinamento para vencer a decantada incapacidade de parcela dos eleitores brasileiros em votar com consciência, eficácia e vontade de participar do êxito da gestão política?

A exemplar atuação de governadores de estado — como Romeu Zema, de Minas Gerais, Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Ratinho Júnior, do Paraná — constitui alternativa para a ocupação do cargo presidencial e lançamento do Brasil para a vanguarda de sucesso e desenvolvimento?


 

 

 

[1] Em 1923, Adolfo Hitler organizou um golpe de estado em Munique, na Alemanha, para tentar tomar o poder. O fracassado golpe resultou na prisão de Hitler. Enquanto preso, ele ditou seu primeiro trabalho literário: a autobiografia e manifesto político, Mein Kampf (Minha Luta). Em 1933, o Partido Nazista tornou-se o maior partido eleito no Reichstag, com seu líder, Adolf Hitler, sendo apontado Chanceler da Alemanha no dia 30 de janeiro do mesmo ano. Após novas eleições, ganhas por sua coalizão, o Parlamento aprovou a Lei habilitante de 1933, que começou o processo de transformar a República de Weimar na Alemanha Nazista, uma ditadura de partido único totalitária e autocrática de ideologia nacional socialista.

[2] Joseph Stalin é originário de uma família pobre em Gori, Império Russo, iniciou sua carreira revolucionária após juntar-se ao Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR) quando jovem. Lá, editou o jornal do partido, o Pravda, e levantou fundos para a facção bolchevique de Vladimir Lenin por meio de roubos, sequestros e redes de proteção. Repetidamente preso, sofreu vários exílios internos. Governou a União Soviética (URSS) de meados da década de 1920 até sua morte, servindo como Secretário-Geral do Partido Comunista de 1922 a 1952, e como primeiro-ministro de seu país de 1941 a 1953. Inicialmente presidindo um estado unipartidário que governava por um sistema de liderança coletiva, consolidou o poder tornando-se o ditador ou autocrata da União Soviética já na década de 1930.

[3] Pol Pot era filho de um próspero fazendeiro em Prek Sbauv, na Indochina Francesa. Foi educado em algumas das escolas de elite do Cambodja. Enquanto esteve em Paris durante a década de 1940, ele ingressou no Partido Comunista Francês. Retornando ao Cambodja em 1953, ele se envolveu na organização marxista-leninista Viet Minh e em sua guerra de guerrilha contra o novo governo independente do rei Norodom Sihanouk. Após o retiro do Viet Minh, em 1954, para o Vietnã do Norte, controlado por marxistas-leninistas, Pol Pot retornou a Phnom Penh, trabalhando como professor e permanecendo um membro central do movimento marxista-leninista do Cambodja. Em 1959, ele ajudou a formalizar o movimento no Partido dos Trabalhadores do Kampuchea, que mais tarde foi renomeado Partido Comunista de Kampuchea (CPK). Para evitar a repressão estatal e a prisão inevitável, em 1962, ele se mudou para um acampamento na selva e em 1963 tornou-se o líder do CPK. Em 1968, ele relançou a guerra contra o governo de Sihanouk. Depois que Lon Nol depôs Sihanouk em um golpe de 1970, as forças de Pol Pot ficaram do lado do líder deposto contra o governo de Lon Nol, que foi reforçado pelos militares dos Estados Unidos. Ajudadas pelas milícias vietcongues e pelas tropas do Vietnã do Norte, as forças do Qmer Vermelho de Pol Pot avançaram e controlaram todo o Cambodja em 1975. A ditadura comunista de Pol Pot ocasionou a morte e eliminação de cerca de 25% da população cambodjana. Pol Pot foi preso ao final da vida e morreu em prisão domiciliar.

[4] Fidel Castro era filho de um rico fazendeiro, adotou a política anti-imperialista de esquerda enquanto estudava Direito na Universidade de Havana. Depois de participar de rebeliões contra os governos de direita na República Dominicana e na Colômbia, planejou a derrubada do presidente cubano Fulgêncio Batista, lançando um ataque fracassado ao Quartel Moncada em 1953. Depois de um ano de prisão, viajou para o México onde formou um grupo revolucionário, o Movimento 26 de Julho, com seu irmão Raúl Castro e Che Guevara. Voltando a Cuba, Castro assumiu um papel fundamental na Revolução Cubana, liderando o movimento em uma guerrilha contra as forças de Batista na Serra Maestra. Após a derrota de Batista em 1959, Castro assumiu o poder militar e político como primeiro-ministro de Cuba.

[5] No dia 4 de fevereiro de 1992, o então tenente-coronel Hugo Rafael Chávez, comandando cerca de 300 militares, protagonizou um golpe de Estado contra o presidente Carlos Andrés Pérez, da Acción Democrática (1974-1979 e 1989-1993). O insucesso da insurreição resultou na prisão de Chávez. Embora fracassada, a tentativa de golpe em 1992 o levou a fundar o Movimento Quinta República e a projetá-lo no cenário nacional venezuelano. Em 1993, o presidente Carlos Andrés Pérez foi afastado do governo, sob a acusação de corrupção. Depois de cumprir dois anos de encarceramento, Chávez foi anistiado pelo novo presidente, Rafael Caldera Rodríguez, e abandonou a vida militar, passando a se dedicar à política. O agravamento da crise social e o crescente descrédito nas instituições políticas tradicionais o favoreceram. Na condição de líder da Revolução Bolivariana, e inspirado no gramscismo, Chávez advogava a doutrina bolivarianista, promovendo o que denominava de socialismo do século XXI. De tendência social-democrata, ele seria o líder e iniciador da Onda Rosa, um fenômeno político latino-americano que se caracterizou pela chegada de lideranças de esquerda ao poder no início do século XXI. Chávez foi também um crítico do neoliberalismo e da política externa dos Estados Unidos. Ele se tornou o 56º. presidente da Venezuela, governando o País por 14 anos, de 1999 até sua morte em 2013.

 

 

   

 

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Concierto de Aranjuez

"O lavrador perspicaz conhece o caminho do arado!"
Homenagem a Oscar Barboza Souto, antigo lavrador e comerciante.
In Memorian.

Nesses dias complexos da recuperação das duas cirurgias resultantes da fratura múltipla e exposta do calcâneo, passo o tempo entre a suíte térrea, o banheiro e a sala, deslocando-me com muletas, com cadeira de rodas motorizada ou cadeira de banho; e em uma boa parte do tempo, aferro-me ao celular, ao computador e à TV.

Bisbilhotando músicas para inserir no aplicativo Apple Music, dei com um magnífico vídeo do extraordinário Concierto de Aranjuez, a obra-prima de Joaquin Rodrigo, interpretada pela Orquestra Sinfônica Nacional Dinamarquesa, sob a condução de Rafael Frühbeck de Burgos, e tendo no violão o magistral Pepe Romero.

Diria que vale a pena assistir ao vídeo centenas de vezes, até porque a música está entre as dez melhores músicas já compostas pelo ente humano; e também porque o magistral Adagio (2º. movimento da música) está associado com uma madrugada em que Rodrigo vivenciava a tragédia da perda de filho por sua amada esposa.

 

 

Ressalte-se que há amostra de compositores que produziram música relacionada ou associada com dramas familiares — essa amostra inclui Joaquin Rodrigo [1], Eric Clapton [2]Paul McCartney [3]Astor Piazolla [4] e Roberto Cantoral [5]. 

 

Ao ouvir o Concierto de Aranjuezlembrei-me de que, com mais de 50 anos, já doente e próximo do final da vida, Steve Jobs recebeu a visita de Yo Yo Ma, então considerado o maior violoncelista do mundo. O músico compensava a promessa não cumprida, por fato imprevisto, de comparecer ao casamento do amigo e interpretar sua música favorita. Nessa ocasião, Yo Yo Ma levou seu violoncelo Stradivarius e interpretou a Serenata de Schubert. Aí Jobs mencionou sua descrença em Deus, ressalvada pela impossibilidade de o violoncelista tocar daquela forma sem a ajuda Dele. No campo de comentários do vídeo excepcionalmente bem-feito da obra de Rodrigo, acrescentei a seguinte paródia (ou simplesmente cópia) da expressão de Jobs:

If he didn't say it, surely Steve Jobs would say: "I even thought I didn't believe in God, but after I heard this song, there was no doubt, the composer could not have created it without His help!"

 

 

[1] Joaquin Rodrigo – Concerto de Aranjuez

Rodrigo era cego desde os quatro anos de idade. Por seu inexcedível talento, tornou-se compositor de projeção mundial — sendo responsável pela inclusão do violão, um instrumento popular, no rol dos instrumentos de música clássica. 

O Adagio, esplêndido segundo movimento de seu Concierto de Aranjuez, está associado com a alegria do período em que ele e sua esposa, a pianista turca Victoria Kamhi, passaram a lua de mel em Aranjuez; e com a tristeza da subsequente ida para a Alemanha, onde Victoria, grávida do primeiro filho, perdeu-o por aborto espontâneo, e permaneceu hospitalizada algum tempo, em perigo de vida.

Fonte do texto:

– https://es.wikipedia.org/wiki/Concierto_de_Aranjuez

Música:

Concierto de Aranjuez // Danish National Symphony Orchestra,

Rafael de Burgos & Pepe Romero.

§  https://www.youtube.com/watch?v=-oxH-7VklBI

 

 

[2] Eric Clapton – Tears in Heaven

Nasceu em 1945, filho de uma adolescente de 15 anos que o relegou aos cuidados dos avós. Posteriormente, ela se recusou ser chamada de mãe por ele. 

Em 1991, Eric Clapton estava em Nova Iorque e recebeu a visita de sua ex-esposa Lory del Santo e do filho de ambos, Conor Clapton. Este faleceu ao cair do 57º. andar do edifício em que estavam em Manhattan.

Então, Eric Clapton compôs a música Tears in Heaven, alusiva à morte do filho.

A composição rendeu a Eric Clapton, em 1993, três prêmios Grammy (melhor canção, melhor gravação e melhor interpretação vocal pop masculina), além de ser uma das mais tocadas nas rádios em todos os tempos.

Fonte do texto:

– https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/26/cultura/1553619196_547382.html?outputType=amp

Música:

Tears in Heaven // Eric Clapton, 1992 – VideoClip legendado

§  https://www.youtube.com/watch?v=ycBhSXqkg-8

 


 

[3] Paul McCartney – Let it be

A canção foi composta 10 anos depois da morte de sua mãe Mary McCartney — que morreu por causa de câncer na mama (a mesma doença que, posteriormente, levou Linda, sua esposa e parceira na banda pós-Beatles, Wing). 

Em entrevista, Paul declarou que, às vezes, não conseguia se lembrar do rosto da mãe. Em um determinado dia, ele sonhou com ela, viu sua face com precisão e, diante de sua condição perturbada, ela procurava acalmá-lo de forma maternal e piedosa, transmitindo-lhe conforto e segurança e dizendo-lhe: “deixe acontecer” (“let it be”).

Fonte do texto:

      https://www.culturagenial.com/musica-let-it-be-dos-the-beatles/#:~:text=Segundo%20suas%20declarações%20em%20várias,esse%3A%20%22deixe%20estar%22.

Música:

Let it be // Remastered in 2009 – The Beatles

§  https://www.youtube.com/watch?v=QDYfEBY9NM4

 

 

[4] Astor Piazzolla – Adiós Nonino

Em 1959, Astor estava em Nova a Iorque, onde residia, e compôs a música Adiós Nonino, em homenagem a seu pai, Vicente Piazzolla, que acabara de falecer. Daniel Piazzolla, o filho de Astor, chamava Vicente, de Nonino (avôzinho em italiano).

A esse respeito, Daniel declarou: "Papai nos pediu para deixá-lo em paz por algumas horas. Entramos na cozinha. Primeiro houve um silêncio absoluto. Depois de um tempo, o ouvimos tocar o bandoneon. Era uma melodia muito triste, terrivelmente triste. Ele estava compondo o Adiós Nonino."

Numa entrevista de 1990, Astor Piazzolla declarou que este era seu tango "número um".

Fontes do texto:

– https://www.rdpc.uevora.pt/bitstream/10174/11722/1/Universidade%20de%20Évora-%20Projecto%20Mestrado.pdf

– https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Adiós_Nonino

Música:

Adiós Nonino // Orquestra Sinfônica da Rádio de Colônia, Alemanha

                  (Symphonie “Kölner Rundfunkorchester” Deutschlands)

§ https://www.youtube.com/watch?v=VTPec8z5vdY

 

 

[5] Roberto Cantoral - El Reloj

Essa música foi composta em 1956. Sobre a inspiração que a originou, há duas versões. 

A primeira, por alguns considerada lenda, dá conta de que Cantoral compôs a canção ao final de uma noite tormentosa, dado que os médicos lhe informaram que sua esposa gravemente enferma, jamais resistiria até o dia seguinte; daí a estrofe que evidencia sua intenção de permanecer com ela, não importando o que lhe ocorresse — “Não pare as horas relógio! … Faça essa noite perpétua, para que o dia não amanheça! Para que ela não se afaste de mim!”.

A outra versão evidencia que Cantoral criou a canção em Washington, em frente ao rio Potomac, ao final de turnê do conjunto musical Los Tres Caballeros, pelos Estados Unidos. Durante as apresentações, Cantoral vivenciou um romance com uma das garotas participantes do show, que retornaria a Nova Iorque na manhã seguinte. Essa interação e a presença de um relógio na sala, durante o último encontro, desencadearam a inspiração para Cantarol criar a canção de amor, que resultou em centenas de gravações por intérpretes do mundo inteiro.

Fontes do texto:

– https://www.gnoticia.com.br/musicas-classicas-e-suas-historias/

– https://es.m.wikipedia.org/wiki/El_reloj_(canción)

Música:

El Reloj // Luis Miguel (Video con letra)

§ https://www.youtube.com/watch?v=wEF19rvbH3I

 

 





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