segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Resiliência do presidente Bolsonaro


O IBOPE e o DataFolha divulgaram pesquisa indicando queda na avaliação do governo Bolsonaro. Segundo esses institutos, menos de 35% da população aprovam a atuação governamental. Valho-me da pesquisa do Portal Pérola — possivelmente com alguma distorção resultante do universo pesquisado — para contestar os números divulgados pelo Globo e Estadão. Até porque segundo os parceiros desses dois jornais, o candidato Jair Bolsonaro não teria sido eleito presidente da República. 

Estadão
De acordo com 15.402 pessoas consultadas pelo Portal Pérola, a resiliência de Jair Bolsonaro é a seguinte: Ótimo – 92,18%; Ruim – 6,28%; Razoável: 1,54%. Essa pesquisa é tão tendenciosa quanto a do IBOPE e DataFolha, mas merece atenção daqueles que não querem mentir e desmoralizar-se.

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 [Tweeter enviado para o Estadão em 30/Set/2019]
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As indagações do Lucas


1.   Motivação
Em relação à defesa do cidadão Adélio Bispo que, em setembro de 2018, esfaqueou o candidato à Presidência Jair Bolsonaro, o advogado Lucas Krause, sobrinho e afilhado de minha esposa — e que, por deferência, me trata de tio e padrinho — enviou-me os questionamentos transcritos a seguir.

Pergunta 1. O exercício da advocacia sem remuneração pode ser considerada escuso ou sujeito a repreensão por alguma razão? 
Pergunta 2. Por qual motivo seria repreensível a atuação de um advogado que defendesse, por exemplo, o sujeito que esfaqueou o candidato Jair Bolsonaro?
Pergunta 3. Um advogado criminal trabalha defendendo pessoas de terem cometido crimes, isso faz dele um criminoso? Se sim, por quê?

2.   Apreciação 
Quando Cícero candidatou-se a cônsul, em Roma, dois mil anos atrás, seu irmão mais novo, general Quintus Tulius, escreveu-lhe uma carta (Commentariolum Petitionis) aconselhando-o a agir para ganhar as eleições. Na missiva, o irmão transmitiu-lhe todas as trapaças possíveis em política; ensinou-lhe tudo o que os políticos da atualidade praticam, da mentira, da promessa  que não será cumprida à corrupção pura e simples — Cícero venceu no primeiro turno (a eleição só tinha um turno!). Então, não há novidade no que o petismo praticou (e pratica!) no Brasil de forma recorrente — vale dizer, a maior corrupção identificada na história da humanidade. A novidade é a escala, a abordagem sistêmica, endêmica, vultuosa, impensável.
Inferência 1. O antecedente histórico não justifica o procedimento presente.

 Segundo nos conta Platão (em Apologia de Sócrates), ao ser acusado e processado, na Grécia, dois mil e quatrocentos anos atrás, Sócrates negou-se a usar procedimento habitual para evitar a condenação à pena máxima; recusou a aceitar a oferta de um amigo rico, para fugir na véspera da execução de sua sentença; e enfrentou as consequências de suas ações, com discernimento e bravura.
Inferência 2. A legalidade não justifica a quebra da moralidade e da ética.

 O código de ética da OAB prevê a vedação de publicidade/marketing por parte dos escritórios de advocacia. Desta forma, um dos métodos mais antigos e tradicionais de se conseguir visibilidade no meio social, baseia-se na atuação ‘pro bono’ (gratuita) para pessoas envolvidas em casos emblemáticos.
Inferência 3. É vedada a publicidade/marketing para advogados.
Inferência 4. Se o código de ética veda a publicidade, então não pode existir outro método de publicidade. Usar outro método explicita a fraude, o engodo, a trapaça — seja qual for o costume ou o precedente histórico.
Inferência 5. O código dos advogados não poderia se chamar ‘código de ética’. Isso envergonharia Sócrates. Para Sócrates — minha referência — a morte é o limite para quem se dispõe a ser ético, verdadeiro e decente.

 O Adélio ou sua família deveriam apresentar um advogado para a defesa do autor do atentado. Caso isso não ocorresse, o estamento judicial deveria providenciar um defensor público para ele.
Inferência 6. É direito inalienável do Adélio à sua defesa por parte de advogado, seja por iniciativa própria ou por iniciativa da justiça.

No vaivém que a evolução desse infausto acontecimentos, constatou-se uma sequência de coincidência no mínimo curiosas.
Há cerca de 20 anos, o candidato Bolsonaro vem pregando o endurecimento das ações legais e judiciais do Estado contra as atividades criminosas. Há dezenas de projetos de lei que ele submeteu ao Parlamento e que foram ignorados pelos demais integrantes da Câmara dos Deputados.
Há pelo menos seis vídeos circulando há algum tempo com afirmações inequívocas de que a violência deveria ser utilizada por integrantes da esquerda brasileira contra os oponentes.
No primeiro momento, a imprensa divulgou que o Adélio era um “lobo solitário”. A imprensa tem movido pertinaz combate e resistência à candidatura Bolsonaro. Transmitir conclusão do que ainda não foi devidamente analisado é polêmico e questionável.
No início da investigação, a Polícia Federal divulgou que possivelmente o Adélio era um “lobo solitário”. A gestão da Polícia Federal em Minas Gerais está alinhada com o PT, notadamente porque o governador do Estado é do PT. O aspecto político tem pouca relevância, mas a formulação de juízo de valor sem a investigação correlata é inexplicável.
Em menos de uma hora do atentado, quatro advogados estavam em Juiz de Fora para defender o acusado.
Inferência 7. É coincidência demais para o Sócrates. Não me refiro ao filósofo grego. Refiro-me a um macaco fictício Sócrates, que representa inexcedível metáfora das incongruências humanas.

É relevante mencionar os testemunhos colhidos com interesse para as respostas demandadas e as respectivas consequências.
O primeiro fato envolve um casal de advogados. Eles partiram da estaca próxima de zero (em termos de bens, notoriedade, etc), após terminarem a faculdade. Atualmente, antes dos quarenta anos de idade, são proprietários de casa própria em terreno de 20.000 m2, casa sede do escritório de advocacia, fazenda de 400 hectares. 
Outro casal de advogados pode ser considerado. Eles também partiram da estaca próxima de zero, após terminarem a faculdade. Eles são proprietários da casa própria e casa sede do escritório de advocacia, ambas de elevado padrão. Por volta de 35 anos, o marido tinha participado de 30 julgamentos em tribunal do júri — ganhou todos (todos, eu disse!). 
A menção agora é um advogado que foi delegado de polícia durante cerca de 30 anos. Advoga na atualidade. Quando delegado, mais de uma vez, na condição de plantão, em final de semana, recebeu propostas de dezenas de milhares de dólares para soltar traficante. Jamais aceitou. Um pequeno problema: não raro, o delegado que o substituía no plantão aceitava a oferta e libertava o traficante. Não raro, recebeu ameaça de traficante por sua atitude. 
Consultados esses advogados sobre a possibilidade de aceitação da defesa do Adélio, houve unanimidade na resposta: eles jamais aceitariam a defesa do Adélio nas condições ocorridas em Juiz de Fora. O criminalista do testemunho 2 disse que poderia aceitar se consultado pela família do Adélio, desde que de acordo com as regras comerciais-financeiras vigentes. Esse criminalista alegou que se o Adélio ou sua família não apresentassem advogado, o estamento judicial deveria providenciar um defensor público para ele.
Os advogados citados foram unânimes em declarar que, aparentemente, não há ilegalidade na atuação dos advogados que se ofereceram para defender o Adélio; entretanto, aqueles advogados atuaram em detrimento da ética, da moralidade e da decência.
Não tenho dúvida em asseverar que obteria dezenas de testemunhos de advogados que, contrariamente aos testemunhos citados, aceitariam a defesa de Adélio nas condições ocorridas em Juiz de Fora. Todos se apoiariam em precedentes históricos e na legalidade da aceitação. Entretanto, todos contrariariam as Inferências 1 a 5 — todos atuariam, como testemunharam alguns advogados, em detrimento da ética, da moralidade e da decência.

NOTA. 
A consulta citada é fictícia; não existiu. Ela é produto de minha imaginação. A rigor, eu criei a resposta à irreal consulta com base no que imagino seja o mandamento da ética — ou seja, se advogado fosse, eu agiria da maneira como foi descrita. 

É uma falsidade utilizar um argumento fictício? 
É ético utilizar um argumento fictício, supostamente resultante de alicerce ético? 
É essa a forma típica de um advogado argumentar e agir?

As respostas não são triviais. Mantive o procedimento por achar que o raciocínio levou a uma conclusão sensata, lógica e racional. E também porque da conclusão não resultaria prejuízo para quem quer que seja.

3.   Conclusão
Do que foi exposto, formulo as respostas consequentes a cada uma das indagações propostas.
Pergunta 1. O exercício da advocacia sem remuneração pode ser considerada escusa ou sujeita a repreensão por alguma razão? 
O exercício da advocacia sem remuneração, se praticada de acordo com os estatutos legais e sob a égide da ética, da moralidade e da decência, é inequivocamente virtuosa. 
O exercício da advocacia sem remuneração, se praticada em detrimento da ética, da moralidade e da decência, é não apenas reprovável, é uma abjeção que denigre e conspurca o ser humano.

Pergunta 2. Por qual motivo seria repreensível a atuação de um advogado que defendesse, por exemplo, o sujeito que esfaqueou o candidato Jair Bolsonaro?
Poderia ser repreensível em cada um dos três contextos explicitados a seguir.
Caso tenha sido sem remuneração, pela busca de publicidade, a atuação dos advogados afrontou a ética, a moral e a decência, pois a publicidade é vedada pelo código de ética dos advogados. 
Caso tenha sido por motivação político-ideológica, a atuação afrontou a verdade e portanto a democracia. 
Caso tenha sido com remuneração não declarada, para ocultar a fonte, trata-se de atividade criminosa pura e simples.

Pergunta 3. Um advogado criminal trabalha defendendo pessoas de terem cometido crimes, isso faz dele um criminoso? Caso sim, por quê?
Defender pessoas de terem cometido crimes, sem afronta à lei, à ética, à moral e à decência não torna o advogado um criminoso. 
Os melhores exemplos que posso me lembrar são: (i) o advogado que defendeu o comunista Luís Carlos Prestes; (ii) o advogado que defendeu o soviético Rudolf Abel. 
Os dois advogados estão entre as grandes referências humanas para a história, para a cultura e para a civilização.
Se o advogado criminal defende pessoas de terem cometido crimes, com afronta à ética, à moral e à decência, isso não o torna criminoso. Porém ele age como um canalha desprezível e indigno dos pilares fundamentais da democracia e contrário à faculdade primacial do ser humano que é a busca da paz e da harmonia.


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Gabinete do Ódio da imprensa

No exercício da liberdade que  democracia possibilita, o Estadão e seus jornalistas estão inebriados com essa possibilidade desejada e disponível e saem do patamar da coerência na transmissão da informação e partem para a oposição inclemente e arrasador. Nesse diapasão, o jornalista Marcelo Godoy divulgou artigo desarrazoado contra os militares que se encontram no governo. Referiu-se ao tweeter que um dos ministros de origem militar divulgou em favor de um suposto “Gabinete do Ódio”, que apoia o presidente Bolsonaro. Tratei dessa questão, à luz da recorrente atitude da imprensa de imparcialidade e alinhamento com o atraso.


Estadão
O bípede transformou som em ideia e humanizou-se; e agora transforma fatos em ideias. Será que a imprensa ainda é necessária? Estão atribuindo ao governo o que existe nas redações do triângulo Globo, Estadão e Folha de São Paulo, isto é, um "Gabinete de Ódio". Não se conformam em ter sido desmoralizados pelo resultado das eleições de 2018. Políticos, intelectuais, jornalistas e artistas naufragaram nas previsões e análises. Não aprenderam e continuam, agora, como profetas falidos, empoleirados na oposição; sem nenhum disfarce. Vão errar de novo e dessa forma contribuir ... em 2022. 

Estadão
"A popularidade atolada em 30%", no governo, corresponde ao que durante a campanha, os acólitos divulgavam -- o candidato tinha chegado ao teto, quando segundo os institutos da "verdade", ele tinha chegado ao limite de pouco mais de 20%. Citar dados do IBOPE e do DataFolha é tudo que alguém lúcido e sério aspira e deseja para ter a certeza de que navega na ausência de confiabilidade.

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[Divulgado no Estadão de 30/Set/2019]
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sexta-feira, 27 de setembro de 2019

A mídia e as sendas para a felicidade


Na pré-história, o ser bípede aprendeu a transformar sons em ideias, então surgiu a fala e a comunicação. Na era pós-transistor, com o advento da rede global, o ser bípede pensante aprendeu a transformar fatos em ideias, independentemente de quem os transmite e (ou) analisa, então surgiram as redes sociais e o dramático embate entre a falsidade e a verdade. Na era pós-rede global, os integrantes da mídia precisam interpretar a transformação e conviver com a significância da realidade. 
Não são exatamente governantes que tentam “desacreditar a imprensa”, como está expresso no editorial A garantia da liberdade (Estadão, de 27 de setembro); com a ênfase contida na entrevista do Sr. Arthur G. Sulzberger, publisher do New York Times (Estadão, de 26 de setembro). Os oponentes e os analistas dos governantes precisam ser similarmente responsabilizados. Nesse sentido, a imprensa precisa aderir à era do pós-conhecimento. Minha condição de assinante do New York Times, Estadão, Folha de São Paulo, Globo e Correio Braziliense é irrelevante e a citação deveria ser evitada; basta ler as distorções que o jornal do Sr. Sulzberger publica sobre o Brasil atual — em sintonia com seus parceiros brasileiros —, para inferir que o blá-blá-blá do ‘patrão da verdade’ ianque não consegue mais convencer quem pensa. 
Talvez seja conveniente o Sr. Sulzberger ler “Carta aos Meneceus”, de Epicuro, em que ele estabelece as sendas para a felicidade — ele não precisa ser feliz, precisa apenas encarar o mundo com a simplicidade que o filósofo sugere; nem precisa ler a interpretação dada aos ensinamentos do grego por Karl Marx. Enfim, a escolha é livre: quem quiser adere às transformações, os demais se contentem com a auto-desmoralização resultante e inevitável — é o exercício da liberdade conspirando contra a democracia. Parece que o New York Times, o Estadão, a Folha e o Globo já fizeram a opção. De qualquer sorte, era um time de peso.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Perspectivas de atuação do MPF


A bem sucedida participação na sabatina realizada pelo Senado Federal, pelo Dr. Augusto Aras, indicado pelo presidente da República para o cargo de Procurador-Geral da República, lança indagações sobre as perspectivas de atuação do Ministério Público Federal. O que os cidadãos podem esperar da autoridade investida nesse elevado cargo?

Estadão e Globo
Até agora o Peguerrê conseguiu convencer todo mundo. Esperemos para ver o que fará em relação aos cidadãos, em relação à corrupção desenfreada que carreou no País durante décadas, em relação àqueles que estão encarcerados pelo estímulo e pela prática de ações não republicanas, em relação aos que usam a linguagem politicamente correta para causar a disrupção social. Ou então, carpe diem quam minimum credula póstero.

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[Divulgado no Estadão de 26/Set/2019]
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[Divulgado no Globo de 26/Set/2019]
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DPL – A vanguarda da salvação


Na década de 1960, lideranças civis e expressiva parcela da população estimularam o desencadeamento do contragolpe de 1964 que afastou a possibilidade do triunfo do socialismo no Brasil. Seguiu-se o período de maior desenvolvimento e transformação da história do País, sob a direção de quatro presidentes militares, eleitos sucessivamente pelo Parlamento, mas com forte viés de prevalência da autoridade do chefe de Estado.
Na segunda metade da década de 1980, o País retornou às lideranças civis, com eleições diretas, pelo voto do povo, e com presidentes associados, de forma crescente, a lideranças simpatizantes, aliadas ou correligionárias do socialismo. Por via de consequência — e por empatia e vocação constatada ao longo do século XX (e que não se esqueça jamais: o socialismo sempre dá certo, isto é, ele sempre destrói onde se hospeda) —  depois de quase duas décadas, o Brasil enfrentou a maior crise social, econômica, política e moral da história.
Comparando-se esses dois períodos, constata-se que os seguintes aspectos contribuíram para a mudança do primeiro para o período subsequente: a insatisfatória liberalização da economia; e a ineficácia na atuação nos campos da educação, cultura, intelectualidade e mídia. Ressalte-se que essas contribuições estão associadas com causas variadas e complexas, com a prevalência da decisão dos líderes militares, cuja análise não cabe neste contexto.
Em 2018, os brasileiros causaram uma grande mudança e elegeram o presidente da República e expressiva parcela do Parlamento dentre aqueles que se colocam no espectro oponente ao socialismo. Portanto, o País está experimentando uma nova guinada de rumo. Associado a essa transformação, constata-se que a mídia passou a contar com órgãos que se declaram à direita do espectro político, como o ‘Jornal da Cidade’ e revista ‘Crusoé’, para citar  apenas dois exemplos — e concorde-se ou não, eles se opõem à tendência predominante na mídia, que de forma geral milita em favor das correntes socialistas. E graças a lideranças no âmbito da Universidade de Brasília, foi desencadeado no meio acadêmico o movimento Docentes pela Liberdade que já atingiu o meio acadêmico de mais de 20 estados da Federação.
É curioso também ressaltar que há um número expressivo de intelectuais que se mostram mais ativos e sem receios ou restrições para expressar posições conservadoras, liberais e democráticas. Talvez o ramo ainda ausente nessas considerações transformadoras seja aquele resultante de nichos de cultura como o cinema, teatro, movimentos musicais e outros.
Dessa forma constata-se que no Poder Executivo, em menor escala no Parlamento, na Academia e na mídia, há uma convergência de direcionamento do País para uma abordagem conservadora nos costumes; liberalizante, na economia; eficaz, na gestão pública; democrática, na prática política; e enormemente combativa, no que concerne à criminalidade, em todas as suas facetas (corrupção, tráfico de drogas e de armamentos, violência de qualquer ordem).
E as ponderações que hesitam em se calar? Essa temática deve ser estimulada e tornada pública? Quais lideranças devem estar atuantes (restrinja-se a priori os similares aos oponentes, porém com sinal trocado)? Cabe apenas a integrantes do governo a iniciativa das ações, ou elas devem provir de todas as direções? Devem estar apoiadas primacialmente nas redes sociais (que podem ser consideradas ilhas ou arquipélagos isolados)? Caso não exista, deve ser buscada a integração e a convergência entre os principais conjuntos de atores (governo, iniciativa privada, academia, intelectualidade, mídia et al)?
Enfim, é fácil enxergar alguma coisa, mas é muito difícil concatenar a abordagem adequada para esses tempos curiosos, ricos e tormentosos. É imperioso admitir que a omissão é aliada desejável da vanguarda do atraso; e a ação é aliada preferencial da vanguarda da salvação. Com a palavra os talentosos e audazes.

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A questão indígena [1]


VER TAMBÉM:

A imprensa secundada por “intelectuais” está divulgando a indicação do índio Raoni para o Prêmio Nobel da Paz. Qual o mérito? A questão indígena, a defesa ambiental e outros temas controversos são usados por brasileiros e estrangeiros para satisfazer suas opções ideológicas. 

A proposta relativa ao Raoni não obedece aos ditames do bom senso, da lógica e da razão. Portanto, está fora do contexto ético e desprovida dos ditames da decência. Minha manifestação pública é apresentada a seguir.

Estadão e Globo
Como descendente de índio, acho que Raoni pode merecer o prêmio IgNobel por falar o que outros acham novidade; por achar que "gente besta e pau torto tem em excesso no mundo"; e por essas razões, pela capacidade de convencimento de pessoas que têm apego pelo inusitado, pelo diferente, por mais que resultante de deformação. 


Enfim, chefe de estado que profere inverdade e assemelhados têm especial predileção por Raoni, para alegria de alguns e lamento dos que acham que índio é gente.

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[*]   Prêmio IgNobel – Prêmio instituído em Harvard (revista Annals of Improbable Researchpara a descoberta científica mais estranha do ano.
[**] “Gente besta e pau torto tem excesso no mundo”  – Dito indígena.

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[Divulgado no Globo de 26/Set/2019]
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[Divulgado no Estadão de 26/Set/2019]
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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Resultados dos institutos de pesquisa


Na perspectiva de oposição sistemática ao governo federal, o IBOPE tem sistematicamente divulgado a queda na aprovação de Bolsonaro. 

A crença nos institutos de pesquisa tem estado em baixa, dado que eles têm errado suas previsões, não apenas no Brasil, mas na maioria dos países democráticos do mundo.

 

O IBOPE e o DataFolha disseram durante todo o período pré-eleitoral que Bolsonaro não ganharia a eleição. Portanto, são institutos que se recusam divulgar a verdade.  A razão? 

Simples: representam interesses de empresas de mídia desmoralizadas e cuja confiabilidade é nenhuma: “Só a mudança é permanente.” 

O choro é livre! O fundador do PT não! Está preso.

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[Divulgado no Globo online de 25/09/2019]

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terça-feira, 24 de setembro de 2019

Delírio por liberdade em Cuba

O titular da diplomacia cubana resolveu opinar sobre o discurso do presidente Bolsonaro na ONU e, de forma nefasta, como é habitual entre os déspotas canalhas, referiu-se de forma depreciativa ao regime militar brasileiro de 1964. 

O aspecto lamentável dessa manifestação é potencializado pelo fato de que a contrarrevolução militar brasileira impediu a implantação do regime comunista no Brasil, por brasileiros, que tinham o apoio do regime cubano.

O jornal Globo deu destaque a essa questão, por intermédio do artigo “Chanceler cubano rejeita discurso de Bolsonaro na ONU: ‘Delira e tem saudade da ditadura militar’ ”.

A ausência de observância aos preceitos da lógica, da razão e do bom senso estão presentes na incoerente expressão da autoridade cubana e no lamentável e impatriota posicionamento dos atuais dirigentes do jornal brasileiro — neste caso, pelo fato de que o criador e então proprietário das organizações Globo foi um dos líderes civis da contrarrevolução de 1964.

No Brasil além de delirar, os cidadãos tem liberdade de levar os filhos e as esposas para onde querem. 

Em Cuba, se o povo tivesse liberdade para delirar, todos sonhariam: primeiro varrer quem está no poder junto da respectiva podridão; e depois acordar em liberdade.

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[Divulgado no jornal Globo online de 24/09/2019]

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Diferença de critério para questões semelhantes

As mortes da menina Ágatha, no Rio de Janeiro (em tiroteio envolvendo a criminalidade e a polícia), e do menino Rhuan, em Brasília (pela ação hedionda da própria mãe em conluio com sua companheira), são produto da sanha assassina que não poupa inocentes, caracterizando a hora mais escura do ser humano. 

Um efeito colateral é evidenciado neste texto: o inequívoco tratamento diferenciado atribuído pelos formadores de opinião aos dois eventos, chamando a atenção de forma ampla e contundente para a responsabilidade, ainda não comprovada, da polícia carioca; e ignorando incompreensivelmente as criminosas da capital federal.

Por quem os sinos dobram? Quando alguém se vai, um pouco de todos nós vai junto, respondeu o poeta britânico John Donne, no século XVII. Um pouco de nós está com Ágatha. Nenhuma dúvida. 

Por que os analistas não têm a mesma atitude com o menino Rhuan, de Brasília, que foi morto pelo casal de lésbicas (uma delas a própria mãe), depois de castrado, torturado e a crueldade completada com muitas facadas? 

Creio que pessoas com juízo não podem se desmoralizar  — inclusive integrantes da mídia.

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[Divulgado pelo Estadão online de 24/09/2019]

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Politique incendiaire en Amazonie [Le Monde]


VER TAMBÉM:

Le Monde
Cher Monsieur,
Concernant l'article «La politique incendiaire de Bolsonaro en Amazonie» (par Nicola Bourcier, Le Monde, 20 septembre 2019), ce titre est-il juste, décent et éthique ?
Et si un Brésilien écrivait un article intitulé "La politique incendiaire de M. Macron à Notre Dame" ? Je ne sais pas pourquoi j'utilise le respectueux monsieur. Mais s'agirait-il d'un titre juste, décent et éthique ?
Est-ce pour ça que Jeanne D'Arc est morte ? Est-ce pour cela que vous enseignez à vos enfants les notions de liberté, d'égalité et de fraternité ?
Ne suffit-il pas que M. Macron ait menti lorsqu'il a utilisé une photo d'il y a 19 ans pour déclarer que le gouvernement brésilien était en train de brûler l'Amazone ? Eh bien, je dois en déduire que M. Bourcier ne fait que suivre le chef.
En outre, je défendrai l’expulsion des Français de la Guyana et l’indépendance qui en découle de ce territoire. Après tout, l’Amazonie doit se débarrasser du colonialisme français, qui appartient aux siècles passés.
C'est facile! Rappelez-vous que nous avons déjà expulsé les Français de Rio de Janeiro, Maranhão et d’autres lieux.
Atencieusement,
ARS
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Le Monde 
Prezado Senhor,
O título do artigo “A política incendiária de Bolsonaro na Amazônia” (de Nicola Bourcier, Le Monde de 20/Set/2019) é correto, decente e ético?
E se um brasileiro escrevesse um artigo intitulado “A política incendiária do Sr. Macron na Notre Dame”? Eu não sei porque uso o respeitoso ‘Sr.’. Mas seria esse título correto, decente e ético?
É por isso que Joana D’Arc foi morta? É por isso que vocês ensinam para as crianças francesas as noções de liberdade, igualdade e fraternidade?
Não é suficiente que o Sr. Macron minta, usando uma foto de 19 anos atrás para asseverar que o governo brasileiro está queimando a Amazônia? Bem, eu posso deduzir que o Sr. Bourcier está apenas seguindo o chefe.
Entendo que devo defender a expulsão dos franceses da Guiana e a independência daquele território. Até porque a Amazônia deve se livrar do colonialismo francês que pertence a séculos passados.
É fácil! Lembrem-se que nós já expulsamos os franceses do Rio de Janeiro, Maranhão e de outros lugares.
Atenciosamente,
ARS
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[Divulgado no Facebook do jornal francês Le Monde em 20/Set/2019]
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