terça-feira, 27 de junho de 2023

Doutorado em Engenharia Elétrica no IME

Encontra-se postada no portal do Instituto Militar de Engenharia (IME) a notícia de que em 7 de junho de 2023, a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) divulgou 

“a aprovação, na 220ª Reunião do Conselho Técnico-Científico da Educação Superior, da criação de um novo curso de Doutorado em Engenharia Elétrica a ser oferecido pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE) do IME”.

Isso se traduz em relevante vitória de uma das melhores escolas de Engenharia do Brasil. De acordo com a Direção do IME 

“a verticalização do PPGEE ao Doutorado colaborará com o esforço atual do Instituto em conduzir iniciativas de desenvolvimento que apoiem o Exército.”

 

Parabéns ao Exército e Parabéns ao IME!

De acordo com a avaliação do MEC, o IME está entre as melhores escolas de formação de engenheiros do País.

Ademais, durante 3 anos, testemunhei uma centena de engenheiros oriundos do IME, em parceria com empresas nacionais, entregarem à Força Terrestre 5 artefatos bélicos que jamais foram pesquisados, desenvolvidos e produzidos no Hemisfério Sul.

Esse doutorado vai potencializar recursos humanos cuja formação já se encontra em nível de excelência e sobretudo com comprometimento exemplar, com a Instituição e com o País.

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[Divulgado no portal do IME em 27/Jun/2023]

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segunda-feira, 26 de junho de 2023

Freio para a distopia judicial

Em editorial, o jornal Estadão, apresentou a avaliação de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem adotado “decisões preocupantes e desproporcionais” e, em consequência, os demais ministros daquela Corte “têm o dever de freá-lo”

 

É simples! Basta indagar se em país democrático desenvolvido há magistrado em alguma dentre as seguintes condições:

– reprovação em concurso para juiz;

– prestação de serviços advocatícios para organização criminosa;

– prestação de serviços advocatícios para condenado por assassinatos em país democrático;

– permissão para a esposa trabalhar em escritório que lida com causa que pode ser submetida a julgamento na Suprema Corte;

– atividades empresariais incompatíveis com o cargo;

– difamação de instituições e autoridades brasileiras no exterior;

– tratamento de questões judiciais fora dos autos do processo; e

– militância em campanha política de partido responsável pela maior corrupção da história;

– descumprimento e conspurcação da Carta Magna com decisões espúrias e inconstitucionais; e

– investidura de advogado na egrégia Corte por mandatário amigo que recebeu seus serviços advocatícios.

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[Divulgado no portal “pleno.news, em 25/06/2023]

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Frustração, consternação e vergonha

Em entrevista ao Estadão, quando perguntada se “tem alguma decepção com os rumos adotados [pelo governo Lula] até agora”, a deputada federal Tabata Amaral — que ajudou a eleger o ex-presidiário e faz parte da base do governo — declarou que “é uma frustração ...” e acrescentou que “são frustrações de quando o governo não entende que algumas coisas precisam ser diferentes.”

Por óbvio, fica evidenciado que, infelizmente, essa senhora — assim como tantas outras personalidades supostamente relevantes — só agora, se dá conta de que é imperioso que tudo seja diferente.

 

Ela deveria estar frustrada pela opção e vocação de apoiar a corrupção, a impunidade, o retrocesso político e social, e o desmando judicial, que jamais foram constatados na história do Brasil e na história mundial, em países democráticos. 

Ela deveria estar frustrada e consternada com o apoio a ditaduras causadoras da falta de liberdade e da fome. 

Ela deveria estar frustrada, consternada e envergonhada pela retirada de recursos do povo, especialmente, das camadas mais carentes, para apoiar regimes hediondos amigos.

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[Divulgado no Estadão online de 26/06/2023]

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segunda-feira, 19 de junho de 2023

Rondon – Um Herói Lendário

A propósito do lançamento no Brasil e nos Estados Unidos da biografia do mato-grossense Cândido Mariano da Silva Rondon, pelo escritor Larry Rohter, convém relembrar e prantear a figura do insigne cidadão, soldado e herói brasileiro. 

Rondon integra o imprescindível e reduzido universo daqueles que colocaram sua vida em prol da construção da nacionalidade e da valorização do ser humano — universo em que se destacam, dentre outros, Caxias, Ricardo Franco, Rio Branco, Rui Barbosa, Castelo Branco e Nestor Silva (este, especialmente, por honrar o supremo juramento de colocar a própria vida em risco, para o cumprimento da missão; e por via de consequência, conquistar a difícil e rara promoção ao oficialato por bravura, no campo de batalha, quando integrante da FEB, na Segunda Guerra Mundial, na Itália.)

Rondon tem sido homenageado de forma ampla e merecedora. Ele é considerado o Pai das Telecomunicações Brasileiras e o dia 5 de maio, em que se celebra seu nascimento, é o Dia Nacional das Telecomunicações.

Ele teve seu nome escrito em letras de ouro no maciço Livro da Sociedade Geográfica de Nova Iorque. Em 1918, recebeu a Medalha Centenário de David Livingstone da Sociedade Geográfica Americana. Em 1957, o The Explorer Club, de Nova Iorque, o indicou para o prêmio Nobel da Paz.

Em 1918, o povoado de Rio Vermelho, do estado de Mato Grosso, foi renomeado para Rondonópolis em sua homenagem. Em 1956, o Território Federal do Guaporé passou a se chamar Território Federal de Rondônia. Em 1981, esse território foi transformado em estado com o nome de Rondônia.

Em 5 de maio de 1955, ao completar 90 anos, recebeu o título de Marechal Honorário do Exército Brasileiro, concedido pelo Congresso Nacional. Em 1963, o Exército Brasileiro o designou Patrono da Arma de Comunicações.

Em 1968, foi iniciado o Projeto Rondon, com o objetivo de proporcionar aos alunos de universidades o conhecimento da realidade brasileira e a participação no processo de desenvolvimento.

Em 2015, o Governo Federal determinou a inscrição de Rondon no Livro de Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Pátria, em Brasília.

Em 2019, o escritor Larry Rohter, correspondente do jornal New York Times no Brasil, lançou o livro “Rondon – Uma Biografia”, a mais completa obra escrita sobre esse insigne brasileiro.

Em 2023, com o título “A Biography Sheds Light on na Unknown Brazilian Hero” (“Uma Biografia Lança Luzes em um Herói Brasileiro Desconhecido”), o jornal New York Times noticiou o lançamento, nos Estados Unidos, da versão em inglês da biografia escrita por Rohter, com o título “Into the Amazon – The Life of Candido Rondon”

Como sugestão motivadora, destaco dois parágrafos do livro de Rohter. O primeiro, constante da apresentação da obra na orelha da capa: 

“Seja qual for o parâmetro — quantidade de expedições, distâncias vencidas, grau de dificuldade, informações coletadas —, Cândido Mariano da Silva Rondon é um dos maiores exploradores da história mundial, com uma lista de realizações que iguala ou supera a de figuras como Ernest Shackleton, David Livingstone, Robert Peary e Sir Richard Francis Burton.” [1]  [2]  [3]  [4]

O outro parágrafo, atinente à expedição de 1908, na qual Rondon teve febre alta intermitente — resultante de malária — ao longo de mais de um mês: 

“E assim foram eles. Mas Tanajura [o médico da comitiva], que provinha de uma tradicional família da Bahia e viria a ser um político de sucesso no Amazonas e um dos melhores amigos de Rondon, percebeu que o colega continuava doente. Ele insistiu que Rondon viajasse montado em um boi, em vez de caminhar, de modo a poupar energia e dar uma chance à recuperação. No início, relutante, Rondon aquiesceu, mas como todos seguiam a pé — ‘a cada metro, meu amor-próprio diminuía mais’ [registrou o herói em seu diário] —, após alguns quilômetros, Rondon apeou, ignorando as objeções do médico e dizendo que ‘é meu dever dar o exemplo’ mesmo que, reconhecia ele, ‘eu fique doente como o inferno’.” 

Do artigo do New York Times, atinente ao lançamento do livro nos Estados Unidos, convém destacar:

“Quando Rondon tinha 91 anos, formou-se uma coalizão para indicá-lo ao Prêmio Nobel da Paz de 1957. Um argumento poderia facilmente ser feito: a defesa incansável de Rondon lhe renderia o apelido de ‘o Gandhi do Brasil’. Décadas antes, ninguém menos que Albert Einstein o havia recomendado ao comitê do Nobel. Porém, o comitê de indicação priorizou o trabalho exploratório de Rondon em detrimento de seus esforços humanitários, ocasionando dessa forma a concessão do prêmio para o estadista canadense Lester Bowles Pearson.”


A obra de Rohter traz para a atual conjuntura mundial o monumental e épico trabalho de Rondon, podendo-se inferir que se trata de lembrança e alerta no sentido de que um país com as dimensões do Brasil jamais pode prescindir de personagens com vocação para empreendimento, dimensão de estadista e estatura moral que o conduzam para a vanguarda, sob a égide dos objetivos fundamentais do ser humano, que são atingíveis por intermédio da democracia, alicerçada na liberdade, na verdade, na coragem e na ética e condutora da conquista da paz e da harmonia.

 


Testemunho do Coronel SAINT-CLAIR (Neto)

 

Incluo, a posteriori, o valioso testemunho do Coronel SAINT-CLAIR Peixoto Paes Leme Neto, atinente a seu avô, o bravo Coronel SAINT-CLAIR Peixoto Paes Leme, expedicionário da FEB, na Segunda Guerra Mundial, e integrante de equipe do Rondon, no lançamento de rede telegráfica. 

De forma espontânea e despretensiosa, o fraterno amigo SAINT-CLAIR (integrante da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes, AMAN, 1972) enviou-me um áudio com a seguinte mensagem:

Meu caro amigo!

Apesar de ser artilheiro, o meu avô teve a oportunidade de participar, durante três anos, de um dos grupos de construção de linhas telegráficas com o Marechal Rondon. Para ele, Rondon sempre foi uma pessoa acima de tudo, de tal sorte que ele se referia à trindade “Deus, Pátria e o Marechal Rondon”, como forma de expressar a admiração e o respeito por esse valoroso cidadão do mundo.

Por conta disso, passado o tempo — não me lembro se meu avô era Tenente-Coronel ou Coronel; é certo que ele já tinha voltado da Itália, onde integrara a FEB, na Segunda Guerra Mundial —, ocorreu um enorme problema envolvendo o insigne Rondon. 

O meu avô estava servindo no Palácio Duque de Caxias — ele serviu lá por pouco tempo — e num daqueles dias, ele passou pela Seção de Inativos e Pensionistas (SIP), que ficava no interior do Palácio. Aí, ele viu o Marechal Rondon sentado lá no fundo, esperando. 

Por causa da desconsideração com Rondon — o Marechal lá sentado, esperando e o pessoal conversando, ‘batendo papo’ e pouco ligando para o velhinho —, ele quase pirou, armou uma confusão e jogou areia no ventilador, o que teve grave consequência, pois resultou na prisão do Chefe da SIP. Assim, a inaceitável desconsideração com um herói no crepúsculo de sua exemplar existência foi remediada.

É rapaz, realmente, o Marechal Rondon foi uma figura absolutamente lendária. Ele devia ser realmente uma pessoa fora de todas as curvas. Apesar de não o ter conhecido, pelas declarações de meu avô — que teve a honra de trabalhar com ele — eu ratifico sua homenagem! Meus parabéns! Forte abraço! 



Proposta para o Prêmio Nobel da Paz 


Alertado pelo Dr. Anderson Correia, via WhatsApp, acrescento também cópia da carta de Albert Einstein propondo Rondon para o Prêmio Nobel da Paz.


 

  

Livro lançado no Brasil, em 2019, por Larry Rohter,
correspondente do jornal New York Times em nosso País.


Livro lançado nos Estados Unidos em 2023, por Larry Rohter,
correspondente do New York Times no Brasil.
 

 

Grandes exploradores da história, com os quais Rondon foi comparado pelo escritor Larry Rohter

[1] Ernest Henry Shackleton (Kilkeacondado de Kildare, 15/02/1874 — Geórgia do Sul, 15/01/1922) foi um explorador polar que liderou três expedições britânicas à Antártida, e uma das principais figuras do período conhecido como Idade Heroica da Exploração da Antártida.

[2] David Livingstone (Blantyre, Escócia,19/03/1813 – Aldeia do Chefe Chitambo, Rodésia do Nordeste, 01/03/1873) foi um missionário e explorador britânico que se tornou famoso por ter sido um dos primeiros europeus a terem explorado o interior da África. Ao longo de sua vida, David Livingstone empreendeu diversas expedições missionárias pelo interior do continente africano, sendo que em muitas delas, Livingstone foi o primeiro homem branco a ter visitado determinadas regiões da África.

[3] Robert Edwin Peary (Cresson, 06/05/1856 – Washington, DC, 20/02/1920) foi um explorador polar norte-americano conhecido pela alegação de ter sido o primeiro homem a atingir o Polo Norte geográfico em 1909.

[4] Richard Francis Burton foi escritor, geógrafo, antropólogo, explorador, agente secreto e diplomata britânico. Participou de explorações e aventuras como agente e estudioso na Ásia e África. É uma das personalidades mais extraordinárias e fascinantes do século XIX. Falava 29 idiomas e vários dialetos e estudou os usos e costumes de povos asiáticos e africanos, sendo pioneiro em estudos etnológicos.

 

 

Fontes

-> Rondon – Uma Biografia – De Larry Rohter, Rio de Janeiro, 2019.

-> A Biography Sheds Light on an Unknown Brazilian Hero – By Rachel Slade – New Yok Times – June 2nd, 2023.

-* https://pt.wikipedia.org/wiki/Cândido_Rondon, consulta em 18/06/2023, às 11:00 h.

-* https://pt.wikipedia.org/wiki/Ernest_Henry_Shackleton, consulta em 19/06/2023, às 15:03 h.

-* https://pt.wikipedia.org/wiki/África, consulta em 19/03/2023, às 15:40 h.

-* https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Peary, consulta em 19/03/2023, às 15:43 h.

-* https://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Francis_Burton, consulta em 19/03/2023, às 15:50 h.

 

 

 

sábado, 17 de junho de 2023

Mensagem para o amigo Marco Aurélio

Prezado amigo,

Como sempre, brilhante seu artigo ‘Conspiração Contra a Pátria’, em que alerta: “negligenciar a missão constitucional de garantia da lei e da ordem (jurídica, inclusive), atrás do escudo do silêncio, ou na comodidade da inação, é sim furtar-se das responsabilidades herdadas das heroicas lutas pela democracia dos nossos antepassados”.

Como faz falta gente com disposição e coragem para utilizar a faculdade essencial do ser humano: a virtude de pensar.

Como faz falta juristas da estirpe de Rui Barbosa e Sobral Pinto.  Se gente como eles houvesse, Olympio Mourão Filho e Humberto Castelo Branco não fariam falta.

Em 5 de janeiro do presente ano, no artigo ‘Problemas brasileiros cruciais’, escrevi a seguinte observação: “A propósito daqueles que são favoráveis à investidura de socialistas, notórios e implacáveis corruptos, em elevadas instâncias da República, cumpre asseverar que eles não trocam 20 dias de glória por 20 anos de problemas com os adeptos do socialismo, contudo, fazem a opção por 20 anos de problemas para aqueles que defendem a liberdade.” (Conforme https://arsoutoacl.blogspot.com/2023/01/mensagem-para-um-amigo.html )

Pois bem, gostaria de ter vida longa para, nos próximos 20 anos, ler as pérolas de seu talento bem como do ingente esforço para contribuir para a recuperação do que foi perdido, graças à lamentável atuação de gente que está distante de Mourão Filho e de Castelo Branco. Dúvidas não há: os esquerdistas levaram 20 anos tentando desmoralizar as Forças Armadas — fracassaram; em 20 dias, os nossos conseguiram o intento dos oponentes.

Por favor, 20 anos mesmo! Não podemos perder o otimismo.

Forte abraço,

RS


quinta-feira, 15 de junho de 2023

Um sábio doutor com cognição eterna

Em uma interpelação na CPI do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), na Câmara dos Deputados, o senhor José Geraldo, Professor da UnB e Pesquisador Sênior Voluntário — esquerdista que já foi reitor da UnB — declarou para a Deputada Federal Carol de Toni o seguinte:

“Eu não tenho como discutir com a deputada porque a sua visão de mundo, a sua percepção como cosmovisão, só lhe permite enxergar o que a senhora já tem escrito na sua cognição. Então o que a senhora vai ver não é o que existe, mas é o que a senhora recorta da realidade”.

A deputada ficou desconcertada e declarou que estava sendo ofendida pelo ilustre convidado. Ora, ela perdeu a oportunidade de se contrapor a ele no mesmo nível em que fora provocada. Ela deveria ter asseverado:

“O senhor tem toda razão! Como sábio professor doutor, o senhor só enxerga o que já tem escrito na sua cognição! E o que está na sua cognição? Os ensinamentos autoritários típicos de gente como Lênin, Stalin, Che Guevara e Stedili, bem como de seus similares Hitler, Mussolini e Pol Pot.

Em consequência, sua cognição não admite quem pensa diferente. E o que é pior: independentemente do tempo transcorrido, sua cognição jamais permitirá qualquer melhoria em sua cosmovisão. Ou seja, além de hediondo, seu binômio cognitivo é eterno!”

 

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sexta-feira, 9 de junho de 2023

Narrativa e irresponsabilidade — recepção a Maduro

Em face do desmantelamento institucional, das restrições à liberdade e até mesmo das perversidades contra o povo venezuelano, o governo do presidente Nicolás Maduro não é reconhecido por 51 países no mundo. Ademais, por diversos indícios do envolvimento do Sr. Maduro no tráfico internacional de drogas, a justiça dos Estados Unidos oferece a recompensa de 15 milhões de dólares para quem oferecer provas dessa criminalidade que tanto impacta a juventude americana.

O presidente Luís Lula da Silva convidou o Sr. Maduro para participar de cúpula sul-americana em Brasília e o recebeu com honras de Chefe de Estado. No discurso de boas-vindas, o Sr. Lula declarou que as acusações contra o governo do Sr. Maduro não passam de ‘narrativas’. 

Em conversa com jornalistas, o presidente Gabriel Boric, do Chile — esquerdista que apoiou o Sr. Lula durante a campanha presidencial — refutou o presidente brasileiro declarando que "não é uma construção

narrativa [o que ocorre na Venezuela], é uma realidade. É séria, e tive a oportunidade de vê-la nos olhos e na dor de centenas de milhares de venezuelanos que vêm à nossa pátria e que exigem, também, uma posição firme e clara para que os direitos humanos sejam respeitados sempre e em todos os lugares, independentemente da cor política do governante de turno".

Afinal, que narrativas estão sendo asseveradas de forma recorrente?

 

Narrativa contra a Venezuela? 

Cerca de 7 milhões de venezuelanos fugidos para o exterior é narrativa? 

Mais de 70% de pobres num dos países mais ricos do mundo em petróleo é narrativa? 

A falta de liberdade na Venezuela — essa circunstância venerada pelos socialistas — é narrativa? 

As perseguições e mortes de opositores venezuelanos é narrativa? 

A nomeação de juízes da Suprema Corte venezuelana sem notório saber e ilibada conduta é narrativa? 

A desmoralização do Parlamento venezuelano é narrativa? 

A devolução de bilhões de reais para os cofres públicos, em face de corrupção no Brasil, é narrativa? 

A acusação de posse do triplex e do sítio é narrativa? 

A acusação do Palocci sobre a propina de centenas de milhões é narrativa? 

A condenação por corrupção e o encarceramento por mais de 500 dias é narrativa?

Ex-presidiário — como Hitler, Stalin e Fidel Castro — tornar-se mandatário de seu país é narrativa?

Claro, para uma parcela de gente comprometida com a atual realidade brasileira, tudo isso é piada, narrativa, falsidade!


Nesse contexto, seria o Sr. Boric um louco ou  irresponsável?


Uma leitora da Folha de São Paulo incomodou-se com meu comentário relativo à inaceitável recepção que o governo ofereceu ao Sr. Maduro. Ela postou texto pleno de incongruências, contrapondo-se à minha visão, incluindo acusações à família do Bolsonaro “por ter ido mais de 100 vezes à Arábia, ... uma ditadura comunista”.

 

Pensar é a faculdade fundamental do ser humano. Ela foi desenvolvida em cerca de 10 milhões de anos.

Tem gente que regrediu em cerca de 200 anos e passou a apoiar Adolf Hitler e/ou Joseph Stalin — e o que é agravante: não consegue enxergar as diferenças desenvolvidas com o passar dos tempos mencionados; além disso, mistura Venezuela com Arábia, apenas pelo fato de que a Venezuela tem mais petróleo do que a Arábia, sem perceber que mais de 70% dos venezuelanos passam fome e os árabes, igualmente ditadores, alimentam todas as pessoas que ocupam seu território.

É oportuno declarar enfaticamente que a faculdade de pensar impede que eu tenha bandidos favoritos.

Simples com a brisa que alivia e o sorriso de uma criança que enternece.

Isso é diálogo: nenhuma agressão nem ofensa, apenas fatos e argumentos.

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[Divulgado no Facebook da Folha de São Paulo, em 9/Jun/2023]

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quinta-feira, 1 de junho de 2023

Nulidade, desonra e injustiça

 

Neste primeiro dia de junho de 2023, foi noticiado que o presidente Luís Lula da Silva está indicando seu advogado, Sr. Cristiano Zanin Martins, para preencher a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal, com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski. O Sr. Zanin defendeu o presidente Lula nos vários processos que resultaram em sua condenação e encarceramento, durante mais de 500 dias, por crimes de corrupção e assemelhados. 

Como é de conhecimento público, por filigranas jurídicas, o Sr. Lula foi ‘descondenado’, a despeito de inequívocas provas constantes dos processos a que se submeteu. 

Conquanto o Sr. Zanin seja advogado de elevada qualificação, de acordo com o jurista Ives Gandra Martins, falta-lhe titulação acadêmica, o que lhe retira a condição de notório saber jurídico, exigido pela Constituição para investidura de ministro do STF.

 

 

SE os processos de nomeação de ministro da Suprema Corte adotados por Stalin, Hitler, Pol Pot, Fidel Castro e Hugo Chaves (ex-presidiários que alçaram ao Poder) fossem semelhantes ao do Brasil, ENTÃO cada um deles nomearia o respectivo advogado para a conspurcada Egrégia Corte de seu país. 

Coincidência no mérito, lógica insuperável e coerência inexcedível.

Diante do desastre e da vergonha, Aristóteles, Tomás de Aquino e Rui Barbosa estão se revolvendo no túmulo e pleiteando a mudança de seus nomes.

 

Aristóteles: 

“Aquele que não conhece nem justiça nem leis é o pior de todos os homens.”

“A virtude moral é uma consequência do hábito. Nós nos tornamos o que fazemos repetidamente. Ou seja: nós nos tornamos justos ao praticarmos atos justos, controlados ao praticarmos atos de autocontrole, corajosos ao praticarmos atos de bravura.”

Podemos inferir que um cidadão é corrupto quando pratica ato condizente com sua vocação, é condenado quando submetido a um processo justo, é preso quando enfrenta a efetividade da Justiça e é 'descondenado' quando há a negação da ética e moral e a opção dos juízes por covardia. 

 

Tomás de Aquino:

Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é negá-la.”

“Para aquele que tem fé, não é necessária uma explicação. Mas para aquele sem fé, não existe explicação possível.” 

Podemos inferir que para aquele cuja opção é a virtude moral, não é necessária uma explicação. Porém, para aquele cuja vocação é a corrupção — com certeza, admirador e defensor do socialismo e outras ‘distopias’ (como o nacional-socialismo e o socialismo real) — não existe explicação possível.

 

Rui Barbosa: 

“... Ao lado da vergonha de mim, tenho pena, tanta pena de ti, povo brasileiro! De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto!” 

Por óbvio, inferência não é preciso!

 


[Divulgado no Estadão online de 1º/Jun/2023] 

 




 [Divulgado no Correio Brasiliense online de 1º/Jun/2023] 

 


  [Divulgado no Facebook da Folha de São Paulo em 1º/Jun/2023]