CORREIO BRAZILIENSE — 20/Fev/2017
Em artigo publicado no Correio Braziliense, o Sr. Lenoardo Cavalcanti propõe debate sobre o provável candidato Bolsonaro, mas induz o leitor a pensar que os oponentes do candidato são certos e os demais errados.
RESPOSTA DESTE (E)LEITOR
[Mensagem divulgada na coluna Sr. Redator do Correio Braziliense impresso de 21/2/2017]
O artigo “Precisamos falar sobre Bolsonaro”, do senhor Leonardo Cavalcanti (Correio Braziliense de 20 de fevereiro) analisa os possíveis candidatos da eleição presidencial de 2018. Nesse sentido, é oportuno asseverar que o texto contém uma virtude: a proposição de debate sobre o provável candidato Bolsonaro; e um vício: a assertiva de que os oponentes do Bolsonaro são sábios e os demais são idiotas.
De um lado, o senhor Cavalcanti se despoja dos erros dos adversários do senhor Trump — a mídia, os intelectuais e os democratas americanos asseveravam que ele perderia inapelavelmente; de outro, ele abraça-os com inexplicável inconformismo — de forma similar ao que ocorreu no vizinho do norte, atribuindo a outros todos os defeitos possíveis.
Por oportuno, é razoável asseverar que constitui engano fatal alguém pensar que está sempre certo e os oponentes inequivocamente errados. Ademais, repetir erro já cometido não é prova de lucidez.
Por último e fundamentalmente importante, é fácil inferir que, no deserto de ética e honestidade da política brasileira, basta a um político ter coragem, não se deixar corromper e falar a verdade, para ganhar a eleição presidencial de 2018. É essa a práxis do Bolsonaro?
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