quarta-feira, 31 de março de 2021

Manifesto ardiloso pela democracia


Os políticos brasileiros estão em estado de polvorosa. Até agora, há poucas probabilidades de alguém reunir apoios e condições para concorrer à eleição presidencial de 2022. Então, personagens conhecidos por suas controvérsias estão se articulando para essa empreitada. Por essa razão Ciro Gomes, Huck, Doria, Mandetta, Amoêdo e Eduardo Leite se reuniram e divulgaram um manifesto pela democracia, com o objetivo de fazer oposição ao governo Bolsonaro. Um argumento é o alegado risco de um golpe no Brasil. 

 

Os caras querem o Brasil livre de que? O golpe foi dado em 2018. Os corruptos e outros parceiros foram afastados pelos cidadãos brasileiros. Haverá golpe? Sim com absoluta certeza. Já tem data marcada. Será em 2022. O golpe será novamente contra os corruptos, dentre os quais alguns são signatários do manifesto. Quem não quiser assistir, chore, entre em depressão e se afogue no turbilhão de votos do novo golpe.

 

Como alguns leitores postaram respostas a meu comentário com a incongruência habitual e acusações de crime perpetrado por pessoas ligadas ao presidente Bolsonaro. Trepliquei, lembrando como vejo a questão judicial.

 

Vamos falar sério. Julgamento em três instâncias em que o criminoso foi condenado; bilhões que foram recuperados na corrupção liderada pelo criminoso ou seus asseclas; doença que acomete os defensores do criminoso; e o julgamento de milhares e milhões de brasileiros que se indignam com a presença do criminoso em qualquer ambiente, e apontam em pesquisas a culpabilidade do corruPTo, respectivamente. Qualquer criminoso acusado, julgado e condenado deve ir para a jaula. Venha de onde vier. É simples.

 

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 31/Mar/2021]

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Quem são os responsáveis?

A demissão do ministro da Defesa e dos três comandantes militares das Forças Armadas — no âmbito de substituições implementadas na Casa Civil, no ministério da Justiça, no Ministério das Relações Exteriores, na Advocacia Geral da União e na Secretaria de Governo da Presidência — causou surpresa e perplexidade no meio político, empresarial, judicial e midiático, e ocupou e ocupará as agendas das respectivas autoridades ao longo desta semana e quem sabe do futuro.

Pode-se afirmar que o presidente da República agiu com vontade, firmeza e determinação, como jamais esperavam seus aliados e, em especial, seus detratores. Porém, em relação às consequências das ações do mais alto mandatário da República, só o tempo permitirá uma avaliação eficaz e uma constatação segura.

As forças armadas preencheram larga parcela do tempo dos analistas de todas as latitudes, com ênfase para  seu papel institucional e para o posicionamento das autoridades militares durante as graves crises pandêmica, política e econômica.

Há um aspecto relegado a segundo plano na maioria das análises dos formadores de opinião. Vou mencioná-lo a seguir, com clareza e simplicidade, em dois comentários, cada um no limite dos 600 caracteres que os jornais permitem para comentário dos leitores.

 

É terrível viver num País onde se quer as Forças Armadas como suas congêneres de países democráticos desenvolvidos; e os políticos, juízes e outros se comportam no nível encontrado em países cujo compromisso com a liberdade, verdade e ética beira os mais baixos níveis do universo global. Precisamos de intelectuais e estadistas. Os primeiros ditam as trajetórias e os objetivos; e os outros desencadeiam as ações para alcançá-los.

 

[Por via de consequência,] no Brasil, nós identificamos um dilema. Os cidadãos querem forças armadas no padrão da Suécia e convivem com políticos e juízes no padrão de Biafra e Mianmar. 

Nesse contexto, os militares devem servir ao Estado, enquanto os políticos praticam a corrupção e legislam em favor da quase metade de parlamentares com acusações e processos na Justiça; e, por seu turno, os juízes protegem os corruptos e outros criminosos (José Dirceu, André do Rap, Gedel, Lula et al). 

Quem são os responsáveis: os políticos, os juízes, os militares ou os cidadãos em geral?


Convém que todos tentemos respostas à luz de cidadania, idealismo e compromisso com as próximas gerações. Nesse sentido, entendo que, nos elevados níveis da República, os militares e os juízes dependem dos políticos. Os políticos dependem dos cidadãos em geral. Então, seria o caso de propalar que somente os cidadãos tem a faculdade de mudar o cogitado estado de coisas. Por favor, contribuições são bem-vindas.

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[Comentário divulgado no Estadão online de 30/Mar/2021]

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[Comentário divulgado no Estadão online de 31/Mar/2021]

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[Comentário divulgado na Folha de São Paulo online de 31/Mar/2021]

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[Comentário divulgado no Correio Braziliense online de 31/Mar/2021]

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terça-feira, 30 de março de 2021

Risco de golpe em 2022

O articulista Hélio Schwartsmann exercendo sua recorrente verve contra o governo federal, declarou que, em face do risco de golpe, há a conveniência de esforços com o objetivo de tirar o presidente Bolsonaro do poder. Claro, a inconveniência de tal analista é notória. Porém, ele está contribuindo para o resultado da próxima eleição presidencial — quanto mais oposição desastrada, maior é chance das esquerdas permanecerem fora do poder.

 

O risco de golpe é elevadíssimo e já tem data marcada. Será em 2022 e será concretizado pelo povo brasileiro que impedirá a eleição de corruptos, bandidos condenados e outros dessa espécie cuja extinção começou com o golpe de 2018. Acordem! 

Queiram notar que o caboclo não deixa espaço para ninguém colocar a fuça de fora. Aliás, ele e os formadores de opinião (falando bem ou mal dele) estão alicerçando o golpe de 2022.

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 30/Mar/2021]

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segunda-feira, 29 de março de 2021

Mensagem para o Correio Braziliense – Covid no EB


 Prezado Sr. Redator

Em face da matéria “General Paulo Sérgio diz que Exército já se prepara para a 3ª onda do Covid”, expresso efusivos cumprimentos ao Exército, ao Correio Braziliense, ao jornalista Renato Souza e ao general Paulo Sérgio. As instituições e seus dois profissionais propiciaram uma Aula Magna de enfrentamento da pandemia do coronavírus. O jornalista e o militar demonstraram enorme capacitação, tranquilidade e elegância. 

Não é demais ressaltar que, embora uma única morte deva ser lamentada e pranteada — como disse o poeta “quando um vai, um pouco de cada um de nós vai junto!” —, a mortalidade por Covid no Brasil é 2,5% e no Exército chega a 0,13%; vale dizer, na Força Terrestre, essa tragédia equivale a 5,2% da que está ocorrendo no restante do País. 

A prevenção e os cuidados — uso de máscara, distanciamento social (por favor, não é lockdown!), proteção dos idosos, higiene (sobretudo com álcool gel, especialmente, nas mãos), disciplina — evidenciaram a primacial estratégia para vencer a pandemia. Nessum Dorma! Venceremos, venceremos!

ARS

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[Divulgado no Facebook e no Correio Braziliense impresso de 29/Mar/2021]

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domingo, 28 de março de 2021

Pedido de impeachment de ministro do STF

A jornalista Mônica Bérgamo — que o Lula considera sua jornalista favorita —, publicou artigo na Folha de São Paulo, amparado em argumentos de 3 associações de advogados e juízes, repleto de inverdades e acusações falsas contra Caio Coppola, que liderou a formulação do abaixo-assinado, solicitando ao senador Rondon Pacheco, Presidente do Senado, que dê andamento ao impeachment do ministro Alexandre Morais do STF. 

Esse pedido de impeachment, formulado pelo senador Kajuru, fora anteriormente mantido engavetado pelo ex-Presidente do Senado David Alcolumbre. Por oportuno, deve ser enfatizado que o abaixo-assinado atingiu 3 milhões de assinaturas em cerca de 72 horas, o que é um recorde.

As citadas associações são: Sindicato dos Advogados de São Paulo, Grupo Prerrogativas e a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, ABJD – todas consideradas progressistas e defensoras dos criminosos condenados pela Operação Lava Jato.

 

O Coppola tem que ficar tranquilo. A moça não desgosta dele. Com essa matéria recheada de inverdades, ela demonstra que o sentimento negativo é relativo a si própria. E a pessoa com esse perfil faz coisa que até os seres irracionais duvidam. Não é um caso de má fé; é instinto e vocação. Os psiquiatras explicam. 

Sobre as entidades que protagonizaram os desarranjos, seguramente, estiveram a serviço dos que foram pilhados com a mão na massa pela Operação Lava Jato — agora demonizada em desfavor do povo brasileiro — para defender o acesso dos bandidos a bilhões, mediante o apoio jurídico que vale dezena de milhões.

 

Após postar o primeiro comentário na Folha de São Paulo replicou afirmando que eu estava me referindo ao atual presidente da República. Agreguei um segundo comentário com uma pitada de provocação.

 

São duas pandemias: a primeira resultante do assalto aos cofres públicos de 2003 a 2016, a outra causada pelo SarsCov2. 

A perda de familiares e amigos incomoda a todos, como disse o poeta, “quando alguém se vai, um pouco de cada um de nós vai junto”. 

Já a pandemia anterior encontrou firme disposição na maioria do povo brasileiro para impedi-la de continuar, porém alguns continuam defendendo-a e querendo sua volta. É doença incurável e contagiosa. A causada pelo Covid é vacinável e curável.

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[Comentários divulgados na Folha de São Paulo online em 25 e 28/Mar/2021]

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Críticas ao ex-ministro da Saúde

Uma articulista da Folha de São Paulo divulgou artigo com severas críticas ao general Pazuello, que na semana passada foi demitido do cargo de ministro da Saúde, sem levar em conta o trabalho administrativo dessa autoridade, mas sobretudo sem levar em conta que a tragédia que afeta o Brasil com a pandemia do coronavírus é similar àquela que está impactando países desenvolvidos e emergentes. 

Em face de meu comentário postado junto ao artigo, um leitor desafiou-me a apresentar dados que caracterizem a gestão correta do ministro. Preferi responder com dados da realidade.

 

A articulista lê os números mas não os interpreta. Se ela tivesse capacidade de análise, ela examinaria os dados correspondentes dos Estados Unidos, da soma de Alemanha, Reino Unido e França, e da soma de México, Colômbia e Argentina e jamais culparia o Pazuello pelos dados do Brasil [é uma consequência da conjuntura pandêmica e não da gestão pública]. Aliás ela tem capacidade de análise, o que lhe falta é boa fé e integridade moral.

 

Dados de ontem, 27 de março. Mortes por coronavírus nos Estados Unidos: 562 mil em uma população de 330 milhões; na soma da Alemanha, Reino Unido e França: 297 mil em 217 milhões;  na soma de México, Colômbia e Argentina: 319,4 mil em 223 milhões. Agora no Brasil: 310 mil em 212 milhões de habitantes. A lamentável situação do Brasil é melhor do que aquela dos 4 países mais desenvolvidos bem como dos 3 países emergentes da América Latina. O SarsCov2 não brinca e desafia os palpiteiros canalhas.

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[Comentários publicados na Folha de São Paulo online de 28/Mar/2021]

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segunda-feira, 22 de março de 2021

Condução da crise da pandemia

Como o objetivo óbvio de criticar de forma acerba o atual governo, o articulista do Estadão — que se proclama especialista em assuntos castrenses — tenta traçar um quadro de discordâncias entre o meio militar e o presidente da República, com ênfase para a condução da crise da pandemia e, especialmente, o trabalho do ministro da Saúde, general Pazuello. 

 

Classe política (todos), formadores de opinião (muitos) e juízes (uma parcela considerável) no padrão de Mianmar e forças armadas no padrão da Suécia é complicado, mas é necessário tentar. Mianmar vai conseguir. Apenas uma lembrança, com 294 mil mortos por Covid, o Brasil tem menos mortos do que os Estados Unidos (541 mil mortos em 350 milhões de Hab.), tantos quanto Alemanha + Reino Unido + França (292 mil mortos em 230 milhões) e menos do que México + Argentina + Colômbia (314 mil mortos em 260 milhões). Então tem gente que precisa pensar sob a égide da decência e da boa fé.

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[Divulgado no Estadão online de 22/Mar/2021]

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Um psiquiatra e a estatura ética

Valendo-se de sua suposta especialidade, um psiquiatra travestido de colunista do Estadão fez a avaliação de um genocida, tomando como referência o que foi praticado na Alemanha na década de 1940 e, de forma não explícita, estimulando os leitores a compararem a gestão do atual presidente da República do Brasil com o ditador alemão daquela época.

 

Com um psiquiatra desse, os pacientes que se cuidem. Primeiro, cita genocidas de um lado, e omite do outro (o que citou, ceifou cerca de 10 milhões de vida e é pois hediondo; o lado que ignorou, e para o qual provavelmente ele rasteja, ceifou 100 milhões).

Ademais, ele demonstra adesão aos que cometem crime de acusar de forma nefasta, mas falta-lhe densidade moral e ética para assumir e relatar de forma explícita e sem subterfúgios. 

Em “Huis Clos”, Sartre, um comunista empedernido, colocou três no inferno para debater a fraqueza moral (por óbvio, essa abordagem não é exatamente o forte dos admirados pelo escritor). Onde o cidadão comum coloca um cabra da psiquiatria desse naipe?

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[Divulgado no Estadão online de 22/03/2021]

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sábado, 20 de março de 2021

A sabedoria do eleitor


O senhor Ciro Gomes se valeu da decisão controvertida de anulação das condenações do Lula, para fingir contrariedade com a libertação do condenado por corrupção em três instâncias da Justiça. O passado desse cidadão não recomenda que tenhamos interação pessoal ou profissional com ele. Votar no cabra cuja família determina os rumos da política no Ceará nem se fala. É preciso avaliar a reação dos cidadãos comuns — aqueles que ditarão os rumos do Brasil em 2022.

 

Na democracia, quem agride manifestantes em público, toma remédios, desrespeita mulheres, propala inverdades, ameaça cidadãos, rasga cartazes de outrem, compactua com a corrupção e pratica a política de forma nefasta pode ser contra o lulopetismo? Alguém quer ser representado por alguém com os atributos citados? Não se pode esquecer que os cidadãos brasileiros têm sensibilidade para aqueles que enganam, trapaceiam e conspurcam a responsabilidade pública. Mesmo os pobres e com pouca escolaridade são sábios e não se deixam enganar. É imperioso que os candidatos avaliem melhor.

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[Divulgado no Estadão online de 20/Mar/2021]

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Debater a pandemia é preciso

Em contato com o jornal Estadão, o ex-presidente Michel Temer declarou que o governo federal deveria admitir erro e propor um pacto, pois segundo ele, “A economia se recupera. A vida, não.” Em resposta, apresentei dados que contradizem as observação do ex-presidente e de outros formadores de opinião, argumentando que a situação do Brasil não é tão dramática quanto tem sido considerada.

 

De acordo com fontes confiáveis de 19 de março, a vacinação encontra-se no seguinte patamar: 

– em Israel, 5,5 milhões de pessoas vacinadas; 

– na soma de México, Argentina e Colômbia,  7,5 milhões;

– na França, 7,9 milhões; 

– na Alemanha, 10,2 milhões; e 

– na Itália, 7,5 milhões. 

Já o Brasil atingiu a marca de 11,5 milhões (Nota. Em 22 de março, o Brasil pulou para 13,5 milhões de vacinados). 

Não pode ser esquecido que Israel tem a população menor que a cidade do Rio de Janeiro; e a soma dos 3 países latino-americanos tem cerca de 250 milhões de habitantes e, portanto, se parece mais com o Brasil. 

 

Constata-se pois que embora haja países como os Estados Unidos e Reino Unido, que ultrapassaram a marca de 100 milhões e 30 milhões de vacinados, respectivamente, no geral, a situação brasileira pode ser considerada melhor do que uma parcela expressiva de países desenvolvidos e melhor do que todos os emergentes. Não estou tratando de política, atenho-me à realidade e à verdade. Essa faceta da conjuntura pandêmica precisa ser considerada pelos analistas.

 

Alguns leitores replicaram meus comentários. Como os textos não continham grosserias (o que às vezes ocorre), contra-argumentei em todos os casos. O primeiro leitor deu ênfase para a  porcentagem de pessoas vacinadas e também para o fato de que, em relação à vacinação mundial, o Brasil está em 57º lugar.

 

Tudo bem. Argentina + México + Colômbia tem 3% da população, já vacinados; Brasil atingiu o patamar de 5% já vacinados; e Alemanha + França + Reino Unido chegou aos 11% vacinados. Em síntese, o Brasil está melhor do que os emergentes latino-americanos e não está tão longe dos mais desenvolvidos da Europa. 

Está aí a conta certa que você pediu. Considerar os 50% de Israel, com a população de Campinas mais umas 3 cidades similares, com a grana que eles têm e com um espaço geográfico do tamanho de Sergipe e um pouco mais é a coisa certa pra quem cara pálida? Por respeito, chamo-o apenas de "cara pálida". 

 

Um segundo leitor asseverou a inexistência de política por parte do governo federal e aduziu — de forma aparentemente depreciadora — que os dados que apresentei se deviam à Coronavac, por ele apelidada de “vachina”. 

 

Quem já esteve na China, sabe que os chineses riem muito mas não brincam. Quanto eram fraquinhos (décadas de 1940/50), passaram a perna nos americanos e nos soviéticos. Ademais, as universidades chinesas estão competindo com as europeias (e estão próximas das americanas) e são as melhores dos países emergentes.

Não por acaso, eles têm cerca de 200 mísseis intercontinentais apontados para os Estados Unidos e já enviaram nave para Marte. Por essa razão, ontem tomei a Coronavac. Produtos chineses não me agradam, porém "não se pode fugir da realidade, é ela que propicia um bom bife!" (Woody Allen).

 

Um outro leitor entrou no debate ressaltando a necessidade do cálculo proporcional e  afirmando que a “vachina” chinesa do Dória possuía a metade da eficácia das usadas no primeiro mundo.

 

O cálculo proporcional pedido foi colocado em um comentário anterior. Quanto ao proprietário da vacina, a recomendação é: "Então, vote no Dória." Por que? É a certeza da vitória de outro, seja lá quem for. O debate sem agressão é desejável, mas o que conta é a argumentação, os dados da realidade e a verdade. 

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[Divulgado no Estadão online de 20/Mar/2021]

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[Divulgado no Correio Braziliense online de 20/Mar/2021]

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Um testemunho para a complexa conjuntura em curso


Nestes tempos complexos da pandemia do coronavírus, é imperiosa a busca de um ambiente de otimismo, esperança e atitude construtiva, baseado na decência, na verdade, na liberdade, na moral e na ética.

 

Nesse contexto, permito-me algumas recordações cruciais. No início de 2018, um pequeno grupo de militares e civis começou a se reunir, a partir do mês de março, toda quarta-feira, com o então deputado Jair Bolsonaro. O candidato, depois vencedor da eleição presidencial, participou desses eventos até o mês de junho, quando os afazeres de campanha se avolumaram e ele deixou de participar, porém manteve ligação com a equipe, a tal ponto que o principal líder desse núcleo inicial — que passou a ser chamado de Grupo de Brasília — veio a se tornar um dos principais ministros do Governo Bolsonaro.

 

O Grupo de Brasília foi se avolumando — pela agregação de outros militares e, sobretudo, de uma expressiva quantidade de professores doutores, intelectuais e cientistas de alto nível, de diversas universidades, institutos e outras corporações — e prestou relevantes serviços à candidatura, naquela época desacreditada, principalmente nas áreas de Defesa, Infraestrutura, Saúde, Meio Ambiente, Educação e Ciência & Tecnologia. Adicionalmente, não custa lembrar que, pelo menos, uma dezena de integrantes do Grupo Brasília passou a integrar o governo do candidato vencedor, a partir de Janeiro de 2019.

 

Dentre os cientistas que integraram o Grupo Brasília, pode ser mencionado o professor doutor Marcelo Hermes, com participação no longo processo de debates, discussões e formulação de ideias, durante a campanha, para serem sugeridas aos futuros ministros do governo.

 

A capacitação e visão estratégica do Dr. Marcelo Hermes ficaram bem evidenciadas quando, na tentativa de responder aos questionamentos formulados nos debates, passou a reunir-se separadamente com um pequeno grupo de professores doutores que sequer faziam parte do Grupo Brasília e concebeu o agora consagrado Docentes Pela Liberdade (DPL).

 

A semente que gerou o DPL estava (e convém continuar!) alicerçada em conceitos, valores, ideias e programas associados com a decência, liberdade e verdade — fundamentais para um país emergente como o Brasil e para uma população historicamente tão desigual e, antes, desassistida pelos poderes da República —, em contraposição às ações baseadas em ideologias hediondas, em processos sustentados na inverdade e apoiados na corrupção e judicialização nefasta de problemas que devem ser equacionados à luz da ação, do diálogo, do bom senso, da lógica e da razão.

 

Afora a liderança na concepção do DPL, o professor Marcelo Hermes foi o incansável gestor dessa organização em seu primeiro ano de vida. Sem participar do governo federal, ele continuou contribuindo com pertinácia em favor das futuras gerações, especialmente no atinente à estruturação de docentes brasileiros, de tal sorte a agregar ao grupo um expressivo número de integrantes das universidades públicas brasileiras de todo o território nacional. Ademais, não raro, ele passou a ter acesso a elevadas instâncias da administração pública.

 

Formulo estas considerações — como cidadão idoso, na inatividade; tendo sido, aos 23 e 24 anos, professor no ensino médio; e após o mestrado, professor em faculdade durante 8 anos —, pela conveniência de ênfase no ideário em que os Docentes Pela Liberdade foram concebidos e estruturados, e pela inexcedível conveniência de que seus integrantes jamais dele se afastem. Esse ideário pode ser sintetizado nos seguintes aspectos:

     atuação dos cidadãos, no plano individual e no plano coletivo, baseada em conceitos, valores e crenças universais reconhecidos e consagrados, à luz da decência e da boa fé;

     oposição pertinaz às ideologias hediondas de qualquer origem, notadamente, aquelas que o Brasil combateu, venceu ou impediu a implantação no País;

     adesão inequívoca à meta primacial do ser humano, qual seja, a busca da paz e da harmonia, somente possível no bojo da democracia, que por seu turno se alicerça na liberdade, na verdade, na moral e na ética (conforme logotipo deste blog); e

–  por último e igualmente relevante, inequívoco comprometimento com o bem estar e a igualdade de oportunidades para as futuras gerações.

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sexta-feira, 19 de março de 2021

Ofensa ao presidente da República

Uma articulista, cujo nome deve ser ignorado, divulgou matéria na Folha de São Paulo com o título “Bolsonaro”, consubstanciada numa sequência de adjetivos — apenas adjetivos — com teor claramente ofensivo à figura do presidente da República. Em face de discordância ou oposição, os formadores de opinião podem desrespeitar a autoridade? 

 

Com uma agressão dessa, a moça está atribuindo a outrem o que ela tem em seu cérebro. Dúvida não resta: trata-se de doença incurável e contagiosa. O problema é genético e agravado por alguma crise ambiental. Ela demonstra raiva de si própria. Então, processo em cima dela. Democracia em cima dela. Claro, quando condenada não deve ser encarcerada; deve ser submetida a tratamento; e depois a transplante de massa encefálica.

 

Como alguns leitores postaram comentários com teor agressivo, fiz um esforço para responder de tal sorte que ficasse bem caracterizada as diferenças de nível social e intelectual entre aqueles que apoiam e aqueles que defendem a condução política do País.

 

Há atores, professores doutores e outros doentes pregando a necessidade de morte do presidente. Esses seres abjetos defendem a facada. Um demente disse que a facada foi mal dada e, por isso, foi ineficaz. 

A quantidade de mortes no Brasil é similar àquela constatada, em conjunto, na Alemanha, Reino Unido e França. 

As recomendações da Presidência da República foram ignoradas pelos governadores e prefeitos antes do Carnaval de 2020. A ofensa com a palavra genocida deve ser submetido à Justiça. Democracia nos hediondos.

 

É interessante avaliar as respostas ao comentário. Claro, pelo grau de ofensas e agressões, já que não há dados e argumentos. Um conjunto de dados simples (Ref: 19 de março): 

   Estados Unidos, 540 mil vítimas do Covid em 350 milhões de hab.; 

   Alemanha + Reino Unido + França, 292 mil vítimas em 240 milhões; 

   México + Argentina + Colômbia, 314 mil vítimas em 250 milhões. 

Já o Brasil teve 294 mil vítimas em 212 milhões de hab. Os chefes de Estado dos países citados são genocidas? E os adePTos do Lula?

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 18 e 19/Mar/2021

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