quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

A questão venezuelana

Sobre a Venezuela, há algumas questões a considerar.
Com território e população de proporções pequenas para médias, e com riquezas petrolíferas abundantes, se bem administrado, o país poderia atingir o nível do Chile em cerca de dez anos; e de uma Espanha em vinte anos. Seria o primeiro país desenvolvido da América Latina. Com o surgimento do chavismo, o país mergulhou numa crise sem precedentes e jogou por água abaixo qualquer possibilidade de evolução razoável.
Nos últimos meses, alguns fatos são indicadores relevantes de que um ponto de inflexão para o deplorável quadro atual está se aproximando. A eleição do Bolsonaro alterou completamente a balança política e estratégica da América do Sul, que foi posicionada contra o Governo do presidente Maduro. A posição do governo americano — inequivocamente contra Maduro e os herdeiros de Chaves — carregou junto importantes países europeus, notadamente, a França, a Alemanha, a Espanha e o Reino Unido.
Recentemente, a auto declaração de Guaidó como presidente interino pode se constituir na gota d’água que mudará o quadro deplorável em que os venezuelanos mergulharam. O apoio incondicional já expresso pela política de relações exteriores brasileiras para o eventual presidente venezuelano favorece a hipótese salvadora da Venezuela. A União Europeia concedeu um prazo reduzido para que Maduro convoque novas eleições presidenciais. Nas últimas 48 horas, houve o telefonema do presidente Trump para Guaidó, reconhecendo-lhe a investidura no cargo; algo sem precedentes nas relações internacionais. O vice-presidente americano agendou uma reunião em Miami, com os refugiados venezuelanos que se opõe  a Maduro. Ademais, os americanos receberam o representante diplomático do novo presidente em Washington.
No âmbito da imprensa, Maduro contabiliza as piores falhas. Seu governo prendeu jornalistas do Chile, da Espanha, da França e da Colômbia. Essas ações potencializaram as pressões dos países de origem dos jornalistas. Até agora, apenas os chilenos foram expulsos. Sobre os demais, notícia não há.
E a questão econômica? A China tem mais de 50 bilhões de dólares investidos na Venezuela. A Rússia deve ter crédito de cerca de 15 bilhões relativos a venda de armamentos modernos. Como a Venezuela se encontra em severa crise, com os preços do petróleo em patamar baixo e com o agravamento da redução da produção, os pagamentos acordados não têm sido realizados regularmente. Em consequência, há pressões chinesas e russas, não se sabendo até quando esses dois países suportarão a falta de pagamento venezuelana. Não pode ser ignorado que o governo Putin está submetido a crise econômica; e o governo de Xi Jiping enfrenta queda de produção industrial.
Há a questão militar. Os altos escalões venezuelanos foram cooptados desde o governo Chaves com a gestão de corporações industriais ou similares, de tal sorte a garantir o apoio da caserna, algo que tem prevalecido até agora. Com o agravamento da crise econômica, a razão primacial do apoio militar pode ser reduzida ou terminada. Existe pois a possibilidade de os militares aceitarem os acenos do auto declarado presidente Guaidó e abandonarem Chaves.
A indagação essencial: será necessária uma intervenção militar externa? Não está no momento aprazado para apertar o torniquete político-diplomático e econômico? Quaisquer que sejam as reflexões resultantes, é imperioso que os Estados Unidos compensem os naufrágios externos, ocorridos a partir da era Obama, na Síria e na Ucrânia; e faça frente aos desafios chineses no sudeste asiático. É inadiável que o Brasil assuma o abandonado papel na gestão das  questões político-estratégicas no âmbito da América do Sul — não é preciso anunciar que vai fazer isso; basta fazer com calma e elegância. Para o bem do povo venezuelano, do povo brasileiro e de todos os demais vizinhos.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Parlamentar renunciante



A imprensa deixou de lado o caso do parlamentar que anunciou a renúncia? Atenção é preciso. Os radicais são selvagens, ilógicos e desarrazoados; e jamais aceitam e convivem com a meta primacial do ser humano: a busca da paz e harmonia, por intermédio da democracia, com liberdade e ética. Lembrem-se do Toledo e de outros que quiseram deixar a porfia e, por isso, foram "julgados", "condenados" e executados pelos próprios parceiros. Prevenção, proteção e caldo de galinha não fazem mal.

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domingo, 13 de janeiro de 2019

Dívida vocacional da Sra. Gleisi Hoffmann


No âmbito das frequentes diatribes propaladas, a Sra. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, partido que se notabiliza pela leniência com corruPTos, declarou que o presidente Bolsonaro deve revelar o que confidenciou com o general Villas Bôas, em cerimônia militar.

Tudo bem, mas a Sra. Hoffmann tem que revelar o que ela conversou com o ditador Maduro; ela precisa revelar se conversou com o Batisti [terrorista condenado na Itália, com sentença homologada pela União Europeia, pelo assassinato de 4 cidadãos, e homiziado e mantido no Brasil pelo governo do PT] e, se for o caso, revelar o teor do que tratou com ele; ela tem que revelar o nome de seus correligionários que ajudaram o Batisti fugir para a Bolívia; ela tem que revelar porque está sendo acusada de forma recorrente de ter praticado uns malfeitos; ela tem que revelar as conversas que teve com correligionários na Europa; e ela tem que revelar as conversas que tem habitualmente com condenados por corrupção e outros malfeitos em Curitiba. Enfim, revelar por revelar, ela tem uma dívida muito grande com a verdade, com a ética e, por extensão, com o povo brasileiro que paga para ela atuar da forma com determina sua vocação.

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[Divulgado no campo 'Comentários' de artigo correlato no Correio Braziliense de 13/Jan/2019]
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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Homenagem ao Gen Villas Bôas


Homenageando o General Villas Boas, reafirmo, como tenho feito de forma recorrente, que o objetivo fundamental do ser humano — esse ser pensante, singular e único — é a paz e a harmonia, cuja busca é amparada pelo instrumento inexcedível, a democracia. Esta, por seu turno, é alicerçada pela liberdade, verdade, coragem e ética. 

Por ter vivido por e para esses alicerces essenciais da humanidade — potencializando, em suas ações, sobretudo a coragem — prezado comandante, agradecido, presto-lhe minha continência de soldado e cidadão.




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A passagem de comando

No artigo “A passagem de comando” (Correio Braziliense de 11 de janeiro), citando ministro do STF — que, postando-se no primeiro degrau da anarquia, votou pela liberdade de bandido condenado por corrupção e outros malfeitos —, o Sr Luiz Carlos Azedo caracteriza como ovo da serpente ações de líderes militares, no contexto da estabilidade, da legalidade e da legitimidade, bem como a presença influente dos oriundos da caserna no governo recém empossado. 
É forçoso enfatizar  a consciência de que o ovo da cascavel está na atuação de políticos e empresários que praticaram a corrupção em nível jamais visto na história da humanidade, e dessa forma contribuíram para que milhões de crianças, idosos e outros cidadãos deixassem de receber o necessário para viver com dignidade; e está na mente e na ação de analistas e integrantes da instância judiciária que, por omissão ou má fé, deixaram que aqueles agissem a seu bel prazer. 
A presença de militares no atual governo corresponde a uma mudança ansiada e desencadeada pela maioria dos cidadãos que chegaram à fronteira do insuportável e viraram a arquitetura política brasileira de pernas para o ar. É lícito sugerir ao notável Sr. Azedo que trate dessa questão sem o viés do inconformismo e com a certeza de que a transformação é permanente, necessária e causadora do possível atingimento da paz e da harmonia, objetivo primacial de quem tem a virtude de pensar.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Otimismo e esperança na Educação [1]


No atual contexto de profundas transformações da gestão federal brasileira, os cidadãos, contribuintes e eleitores devem direcionar suas curiosidades para alguns aspectos relevantes, dentro tantos outros que permeiam essa temática.
As funções cujos ministérios constituem o núcleo e a essência da Administração Pública são: Educação, Ciência & Tecnologia, Relações Exteriores, Casa Civil, Defesa, Segurança Institucional, Justiça, Saúde e Infraestrutura.
Restringindo-se a três áreas — Educação, Ciência & Tecnologia e Relações Exteriores — o delineamento do perfil dos ocupantes das pastas correlatas adquire relevância. A opção por essas áreas decorre do fato de que são aquelas que o escriba dessas mal traçadas linhas tem alguma familiaridade; e também porque as duas primeiras, se geridas adequadamente e com a mais elevada prioridade, podem determinar a transformação da sociedade e do País em um horizonte de longo prazo, digamos, 60 anos.
Para ser Ministro da Educação ou da Ciência & Tecnologia, há a conveniência de que o titular preencha os seguintes requisitos:
·     sólida base acadêmica (se não tiver doutorado, é imprescindível uma biografia com resultados comprovados dependentes de interação com universidades);
·     livros publicados (caso não os tenha, é imprescindível um histórico de conquistas científico-tecnológicas de valor nacional e internacional);
·     reconhecimento nacional e internacional, como educador ou cientista, no que mais couber;
·     inquestionável experiência em gestão pública associada com questões educacionais e científicas — entendendo-se experiência com os respectivos resultados alcançados;
·     vocação para interação com a comunidade acadêmica interna e externa (em particular com os reitores das universidades), com o Parlamento, com os governadores e secretários de Educação estaduais (requisito com ênfase para o Ministro da Educação) e com as grandes corporações nacionais.
Similarmente, para ser Ministro das Relações Exteriores, é desejável que o titular tenha:
·     sólida básica acadêmica, comprovada em teses e livros insuspeitos e livres de polêmica;
·     inequívoco equilíbrio em todas as manifestações orais ou escritas, cujo indicador prevalente é a reduzida, ou mesmo ausente, polêmica suscitada; e
·     trabalhos que caracterizem o candidato como solucionador de problemas internacionais complexos, delicados e impactantes.
Enfim, para corroborar a validade dessas opiniões, é imperioso observar com atenção o que os titulares dessas pastas farão pelo Brasil no mandato de 2019 a 2022. Com otimismo e esperança, espera-se muito daqueles que foram investidos nos elevados cargos.

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10 Abr 2019

Com menos de 100 dias de governo, o ministro da Educação Ricardo Velez Rodriguez, colombiano naturalizado brasileiro, foi demitido e substituído pelo secretário-executivo da Casa Civil, Abraham Weintraub.
Ao ministro demitido faltava experiência e capacidade mínima de gestão e a Educação entrou em processo de anomia.
Em relação ao novo ministro, há a suposição de que sobra-lhe experiência em gestão financeira, porém falta-lhe experiência, capacidade e resultados no campo educacional. 
Tomara que o superávit da primeira compense o déficit da segunda e a Educação ganhe rumo no novo governo. Embora provável, essa hipótese é excessivamente otimista.
A bem da verdade, a esperança prossegue, porém tímida e contida!

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Desenvolvimento do Nordeste

Em relação aos graves problemas de segurança do Ceará, onde o crime organizado desencadeou centenas de ataques contra bens públicos e privados — com a dúvida resultante de qual deva ser a responsabilidade do governo estadual nas motivações do processo em curso — a primeira expressão que surge na mente das pessoas comprometidas com a paz e harmonia é: preocupação!
Que o pessoal do Dr. Sérgio Moro, Ministro da Justiça, tenha sabedoria e qualificação e possa mostrar que o processo transformador iniciado é para valer e chegará a bom termo. Enquanto isso, há a expectativa de que o Governo Federal aja para dar ao Nordeste [*]: 

  • fornecimento eficaz de água;
  • fomento ao turismo;
  • estímulo à agricultura caprina;
  • melhoria em Educação & Saúde;
  • tecnologia agrícola israelense; e 
  • esmagamento dos corruPTos. 
Há a possibilidade de, em menos de 10 anos, a região ser transformada no equivalente ao Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (o que a aproximaria das características do Chile); e depois, em menos de 20 anos, no equivalente a São Paulo (o que a encaminharia em direção ao nível da Espanha). Vale dizer, em médio prazo, poder-se-ia ter uma região muito próxima da condição de desenvolvimento no País — e essa região poderia ser o emblemático Nordeste brasileiro.

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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Militar no Ministério da Defesa


A considerar a míope opinião de que "um militar não pode ocupar o Ministério da Defesa do Brasil", teríamos que condenar o general Eisenhower como Presidente dos Estados Unidos, o almirante Churchill (inicialmente, cadete de cavalaria) como Primeiro Ministro britânico, o general De Gaulle como Presidente da França. 
E ainda, nos Estados Unidos: o general Alexander Haig, como Secretário de Estado; o general George Marshall, o general James Mattis, o tenente-coronel Robert McNamara e o sargento Chuck Hagel, como Secretários de Defesa; o cientista Ashton Carter o engenheiro e matemático James Perry, como Secretários de Defesa. Miopia incurável!

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[Divulgado em 'Comentários', do Estadão online, de  8/Jan/2019]
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domingo, 6 de janeiro de 2019

Virtude, paz e harmonia

Dois americanos respeitados na Academia pesquisaram e disseram que Lenin jamais disse a frase "uma mentira contada bem frequentemente se torna verdade".

Ora, isso não tem a menor importância. Lenin e seus herdeiros sempre mentiram e adulteraram a verdade. Se ele não disse que a mentira pode se tornar verdade, mas se ele e seus seguidores praticaram a mentira de forma recorrente, então para ele e seus herdeiros a mentira contada frequentemente se torna verdade.

A rigor, a frase pesquisada pelos americanos é atribuída a Joseph Goebels. Ora, Lenin e Goebels optaram pela motivação, inspiração e práxis inequivocamente similares na aparência e na essência das dinâmicas humanas. Então, é razoável atribuir-lhes a mesma infâmia, até porque ambos utilizaram a capacidade de pensar — a mais extraordinária e prevalente faculdade humana — para as mais torpes abjeções possíveis.

A atenção às lições da história é o ônus a que o ser humano se submete para jamais renunciar à busca da virtude, da paz e da harmonia.


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sábado, 5 de janeiro de 2019

Educação e transformação


O GLOBO — 05/01/2019


O Globo divulga que o professor Dr. Murilo Resende Ferreira, indicado para uma diretoria do INEP, “já chamou professores de ‘manipuladores’ e ‘gente que não quer estudar’ ”. As verdades ditas pelo Dr. Murilo chocam e incomodam muito. São as verdades que não devem ser ditas.


RESPOSTA DESTE (E)LEITOR


 [Divulgado no campo ‘Comentários’, junto ao artigo, no site de O Globo, em 5/1/2019] 

Basta solucionar os graves problemas da Educação brasileira. Basta tirar os estudantes brasileiros do universo dos piores do mundo; basta ensinar matemática, português, geografia, história, ...; basta estimular e fomentar a faculdade de pensar. Aí todos ficarão alegres e satisfeitos. Basta isso para que haja uma completa transformação do Brasil.

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