domingo, 31 de janeiro de 2021

Como construir um País melhor?

O Grupo Prerrogativas que reúne 400 juristas e entidades representativas do Direito defende tese segundo a qual a nulidade da condenação do ex-presidente Lula é inexorável. O que eles defendem é simples: o paciente praticou a corrupção, agiu contra os interesses da sociedade mas firulas jurídicas impedem que seja condenado. Quer dizer, condenado em duas e três instâncias, respectivamente, ela já foi, o que esses sábios da corrupção propalam é a impunidade do maior criminoso da história do Brasil

 

Com uma súcia de cidadãos que defendem facilidades para corruptos e integrantes de organizações criminosas, como construir sistemas, processos e procedimentos que permitam o correto funcionamento da Justiça e com a certeza de que a impunidade será abandonada? 

Como construir conjunturas baseadas na prevalência da liberdade, da verdade, da coragem e da ética? 

Como construir um País com igualdade de oportunidade para todos? 

Como como construir a democracia? 

Enfim, como construir um País melhor para as próximas gerações?

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[Divulgado no Estadão online de 31/Jan/2021]

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sábado, 30 de janeiro de 2021

Prioridade, verdade e ética

Em face da terrível crise da atual conjuntura, a “prioridade para pobres e negros nas questões da pandemia” é o que um luminar defende perante a ONU como abordagem para o governo brasileiro.

Conheci um professor na Faculdade que — diante de absurdo apresentado por aluno que não deveria estar no banco acadêmico —afirmava “olha se treinar um animal irracional, ele faz melhor” (enfatize-se que, no vigor da juventude, ele substituía o ‘animal irracional’ pelo ‘macaco’). Evidentemente, alguns alunos ficavam incomodados. Ele sempre treplicava com a ideia de que quem ingressava na academia se obrigava a usar a faculdade de pensar.

Obviamente, que para o luminar que se dirigiu à ONU para falar de prioridade para negros e pobres, ele asseveraria algo parecido com o que propalava em sala de aula (mas se ainda tivesse o vigor da juventude, substituiria ‘ser não humano’ pelo ‘jumento’).

Ora, por que essa forma nada elegante para um ser cujo cérebro o jumento esconjuraria?

Simples! O Brasil tem cerca de 56% de pessoas não brancas, isto é, mais de 100 milhões de indivíduos. Como dar prioridade para os não brancos se o mundo mais de 7 bilhões de habitantes não logrou estabelecer uma prioridade eficaz e nem mesmo vacinou mais de 50 milhões?

Desde o início da pandemia, o governo federal brasileiro defendeu o combate à pandemia e, simultaneamente, medidas que evitassem o colapso econômico que poderias afetar sobretudo os mais pobres.

O governo brasileiro apoiou cerca de 65 milhões de pessoas pobres durante alguns meses, com R$ 600,00 por mês para a compra principalmente de comida. Isso não é uma forma de dar prioridade para os desfavorecidos?

Em consequência, o pleito apresentado à ONU se reveste de ausência da verdade; da ignorância em relação à decência; e do apego efusivo à canalhice.

Pelas razões expostas, e com o amparo do bom senso, da lógica e da inflexibilidade em relação à verdade, nas complexas questões da pandemia e respectivas prioridades, pode-se parodiar o velho professor e — abusando da redundância nestas mal traçadas linhas — asseverar: “se treinar um não humano, pode-se apresentar uma solução melhor para a ONU; e adicionalmente primar pela prevalência da verdade e da ética”.

 

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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Covid — O Brasil versus um país desenvolvido

Em relação aos dados da pandemia do coronavírus, analisemos o Brasil e um país desenvolvido.

Brasil

§  País emergente

§  Área: 8.515.000 Km2

§  Pop: 211.856.000 Hab

§  PIB: 1.960.190 milhões  US$

§  Mortes COVID: 216.500 pessoas 

§  Mortes por milhão: 1.022 pessoas

AL+UK+FR (Alemanha + Reino Unido + França):

§  “País” desenvolvido

§  Área: 1.150.747 Km2

§  Pop: 216.659.862 Hab

§  PIB:  9.554.676 milhões US$

§  Mortes COVID: 223.487 pessoas

§  Mortes por milhão: 1.084 pessoas

Comparação dos dois países

§  O Brasil é um país emergente e tem problemas incomparáveis em relação ao relação ao europeu AL+UK+FR — problemas sociais, políticos, de infraestrutura, ... e corrupção!

§  O “país” AL+UK+FR é riquíssimo — é um dos mais ricos do mundo!

§  Nesse suposto “país” existem hoje, com certeza, o melhor sistema de saúde do mundo, uma infraestrutura impecável e índices de corrupção, naturalmente, de sociedades desenvolvidas.

Mesmo com essa comparação desleal (afinal o Brasil é emergente, tem a gloriosa Globo e o virtuoso STF, o “país” AL + UK + FR tem instituições confiáveis, com o que há de melhor em índices de desenvolvimento econômico e social), não é que o Brasil tem um desempenho no combate à COVID melhor do que o “país” desenvolvido AL+UK+FR?

Fica a pergunta: a Angela Merckel, o Emannuel Macron e o Boris Johnson são também “genocidas”?

Os formadores de Fake News são divulgadores de opinião?

 

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Fontes:

- John Hopkins University;

- World Bank;

- IBGE. 

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[Divulgado no Estadão online de 26/Jan/2021]

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

O macaco, os parlamentares e os juízes


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Em entrevista com o macaco, ele foi perguntado se as urnas eletrônicas do processo eleitoral brasileiro eram confiáveis. O símio respondeu que sim e que as urnas brasileiras eram invioláveis. Indagado a razão, ele respondeu que nosso sistema eletrônico era melhor do que os sistemas eletrônicos dos grandes bancos multinacionais e dos serviços de inteligência das maiores potências; afinal de contas, elas foram produzidas com a participação venezuelana. Aí o macaco foi perguntado se ele pessoalmente era sério, honesto e ético. O símio respondeu que sim. Indagado a razão, ele respondeu que pensava, mentia e agia como os parlamentares e juízes brasileiros. 

 

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Ministro palrador


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Um ministro do STF só deveria se manifestar nos autos dos processos que julga. Quando ingressa na inatividade, um antigo ministro deveria ter constrangimento para emitir opinião.

Dúvida não resta de que o senhor Celso de Mello continua agindo como fizera na magistratura ativa — ao contrário, na contramão e de forma não constatada nos demais países democráticos.

Esse senhor provecto voltou a abrir a boca e a colocar para fora o que alguns tratam de forma idiossincrásica. 

É preciso agendar uma conversa dele — já em marcha em direção aos momentos em que cada ser humano se torna capaz de expressar o que não gostaria — com o jurista Saulo Ramos. 

Eles tiveram um diálogo curioso e, inexcedivelmente, esclarecedor.

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[Divulgado no Estadão online de 14/Jan/2021]

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domingo, 10 de janeiro de 2021

Título de livro com linguagem chula

Na celebração do Dia do Leitor, no artigo “Quais são os livros mais lidos da história?”, de 7 de janeiro, o Estadão divulgou a lista dos livros mais lidos no mundo e no Brasil, bem como dos livros mais vendidos em nosso País, em 2020. Dentre estes, dois títulos foram formulados com linguagem chula.

 

Qual a razão do emprego de linguagem chula em títulos de livros brasileiros? Alternativas: 

(i) é a projeção da mente do autor; 

(ii) é a irresponsabilidade de indivíduos descomprometidos com a linguagem, com o idioma e com o bom senso; 

(iii) é uma forma de vender e arrecadar mais; 

(iv) é a previsão da preferência de leitores; 

(v) uma, algumas ou todas dentre as alternativas anteriores.

De qualquer sorte, dá o que pensar em quem prefere ler O Encontro Marcado, Dom Casmurro, Casa Grande e Senzala, Grande Sertão Veredas, Os Sertões, Olhai os Lírios do Campo, O Poder da Autorresponsabilidade, ...

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[Divulgado no Estadão online de 10/Jan/2021]

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Salto do Yucumã

Em face de um vídeo que está circulando nas redes sociais, tomei conhecimento do curioso e pouco conhecido Salto de Yucumã. Segue uma síntese dos principais dados, obtidos por intermédio da Wikipedia. 

O Salto do Yucumã ou Tucumã — também conhecido como Grande Salto Yocomá ou ainda Saltos del Moconá — é um conjunto de quedas d'água localizado na fronteira do Brasil com a Argentina, repartindo-se entre o município gaúcho de Derrubadas (limítrofe com Santa Catarina), e o município de El Soberbio, na província argentina de Misiones. 

Em língua tupi guarani, moconá significa "o que tudo engole". Os saltos se estendem ao longo de 2000 metros e atingem uma altura de até 20 metros, constituindo-se na maior queda da água longitudinal do planeta.

A região que abriga o Salto Yucumã tem relevo acidentado, é sulcada por numerosos cursos de rios e arroios e é coberta por uma importante massa arborizada, que no lado brasileiro (Salto Yucumã), é denominada Parque Estadual do Turvo. No lado argentino (Saltos do Moconá) já há várias alternativas para explorar o turismo ecológico. Realizam-se travessias em veículos com tração nas quatro rodas; atividades de sobrevivência na selva; turismo de estadia com cavalgadas, caminhadas, passeios em jipe, canoagem e serviços artesanais e caseiros.

Os estudos para a construção de usinas e o aproveitamento do potencial hidrelétrico da região foram abandonados por causa do elevado impacto ecológico e ambiental. Ademais, há lei de conservação que impede a submersão das quedas d'água do Iucumã.

Fica a expectativa de que algum dia as autoridades brasileiras possam fomentar desenvolvimento de um projeto de exploração do turismo, com foco em questões ecológicas e ambientais, e na requerida sustentabilidade que uma região tão rica como o Salto do Yucumã requer e o bom senso aconselha.

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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Criminosos e juízes infratores

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Um cabra integrante da Suprema Corte expediu decisão em que determina a um juiz a entrega, para o condenado Luís Lula, de documentos obtidos por intermédio de atividade criminosa (invasão de celulares de autoridades por ‘hackers’). 

Nos documentos, haveria diferentes menções aos processos contra Lula na Operação Lava Jato — por exemplo, troca de mensagens entre o ex-coordenador da Lava Jato no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol, e o ex-juiz Sérgio Moro, antigo titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela operação.

Criminosos não precisam de documentos produzidos por meliantes e o país não precisa de juízes infratores. 

Esse criminoso condenado pela Justiça de um país democrático não precisa de mensagens obtidas por roubo ([outro tipo de roubo é] a razão pela qual ele está condenado). 

O que ele precisa é do recolhimento a uma penitenciária de segurança reforçada, para que não haja risco da repetição do crime. 

Evidentemente, que país que tem juízes que exaram despachos beneficiando criminosos não precisa desses infratores da lei, da verdade, da honra e demais valores civilizacionais.

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[Divulgado no Estadão online de 5/Jan/2021]

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