segunda-feira, 31 de julho de 2023

Fratura do calcâneo – Fotos

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Queda da escada – 1

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Queda da escada em 31/Jul/2023

 

Para evitar que haja algum constrangimento com o aspecto de meu pé, inseri esta figura separada do texto. Dessa forma, somente aqueles que se dispuserem olharão a imagem em detalhes. 

 

 

Situação do calcanhar em 12/Out/2024


A seguir, apresento a situação do calcanhar, passados um ano, dois meses e doze dias, após a queda da escada em 31/Jul/2024. 


Situação do local da fratura exposta do calcâneo e 1ª. cirurgia no HFA (em 31/Jul/2023),
passados um ano, dois meses e doze dias – 12/Out/2024.

Situação do local da 2ª. cirurgia no HFA (em 9/Ago/2023), passados 
um ano dois meses e três dias – 12/Out/2024.

Situação do local da 3ª. cirurgia no HFA (em 22/Mai/2024), passados
quatro meses e vinte e um dias – 12/Out/2024.
 

 

 

segunda-feira, 10 de julho de 2023

Crendice popular, coincidência e contradição

Ao tratar da Expedição Científica Roosevelt-Rondon — que, nos anos 1913 e 1914, partindo da confluência dos rios Apa e Paraguai, explorou, pela primeira vez o rio da Dúvida (afluente do rio Madeira), batizado, em meio à expedição, de rio Roosevelt —, o livro “Rondon, Uma Biografia”, de Larry Rohter, traz uma passagem que trata do assassinato do cabo Manoel Vicente da Paixão pelo trabalhador Júlio de Lima, por ter sido denunciado pela vítima por roubo de alimento.

Nesse contexto, segundo Rohter, “França o cozinheiro da expedição, disse as últimas e funestas palavras: ‘Paixão segue Júlio e há de segui-lo sempre’, advertiu, citando uma superstição popular. Ele ‘caiu de frente, sobre as mãos e os joelhos, e, quando um homem cai assim, seu espírito perseguirá até a morte o assassino’ .

De forma oportuna, Rohter relata também que, naquela épica expedição, uma das poucas divergências entre Rondon e Roosevelt deu-se por causa do destino cogitado para o criminoso Júlio — os debates foram intensos e inconclusos. O ex-presidente americano defendia a prisão e morte imediata do malfeitor; já Rondon preconizava a prisão e, posterior julgamento, em Manaus, de acordo com as leis brasileiras. Júlio fugiu e adentrou a mata, mas depois de algum tempo, a falta de alimento o fez tentar a reaproximação com a comitiva. Em dado momento, foi visto do outro lado do rio da Dúvida, gritando e pleiteando a readmissão. Roosevelt chegou a engatilhar e apontar o fuzil, porém desistiu de praticar seu intento. O criminoso foi deixado à sua própria sorte e jamais reapareceu.

O conhecimento desse caso me trouxe à lembrança uma antiga tragédia familiar. No início da década de 1910, meu avô José Francisco Souto, um delegado coletor de impostos da produção agrícola no município de Jequié, deu ao filho adotivo Aniceto um sítio para que ele pudesse cultivar a terra e ter seus próprios meios de subsistência.

Em 1921, no retorno de seu compromisso fiscal, na zona rural, José Francisco era aguardado por Aniceto, supostamente com a meta fazer o pagamento de seu próprio débito de imposto. Então, inexplicável e supreendentemente, o filho adotivo sacou da arma e atirou contra o pai, atingindo-o no braço e causando a morte, dado que o projetil estava envenenado. Crime encomendado? Não importa a razão — nada obscurece seu caráter hediondo!

De acordo com a crendice popular, como a vítima fora enterrada de bruços, Aniceto não conseguia fugir e, com frequência, retornava ao local do sepultamento. Assim, encontrado por familiares de José Francisco junto ao túmulo, ele fora aprisionado e, sem que houvesse qualquer divergência, forçado a ingerir substância venenosa, vindo a falecer da mesma forma como tirara a vida de seu benfeitor.

A morte do patriarca deixou nas mãos da viúva a responsabilidade de prosseguimento da criação de 7 filhos, o que fizera com presciência e responsabilidade. Hoje, descendentes espalham-se pela Bahia, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal — e por mais contraditório que possa parecer —, com a consciência de que a luta por um mundo melhor é atribuição primordial dos seres pensantes, em mais uma coincidência com o inabalável pensamento do mato-grossense Rondon.

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quinta-feira, 6 de julho de 2023

Kafka, a boneca e a menina

O presente texto é a reprodução, quase na íntegra, de postagem no portal ‘Quora’ de Anahí Michel, professora de Artes Visuais, da Universidade de Bellas Artes, da Espanha.

 


Aos 40 anos, Franz Kafka, que nunca se casou e não teve filhos, caminhava um dia por um parque em Berlim, quando conheceu uma menina que chorava porque havia perdido sua boneca favorita. Ela e Kafka procuraram a boneca sem sucesso.

Kafka disse a ela para encontrá-lo lá no dia seguinte e eles tentariam encontrar a boneca.

No dia seguinte, quando a boneca ainda não havia sido encontrada, Kafka deu à menina uma carta ‘escrita’ pela boneca dizendo:

"Por favor, não chore. Fiz uma viagem para conhecer o mundo. Vou escrever para você sobre minhas aventuras."

Assim começou uma sequência de eventos que durou 3 semanas, que antecederam o fim da vida de Kafka — e que foram recriados por Jordi Sierra i Fabra, no livro “Kafka e a Boneca Viajante”.

Durante os encontros, Kafka lia as cartas cuidadosamente ‘escritas’ da boneca, com aventuras e conversas que a menina achava adoráveis.

Por fim, Kafka trouxe de volta a boneca (comprou uma) quando havia retornado a Berlim. A menina reagiu com decepção:

"Não se parece nada com a minha boneca."

Kafka entregou a ela outra carta na qual a boneca escrevia: 

“Minhas viagens me mudaram.”

A menina abraçou a nova boneca e alegremente trouxe a boneca para casa com ela.

Um ano depois, Kafka morreu. Muitos anos depois, a menina agora adulta encontrou uma carta dentro da boneca. Na pequena carta assinada por Kafka estava escrito:

"Tudo o que você ama provavelmente estará perdido, mas no final o amor voltará de outra forma."

Aceite a mudança. É inevitável para o crescimento. Juntos, podemos transformar a dor em admiração e amor, mas cabe a nós criar essa conexão consciente e intencionalmente.

 


Fontes: 

– Anahí Michel – Maestra de Artes Visuales de Universidad de Bellas Artes (2002-2006).

– “Kafka e a Boneca Viajante”, de Jordi Sierra i Fabra. Martins Editora Livraria, São Paulo, 2009 — “Prêmio Nacional de Literatura Infantil y Juvenil”, de 2007, concedido pelo Ministério da Cultura de Espanha.

 

terça-feira, 4 de julho de 2023

Uma ideia não


Uma moléstia respiratória, inicialmente, me deixou em casa; depois, me levou para o hospital. Do que se trata? Gripe, influenza, covid? Realizados os exames no Pronto Atendimento Médico do HFA, sob a orientação da Dra. Diana, recém-formada na UnB, veio o resultado: pneumonia.

Afora os medicamentos, a abordagem primordial é repouso. Deslocar, alimentar e pensar, tudo foi impactado.

Assistir a vídeos que, normalmente eu excluía, tornou-se uma boa alternativa. Então, permaneço em repouso, evito atém mesmo pensar, e repito aqui o texto de um vídeo do jornalista Roberto Motta, cujo título é “Uma ideia não!” Daqui por diante, reproduzo o comentário de autoria do Sr. Motta, atinente à inelegibilidade do Sr. Bolsonaro, decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

 

Há quem diga que aqui se encerra um capítulo da história brasileira, mas há quem diga que uma transformação do país está apenas começando. O sinal dessa transformação é o despertar de uma consciência política na maioria da população. É isso o que eu constato quando saio às ruas. Esse talvez seja o maior legado da “Era Bolsonaro”.

Os milhões de brasileiros que tomaram a pílula vermelha e despertaram de um longo sono político. Não que o presidente Bolsonaro não tenha deixado outros legados igualmente importantes, como, por exemplo:

– o Ministério técnico montado com base em qualificação e competência e não em troca de favor ou apadrinhamento político;

– a redução recorde no número de homicídios — só no primeiro trimestre de 2019, a queda foi de 25%;

– apreensão recorde de drogas;

–  o maior programa de privatização da história do Brasil;

– a extinção de 27.000 cargos públicos;

– a Lei da Liberdade Econômica — que expressão bonita;

– o marco do saneamento básico;

– o marco das ferrovias;

– o marco do gás;

– a entrega de mais de 400.000 títulos de propriedade rural; e

– a queda recorde no número de invasões.

Ademais, o governo Bolsonaro foi o primeiro, desde 1988, que acabou o mandato gastando um percentual menor do PIB do que quando começou. Quando se tornou presidente, Bolsonaro fez exatamente o que ele disse que ia fazer; e isso foi uma inovação absoluta na política presidencial brasileira. 

O presidente Bolsonaro foi o primeiro presidente que fez, da defesa da liberdade, uma parte integral de seu discurso. Ele foi o primeiro presidente, que em me lembro, que teve a coragem moral de levantar a sua voz em defesa do direito de autodefesa armada do cidadão de bem. Ele foi o primeiro presidente que defendeu uma intervenção menor do Estado na vida privada e no mercado.

Bolsonaro foi também o primeiro presidente a ser atacado todos os dias pela maioria da mídia. Curiosamente, apesar disso, ele sempre arrastou multidões em todos os lugares onde andou.

Pela primeira vez na minha vida, eu vi cidadãos tirando dinheiro do bolso para comprar uma camiseta, com foto de político, ao invés de receber dinheiro dos políticos para usar as camisetas, que é o que acontecia antes no Brasil. Tanto que um dos refrões cantados nas manifestações era “eu vim de graça”.

Uma decisão jurídica pode tornar inelegível um homem, mas é incapaz de afetar uma ideia. E a ideia que hoje domina o coração dos brasileiros é a ideia da liberdade. 

Há quem diga que hoje se encerra um capítulo da nossa história. Mas quando um capítulo se encerra, sempre começa outro. 

 

 

Podemos até discordar de uma ou outra assertiva do jornalista Roberto Motta, porém, a concordância com o conjunto é inevitável. E ele bem que poderia concluir que a inelegibilidade de Jair Bolsonaro se deve às virtudes com que enfrentou a mídia, os intelectuais, os políticos e sobretudo integrantes do Poder Judiciário — todos responsáveis pelo maior retrocesso da história do Brasil e quiçá do mundo.

 

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domingo, 2 de julho de 2023

A inelegibilidade de Bolsonaro

Em face da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou inelegível por 8 anos o ex-presidente Jair Bolsonaro, as cogitações para o candidato de direita no pleito eleitoral de 2026 entraram definitivamente na agenda política da atualidade.

Conforme mencionou o artigo “Quais são as apostas da direita para ocupar ‘vácuo’ de Bolsonaro; veja a lista”, do Estadão, de 30/06/2023, as apostas estão focalizadas primordialmente nos governadores paulista e mineiro, sem excluir outros nomes possíveis. Nesse sentido, segundo aquele periódico,

“Nomes como dos governadores Tarcísio de Freitas(Republicanos), de São Paulo, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, despontam como fortes candidatos a ocupar o “vácuo” deixado pelo ex-chefe do Executivo. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho “01″; a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o general da reserva Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa derrotada nas eleições passadas, também são cogitados para substituir o ex-presidente no grupo bolsonarista em 2026.

De qualquer sorte, o desenlace é dependente dos resultados alcançados nos dois estados mais proeminentes da federação. Tarcísio é o preferido de uma grande maioria dos brasileiros associados com os ideais de liberdade e verdade, especialmente, por sua enorme capacidade de interagir com correligionários e oponentes. O tempo — essa variável tão relevante na política — determinará o curso dos acontecimentos.

Conquanto evento já inserto no passado, cumpre asseverar que a inelegibilidade de Bolsonaro se insere nos grandes erros judiciários da História da humanidade.

 

Curiosamente, as condenações de Sócrates, Dreyfus e irmãos Naves, bem como a ‘descondenação’ do ex-corrupto e ex-presidiário ingressaram nos anais da História pela estupidez dos julgadores e não exatamente por seus méritos. Os nefastos magistrados permanecem no lixo da História; não se conhece sequer seus nomes. 

De qualquer sorte, as esquerdas recebem o tiro no pé com alegria dos nefastos e dos hediondos; nem sequer se dão conta do que estão fazendo — atitude típica dos defensores da corrupção, do tráfico de drogas e da criminalidade em geral. 

Por vezes, a humanidade evolui mais pelos vícios do que pelas virtudes. Ainda bem!

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[Divulgado no Estadão online de 30/Jun/2023]

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