O roteirista de um filme de ficção passado no planeta recém-descoberto de uma galáxia distante incluiu na película um módulo no qual um cientista estadista, eleito ‘DitaPTorium CorruPTus’, proclamava a soberania de seu país. Esse caboclo fora libertado da prisão, casara-se com uma virtuosa senhora que visitava e prestava serviços em presídios e se vangloriava de ser candidato ao Prêmio ‘Bordrel’.
Ao longo do mencionado módulo, um cidadão desse país fictício decidiu desencadear uma série de questionamentos.
Que soberania está sendo cogitada pelo ‘DitaPTorium CorruPTus’?
A soberania relativa à afirmação da existência de 20 milhões de crianças nas ruas do país daquele planeta da galáxia distante?
A soberania relativa à atribuição de inocência por sua libertação por falha de foro para julgamento?
A soberania atinente à atribuição de culpa, por corrupção, à esposa morta?
A soberania concernente à concessão de empresa pública para filho?
A soberania atinente ao direito de compra de apartamento no litoral e de sítio no cerrado?
A soberania concernente à candidatura mesmo não tendo prerrogativa legal por estar envolto nas malhas da Justiça por corrupção?
A soberania relativa à indicação de advogado amigo para magistrado da Corte CorruPTa em desacordo com a Carta Magnólia?
A soberania atinente à indicação de cidadão nazi-comunista para magistrado da Corte CorruPTa em afronta aos sacrifícios dos heróis?
Afinal, qual é a soberania indigente, nefasta e hedionda que o cabra ex-honesto, ex-corruPTo, ex-condenado e ex-presidiário, não identificado, estava se referindo?
Enfim, exercer a liberdade de indagar sobre a verdade ofende?
Os insatisfeitos com o roteirista podem se manifestar, expressar indignação, identificar a vertente ideológica e ‘autoincriminar-se’; bem como, de forma inequívoca, podem se caracterizar como integrantes das espécies dos ‘AustraloPTecus CorruPTus’ ou dos antecessores ‘AustraloPTecus Estrumerius’.
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