sábado, 6 de junho de 2020

A prevalência da lei

Tornou-se lugar comum no País a tentativa de criminalizar as pessoas que se manifestam contra alguém, alguma instituição ou procedimento de autoridade. 

Um exemplo típico dessa abordagem aparece na abertura de artigo da Folha de São Paulo, onde se constata a afirmação de que “o Brasil vive a institucionalização de um projeto fascista. Ele envolve não só o avanço no país de milícias e grupos paramilitares mas também a transformação em política de Estado de mecanismos de repressão violenta, racismo, 'LGBTfobia', misoginia, exploração do trabalho e criminalização de movimentos sociais.”

Fica evidenciado que se atribuiu adjetivos àqueles que se manifestam a favor do governo e se condenou a ação do governo de forma mentirosa, nefasta e absurda.

Essa questão é de extrema simplicidade: quem comete crime — desrespeito à ordem pública, quebra-quebra, destruição do patrimônio, ameaça a outrem, ... — deve ser acusado, julgado e, se considerado culpado, condenado, de acordo com a prevalência da lei.

 

Os apoiadores do Brasil (não raro, na cor verde-amarelo) não fazem quebra-quebra, não agridem e não atacam a polícia; apenas manifestam-se contra um Parlamento que reúne expressiva quantidade de acusados de corrupção, e contra integrantes da Suprema Corte que não demonstram notório saber e ilibada conduta. Simples, muito simples. 

Os “virtuosos” jamais compreenderão. A eles não interessam a Liberdade e a Verdade.

 

Taco de beisebol, pistola, fuzil ou outra arma qualquer devem ser portados e utilizados para defesa. É assim nos países organizados. 

Na Alemanha, na União Soviética, em Cuba e na Venezuela, uma das primeiras medidas dos ditadores hediondos foi desarmar a população. 

Tem gente que gosta, apoia, defende o desarmamento da população para que os discípulos de Beria e Goebels prevaleçam, trapaceiem, agridam e ofendam. 

Apenas uma lembrança: a moça do taco [mencionada no artigo da Folha] não o utilizou contra a Polícia ou outros cidadãos.

 

Quando se atinge mais de 500 dias sem corrupção, é compreensível um certo nervosismo, ainda mais nesses tempos complexos de pandemia. Notadamente de quem só escreve uma linha, com ofensas. 

Preparem-se para mais 2.900 dias. Cuidado com o stress. É melhor ter calma e paciência.

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[Comentários divulgados na Folha de São Paulo online de 6/Jun/2020]

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