segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Agregando virtude às consciências

No artigo “Nabuco, Bolsonaro e a pandemia” (Folha de São Paulo de 14 de setembro), o Sr. Marcus André Melo, professor da Universidade Federal de Pernambuco e ex-professor visitante do MIT e da Universidade Yale (EUA), tenta opinar de forma inquestionável sobre as consequências da pandemia para o presidente da República e para a próxima eleição presidencial.  

Possivelmente, ele se engana ao declarar — em face do apoio do governo federal aos mais de 60 milhões de brasileiros desassistidos — que "quanto mais perto do fim (eleição) maior forte a lembrança do sofrimento econômico. 'Como nas colonoscopias', segundo Kahnemann" — deixando entrever que esta seria a única razão a influenciar o próximo pleito presidencial.

Os profetas se renderão. A equação é não linear e ilógica. A pandemia ofereceu a oportunidade de rápida reação e atendimento daqueles que mais precisam, e o que é terrível, com corrupção dos oponentes. 

Prévia e também paralelamente, o Nordeste — enganado, tripudiado e maltratado por dirigentes e conjunturas ignorados pelo ex-professor do MIT e de Yale (ele preferiu ampla citação de notáveis e inequívoca demonstração de saber) —, está recebendo água, ferrovia e infraestrutura em geral; e tudo sem corrupção. 

Os corruPTos condenados, os corruPTos não condenados, os formadores de opinião Fake News, os julgadores amigos dos malfeitores e, principalmente, os apoiadores do universo citado se juntaram. Solucionaram 2022! 

A pandemia (infelizmente ...) contribuiu para escancarar verdades e agregar virtude às consciências.

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[Extrato do texto (com o limite imposto de 500 caracteres) foi divulgado na Folha de São Paulo online de 14/Set/2020]

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