terça-feira, 22 de setembro de 2020

Calma, elegância e resiliência

No artigo “Atleta que gritou ‘fora Bolsonaro’ critica CBV por resposta a protesto”, da Folha de São Paulo, o jornalista Carlos Petrocilo dá ampla cobertura às declarações da atleta e militante oposicionista Carol Solberg e a consequente nota de repúdio da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). 

Conforme esperado, o enfoque do artigo é contrário ao governo federal. A inserção do Brasil em um ponto de inflexão favorável ao destino das gerações que nos substituirão é completamente ignorado.

Como tenho feito habitualmente, manifestei-me. Transcrevo as mensagens postadas na Folha de São Paulo online e menciono as repercussões.


A militante é favorável aos corruptos que jogaram o País na maior crise política, social e econômica da História [Sua mãe, a jogadora de vôlei Isabel, é eleitora do PT e, em 2018, fez campanha pelo Haddad]. Com ela, não tem conversa. Alguém com esse perfil jamais pode usar as cores do Brasil. Peguem um uniforme na cor vermelha deem-lhe de presente. Ela vai gostar muito e vai exercer a liberdade de expressão em Cuba e na Venezuela. E logo, logo, vai terminar numa masmorra.

 

Em seguida, vários leitores se manifestaram com mensagens agressivas, desprovidas de argumentos, com manifestação de apoio à atleta da seleção de vôlei de praia — com rendimentos mensais de R$ 11.000,00, pagos pelo Banco do Brasil —, que declarou publicamente e de forma inadequada o inconformismo com o governo atual.

 

Coragem apenas para agressão! É fácil entender a origem, o pensamento, a tendência política e a ideologia [dos agressores]. E os argumentos? E a razão? E a liberdade de expressão? E a verdade? E a ética? Coragem para a transformação é imperioso. Vai incomodar, afligir, doer, mas a dor é a defesa do organismo e deve ser bem-vinda. É o ônus para a defesa do objetivo primacial do ser humano que é a busca da paz e da harmonia, com o único instrumento possível: a democracia. Crianças aprendem facilmente, adultos não!

 

Outro leitor ateve-se ao fato de que alguém do governo atual odeia os povos indígenas e, atribuindo-me a condição de falso moralista, pergunta se aplaudi.

 

Moralidade? Sou bisneto de índia de aldeia. Trabalhei 4 anos próximo dos índios amazônicos. Aí, vem um cidadão mencionar moralidade relacionada com povos indígenas! Naturalmente, que ao sair das cavernas, o ser humano teve que assimilar a faculdade de agredir. Convenhamos, a questão essencial é avaliar quantas gerações ainda serão necessárias para que alguns adquiram a possibilidade do uso razoável da faculdade de pensar.

 

Ao avaliar a quantidade de leitores que aprovaram as mensagens contrárias ao que postei na Folha de São Paulo online — 5 mensagens postadas e 43 respectivos apoios (“like”), montante compreensível para o mais esquerdista dentre os órgãos de mídia brasileiros —, prossegui com a argumentação que considero adequada.

 

É só contar! Toda vez que alguém defende a transformação, sem corrupção, com decência, aparecem dezenas ofendendo, agredindo. Os oponentes nunca se dão ao trabalho de argumentar. Claro, contra os fatos históricos desses últimos 20 anos, é impossível alinhavar qualquer argumento. Vejam, em 500 caracteres cabem ideias, propostas, processos e instrumentos para a mudança. O êxito das mudanças é inevitável. É preciso aguardar 2022 e os quadriênios subsequentes. Com calma, elegância e resiliência!

_______________

###############



[Divulgado na Folha de São Paulo online de 21/Set/2020]

_______________

###############

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário