segunda-feira, 14 de setembro de 2020

A culpa dos males do mundo


 Quem defende a ideologia de gênero e propala que machos se intitulem “fêmeos” e, similarmente, que fêmeas se autodenominem “machas” está no universo daqueles que fazem da ideologia um sucedâneo da crença em princípios e valores que norteiam a trajetória humana, sob o prisma da universalidade e portanto com validade para a maioria senão a totalidade dos seres humanos.

A autora do livro “Macha”, cujo nome não convém sequer ser citado, publicou artigo com críticas acerbas ao Ministro da Educação, com o viés oposicionista — o que é legítimo — mas com a tendência de atribuir a culpa dos males do mundo ao atual governo federal. É possível se contrapor à escritora com singela simplicidade.

É oportuno asseverar que a única ideologia possível para os brasileiros se chama Brasil, amparada na meta primacial  do ser humano que é — pela enésima vez, reafirmo, mesmo com pleonasmo vicioso, de forma recorrente e enfática — a busca da paz e da harmonia, por meio do único instrumento eficaz, a democracia, que por seu turno é alicerçada na liberdade, na verdade, na coragem e na ética. Ademais a ideologia Brasil tem como meta colateral e imprescritível a oferta de igualdade de oportunidades para todos os brasileiros, sob a égide da decência, do bom senso e da justiça.


Faltou a moça dizer que a culpa dos terríveis incêndios na Califórnia, do desconforme bico dos tucanos, do comprimento da tromba dos elefantes, da deficiência neuronal daqueles que estão se unindo para que definir as eleições de 2022 (os eleitores já não se deixam enganar) é  dos brasileiros de quem ela discorda.

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 15/Set/2020]

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