quinta-feira, 16 de abril de 2020

Ser jornalista, fazer juízo de valor e informar


Como tem ocorrido de forma recorrente, a colunista Vera Magalhães utiliza o espaço conquistado no Estadão para contrapor-se às mudanças em curso no País a partir da reviravolta política de outubro de 2018, quando as facções de esquerda foram varridas do governo federal. 

Desta feita, ao analisar o discurso do presidente da República por ocasião da cerimônia de posse do novo Ministro da Saúde, ela foi além da “linha de partida” e ultrapassou os limites razoáveis.

No título da matéria, “Atordoado, Bolsonaro cita até ‘estado de sítio’ ”, e na conclusão, ao utilizar, entre outras, a expressão “trair desejo incontido” de parte do presidente, ela evidenciou atitude de incontrolável inconformismo e até tendência para a ira gratuita, de parte de analista que deveria primar pelo equilíbrio entre a oposição e a concordância; e entre o subjetivismo e a lógica.
Enfrentar tais formadores de opinião sem cair na tentação de imitá-los, repeti-los e igualá-los não é tarefa exatamente fácil. Tentar é desafiante!

Trair desejo incontido? Essa senhora escreve as coisas com o inconsciente? Ou é especialista nisso também e aí se expressa de forma consciente? 
Até acredito em sua boa fé — uma vez ou outra, claro. Ela precisa ser jornalista e não uma subordinada do patrão: teria que ir a Campo Grande e pesquisar na Justiça e no MP as questões em curso. Estudar um pouquinho de estatística, observar os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, verificar se estão completos, compará-los município a município bem com os de outros países. 
Aí, tentar ser jornalista, fazer juízo de valor e informar. Os cidadãos agradeceriam.
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[Divulgado no Estadão online de 16/Abr/2020]
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