quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Aprovação e repúdio ao combate à criminalidade

Em megaoperação no Rio de Janeiro, a Secretaria de Segurança Pública e as respectivas polícias civis e militares desencadearam o maior conflito contra a criminalidade no Brasil, ocasionando a morte de pelo menos 119 bandidos do Comando Vermelho (CV) e o sacrifício de 4 policiais.

A maioria dos cidadãos do Rio de Janeiro e dos demais estados da Federação aprovou a contundente ação do governo carioca, contudo a Defensoria Pública da União (DPU) e várias entidades repudiaram a mortandade ocasionada à bandidagem.

Incluo-me entre aqueles que, a despeito de lamentar as mortes, aprovaram a tentativa de impedir a prevalência de narcotraficantes e outros meliantes, ameaçando, colocando em risco e sacrificando cidadãos de bem.

 

No séc. XVII, em face dos riscos enfrentados, o poeta inglês John Donne perguntou: “Por quem os sinos dobram?” Ele próprio respondeu: “Eles dobram por cada um de nós.” Pode-se complementar que “dobram por cada um de nós porque quando alguém se vai, um pouco de cada um de nós segue junto.”

Agora, nós e John Donne estamos chorando porque, no Rio de Janeiro, a sabedoria está se mostrando inútil. Os sinos estão dobrando porque as dezenas que se foram não cometerão mais crime contra cidadãos de bem! Estão dobrando porque eles não serão mais presos e, em seguida, libertados de forma irresponsável. É paradoxal!


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As perguntas que hesitam em se calar: essas entidades "repudiadoras" repudiam as 50.000 mortes por ano no Brasil, sendo uma expressiva parcela causada pelas organizações criminosas que foram enfrentadas pelo governo do Rio de Janeiro? 

Essas entidades repudiam o assassinato da mãe, na frente das filhas, por que se negou a cumprir a ordem de criminosos para envenenar policiais? 

Essas entidades repudiam o político que afirmou que os usuários de droga são culpados pela atuação dos traficantes? 

Essas entidades repudiam as entidades e os cidadãos que se enxovalham na falta de ética e de ausência de valores virtuosos da humanidade?



O jornal Gazeta do Povo publicou artigo com análise sobre a ação das Polícias Civis e Militares contra os criminosos do Comando Vermelho (CV), com o seguinte título: “Opine: qual a sua avaliação sobre a megaoperação contra o crime organizado no Rio?”. 


Adicionalmente, acrescentou um “Quiz” para os leitores que os questionava, oferendo 3 alternativas para respostas sobre a megaoperação: a. Ótimo; b. Razoável; c. Péssimo.

Afora, clicar sobre Ótimo, inseri um comentário que reflete minha visão sobre o terrível trauma carioca.

 

Quando alguém morre, um pouco de cada um de nós segue junto. Entretanto, por paradoxal que seja, os marginais mortos no Rio de Janeiro não cometerão mais crime, não matarão, não roubarão, não estuprarão e não desrespeitarão os cidadãos de bem das favelas. Além disso, esses marginais não serão mais libertados de forma irresponsável pelo poder público. 

Houve exagero na megaoperação? Não. Há exagero na quantidade de bandidos e na criminalidade em geral. 

E houve exagero na inércia e na indigência das atuações anteriores dos responsáveis pela segurança, especialmente, dos governantes dos vários escalões.



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