domingo, 2 de fevereiro de 2020

Cineasta em vertigem [1]


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No corrente ano, o filme brasileiro “Democracia em vertigem” foi indicado para concorrer ao Oscar de filme estrangeiro. Desafortunadamente, o tema do filme é o impeachment da vilã Dilma Roussef; e o conteúdo da obra cai na valeta da ausência de boa fé, ao transmitir para a plateia global uma falsa imperfeição do processo judicial e parlamentar do Brasil e por via de consequência de seu processo democrático. 
O cineasta Fernando Meirelles declarou que o filme não tem possibilidade de vitória em Hollywood. Porém sua visão resulta da análise da estatura do filme enquanto obra cinematográfica e não pela falsidade do conteúdo, que expressa tortuosa preferência político-ideológica e contraria os fundamentos do bom senso, decência e ética. 
No passado, uma ministra da Educação, uma ministra da Economia e uma presidente da República, e agora a Sra. Petra Costa, diretora do filme, entraram em vertigem e perderam oportunidades históricas de afirmação do poder feminino no Brasil.
Pensar é preciso!
Por que, segundo os brasileiros lúcidos e decentes, uma parcela dos nossos políticos é integrada por cidadãos (sic) corruptos? 
Por que uma parcela dos intelectuais e analistas valorizam políticos com graves acusações de má gestão da coisa coletiva, inclusive gente condenada pela Justiça por graves crimes contra o patrimônio público? 
Por que nos desviamos tanto da trajetória emblematizada pela prevalência da virtude sobre o vício? 
Por que o cinema brasileiro não tem o reconhecimento dos próprios brasileiros?
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  [Divulgado no Estadão online da primeira data-palíndromo de 2020: 02/02/2020]
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