domingo, 26 de janeiro de 2020

Regina Duarte na Secretaria da Cultura


Em relação ao anúncio do nome de Regina Duarte para titular da Secretaria de Educação do governo federal, uma parcela dos analistas reagiu com condenações acerbas, grosseiras e ofensivas. Houve também aqueles que expressaram aplausos e expectativas otimistas. 
Há que se considerar essa indicação uma decisão acertada; um inequívoco gol de placa do Governo Federal. As controvérsias do Secretário que fora demitido estavam causando severo desgaste para o Poder Executivo. É certo que uma atriz com grande reconhecimento no meio artístico e no seio da população chega para acalmar os ânimos e neutralizar as severas críticas resultantes de uma suposta indigência na gestão cultural de parte do Secretário demitido.

A mensagem destacada a seguir foi divulgada pelo jornal Globo online.

Para marcar sua possível gestão, basta a Regina Duarte inspirar-se nos Ministros Guedes, Moro, Tarcísio e Tereza Cristina; basta pensar em Cultura para todos os cidadãos e não para uma minoria privilegiada; basta impedir a avalanche de recursos públicos para os artistas de sempre (que para não perder as tetas apoiam a corrupção e autoritarismos hediondos). Enfim basta adotar uma única ideologia, que se chama Brasil, com paz e harmonia para todos os brasileiros.

Tardiamente, tomei conhecimento de que uma leitora rebateu minha mensagem asseverando que “... cada manifestação cultural tem o seu público. Mas também tem o condão de atrair outros admiradores. Isso acontece com espetáculos musicais, peças de teatro, exposições de arte, etc. Não existe uma cultura para o povo inteiro. Isso é blague do nazismo”. 
Em face da impossibilidade de expressar com oportunidade minha tréplica, deixo registrado neste espaço a resposta que deveria ter transmitido para a incuravelmente "sábia" manifestante.
É imperioso que todos os cidadãos falem, andem, pensem e façam a higiene. Claro, se alguém se dispõe apenas a lavar as mãos em detrimento das restantes operações higiênicas, tudo bem, deve ter a liberdade de fazê-lo, desde que permanecendo a uma distância adequada e razoável dos demais. 
É imperioso que o governo adote políticas culturais que estejam voltadas para a totalidade da população. Todo cidadão deve ter a oportunidade de receber a oferta cultural financiada pelo esforço coletivo. Similarmente, alguns ou muitos podem exercer a liberdade de rejeitar o que está sendo oferecido. 
Alguns ou muitos preferem produzir peças teatrais ou cinematográficas voltadas para os herdeiros dos 100 milhões de assassinados pelo comunismo ou para os herdeiros dos 10 milhões de assassinados pelo nazismo. Alguns ou muitos preferem exercer a liberdade de assistir a essa oferta macabra, nefasta e hedionda.
Outros preferem exercer a liberdade de apoiar os acusados — e por vezes condenados — que mediante a corrupção extorquiram os recursos que poderiam ser empregados em saúde, educação e cultura voltadas para a totalidade da população. 
O exercício da liberdade, fundamental para a democracia tem o seu preço. Os portadores de moléstia ideológica incurável também são cidadãos e devem ser aceitos por seus contemporâneos e não devem ser deixados para trás, inclusive a manifestante que discordou de minha mensagem.
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 [Divulgado no Globo online de 26/Jan/2020]
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