sábado, 26 de julho de 2025

Bons e maus modos de presidentes da República

De forma cautelosa, tento caracterizar as atitudes e procedimentos de quatro presidentes do grande país a que pertencemos, nas últimas três décadas. Essa avaliação permite uma melhor percepção das mazelas encontradas na atual conjuntura brasileira.

Um utilizava bons modos para convencer os canalhas a aprovarem a reeleição, para não aprovarem o impedimento do sucessor e para exercer a empatia pelo Foro de São Paulo. 

O outro fazia os bons modos escorrerem pelos canais excretores para, com maus modos, praticar a corrupção em favor dos amigos e dos familiares e para criar o Foro de São Paulo — vale dizer, fazer a apologia do que afronta os valores civilizacionais. 

A outra utilizava os maus modos contra servidores e ministros e para aprovar a corrupção desbragada. 

O seguinte praticava maus modos contra a canalhice dos oponentes na mídia, na intelectualidade e na política. Por isso, está usando tornozeleira eletrônica.

Em síntese, testemunhamos os bons modos em favor da canalhice; os maus modos e a canalhice em favor da própria indigência; os maus modos e a canalhice em favor da coerência da biografia; e os maus modos contra a canalhice, desafortunadamente, com o consequente custo jurídico de uma tornozeleira eletrônica.

A identificação, as simpatias e as preferências pelos personagens caracterizados são livres de acordo com a opção e vocação de cada um. Vale o preço a ser pago pela prática do ideário da liberdade. Contudo, é terrível constatar que as mazelas de nosso país, mencionadas na introdução deste texto — que impactam a totalidade dos cidadãos — são consentâneas com a apreciação cabível de seus mandatários.


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