Com o sugestivo título “O Teorema de Tarcísio”, o Estadão apresentou editorial com análise dos posicionamentos do governador de São Paulo, em relação a suas possibilidades de se candidatar a presidente da República no pleito de 2026.
Nesse sentido, o jornal tenta apontar a conveniência de Tarcísio se afastar do clã Bolsonaro, com uma ênfase incomum e exagerada, à luz de afirmações tais como: “Trata-se de uma regra lógica: quem se entrega a Bolsonaro se emporcalha de golpismo e não ganha do ex-presidente nada além de desprezo. Mas Tarcísio tem alternativa: esconjurar Bolsonaro”.
A matéria conduziu muitos leitores a postarem comentários; alguns, com um nível de grosseria compatível com a sentença verborrágica ora mencionada.
Destaco, a seguir, aspectos do comentário postado por um leitor, escolhido dentre aqueles com conteúdo razoável.
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O editorial quer conduzir o Tarcísio, por questões higiênicas, a se associar a uma espécie de PSDB da política, para que assim se torne um limpinho com chances, no futuro, de almejar um mandato na presidência.
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1) Tarcísio é o candidato da direita para 2026. Sujeito preparado para o cargo e cercado de políticos experientes para o jogo de Brasília.
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5) Bolsonaro será preso.
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10) Ninguém aguenta mais 4 anos de PT no governo e ninguém quer como presidente um cara "limpinho" como o Dória que até carta de desculpas mandou para o Lula.
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Em face de várias incoerências contidas em outras opiniões de leitores, postei minha visão sobre essa questão crucial para o futuro político do país.
Uma coisa é certa: a despeito de Bolsonaro ter cometido erros — com certeza os cometeu — a ele deve ser atribuída uma grande virtude: balançou a hedionda estrutura política brasileira, que é responsável por um dos piores sistemas educacionais dos países mais importantes do mundo; e é responsável por 100 milhões de pessoas sem esgoto sanitário. Em contraposição à enorme extensão territorial, à grande população e a inexcedíveis riquezas naturais.
A citada virtude se alicerça no inequívoco combate à praga da corrupção.
Isso num país onde faltam traumas, intelectuais e estadistas não é desprezível.
Que prevaleçam a liberdade, a verdade, a coragem e a ética. É melhor para todos!
Ademais, deve ser enfatizado: Tarcísio e outros ex-ministros foram lançados no cenário nacional por Bolsonaro. Trata-se de um enorme ganho, num país com políticos e magistrados que envergonham Rio Branco, Caxias, Rui Barbosa, Jucelino e outros poucos grandes nossa História.
Postei um comentário adicional, em resposta a uma leitora que discorda da visão de que Tarcísio seja democrata, apenas “porque ele teria dividido o mesmo palanque, pregando golpe de Estado com o marginal Bolsonaro.”
Tem gente que apoia o sistema dos ‘australoptecus corruptus’. São da espécie dos ‘autraloptecus estrumerius’, cuja faculdade de pensar não chegou ao patamar da relevância.
Integrantes dessas espécies não são capazes de entender os seguintes ensinamentos:
– a arte de vencer, de Sun Tzu;
– os fundamentos da política e ética, de Platão e Aristóteles;
– a interação entre ciência e religião, de Tomás de Aquino;
– a opção pelo doentio autoritarismo, de Hobbes;
– as virtudes do liberalismo, de Locke;
– as luzes da economia moderna de Adam Smith;
– a vontade livre e autônoma, de Leibnitz;
– as mazelas do socialismo, de Marx; e
– a adesão ao autoritarismo, para chegar aos fins, de Heidegger!|
Aconteça o que acontecer, o governador Tarcísio é candidato a impactar o futuro do Brasil e, especialmente, o futuro das próximas gerações, seja como governador reeleito em São Paulo, em 2026, seja como presidente da República, eleito em 2026 ou 2030.
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