terça-feira, 24 de março de 2020

Audiência de presidiário com o presidente do Senado


O ex-presidente Lula foi condenado por corrupção e outros crimes no âmbito da Operação Lava Jato, foi encarcerado na Polícia Federal, em Curitiba; e foi solto por uma decisão do Supremo Tribunal Federal. Em seguida, o ex-presidente criminoso passou a viajar pelo Brasil, e até pelo exterior, fazendo proselitismo político. 
Ao comparecer a Brasília para ser ouvido em mais um processo que corre em tribunal do Distrito Federal, o ex-presidente presidiário foi recebido pelo Presidente do Senado — que acumula a Presidência do Congresso Nacional e é a terceira autoridade na linha sucessória do Presidente da República. 
É preciso que cada cidadão que se preocupa com os destinos da Nação opine e apresente sua visão dessa excrescência política.

Esse presidente do Senado costuma se dar bem com o ex-presidente presidiário. Aliás, deu um péssimo exemplo para o País, de desconexão com as instituições democráticas — em particular, aquelas voltadas para a Justiça — quando recebeu o caboclo condenado por crimes contra a sociedade.
Os últimos 10 presidentes da Câmara (há uma única exceção) estão enleados com processos judiciais por malfeitos. 
Dentre os últimos Presidente do Senado, sobram poucos sem problemas com a Justiça. 
Votos de melhora e contenção na língua para essa figura dispensável. Ninguém se preocupa com sua falta.

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[Mensagem divulgada no Estadão online de 24/Mar/2020]
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[Mensagem divulgada no Globo online de 24/Mar/2020]
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Coronavírus e corrupção


A pandemia do coronavírus é terrível, horrenda. Há estimativas que o Covid-19 poderá causar mais de 20.000 mortes no mundo em 2020 (entre 20.000 e 200.000?). E no Brasil, o número de mortes poderá chegar a 1000. Sejamos otimistas e torçamos para que isso não ocorra. 
Mas não podemos perder a razão. Por falhas de gestão, por outras causas e sobretudo pela corrupção, e o consequente desvio de recursos que seriam destinados à saúde, o Brasil teve, em 2018, a taxa de mortalidade infantil de 12,4 mortes para cada mil nascidos (menor índice dos últimos anos) — o que significa pelo menos 35.000 mortes de crianças por ano. Já os 50 países mais organizados do mundo tem um índice que varia de 2 a 6 mortes para cada mil nascidos. 
Se em nosso País, os recursos para o sistema de saúde tivessem sido aplicados adequadamente poderíamos ter reduzido a mortalidade infantil para o patamar menos favorável dos melhores países (6 mortes para cada mil nascidos) e evitado a metade das mortes, ou seja, teríamos evitado a morte de aproximadamente 17.500 crianças. 
Em consequência, supondo-se que as deficiências na saúde causadas por falta de recursos levados pela corrupção responderam por 25% das mortes não evitadas de crianças (4.375), é razoável afirmar que, no Brasil, a corrupção equivaleu aproximadamente a 4 epidemias de coronavírus por ano; agindo prevalentemente sobre crianças. 
Por ênfase e por imperioso, repito: a terrível, horrenda e nefasta corrupção equivaleu a 4 epidemias de coronavírus por ano! 
E que é pior, tem cidadão que apoia e defende os “coronarruptos”!
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24/Mar/2020 – Coronavírus (Covid-19)
No mundo
--> Contaminados: ...... 396.249
--> Mortos: ....................    17.241

No Brasil
--> Contaminados: ..... 1.891    
--> Mortos: ...................       34
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[Divulgado no Globo online de 24/Mar/2020]
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[Divulgado no Correio Braziliense online de 24/Mar/2020]
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sexta-feira, 20 de março de 2020

O PT e a crise atual


Conforme divulgou o Estadão, a presidente do PT, nefasta Gleisi Hoffmann, compartilhou vídeo tentando valorizar Dilma Roussef, e culpando pela crise atual Aécio, Bolsonaro, bem como os “amigos” de seu partido, Cunha e Temer. O absurdo vídeo propala que o ódio que divide o País vem dos adversários do PT. 
A matéria do Estadão aduz que “em outra peça, ainda mais oportunista, a debacle de Adolf Hitler é usada para relacionar a pandemia do coronavírus ao impeachment e pintar o PT como salvador da pátria.”
Apenas para não esquecer: 
     ex-presidente Lula, do PT, acusado, condenado e preso; 
     ex-ministro José Dirceu, do PT, acusado, condenado e preso; 
     ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, do PT, preso no Mensalão;
     ex-presidente da Câmara Arnaldo Chinaglia, do PT, acusado na Lava Jato;
     ex-presidente da Câmara Marco Maia, do PT, investigado na Lava Jato;
     ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, "amigo" do PT, acusado, condenado e preso; 
     ex-governador Sérgio Cabral, aliado do PT, acusado, condenado e preso; e
     integrantes do PCC, amigos, aliados e defensores do PT. 
E o que é pior: todo cidadão (sic) petista gosta, apoia, defende e preconiza a absolvição e a liberdade de todos. E claro, votou (vota/votará) nesses bandidos, se forem candidatos.

Em resposta ao comentário postado no Estadão, um leitor possivelmente correligionário da nefasta manifestou sua opinião. Surpreendentemente, não usou a agressão e a ofensa como habitualmente fazem. Nessa situação, a argumentação fica mais fácil.

Nesse sentido, qualquer criminoso tem que ser submetido aos rigores da lei. Se condenado, o acusado deve ir para a penitenciária após o julgamento em 2a. instância (a rigor, deveria ser encarcerado após o resultado da 1a. instância).
Se os integrantes da polícia do governo do PT, na Bahia, bem como todos os demais, de qualquer partido, forem considerados culpados devem ser enquadrado nos ditames da justiça. 
Só para não esquecer: no âmbito do comunismo (em Cuba, na Venezuela e na Coreia do Norte) e do nazismo (na Alemanha da década de 1940), os culpados têm sido submetidos à trajetória da bala.

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[Divulgado no Estadão online de 20/Mar/2020]
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quarta-feira, 18 de março de 2020

General Heleno e o coronavírus


Com a divulgação de que o Gen Heleno, Ministro do GSI, foi infectado pelo coronavírus, várias mensagens foram postadas por leitores, contíguas à matéria, no jornal Estadão. Algumas com teor grosseiro e ofensivo.
Divulgo os textos de parcela do debate que se seguiu, com o objetivo de mostrar as atitudes daqueles que continuam apoiando o establishment anterior, protagonizado pelos adeptos da esquerda, em particular, os integrantes do Partido dos Trabalhadores, que tanto mal causou à sociedade e ao País.
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 [Divulgado no Estadão online de 18/Mar/2020]
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Questões a serem revistas em 2050


Em plena Revolução do Conhecimento e da Informação, é imperioso questionar: onde estamos e para onde vamos [*]?
Preliminarmente, em 2020, três matérias estão colocadas para refletirmos e jogarmos conversa fora no período natalino:
     as consequências da pandemia do coronavírus;
     a eleição presidencial dos Estados Unidos [**]; e
    a situação econômica do mundo e do Brasil.
Já em 2022, com otimismo, podemos eleger as seguintes:
     o resultado da Copa do Mundo do Qatar;
     a eleição presidencial do Brasil (confirmar-se-á?); e
    o destino do combate à corrupção no Brasil.
A partir do aprendizado da produção de alimentos, com a agricultura, o ser humano levou 10.000 anos para se deixar transformar pela agricultura, pela escrita e pela revolução científica. O que se passará nos próximos 10 anos corresponde a quanto tempo pretérito? As seguintes questões-chave podem ser alinhavadas para 2030:
     Amazônia, petróleo e aquecimento global;
     educação no Brasil; e
    situação da biologia genética e da inteligência artificial.
Para não quebrar a sequência, impõe-se propor o que 2040 nos oferecerá. Abstenho-me de cogitar, na expectativa de que a iniciativa parta dos leitores (alguém suportou e manteve a resiliência de chegar até aqui? Dúvidas pairam!). Em todo caso, as sugestões são desejáveis e bem-vindas.
Do livro “Homo Deus”, de Yuval Noah Harari, retiro os questionamentos apresentados a seguir para serem revistos em 2050. Quem agora está na faixa de 70 anos, deveria viver pelo menos 100 anos para vivenciar o que virá. Então, por precaução, transfiro essa perspectiva para minhas filhas e para seus contemporâneos.
Ninguém sabe de fato como o mercado de trabalho, a família ou a ecologia serão em 2050, ou quais religiões, sistemas econômicos ou estruturas políticas dominarão o mundo.”
“O mundo está mudando com inigualável rapidez e estamos inundados por quantidades impossíveis de dados, de ideias, de promessas e de ameaças.”
“Mas, se adotarmos uma visão realmente ampla da vida, todos os outros problemas e desenvolvimentos serão ofuscados por três processos interconectados:
[1] A ciência está convergindo para um dogma que abrange tudo e que diz que organismos são algoritmos, e a vida, processamento de dados.
[2] A inteligência está se desacoplando da consciência.
[3] Algoritmos não conscientes mas altamente inteligentes poderão, em breve, nos conhecer melhor do que nós mesmos.
“Esses três processos suscitam três questões-chave, que espero que fiquem gravadas em sua mente ... : 
 [1] Será que os organismos são apenas algoritmos, e a vida apenas processamento do dados?
[2] O que é mais valioso — a inteligência ou a consciência?
[3] O que vai acontecer à sociedade, aos políticos e à vida cotidiana quando algoritmos não conscientes mas altamente inteligentes nos conhecerem melhor do que nós nos conhecemos?”

Quem pensar, pensou. Quem responder, respondeu. Quem se enfastiar, enfastiou-se. Quem quer que seja, tenha a máxima precaução em relação ao coronavírus, torça para que seus efeitos sejam os menores possíveis e, sorrindo ou chorando — inclusive, os botafoguenses (sou um deles) — assista aos jogos do Flamengo. Até os que não gostam de futebol, terão alegria.

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[*] A considerar:
A Revolução Cognitiva, resultante de ação divina ou apenas da evolução das espécies, pode ter iniciado há cerca de 70.000 anos. 
Com a agricultura, surgida há 10.000 anos, o ser humano imergiu na Revolução Agrícola. 
A invenção da escrita e do dinheiro, há cerca de 5.000 anos, desencadeou a Evolução Intelectual e Econômica. 
As grandes navegações alteraram a configuração da presença humana na Terra e desaguaram na Revolução Científica, a partir das proposições de Newton e Galilei (século XVII), e tendo como emblemas primaciais, Curie e Einstein (século XX). 
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[**] Comentários divulgados no New York Times
Em comentários postados nesse jornal americano, em 3/Jan e 6/Fev, eu mencionei o cenário da vitória de Donald Trump nas eleições americanas deste ano. As razões: o passo em falso dos Democratas com o processo de impeachment; a ação vitoriosa determinada por Trump contra o general iraniano Suleiman em Bagdá, seguida da falha grosseira dos sistema antiaéreo iraniano, derrubando um avião comercial no Irã.
O impacto da pandemia do coronavírus e a consequente redução da atividade econômica mundial e, especialmente, as consequências para a economia americana (“it’s the economy stupid”), de modo contrário ao que fora cogitado, podem estar apontando para um novo cenário: a vitória do democrata Joe Biden sobre Donald Trump. 
A nuvem, enquanto metáfora mineira para a política, pode vir a se confirmar de forma inexcedível.
Que comparações podem ser feitas com a política brasileira nas próximas eleições presidenciais? 
Netanyahu e Trump poderiam ser os únicos derrotados?
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terça-feira, 17 de março de 2020

Macaco não faz literatura


A Justiça do Rio de Janeiro determinou o recolhimento dos livros do escritor Ricardo Lisias por ter adotado, como autor, o pseudônimo Eduardo Cunha. 
Há indicações (implícitas no campo subjetivo) de que esse procedimento tinha o objetivo de navegar na publicidade gratuita que o ex-deputado federal — que ficou famoso por perder o mandato na condição de poderoso presidente da Câmara de Deputados — possibilitaria ao autor.
Bandido deve estar na cadeia. Escritor tem que ter a coragem de assinar sua obra. Se quer usar pseudônimo deve ter a liberdade e a ética de não usar o nome de pessoa pública, acusada de delito, para garantir publicidade gratuita. 
Para dúvida não pairar, a todo ser humano deve ser garantia a liberdade de ser honesto e decente. E sobretudo a liberdade de respeitar os outros, não importando suas virtudes ou vícios. 
Em se tratando de bandidos, eles devem ter a liberdade de viver como querem; e a absoluta certeza de que prestarão contas dos crimes que cometerem. A liberdade de não fingir, também.
Um leitor desavisado achou que poderia replicar. Fê-lo de forma não razoável. Por isso, tripliquei.
Seria interessante você ler Epicuro, Sócrates (por Platão), Aristóteles, Hobbes, Locke, Marx, Sartre, Proust, Dostoievski, para começar. Aí correria o risco de saber o que é liberdade, verdade, coragem e ética. E adicionalmente de aprender o que é literatura, para não envergonhar Machado de Assis, Guimarães Rosa e Gilberto Freyre. 
Na roça, de onde venho costuma-se dizer que “bater em cachorro amarrado ou morto é a suprema glória dos covardes”. 
Para evitar pânico, comece com “Carta aos Meneceus”. E não se iluda, macaco não faz literatura. Ele ainda não tem inconsciente para projetar a covardia.
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[Divulgado no Estadão online de 17/Mar/2020]
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Um mundo melhor versus prejuízo e desinformação


Em artigo publicado no jornal americano New York Times, a jornalista Vanessa Barbara faz severa crítica ao governo Bolsonaro, atribuindo-lhe responsabilidade pelas supostas ações da polícia contra os cidadãos cariocas. As críticas são enfatizadas pela atribuição implícita de responsabilidade do governo federal na segurança pública estadual e pela suposta condição de correligionário do governador Witzel e do presidente Bolsonaro. 
Claro, a matéria é parte da campanha que jornais como o New York Times, o britânico The Guardian, o francês Le Monde e o espanhol El País movem contra o atual governo brasileiro.
Então, postei  mensagem através de 4 Twitters (máximo de 300 caracteres cada), posicionando-me de forma a fazer ver aos leitores do NYT as incoerências do artigo.
Com relação à Sra. Vanessa Barbara, autora do artigo "A polícia brasileira está em fúria" (NYTimes de 16 de março), ela é brasileira ou americana? Isso importa?
Em primeiro lugar, a segurança do cidadão em cada estado brasileiro é de responsabilidade do governador (o Sr. Witzel é o governador do estado do Rio de Janeiro) e não é de responsabilidade do presidente (o Sr. Bolsonaro é o presidente do Brasil). Em segundo lugar, o Sr. Witzel é um forte oponente do Sr. Bolsonaro.
Essas informações são essenciais para a compreensão do assunto e não foram relatadas pela jornalista; portanto, o resultado é a desinformação do leitor.
Então, se a Sra. Barbara é brasileira, ela quer prejudicar os cidadãos de seu país de origem; se ela é americana, ela quer a desinformação dos cidadãos americanos. 
É inexplicável e estranho como a Sra. Barbara contribui para fortalecer a imprensa e construir um mundo melhor.
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 [Divulgado por Twitter no jornal New York Times de 17/Mar/2020]
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