terça-feira, 4 de julho de 2023

Uma ideia não


Uma moléstia respiratória, inicialmente, me deixou em casa; depois, me levou para o hospital. Do que se trata? Gripe, influenza, covid? Realizados os exames no Pronto Atendimento Médico do HFA, sob a orientação da Dra. Diana, recém-formada na UnB, veio o resultado: pneumonia.

Afora os medicamentos, a abordagem primordial é repouso. Deslocar, alimentar e pensar, tudo foi impactado.

Assistir a vídeos que, normalmente eu excluía, tornou-se uma boa alternativa. Então, permaneço em repouso, evito atém mesmo pensar, e repito aqui o texto de um vídeo do jornalista Roberto Motta, cujo título é “Uma ideia não!” Daqui por diante, reproduzo o comentário de autoria do Sr. Motta, atinente à inelegibilidade do Sr. Bolsonaro, decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

 

Há quem diga que aqui se encerra um capítulo da história brasileira, mas há quem diga que uma transformação do país está apenas começando. O sinal dessa transformação é o despertar de uma consciência política na maioria da população. É isso o que eu constato quando saio às ruas. Esse talvez seja o maior legado da “Era Bolsonaro”.

Os milhões de brasileiros que tomaram a pílula vermelha e despertaram de um longo sono político. Não que o presidente Bolsonaro não tenha deixado outros legados igualmente importantes, como, por exemplo:

– o Ministério técnico montado com base em qualificação e competência e não em troca de favor ou apadrinhamento político;

– a redução recorde no número de homicídios — só no primeiro trimestre de 2019, a queda foi de 25%;

– apreensão recorde de drogas;

–  o maior programa de privatização da história do Brasil;

– a extinção de 27.000 cargos públicos;

– a Lei da Liberdade Econômica — que expressão bonita;

– o marco do saneamento básico;

– o marco das ferrovias;

– o marco do gás;

– a entrega de mais de 400.000 títulos de propriedade rural; e

– a queda recorde no número de invasões.

Ademais, o governo Bolsonaro foi o primeiro, desde 1988, que acabou o mandato gastando um percentual menor do PIB do que quando começou. Quando se tornou presidente, Bolsonaro fez exatamente o que ele disse que ia fazer; e isso foi uma inovação absoluta na política presidencial brasileira. 

O presidente Bolsonaro foi o primeiro presidente que fez, da defesa da liberdade, uma parte integral de seu discurso. Ele foi o primeiro presidente, que em me lembro, que teve a coragem moral de levantar a sua voz em defesa do direito de autodefesa armada do cidadão de bem. Ele foi o primeiro presidente que defendeu uma intervenção menor do Estado na vida privada e no mercado.

Bolsonaro foi também o primeiro presidente a ser atacado todos os dias pela maioria da mídia. Curiosamente, apesar disso, ele sempre arrastou multidões em todos os lugares onde andou.

Pela primeira vez na minha vida, eu vi cidadãos tirando dinheiro do bolso para comprar uma camiseta, com foto de político, ao invés de receber dinheiro dos políticos para usar as camisetas, que é o que acontecia antes no Brasil. Tanto que um dos refrões cantados nas manifestações era “eu vim de graça”.

Uma decisão jurídica pode tornar inelegível um homem, mas é incapaz de afetar uma ideia. E a ideia que hoje domina o coração dos brasileiros é a ideia da liberdade. 

Há quem diga que hoje se encerra um capítulo da nossa história. Mas quando um capítulo se encerra, sempre começa outro. 

 

 

Podemos até discordar de uma ou outra assertiva do jornalista Roberto Motta, porém, a concordância com o conjunto é inevitável. E ele bem que poderia concluir que a inelegibilidade de Jair Bolsonaro se deve às virtudes com que enfrentou a mídia, os intelectuais, os políticos e sobretudo integrantes do Poder Judiciário — todos responsáveis pelo maior retrocesso da história do Brasil e quiçá do mundo.

 

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