O professor Jean Marcel Carvalho França — professor titular de História do Brasil da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e autor de vários livros — publicou no jornal Gazeta do Povo o artigo “Universidade, justiça cósmica e intolerância: obsessão por inclusão está matando o ensino superior”.
Como o título indica, trata-se de uma análise densa, minuciosa e bem argumentada sobre as mazelas que campeia no meio acadêmico.
Cumpre destacar que ao indagar “por qual razão a violência explode na universidade, um ambiente tão plural e zeloso com a tolerância? E por qual razão discentes julgam que têm o direito, ou melhor, o dever de agredir e calar docentes ou colegas que defendem ideias supostamente perigosas e elitistas”, o professor Marcel responde de forma contundente: “Ora, a resposta salta aos olhos e a história está repleta de ilustrações: bombardeie jovens malformados – creio que ninguém discorda que a nossa escolaridade básica é ruim, por isso temos cotas no vestibular, é bom lembrar – com meia dúzia de chavões; [...] convença-os, por fim, de que a suposta opressão que se abateu sobre eles tornou-os, sem qualquer esforço intelectual, portadores de verdades axiomáticas – o tal lugar de fala – verdades que só os tolos ou canalhas não veem.”
E conclui sua virtuosa análise com inatacável lógica: “Pronto, temos uma juventude maoísta diante de nós, autoritária e violenta, segura – pois conta com a aquiescência e a conivência de muitos “adultos” – de que detém o direito e mesmo a missão de reprimir e reeducar os hereges e infiéis pelos corredores das universidades.”
O artigo equivale a uma aula magna sobre a indigência que campeia em expressiva parcela dos ambientes acadêmicos brasileiros.
Valeria destacar dois aspectos que enfatizam a denúncia do lúcido professor: o que foi evidenciado resulta da obra socialista que conspurcou tudo o que é virtuoso em Educação, no mundo e no Brasil; e explica a situação sanitária da metade da população, algo que interessa às lideranças que querem permanecer dilapidando a dignidade e a honra dos cidadãos, para satisfazer seus interesses de prevalência, somente possível se mantido o esgoto sanitário que permeia as valas a céu aberto e as mentes abrigadas em escuridão ideológica.



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