segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Uma articulista canalha

Uma colunista cujo nome convém ser ignorado publicou na Folha de São Paulo artigo com o título “Canalhas, canalhas, canalhas!”, referindo-se aos eleitores que elegeram o atual presidente da República. 

Como falta a essa desequilibrada “intelectual”, coragem moral para dar sua declaração de formar direta, ela preferiu atribuir sua expressão esdrúxula ao falecido Tancredo Neves; e, portanto, completamente fora do contexto em que ela se propôs a formular sua análise. 

Postei dois comentários com teor comparável às assertivas elaboradas pela colunista e outro, ameno, em resposta a um leitor que entrou no cenário em defesa da covarde articulista.

A moça prefere o período de 2003 a 2016. Claro, o cabra preferencial dela pode falar mal de mulheres, gays e negros; pode permitir que os filhos passem as mãos em centenas de milhões de recursos públicos; pode dar bilhões para ditaduras nefastas; pode dar bilhões para empresários que lhe retornam proporcionalmente; pode ser condenado pelos malfeitos e continuar em liberdade, fazendo sua felicidade. Como a fonte dos beneficiários secou e o causador disso é bronco em demasia, aí vem a ansiedade e a irritação.

 

A moça está chamando 58 milhões de brasileiros de canalhas. Pois bem 58 milhões de cidadãos brasileiros, eleitores, vacinados contra pessoas agressivas (que ofendem e espalham o produto de seu cérebro pelo canal inferior) perguntam para a moça quanto ela está ganhando para falar isso. Indagam — caso ela não esteja ganhando nada; e aí, é tendência, opção, vocação — se não seria melhor usar o que expele (e mancha o jornal), para cultivar uma boa horta.

 

Considerando Aristóteles, Hobbes, Leibnitz e Marx, dois se basearam em narrativas e o grego e o matemático não aceitaram a narrativa e preferiram a realidade e a verdade. As transformações de uns causaram os maiores traumas da humanidade e as dos outros são eternas. Cada ser humano comum tem que fazer a opção segundo suas possibilidades genéticas e a faculdade de pensar. Tem gente que lê os quatro e não consegue identificar as diferenças.

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[Comentários divulgados na Folha de São Paulo online de 14/Nov/2020]

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