segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Não podemos nos dividir

Em relação ao texto “Resposta ao General Paulo Chagas”, em que a cidadã Carla Pola faz a apologia do Sr. Olavo de Carvalho e tece comentários de desaprovação aos militares que estão participando do processo politico, correndo o risco da incompreensão, exponho ...
Em uma interpretação histórica simples — com algum risco de cair na vala simplória e simplista —, John Locke é o grande precursor do liberalismo. Seu ideário foi potencializado nos tempos modernos por Adam Smith e desaguou no sistema prevalente na atualidade.
Thomas Hobbes é o precursor do autoritarismo e por consequência do socialismo. Seus herdeiros são sucessivamente Marx, Hegel, Lenin e Gramsci. Marx, um cidadão afetiva e economicamente desajustado, identificou com acerto as mazelas do capitalismo nascente e inicialmente, selvagem; propôs a solução com desajustes consentâneos com seu perfil deplorável, porém com bases aparentemente adequadas, de tal sorte que foi adotado por uma parcela expressiva de países e determinou a trajetória de uma metade de mundo durante quase um século.
No final do século passado, o liberalismo derrotou o socialismo marxista de forma fragorosa, com uma equação simples: proporcionar oportunidades de educação, saúde, liberdade e existência digna para a maioria da população aderente ao sistema social, político e econômico que hoje predomina.
O Brasil ainda está tentando sair da infância de sua evolução e por isso padece de uma espécie de indecisão objetal. Em 2018, ocorreu um grande ponto de inflexão, quando a população decidiu mudar a deplorável trajetória dos últimos 20 anos. Para isso, houve a contribuição de muitos militares e civis. Para ilustração apenas com aqueles que estavam próximos, testemunhamos, em maior ou menor intensidade, as ações desenvolvidas direta ou indiretamente pela Ten Cel Márcia, Cel Félix, Cel Marrafão, Cel Gurgel, Cel Gonçalves, Cel Vieira, Cel Blumm, Cel Paulo Roberto, Gen Paulo Chagas, Gen Mosqueira, Brig Gonçalves, Gen Ferreira, Gen Heleno e Gen Mourão; e pelo Dr. Testa, Dr. Kramer, Emb. Manuel Innocencio, Dr. Marcus Cintra, Dr. Marcelo Hermes, Dr. Antonio, Dr. Marcus Vinicius e Dr. Di Bello — para citar apenas alguns, e sob o risco de cometer a injustiça da omissão em relação a tantos outros.
A vitória do candidato Jair Bolsonaro e de seus correligionários nas eleições de outubro de 2018 representou um gigantesco e revolucionário salto na evolução política brasileira. Há a perspectiva de o Brasil resgatar a possibilidade de vir a se tornar um ator global, com a relevância proporcional às suas grandezas territorial, populacional e de recursos naturais. Para tanto, há que se considerar o próximo objetivo estratégico: a manutenção do poder nas eleições dos próximos quatro anos. Nesse sentido, algumas divisões como aquela escancarada no primeiro parágrafo deste texto não tem sentido e não satisfaz a possibilidade de embicar o país em direção à vanguarda aspirada, desejada e possível.
Ademais, não precisamos ter, do nosso lado, José Dirceu, Jean Willys ou Dilma Roussef, com o sinal trocado. Historicamente, vencemos o nazismo e o comunismo, ambos inspirados por Hobbes. Presentemente, encontramos o Norte que nos direciona para a satisfação dos interesses maiores da sociedade brasileira — por intermédio de um regime e sistema que associem o que há de melhor no liberalismo e no capitalismo.
Enfim, não podemos nos dividir. É imperioso olhar o objetivo estratégico — o afastamento definitivo da ameaça do socialismo que Gramsci reavivou em mentes obnubiladas — e continuar a firme e inabalável caminhada, à luz da tendência primacial colimada pelos seres pensantes: a busca da paz e da harmonia, alicerçadas na democracia; fundada esta na liberdade, verdade, coragem e ética.

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