O cientista Bolívar Lamounier, publicou no Estadão o artigo “Brasil, sociedade de castas”, onde afirma que “o que mais espanta é vermos a própria máquina do Estado configurar-se como um agravante das desigualdades”, e busca amparo em estudo do jurista Modesto Carvalhosa, para enfatizar “os inaceitáveis índices de desigualdade social afundando-se de vez numa desabrida sociedade de castas”.
Como virtude do artigo em tela, ressalte-se que há um objetivo inarredável e urgente de tratar desse problema, já que o Brasil se insere no universo dos países com uma elite dirigente que está entre as mais bem providas de recursos — não raro, extorquidos da sociedade — e um contingente populacional no patamar da mais abjeta insuficiência.
Entretanto, tudo indica que o Sr. Lamounier perdeu uma excelente oportunidade de mergulhar nas raízes do problema — a questão educacional e as lamentáveis ações de gestão dos personagens que, por vocação e opção, adotam o ideário esquerdista.
Em um imbróglio desconcertante, o Sr. Lamounier afirmou: "Os filhos de economistas e militares 'herdarão' a condição de casta dos pais".
Será que vão mesmo? Tomemos como referência um cidadão, escolhido ao acaso — acaso providencial — a quem se liga um conjunto de famílias entrelaçadas que se contrapõem à afirmação do ilustre cientista:
– a irmã pedagoga tem 3 filhos, sendo um advogado, uma advogada e um engenheiro;
– o irmão contabilista tem um filho empresário, um neto cursando arquitetura, outro neto cursando educação física e um terceiro neto candidato a engenharia da computação;
– o irmão engenheiro tem 3 filhas, cursando medicina, educação física e artes;
– o cunhado arquiteto tem um filho advogado e um candidato a se tornar médico; e
– o cunhado economista tem um filho fazendo design e outro educação física.
Será que a "herança" de castas não estaria, simplesmente, na histórica indigência do sistema educacional, potencializada pela equivocada gestão dos governos esquerdistas dos últimos 30 anos?
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[Divulgado no Facebook do Estadão em 22/09/2024] |
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[Divulgado no Estadão em 20/09/2024 |
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