domingo, 11 de julho de 2021

E a Copa do Mundo no Qatar?


A Copa América de 2021 estava programada para ser realizada na Argentina e na Colômbia. A crise da pandemia que afetava os portenhos e a crise social colombiana impediram sua realização naqueles países.

Depois de muita controvérsia, o evento foi sediado no Brasil. As duas equipes supostamente melhores qualificadas chegaram à final — por óbvio, as seleções brasileira e argentina.

Faço um parênteses. Costumo asseverar que há três tipos de craques no topo da pirâmide mundial e histórica do futebol. Aqueles que contribuíram para que a seleção nacional de seu país se sagrasse campeã do mundo — é o caso de Garrincha, Paolo Rossi, Zidane, Beckenbauer, Romário e Maradona. No segundo conjunto, estão aqueles que não lograram êxito em levar sua seleção ao título mundial — é o caso de Puskas, Cruyif, Zico, Cristiano Ronaldo e, naturalmente, Messi. E por último e supremamente relevante, o universo de um único integrante – o maior de todos, o inexcedível Pelé.

Voltando à Copa América, a final foi disputada no Maracanã. A Argentina venceu por 1 x 0, encerrando um jejum de títulos de mais de duas décadas. Pela primeira vez, o laureado craque Messi conquistou um título, ainda que regional, por sua seleção.

Em relação ao desempenho da seleção canarinha, preliminarmente, o técnico Tite misturou futebol e política, depois, esqueceu futebol e conduziu atuações medíocres — como as partidas contra o Equador e a Colômbia, ambas lamentáveis. Se a CBF tivesse comando e gestão, o cabra não permaneceria, com nepotismo, à frente do maior cargo esportivo do País. 

Pode até perder; a derrota é uma possibilidade. Andar e correr, ganhar e perder são componentes da condição humana. Mas, é imperioso correr após uma caminhada auspiciosa; e perder com a sensação de que a atuação foi uma vitória.

Perspectivas para a Copa do Mundo no Qatar em 2022? Sonhar para que os resultados da Copa do Mundo na Rússia e desta Copa América não se repitam.

Surpreendentemente, com alguma ênfase, o jornal New York Times noticiou a vitória argentina. Tentei levar aos leitores do jornal ianque minhas impressões sobre o decepcionante desempenho de nossa seleção.

The coach of the Brazilian team mixed soccer and politics, forgot football and had poor performances -- such as the matches against Ecuador and Colombia, both regrettable. If the Brazilian Football Confederation (CBF) had command and management, the coach would not remain, with nepotism, at the head of the biggest sporting position in the country — it is necessary not to forget that there is a former president of the CBF imprisoned in the United States for corruption. 

The human being can even lose; defeat is a possibility. Walking and running; winning and losing — those are components of the human condition. But it is imperative to run, subsequent to an auspicious walk; and lose with the feeling that the acting was a victory. 

Prospects for the World Cup in Qatar? To dream that the results of the World Cup in Russia and of this Copa America will not be repeated.

 

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[Divulgado no Estadão online de 11/Jul/2021]

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[Divulgado no Facebook do New York Times em 11/Jul/2021]

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 11/Jul/2021]

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[Divulgado no Correio Braziliense online de 11/Jul/2021]

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