quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Otimismo e esperança na Educação [1]


No atual contexto de profundas transformações da gestão federal brasileira, os cidadãos, contribuintes e eleitores devem direcionar suas curiosidades para alguns aspectos relevantes, dentro tantos outros que permeiam essa temática.
As funções cujos ministérios constituem o núcleo e a essência da Administração Pública são: Educação, Ciência & Tecnologia, Relações Exteriores, Casa Civil, Defesa, Segurança Institucional, Justiça, Saúde e Infraestrutura.
Restringindo-se a três áreas — Educação, Ciência & Tecnologia e Relações Exteriores — o delineamento do perfil dos ocupantes das pastas correlatas adquire relevância. A opção por essas áreas decorre do fato de que são aquelas que o escriba dessas mal traçadas linhas tem alguma familiaridade; e também porque as duas primeiras, se geridas adequadamente e com a mais elevada prioridade, podem determinar a transformação da sociedade e do País em um horizonte de longo prazo, digamos, 60 anos.
Para ser Ministro da Educação ou da Ciência & Tecnologia, há a conveniência de que o titular preencha os seguintes requisitos:
·     sólida base acadêmica (se não tiver doutorado, é imprescindível uma biografia com resultados comprovados dependentes de interação com universidades);
·     livros publicados (caso não os tenha, é imprescindível um histórico de conquistas científico-tecnológicas de valor nacional e internacional);
·     reconhecimento nacional e internacional, como educador ou cientista, no que mais couber;
·     inquestionável experiência em gestão pública associada com questões educacionais e científicas — entendendo-se experiência com os respectivos resultados alcançados;
·     vocação para interação com a comunidade acadêmica interna e externa (em particular com os reitores das universidades), com o Parlamento, com os governadores e secretários de Educação estaduais (requisito com ênfase para o Ministro da Educação) e com as grandes corporações nacionais.
Similarmente, para ser Ministro das Relações Exteriores, é desejável que o titular tenha:
·     sólida básica acadêmica, comprovada em teses e livros insuspeitos e livres de polêmica;
·     inequívoco equilíbrio em todas as manifestações orais ou escritas, cujo indicador prevalente é a reduzida, ou mesmo ausente, polêmica suscitada; e
·     trabalhos que caracterizem o candidato como solucionador de problemas internacionais complexos, delicados e impactantes.
Enfim, para corroborar a validade dessas opiniões, é imperioso observar com atenção o que os titulares dessas pastas farão pelo Brasil no mandato de 2019 a 2022. Com otimismo e esperança, espera-se muito daqueles que foram investidos nos elevados cargos.

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10 Abr 2019

Com menos de 100 dias de governo, o ministro da Educação Ricardo Velez Rodriguez, colombiano naturalizado brasileiro, foi demitido e substituído pelo secretário-executivo da Casa Civil, Abraham Weintraub.
Ao ministro demitido faltava experiência e capacidade mínima de gestão e a Educação entrou em processo de anomia.
Em relação ao novo ministro, há a suposição de que sobra-lhe experiência em gestão financeira, porém falta-lhe experiência, capacidade e resultados no campo educacional. 
Tomara que o superávit da primeira compense o déficit da segunda e a Educação ganhe rumo no novo governo. Embora provável, essa hipótese é excessivamente otimista.
A bem da verdade, a esperança prossegue, porém tímida e contida!

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