segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Os militares e o Poder


A imprensa divulgou que, na reunião com os ministros militares, em 2 de maio, o presidente Jair Bolsonaro cogitou de enviar tropas ao Supremo Tribunal Federal pelo fato de que os magistrados estavam passando dos limites em suas decisões e achincalhando sua autoridade. 

O jornal Estadão trouxe o artigo “Financial Times discute papel de militares no Brasil sob Bolsonaro”, em que o  jornal britânico questiona “Se o líder brasileiro decidisse ignorar uma decisão do Supremo Tribunal Federal, o que fariam as Forças Armadas?”

O jornal Financial Times acentua que em “três décadas desde o fim de uma violenta ditadura militar, as Forças Armadas mantiveram suas cabeças baixas e ofereceram forte apoio às instituições democráticas do País”; e que essa situação teria mudado depois da ascensão de Bolsonaro, eleito presidente em 2018, com a nomeação de um grande número de ex-militares para cargos importantes em seu governo.

Já a Folha de São Paulo, ecoando aquela possibilidade de intervenção no STF, apresentou as versões dos participantes da mencionada reunião, crivando-as com os estigma de contraditórias. O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, teria declarado que foram discutidos "aspectos relacionados ao enfrentamento da Covid-19"; o ministro do GSI, general Augusto Heleno, teria afirmado que foi tratada "a participação das Forças Armadas no combate ao desmatamento da Amazônia"; e o ministro da Casa Civil, general Braga Neto teria asseverado que a reunião versou sobre "assuntos institucionais afetos às atribuições dos órgãos ali representados". 

É inquestionável a intenção do jornal de desvalorizar e satanizar os ministros de origem militar.

Em face das reações de vários leitores, que tentaram contradizer minha mensagem divulgada no jornal, trepliquei com dois comentários adicionais.

Transformar país subdesenvolvido em país da linha de frente em menos de 50 anos (Coreia do Sul, Formosa, Cingapura, Israel ...), transformar a 43a. economia do mundo em uma das 10 primeiras (Brasil), só com os militares à frente. A História não contempla alternativa. Ademais, Forças Armadas de Primeiro Mundo em País de Enésimo Mundo é um paradoxo insolúvel. Dói, incomoda, gera agressões, ofensas, mas não aparece um argumento, uma ideia. O macaco rumina: esse humanos são de amargar. Fazer o que?

 

Surpresa! Não houve ofensas. Argumentos, também não. No livro "Da imitação à inovação", sobre a Coreia, constata-se que, agindo em educação, em empreendimento e no combate à corrupção, na década de 1960, o chefe de Governo sul-coreano, militar, transformou aquele País. Na biografia de Ben Gurion, também militar, constata-se que a primeira medida adotada após a criação de Israel, em 1949, foi escolher meia dúzia de talentos para estudar na Europa e EUA e levar a cultura do empreendimento (especialmente em educação) para o país recém-criado. Aqui, corruptos de volta ao presídio é um bom começo.

 

Claro, a solução é a democracia. Porém, leva alguns séculos — é o que ensina a história do Reino Unido, França, Alemanha et al. E, como agravante, não pode ser empreendida por corruPTos e seus apoiadores. É por isso, que a eleição presidencial de 2022 está decidida pelo povo, que continuará não aguentando o que fizeram com o País. Para consertar os efeitos da maior crise da História, serão necessários uns 30 anos. Pensar é maior faculdade do bípede. O macaco vai ruminar: esses humanos ainda aprenderão!

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[Comentários divulgados no Estadão e na Folha de São Paulo online de 10/Ago/2020]

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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Perspectiva para 2022

Um grupo de artistas e intelectuais assinaram manifesto em apoio a candidatura de Boulos, pelo PSol, em São Paulo e com críticas a Bolsonaro e ao PSDB. Entre os signatários, estão Caetano, Chico, contumazes defensores de ditaduras, e notórios ex-petistas. A conclusão do comentário, contém um antídoto a grosserias e agressões. 

Esse apoio tem consequências importantes. Ninguém deve esquecer: apoio a corruPTos ou a seus correligionários, apoio a ditaduras hediondas, apoio a condenados por crimes contra a sociedade e contra a humanidade e outros malfeitos geram a consolidação da tendência conjuntural. Então, o reduzido número de votos de Boulos, constatado em 2020, vai diminuir mais ainda. Inquestionavelmente, em 2022, os brasileiros manterão a transformação iniciada em 2018. Observem as reações grosseiras de adePTos, que validam a tese ora exposta!

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[Comentário divulgado na Folha de São Paulo de 6/Ago/2020]

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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Vitupério e censura

Em alguma matéria da Folha de São Paulo — cujo título e assunto não me recordo e não consegui acessar e recuperar, mas que seguramente vitupera o governo atual — tentei postar um comentário severamente crítico — foi recusado pelo jornal. Tentei postar uma reclamação, que curiosamente foi acolhida. Uma leitora respondeu de forma indignada, sem contudo utilizar ofensa ou agressão. Provavelmente, ela se atribui a condição de socialista e se sentiu atingida porque caracterizei de forma igualmente nefasta o o nacional-socialismo (nazismo) e o socialismo real (comunismo). Complementei o comentário, conforme exposto a seguir.

 

A Folha de São Paulo está exercendo a censura por opinião contrária ao pensamento dominante na cachola de seus dirigentes, capangas e demais assalariados. Essa é uma atitude típica do nacional-socialismo e do socialismo real, fonte intelectual (sic) dos censores de plantão. Leram muito Hobbes, Marx, Gramsci e como não leram os contrários, alimentaram apenas uma metade do cérebro. Aí a interpretação fica prejudicada. Essa turma precisa ser treinada. Estímulo à faculdade de pensar não adianta.

 

Ah, é para pensar? Aí vem 2026 e, para alguns, 2030. O curto prazo já se foi, está resolvido. Uma estratégia é pensar no longo prazo. Para não dramatizar muito, é bom lembrar que a situação de qualquer sociedade ou País pode se aprumar num período maior do que 30 anos (prazo em que os corruPTos afundaram o País). Os chineses que sorriem muito mas não brincam preferem se planejar para 50 a 100 anos à frente. As crianças precisam muito. Essencial: cuidar da saúde! 

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 3/Ago/2020]

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sexta-feira, 31 de julho de 2020

CorruPTo não inventa, faz



Em entrevista à AFP, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse acreditar que o atual presidente, Jair Bolsonaro, inventou o diagnóstico de covid-19 para promover a hidroxicloroquina.

Além disso, Lula questionou a relação de Bolsonaro com o presidente Donald Trump. Ele afirmou que “nunca viu em sua vida uma dependência e uma servidão como a que Bolsonaro tem nos Estados Unidos. É uma vergonha para quem se sente patriota; é uma vergonha para quem ama o seu país um presidente subordinar um país do tamanho do Brasil aos interesses americanos.”

Há evidentemente a necessidade de compreensão para o desatino de Lula. O longo confinamento a que ele se submeteu, subtraiu-lhe uma parcela da pouca capacidade de emitir juízo crítico. Seu isolamento foi iniciado em Curitiba, pelos milhões que ele de verdade — sem nenhuma invenção, sem nenhum fingimento — retirou do povo brasileiro. Depois, surgiu a pandemia do Covid-19, que ocasionou o prosseguimento da condição confinada, que lamentavelmente, parece ser parte de seu destino.  

Analisando com cuidado e prudência as declarações desse cidadão condenado pelas garras do Estado Democrático de Direito, constata-se que dependência e servidão são suas especialidades, uma vez que sua experiência de ajoelhamento diante de figuras como Fidel Castro, Hugo Chaves e Maduro o colocam com autoridade inequívoca para tratar do tema. 

Quanto à acusação ao presidente da República de inventar que está infeccionado pelo Covid-19, trata-se de outra vivência inexcedível de Lula. Ele nunca inventou, nunca fingiu! Ela não inventou que é corruPTo. Ele não fingiu que é presidiário. Ele não inventou que atribuiu à família os malfeitos do sítio. Ele não fingiu que tornou os filhos milionários com recursos públicos. Ele não inventou que criou o Foro de São Paulo. Ele não inventou nada disso; ele fez tudo de verdade!

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[Comentário divulgado na Folha de São Paulo online de 31/Jul/2020]

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[Comentário divulgado no Twitter em 31/Jul/2020]

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É difícil aceitar a transformação


A jornalista Mariliz Pereira Jorge divulgou o artigo “É difícil ser bolsonarista” (Folha de São Paulo de 29 de julho), no qual tece uma série de comentários com críticas acerbas ao Governo federal — inclusive atribuindo-lhe responsabilidades pelas quase 100.000 mortes no País, causadas pelo coronavírus, e também pela defesa do medicamento hidroxicloroquina.

Adicionalmente, a colunista condena aqueles que pensam e agem para que o Brasil encontre o rumo consentâneo com crenças e valores voltados para o bem do ser humano e naturalmente de todos os brasileiros. 

Ser contra, discordar, opor-se a outrem é legítimo, porém ofender aqueles dos quais discordam é inaceitável. Em uma série de comentários não necessariamente conectados logicamente, expressei meu pensamento.

Pelo padrão da crônica, constata-se quão difícil é pensar (sic) e escrever sobre a derrota singular dos corruPTos brasileiros; sobre dois anos sem corrupção; sobre avanços impensáveis na infraestrutura em situação de crise; em atribuir ao governo a crise da pandemia que afeta de forma terrível toda a Humanidade; em negar que a hidroxicloroquina salva quando tomada nos primeiros dias da doença; em apoiar estudos fraudados que negam a eficácia da hidroxicloroquina. Convenhamos, é muito difícil.

 

Queiram notar que a maioria das pessoas que pereceram de Covid-19 se infectaram em casa no isolamento imposto sem a devida orientação. Portanto, a responsabilidade por pelo menos 77% das mortes é dos governos estaduais. Senão vejamos: São Paulo - 17.118; Rio de Janeiro - 11.115; Ceará -6.741; Pará - 5.409; Pernambuco - 5.196; Amazonas - 2.985; Maranhão - 2.357; Bahia - 2.328 [Dados a serem atualizados. É certo que os novos dados são proporcionais a estes]. Não por acaso, os dados são de estados que se opõem ao governo federal. É difícil ser adepPTo dessa turma.

 

Raiva, ódio e Sars-Cov-2 são prejudiciais à saúde. Portanto, tenham cuidado! COvid-19 e COrruPTos são prejudiciais. Embora o poeta J. Donne (séc. XVII) tenha afirmado que quando alguém se vai, uma parte de cada um de nós vai junto, quando milhões (jovens e velhos) vão embora por falta de recursos desviados da Saúde e Educação pela corrupção, uma parte de cada um de nós vai junto milhões de vezes. Que tal se ao invés de agredir, pensar e argumentar? As agressões revelam o interior de cada agressor. Revelem-se.

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[Comentários divulgados pela Folha de São Paulo de 30 e 31/Jul/2020]

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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Indagações impertinentes

As sucessão no Parlamento envolvendo o Rodrigo Maia e o David Alcolumbre, bem como as eleições municipais do corrente ano podem ser um ponto de inflexão. Afinal, serão termômetros para o que ocorrerá daqui a dois anos.

 Desafiar a classe política é essencial. Antes, havia um enorme pessimismo com a reação dessa turma. Com o resultado do pleito de 2018 — uma impensável virada de mesa —, a atenção, o cuidado e o temor deles foram muito aguçados. 

É a oportunidade dos cidadãos.

Indagações de quem só sabe que nada sabe:

(i) o Maia já resolveu os problemas com a Odebrecht? 

(ii) o Mandetta já resolveu os problemas com a Justiça de MS? 

(iii) o pessoal que tomou hidroxicloroquina e se curou, está errado e tem que ficar em silêncio? 

(iv) quem se isolou e não tem comida deve sair de casa? 

(v) quem não se isolou e não tem emprego deve voltar pra casa? 

(vi) os que apoiam e defendem presidiários que foram desenjaulados devem continuar insistindo na liberdade de seus bandidos favoritos e a volta da corrupção? 

(vii) e quem quer a democracia, deve falar com o Sócrates?

 

Em 2022 tem Copa do Mundo e eleição presidencial. Depois vem 2026 e, para alguns, 2030. O curto prazo já se foi, está resolvido. Uma boa estratégia é pensar no médio ou talvez no longo prazo. 

Para não dramatizar muito, é bom lembrar que a situação de qualquer sociedade ou País se apruma no período que medeia entre 30 e 60 anos. Os chineses que sorriem muito mas não brincam preferem se planejar para 50 a 100 anos à frente. 

Será que algum político ou aficionado da práxis correlata quer saber disso? Pelo menos, as crianças querem e merecem.

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[Comentários divulgados no Estadão online de 29/Jul/2020]

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Maior obra de infraestrutura do Brasil



Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) - Esta via ferrovia interligará as cidades de Ilhéus (na Bahia) a Figueirópolis (no Tocantins), onde fará a conexão com a Ferrovia Norte-Sul. 

A Ferrovia Norte-Sul (EF-151)

Vai interligar as principais malhas ferroviárias das cinco regiões do país. 

Quando concluída, possuirá a extensão de 4.155 quilômetros.

Cortará os estados de ParáMaranhãoTocantinsGoiásMinas GeraisSão PauloMato Grosso do SulParanáSanta Catarina e Rio Grande do Sul, conectando os extremos do país.

 

A FIOL contemplará 1.527 km de extensão e estabelecerá comunicação entre Ilhéus, Caetité, Barreiras e São Desidério, cruzando o estado da Bahia até chegar a Figueiropólis, no Tocantins. Seu traçado passará por 64 municípios, sendo 46 somente na Bahia.

A construção da ferrovia foi dividida em duas etapas, cujas descrições são apresentadas a seguir.

1a. Etapa (7 Lotes)

     L 1F – Ilhéus-Itagibá .............................. – 125 Km;

     L 2F – Itagibá-Jequié ............................. – 117,9 Km;

     L 3F – Jequié-Tanhaçu .......................... – 115,36 Km;

     L 4F – Tanhaçu-Caitité ......................... – 178,28 Km;

     L 5F – Caitité-Rio São Francisco .......... – 164,94 Km;

     L 5Fa – Ponte s/Rio São Francisco ....... –      2,9 Km;

     L 6F – Rio São Francisco-Correntina ... – 159,31 Km;

     L 7F – Correntina-São Deusidério ........ – 161,12 Km;

2a. Etapa (1 Lote)

     L 8F – São Deusidério-Figueirópolis .... – 502,19 Km.

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https://youtu.be/g8O93RFV82s