domingo, 16 de junho de 2019

Desinformação e má-fé


Em sua campanha contrária ao governo federal, o jornal Estadão mostra coerência como o posicionamento adotado ao longo da campanha presidencial de 2018, quando colocou seus principais colaboradores bem como os redatores dos editoriais para provar para os leitores que o candidato não triunfaria. Naturalmente erraram.
Na editorial “Desinformação e má-fé”, dados oriundos das universidades são utilizados para embasar o raciocínio e tentar desautorizar o presidente da República e o ministro da Educação, por asseverarem que as universidades públicas são improdutivas e por desqualificarem a importância da autonomia universitária. O título do artigo é emblemático, antecipa opinião no mínimo controversa e deve ser objeto de questionamento, o que tentei em mensagem curta mas contundente.

O Estado de São Paulo
Prezado Senhor,
Armando Sales e Júlio de Mesquita Filho, ícones da fundação da USP não ficaram satisfeitos com os dados e juízos divulgados no editorial “Desinformação e má-fé” (A3 Estadão de 15 de junho). 
Afinal de contas, foi ignorado que — segundo o professor Marcelo Hermes, da UNB, citando o insuspeito e respeitadíssimo Leiden Ranking — a produtividade científica de universidades colocam a primeira universidade brasileira, a UFSc, em 710º lugar, no mundo; e a segunda, a USP, em 780º.  Ademais, no mesmo critério, as 21 melhores universidades brasileiras estão colocadas entre as posições 710º e 990º dentre as mais produtivas do globo. 
Citar apenas os dados da FAPESP e das próprias universidades, como fez o editorialista, é atestado de virtuosismo ou desinformação e má-fé em estado puro?
Atenciosamente,
ARS


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