quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Um militar no Ministério da Defesa


O editorial do Estadão de 14/11/2018, intitulado “O Ministério da Defesa”, traz uma série de asserções inequivocamente questionáveis, especialmente quando declara que “Jair Bolsonaro, portanto, fez uma opção equivocada, deixando de devolver às mãos de um civil o comando do Ministério da Defesa ...”e conclui que [ele] “perdeu uma importante oportunidade de asseverar o vigor que o Estado Democrático de Direito terá no curso de seu mandato.”

A considerar essa míope opinião de que um militar não deve ocupar o Ministério da Defesa do Brasil, teríamos que nos posicionar contra o General Eisenhower na condição de presidente dos Estados Unidos, o Almirante Churchill (inicialmente, cadete de cavalaria da Real Academia Militar de Sandhurst) como Primeiro Ministro britânico e o General Charles De Gaulle como Presidente da França. 

E ainda nos Estados Unidos deveríamos nos opor à designação do General Alexander Haig,  General Colin Powel,  Capitão George Shultz,  Tenente Cyrus Vance e  Tenente John Kerry, para o cargo de Secretário de Estado (Relações Exteriores); do 
General George Marshall, General James Mattis, Tenente Coronel Robert McNamara e Sargento Chuck Hagel  para o cargo de Secretário de Defesa; e ainda do cientista Ashton Carter e  engenheiro e matemático James Perry também para o cargo de Secretário de Defesa. 

Miopia incurável!

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[Divulgado no campo 'Comentários', contíguo ao artigo, no blog BR18/Estadão de 14/11/2018]

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