sexta-feira, 24 de julho de 2020

Corrupção e corruptos

O candidato petista Fernando Haddad, derrotado no pleito presidencial de 2018, publicou na Folha de São Paulo, o artigo “Nordeste”, em que faz a apologia da administração de seu partido para aquela região tão apreciada pelos brasileiros em geral, mas tão desafortunada em relação à classe política, especialmente, a que esteve no poder de 2000 a 2018.

A cantilena do malfadado líder petista em favor da gestão de sua agremiação partidária equivale à apologia da corrupção, do malfeito e da maior crise social, política e econômica da história, em que o País esteve mergulhado por suas ações e graças. 

 

A corrupção praticada pelos corruPTos daria para resolver uma boa parcela dos problemas do Nordeste. Com os recursos desviados do Nordeste, o caboclo queria dividir-se entre o tríplex na praia e o sítio de Atibaia. O que o capataz ignorou em seu texto é o aprendizado dos nordestinos: é possível governar sem corrupção. Faltou dizer também que a troca do tríplex e do sítio [empreendida por Lula, o maior corrupto da história] pela cela da penitenciária foi o anúncio de um novo tempo. Está lançada a disputa presidencial de 2026.

___________________

###################


[Divulgado na Folha de São Paulo online de 3/Ago/2020]

___________________

###################

 

Atualização da Política Nacional de Defesa


No artigo “Governo aponta risco de conflito na América do Sul” (Estadão de 16/Jul/2020), os jornalistas Tânia Monteiro e Vinícius Valfré, noticiam de forma ampla, construtiva e eficaz a atualização da Política Nacional de Defesa, a ser submetida pelo Ministério da Defesa ao Presidente da República, que em seguida a encaminhará para o Congresso Nacional.
Na matéria em tela, são destacados os pontos sensíveis que justificam a atualização da PND: riscos e prioridade para a Amazônia, crises nos países vizinhos (em particular, na Venezuela), riscos para o Atlântico Sul (possibilidade de derramamento de petróleo, como o ocorrido na costa do Nordeste; e exploração de petróleo do pré-sal) e mudanças climáticas e pandemias.
Na seção de comentários, vários leitores fazem críticas às Forças Armadas, sob o argumento de que os gastos com defesa seriam excessivos e danosos à sociedade. Evidentemente, qualquer comparação com os países da América do Sul é prejudicada se não levar em conta a proporção orçamento de defesa versus condição de país continental. Vale dizer, o Brasil se vê na contingência de ter seu orçamento majorado na proporção de suas dimensões estratégicas, cujos indicadores primaciais são o território, a população e os recursos naturais. 
As invictas e imorredouras Forças Armadas brasileiras são a instituição com maior apoio do povo brasileiro. As vitórias contra os holandeses em 1648 e todas as demais até o presente (inclusive contra nazistas e comunistas), bem como o Braço Forte e a Mão Amiga — com ações, na atualidade, no Nordeste, na Amazônia e em todos os pontos do território nacional — justificam esse reconhecimento. Alguns de seus críticos defendem corruptos, presidiários e as habituais e nefastas organizações criminosas. É compreensível!
Meu comentário gerou réplica. Assim, afora uma crítica desarrazoada ao presidente da República, um leitor assevera que o ministro Gilmar Mendes “acertou na mosca”.
Acertou? Tudo o que ele falar tem que ser lido de acordo com o que o ministro Roberto Barroso declarou-lhe, cara a cara, em sessão plenária do STF: “V. Exa. nos envergonha. V. Exa. é uma desonra para o Tribunal; uma desonra para todos nós. Um temperamento agressivo, grosseiro, rude! V. Exa. sozinho desmoraliza o Tribunal. É muito ruim. ... Está sempre atrás de algum interesse que não é o da Justiça. Uma coisa horrorosa, uma vergonha, um constrangimento! Uma coisa horrível!”. QUALQUER bandido eu dispenso. Quem quiser, abrace-o como favorito.
Nova réplica! Esquivando-se de ter favorito, outro leitor declara ser cômico que “um governo tão ruim” possa, dessa forma, resgatar a reputação do ministro Gilmar Mendes.
Governo ruim? Um ano, 6 meses e 23 dias sem corrupção; ONGs, mídia e políticos esbravejando pela falta de recursos concedidos em detrimento da população; as obras de infraestrutura sendo tocadas e concluídas de forma eficaz e oportuna (estradas, ferrovias, água para o Nordeste etc); recursos para Estados e municípios combaterem a pandemia (e a PF prendendo os ladrões aproveitadores); a agricultura potencializada e garantindo a alimentação do Brasil e do mundo; parlamentares, magistrados e formadores de opinião falhando na tentativa de afastar o presidente; e os opositores chorando de raiva!

Guardem as lágrimas. Elas serão imprescindíveis em 2022. Quem quiser viver verá.
__________________
##################

[Comentários divulgados no Estadão online de 16 e 24/Jul/2020, respectivamente]
__________________
##################

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Indicação de ministros para o STF - I

O editorial “Ainda a sucessão no STF” (Estadão de 23 de julho), trata de questões pertinentes ao processo de indicação e investidura do cargo de ministro da Suprema Corte, e conclui mencionando iniciativas nos meio jurídicos e forenses “para pressionar o Senado a cumprir seu papel, arguindo com rigor o nome que Bolsonaro indicar para substituí-lo [ministro Celso de Mello]”. Seria uma estratégia inteligente “para tentar preservar a independência e a credibilidade do STF — e, por consequência, da própria democracia.” 
Ora, ora, o articulista aprendiz de sábio feiticeiro se esquece do histórico que balizou as investiduras de ministros do Supremo brasileiro nos últimos 20 anos.
Ficha limpa, notório saber jurídico, ilibada conduta e imparcialidade são a hidroxicloroquina de políticos e magistrados e formadores de opinião. Valem ou não?
Condenados em Curitiba e alhures devem ser alijados do pleito de 2022. 
E a propósito das lições do principal jornal do País — eivadas de parcialidade em relação à atual conjuntura — presume-se que advogados reprovados em concurso para juiz, bem como defensores de organizações criminosas como o PCC não sejam mais indicados para o Judiciário. 
Espera-se que órgãos de mídia não compactuem com esse tipo de práxis política de enésimo mundo. Os cidadãos exigem que políticos, magistrados e formadores de opinião atuem com dignidade.
_______________
###############
[Comentário divulgado no Estadão online de 23/Jul/2020]
_______________
###############

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Sempre a Amazônia

Pela permanente relevância do tema — com ênfase para a atual conjuntura — transcrevo a crônica “Não Foi o Mordomo ...”, do Gen Ex Carlos Alberto Pinto Silva, publicada na revista Defesa Net em 20/Jul/2020. 
Com base em minha experiência de 4 anos de trabalho na Amazônia — com a execução de obras, presencialmente, nas fronteiras da Venezuela, Colômbia e Peru, de 1981 a 1984 — permito-me asseverar que as informações transmitidas pelo qualificado articulista devem ser de conhecimento de todos os brasileiros de boa vontade e comprometidos em deixar para as próximas gerações um País melhor do que o atual.
____________________
Não Foi o Mordomo. Foi o Candidato a Presidente pelo Partido Democrata dos Estados Unidos
Gen Ex Carlos Alberto Pinto Silva
################
1.  Chegando ao suspeito


“Em entrevista, Joe Biden, vice-presidente no governo Barack Obama e candidato, pelo Partido Democrata, à presidência dos EUA em 2020, alerta Bolsonaro que 'reunirá o mundo' para garantir a proteção da Amazônia” [2]
Não é o primeiro e nem será o último político do Partido Democrata dos Estados Unidos a se referir ao assunto demonstrando desconhecimento em relação ao Brasil e suas autoridades, à Amazônia e à capacidade de reação do povo brasileiro e das suas Forças Armadas.
O assunto não é novo para os “Democratas” [3]Uma comissão de senadores americanos, entre eles Albert Gore, no final de 1988 esteve em Rondônia e no Acre para manifestar sua revolta no caso do assassinato do líder sindical Chico Mendes; o Secretário de Estado Warren Christopher, do primeiro mandato do Presidente Clinton, foi enfático ao colocar os assuntos do meio ambiente: 
“Na prioridade da política externa americana. Na sua condução usaremos, naturalmente nossa diplomacia apoiada em fortes forças militares”.
Warren Christopher não foi uma voz isolada, o general Patrick [9], da Inteligência Americana, declarou: 
“Se os brasileiros devastarem e queimarem a floresta amazônica, afetando os nossos interesses, temos o direito de intervir”.
Mais recentemente o presidente do Comitê de Assuntos Tributários (“Ways and Means), Richard E. Neal, e outros deputados do Partido Democrata desse órgão expressaram em três de junho de 2020 sua “forte oposição” a que os Estados Unidos expandam sua parceria econômica com o Brasil “sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro” [4].

2.  Ausência de legitimidade
Pode um governo do Partido Democrata dos Estados Unidos querer criminalizar o governo do Brasil em relação ao cuidado com o meio ambiente?
Penso que não. 
- O gás extraído do xisto está transformando a produção de energia nos Estados Unidos e poderá tornar o país autossuficiente. A novidade significa uma revolução econômica e política, mas traz consequências perigosas ao meio ambiente e protestos no mundo todo [5].
- “Os três países que mais emitem dióxido de carbono são também os mais populosos do mundo: China, Índia e os Estados Unidos da América (EUA).Historicamente, os EUA lideram a lista dos países que mais poluíram ao longo do tempo, a China assumiu a ponta das emissões anuais totais a partir de 2006 e a Índia passou a ter as maiores taxas de crescimento das emissões na atual década”[6]
- Donald Trump anuncia que os Estados Unidos abandonarão o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas em 1 de junho de 2017.

3. A ameaça do Smart Power
É interessante fazer breves comentários sobre a “Doutrina Hillary Clinton”, denominação à práticas e políticas adotadas por Hillary Clinton  durante seu período como Secretária de Estado dos Estados Unidos e expoente do Partido Democrata dos EUA, Smart Power, Poder Inteligente (PI), em relação ao alerta de Joe Biden ao Presidente Bolsonaro, para entender o que pode se passar com o Brasil.
Essa Doutrina permitiu usar, contra o Irã, todos os elementos do Poder Nacional dos EUA em uníssono. Significou escolher a combinação certa de instrumentos diplomáticos, econômicos, militares, políticos, jurídicos e culturais para cada situação.  
Ela foi utilizada para reduzir vendas de petróleo iraniano (Área de energia), instrumentos financeiros e parcerias do setor privado para impor sanções rigorosas e excluir o Irã da economia global e, ainda, usou a mídia social para comunicação diretamente com o povo, e empregou  ferramentas de alta tecnologia para ajudar aos dissidentes a escapar da repressão governamental.
Se eleito, o político do Partido Democrata que não quer o Brasil como "Aliado preferencial extra Otan", e tem a intenção de 
“reunir o mundo, contra o Brasil, para garantir a proteção da Amazônia”, 
torna-se prioritário que o Brasil procure outros parceiros.
Caberá, ao Brasil, por imposição de uma super potência, defender a saúde climática do mundo poupando sua floresta de queimar e emitir CO2? Caso contrário, os donos do mundo podem fazer valer sua “diplomacia apoiada por fortes forças militares” [7]?

4. Conclusão
A defesa da Amazônia, bem como de todo o território nacional, exige, mais do que capacidade do Poder Militar. O quadro atual das Novas Ameaças Multidimensionais, da existência de uma Superpotência Hegemônica, não pode ser enfrentado e explicado à luz do pensamento político e militar ortodoxo. É um novo campo de batalha, de modo que é preciso afastar o foco do conflito do domínio da arte da guerra convencional, e isso pode ser feito ampliando o espectro do conflito, para incluir vários elementos do Poder Nacional.
_________________
[1] Carlos Alberto Pinto Silva / General de Exército da reserva / Ex-comandante do Comando Militar do Oeste, do Comando Militar do Sul, do Comando de Operações Terrestres, Ex-comandante do 2º BIS e da 17ª Bda Inf Sl, Chefe do EM do CMA, Membro da Academia de Defesa e do CEBRES.
[5]  Por Eduardo Araia - A revolução do xisto. Bom para a economia, péssimo para o meio ambiente.  Link: https://www.brasil247.com/oasis/a-revolucao-do-xisto-bom-para-a-economia-pessimo-para-o-meio-ambiente

################

terça-feira, 21 de julho de 2020

Eleição de 2026


Um colunista do Globo divulgou artigo em que inventa uma sequência de vantagens financeiras concedidas para os militares pelo Governo Bolsonaro. Como o contracheque dos integrantes das Forças Armadas não reflete essas informações, infere-se que o jornalista faz parte do Gabinete do Ódio que corre o risco de perder o emprego por falta de recursos públicos concedidos para os órgãos de imprensa de forma não republicana — o que era a regra em governos anteriores.
Adicionalmente, no que concerne às vantagens supostamente oferecidas para os militares, um leitor afirmou que o Brasil da atualidade é comparável à Venezuela de Maduro.
Os jornalistas estão cada vez mais agressivos. Antes não se importavam com as tramoias bilionárias. Agora, corrupção que os beneficiava murchou. As verbas federais fartas acabaram. O risco do desemprego os condiciona. As agressões aumentarão. Alguns se tornarão macabros. Quatro anos são insuficientes. É preciso mais tempo para depurar. Aguardem.

Nicolas Maduro se inspira em Che Guevara, Fidel Castro, Pol Tot, Beria, Goebels e outros; e por isso ele está sendo muito bem sucedido: os venezuelanos fogem ou morrem. A comparação [do governo brasileiro à administração de Maduro da Venezuela] é de algum admirador dessa turma. Nesse sentido, para admirados e admiradores, a comparação está certa! Resta-lhes lançar um candidato à Presidência para 2026 e preparar-se para perder pela 3a. vez consecutiva.
_______________
###############
[Comentários publicados no Globo online de 21/Jul/2020]
_______________
###############

A OAB e a vanguarda do atraso



Em artigo divulgado no portal Yahoo, a colunista Mônica Bérgamo mostra que o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, move campanha contra a reforma tributária proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. 
Há uma enorme incompreensão das razões pelas quais a direção de uma instituição com a relevância do órgão representante dos advogados pertença a uma corrente político-ideológica falida e derrotada ao longo da história. A incompreensão chega ao paroxismo dado que a direção da OAB e uma expressiva parcela de seus afiliados defende o caos vigente na Venezuela, em Cuba e na Coreia do Norte — resultante da nefasta ausência das liberdades de expressão, de ir e vir e de atuação política nos moldes civilizacionais do Ocidente.
Quem idolatra Beria, Pol Tot, Che Guevara e outros hediondos personagens do submundo da história tem que ser contra as transformações que atingem as respectivas formas de pensar (sic), opinar e agir. Até aí, tudo bem.
Agora, ter milhares de adeptos, defensores e apoiadores caracteriza a falência da busca da paz, da harmonia, sob a égide da liberdade, verdade e ética — claro, apenas para a percepção e visão deles.
________________
################
[Comentário divulgado no site Yahoo em 21/Jul/2020]
________________
################

domingo, 19 de julho de 2020

Ética e cultura


        Quem acompanha o jornal Estadão há muito tempo tem vivenciado o privilégio do estímulo à reflexão oriundo das crônicas do Sr. Roberto Romano. A impressão arrebanhada nessa travessia dão conta de que se trata de um dos mais cultos e éticos professores doutores da nacionalidade. Seu livro “Razões de Estado e outros estados da razão” é uma confirmação dessa assertiva. Entretanto ao analisar, no artigo “O peso ético do termo ‘leviano’ ” (Espaço Aberto, Estadão de 19 de julho), a nota expedida pelos comandantes militares sobre o Sr. Gilmar Mendes, entre outros aspectos, o Sr. Romano formulou uma severa reprimenda à utilização da expressão leviana no texto oriundo do meio castrense. 
        Será que houve um momento de disrupção cognitiva que levou o Sr. Romano a esquecer e ignorar o emprego criminoso da palavra genocídio pelo ministro Mendes, em relação à ação das Forças Armadas no combate à pandemia do coronavírus? E a ignorar os erros cometido pelo então ministro Mandetta no início de sua atuação (no viés das graves acusações que contra ele pesam na justiça de Mato Grosso do Sul)? E a esquecer que o Governo Bolsonaro decretou os perigos da pandemia no início de fevereiro, portanto antes do Carnaval, o que foi ignorado sobretudo em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Manaus? 
        Será que houve um apagão ético que o levou a esquecer que o ministro J. Barbosa afirmou em sessão plenária do STF que o Sr. Mendes “estava destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro”; e que o ministro R. Barroso asseverou também naquela egrégia Corte que o Sr. Mendes “... é uma pessoa horrível. Uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia. ... [Vossa Excelência] é uma desonra para o Tribunal; ... sozinho desmoraliza o Tribunal.”?
        Será que para o Sr. Romano vale a asserção de Brecht de que certos humanos “tem de poder lutar e não lutar; dizer a verdade e não dizer a verdade; prestar serviços e negar serviços; manter a palavra e não cumprir a palavra; enfrentar o perigo e evitar o perigo; identificar-se e não identificar-se”? E acrescento: ser ético e não ser ético; ser culto e empregar a cultura para fins não nobres? 
_________________
#################
[Divulgado nos comentários do Estadão online de 19/Jul/2020]
_________________
#################
[Divulgado no Fórum de Leitores do Estadão online de 21/Jul/2020]
_________________
#################