terça-feira, 5 de maio de 2020

Produtores de anomia


O ano de 2020 começou com a pandemia do coronavírus, surgida no final do ano passado na China e, nesta altura do corrente ano, espalhada por todos os continentes; constituindo-se na maior crise social, econômica e, especialmente do campo da saúde, da existência da maioria das pessoas, incluídas aquelas que já ultrapassaram 80 anos.
A administração federal resultante das eleições presidenciais de outubro de 2018, no Brasil, constituiu-se em uma esperançosa tentativa de alterar as práticas políticas de nosso País, com o abandono do chamado “toma-lá-da-cá” nas relações do Poder Executivo com o Parlamento, com interações em bases não republicanas; bem como com a redução — senão completa mas muito próxima da redução total — da corrupção na gestão pública.
Imerso na crise da pandemia, a gestão federal tornou-se mais complexa, difícil e desafiadora. Dentre os desafios a enfrentar podem ser ressaltados: a interferência do Supremo Tribunal Federal na esfera de atribuição do Poder Executivo; e a ação do Parlamento para inviabilizar e neutralizar a ação presidencial no cumprimento das promessas feitas durante a campanha eleitoral.
Nesse contexto, indignação e ironia são pertinentes e necessárias.
A propósito, há pessoas que são igual ao Covid-19, isto é, à medida que o tempo passa pioram. 
São ilustrações emblemáticas: os presidentes da Câmara de Deputados acusados de corrupção (nessa condição estão dez dentre os últimos onze titulares da Câmara); os integrantes da Justiça que proferem decisões, que se adotados por ocasião da indicação para o cargo que ocupam, seriam impedidos de sua própria investidura (vale para aqueles cuja indicação resulta de amizade com o respectivo Presidente da República, em associação com a indigência de saber jurídico e deficiência de ilibada conduta); e os presidiários que foram indevidamente libertados (como os presidiários que se notabilizaram pelo encarceramento em Curitiba). 
Interessante, não citei qualquer nome, mas todos os leitores identificam de imediato os respectivos personagens. 
Ah, já ia me esquecendo, os adeptos dos produtores de anomia também estão no universo da virulência.
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[Mensagem divulgada no Estadão online de 5/Mai/2020]
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[Mensagem divulgada no Estadão online de 5/Mai/2020]
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[Mensagem divulgada no Globo online de 5/Mai/2020]
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[Mensagem divulgada no Correio Braziliense online de 5/Mai/2020]
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