segunda-feira, 25 de maio de 2020

Abordagem sobre a pandemia do coronavírus


Compartilho este relato por considerá-lo bastante adequado, especialmente porque evidencia a situação de uma expressiva parcela de cidadãos médios no âmbito da pirâmide social. 
É oportuno lembrar que há outra expressiva parcela da população que não pode se submeter ao isolamento horizontal. Afinal de contas, muitas dessas pessoas precisam trabalhar para manter a possibilidade de sobrevivência, especialmente no tocante às despesas com alimentação, medicamento e transporte.
Trabalhei no Centro Tecnológico do Exército, uma organização de Ciência & Tecnologia que, com algum apoio da USP, UNICAMP e UFRJ, pesquisou, desenvolveu e produziu objetos que jamais foram pesquisados, desenvolvidos e produzidos no Hemisfério Sul.
Estive na Universidade de Urbana-Champaign, nos EUA, no Instituto Europeu de Telemedicina e na Universidade de Pequim, tratando de assuntos profissionais de minha atribuição.
Não tenho ilusões, deixo de lado a presunção e qualquer laivo de autossuficiência. Meu conhecimento de Ciência é pequeno; e  sobre a pandemia do coronavírus é menor ainda. Mesmo com essas observações que caracterizam minhas limitações, vou palpitar sobre a atual conjuntura pandêmica.
(i)            Em relação ao Covid-19, não há unanimidade no âmbito da Ciência e dos cientistas em relação ao vírus, à doença, aos medicamentos e ao tratamento correlato.
(ii)          Não há unanimidade em relação à eficácia do isolamento vertical ou horizontal. Há países que adotaram o primeiro, países que adotaram o outro e países que flexibilizaram e buscaram o equilíbrio entre os dois tipos de isolamento. Não há confirmação da eficácia de qualquer das três vertentes.
(iii)         A Organização Mundial de Saúde já mudou de opinião em relação à possibilidade de isolamento vertical por uma razão simples: é impossível o isolamento vertical nas favelas brasileiras, nas favelas da Índia, ou nas favelas de qualquer outro país não desenvolvido. Isolamento nas favelas significa fome! FOME MATA!
(iv)        A OMS atrasou as informações sobre a pandemia porque está muito ligada à China. E a China, por causa do autoritarismo vigente, atrasou ou omitiu informações essenciais da doença.
(v)          Mesmo nos Estados Unidos, uma parcela expressiva dos mortos pelo Covid-19, contraíram o vírus em casa, na suposta situação de isolamento vertical. O vírus foi levado por algum amigo ou alguém da família. Esta asserção é controversa. Acrescento-a ao universo de minhas observações pela curiosidade de um melhor esclarecimento futuro. 
(vi)        Ainda não há estudos que garantam a existência de medicamentos comprovadamente eficazes para o tratamento da moléstia causada pelo Covid-19. Entretanto, quatro amigos meus se curaram com o uso da hidroxicloquina associada com outros remédios. Há informações confiáveis de pacientes brasileiros, europeus e americanos que se curaram com a hidroxicloroquina. Destarte, em caso de indícios do coronavírus em qualquer integrante da família, não haveria hesitação em só consultar médico que aviasse esse medicamento; e não haveria hesitação em usá-lo.
(vii)       A percepção, os cuidados, a atitude, a disciplina consciente e as ações preventivas com o Covid-19 devem existir durante todo o tempo. É como dirigir veículo. No Brasil, os acidentes de trânsito matam mais de 40.000 pessoas por ano. Quase todo mundo dirige. A maioria com muito cuidado.
(viii)     Idosos e quem tem fator de risco — extremo cuidado: isolamento absoluto e a manutenção da distância de mais de 2 metros de qualquer pessoa.
(ix)        Creio que a maioria das pessoas que está em quarentena passou pela mesma situação que descrevo a seguir, de alguns amigos e também nossas.
(x)          Inicialmente, dispensa de empregada, faxineira e o pessoal que cuida da grama e piscina. Agora, flexibilizamos, aceitando o comparecimento de funcionários algumas vezes por semana, em transporte individual de carro, trabalhando com máscara e limpando as mãos com frequência. 
(xi)        A quarentena começou em 14 de março. Entretanto, houve necessidade de saída semanal para compra de alimentos. Houve necessidade de saída eventual para ir ao Hospital e à assistência técnica de conserto de computadores (que se tornaram essenciais para as aulas do ensino médio, de inglês e de teatro, à distância — EAD ou “home class”). 
Para as saídas de casa, foram adotadas as seguintes medidas:
     Sempre com máscara, mantendo distância de outras pessoas.
     Lavando as mãos ao sair e entrar no carro.
     Lavando as mãos ao sair e chegar de casa. 
     Tomando banho ao chegar em casa.
     Colocando a roupa usada na rua para lavar imediatamente.
     Tudo que é recebido de fora de casa, é mantido um tempo isolado, de preferência no sol.
     SEM PÂNICO OU HISTERIA! É preciso evitar doença mental pelo stress.
(xii)      Caminhada e corrida nas ruas do condomínio (as 5 pessoas da família caminham e correm, em horários nem sempre coincidentes), com máscara e passando a mais de 2 metros de qualquer pessoa.
(xiii)     Prática de esporte coletivo? NÃO!
(xiv)     Repito: a percepção, os cuidados, a atitude, disciplina consciente e as ações preventivas sempre! Durante todo o tempo!”

É como me encontro em isolamento na Casa em Cima do Mundo.

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