No artigo “As Forças Armadas e a preservação da democracia”, publicado no Estadão, o professor Antonio Carlos Will Ludwig questiona “a pertinência da teoria do profissionalismo” dos militares brasileiros, sob o argumento de que “ela pode limitar o exercício da cidadania, está em total desacordo com o progressivo e irrefreável processo de civilização das Forças Armadas e é pouco congruente com o pensamento estratégico internacional vigente, originado logo após o término da guerra fria.”
No mencionado artigo, o Sr Will Ludwig não projetou no futuro (sem trocadilho) os ensinamentos do passado. Quer dizer, nome e ideias homônimas não combinam.
Ele deixou de tratar do dilema que os romanos vivenciaram há mais de 2000 anos: como deixar Júlio Cesar e seus militares de Primeiro Mundo fora de Roma, tendo na corte senadores e juízes de Quinto Mundo? Não pode ser esquecido que estas autoridades fugiram.
No séc XX, em Biafra, e no séc XXI, em Mianmar, os cidadãos enfrentaram dilema similar.
Já os senadores brasileiros — e por extensão os cidadãos conterrâneos enfrentam outro dilema: cumprir ou não cumprir decisões equivocadas da Suprema Corte — afinal, qual é o nosso mundo e onde devem estar e como devem agir os militares?
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[Divulgado no Estadão de 9/Abr/2021]
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