De certa maneira, ao elaborar seus artigos, os intelectuais e outros formadores de opinião se comportam como os leitores, quando estes postam comentários na mídia. Não raro, há a tendência para a exacerbação de ânimos, por ocasião da formulação de juízo de valor, daí resultando ofensas injustificáveis e inaceitáveis aos oponentes.
Vale a pena relembrar dois anciãos de elevada qualificação intelectual e profissional — porém posicionados em polos opostos do espectro político-ideológico — que se mantêm amigos durante mais de 70 anos. Ao relatar esse fato para uma interlocutora jornalista, ela mencionou a vontade de contatá-los com o objetivo de escrever uma matéria para sua revista, ressaltando o lado virtuoso que os dois velhinhos estão oferecendo como exemplo para aqueles que não conseguem se conter diante de posições e opiniões contrárias.
Mas voltando à questão inicial, a propósito da pandemia do coronavírus — parodiando Walter Isaacson — diria que há uma controvérsia nos juízos de valor dos intelectuais e na área de comentários dos leitores, isto é, em relação a algum oponente, às vezes, constata-se uma reação parecida com: “Comunista! Genocida! Nazista!”.
Será que os atributos se aplicam aos chefes de Governo das populações com ordem de grandeza (!) de 250 mil vítimas do Covid em 250 milhões de pessoas (montantes próximos daqueles observados nos Estados Unidos, na soma Alemanha + Reino Unido + França, na soma México + Colômbia + Argentina, bem como no Brasil)?
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[Divulgado no New York Times online de 29/Abr/2021]
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[Divulgado na revista Le Point online de 29/Abr/2021]
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[Divulgado no Estadão online de 29/Abr/2021]
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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 29/Abr/2021]
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[Divulgado no Correio Braziliense online de 29/Abr/2021]
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