domingo, 27 de outubro de 2019

Sendas do futuro


Como ‘seguir o exemplo’, conforme sugerido no editorial Surtos autoritários (Estadão de 27 de outubro)? Não raro, as autoridades responsáveis pela interpretação da Constituição desprezam-na. É razoável inferir que a assertiva “atuação sinistra de delinquentes que vivem na atmosfera sombria do submundo [judicial] digital” continha um ato falho. A alternativa ora sugerida é emblemática. 
Ou o Brasil ultrapassa a Grécia da Apologia de Sócrates (a porfia decente aplacada pela cicuta), a Dinamarca de Hamlet (a exposição de vingança e corrupção) e o Brasil diagnosticado por Rui Barbosa (o poder nas mãos dos maus) ou estamos condenados a prosseguir como vítimas de nulidades que, às vezes, tem ditado os rumos de nossa história. O problema não é a palidez da face; é a palidez intelectual, moral e ética.



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