Em face da extensa cobertura dada a uma controversa declaração do filho do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, sobre o longo tempo a ser despendido para a plena conquista de democracia, inseri-me no debate ressaltando o que os filósofos da Antiguidade já apontavam como a complexidade e longevidade da marcha para a democracia.
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Estadão
[1ª mensagem]
Indicadores de conquistas civilizacionais: papel higiênico, absorvente higiênico, cinto de segurança, regras de trânsito e democracia. Os brasileiros estão bem nas três primeiras referências. Porém, a inobservância das regras de trânsito contribuem para 60.000 mortes por ano. A escolha dos ministros da Suprema Corte, as decisões judiciais, a corrupção eleitoral, as práticas legislativas não republicanas e a falta de aceitação de uma nova política, sobretudo no Parlamento, ensinam que no atinente à democracia há um longo caminho a percorrer. Por linhas controversas, o Zero Dois tem razão.
Em face da resposta ofensiva e agressiva de um leitor, posicionei-me em nova mensagem.
[2ª mensagem]
A democracia não comporta a grosseria e a ofensa, portanto, o longo caminho significa dar educação aos grosseiros, aos que ofendem.
A democracia não comporta a corrupção, por isso, o longo caminho significa transformar a mente doentia dos que querem libertar os corruPTos.
A democracia significa impedir o mau uso dos recursos públicos, então o longo caminho é necessário para que mais recursos sejam aplicados em educação e saúde, com equilíbrio de oportunidade para todos e menos crianças e idosos morram.
Enfim, aceito dialogar com interlocutores que queiram diálogo de forma democrática, sem estar de mal com a vida.
Estou curioso para ler a próxima ofensa.
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[Divulgado no Estadão online de 11/Set/2019]
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