quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

O vascaíno, o flamenguista e o botafoguense

A vitória do Flamengo com a possível ajuda do juiz levou os torcedores à disputa de quem formulava a observação mais irônica do final de semana. Todos estão convidados a apreciar, divertir-se e escolher a melhor tirada.

 

Torcedores idosos em estado de surto levemente psicótico aguardando a vacina convergem. 

Um vascaíno simpático ao Flamengo e em vias de virar casaca: “O Flamengo é o melhor time de 12 jogadores do Brasil!”. 

Um flamenguista filho de casal vascaíno: “Se for rebaixado novamente, o Vasco será o melhor time brasileiro da série C!”. 

Um botafoguense, com um filho vascaíno e outro flamenguista: “Que maravilha torcer para os três melhores times do Brasil!”. 

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[Divulgado no Estadão online de 25/Fev/2021]

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 25/Fev/2021]

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[Divulgado no Correio Braziliense online de 25/Fev/2021]

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sábado, 20 de fevereiro de 2021

Militares no governo

A má vontade de formadores de opinião com o governo Bolsonaro, leva-os, de forma recorrente, a criar narrativas para alfinetar o governo federal. No artigo “Após tomar o comando da Câmara, Centrão busca espaço de militares no governo”, a análise trata do tema antevisto no título, mas a oportunidade é aproveitada para tecer críticas à participação de militares no governo e para mostrar a faceta negativa dessa participação.

 

Uma pequena lembrança! Pertenceram a instituições militares os seguintes políticos: Winston Churchill, Charles De Gaulle, Dwight Eisenhower, John Kennedy, George Bush (pai) e Ronald Reagan. Isso para citar apenas alguns.

Está na hora dos intelectuais e demais formadores de opinião tratarem essa questão com um mínimo de bom senso, lógica e razão e com o máximo de verdade.

Até porque para vencer a corrupção absurda que campeou no Brasil, foi preciso que os cidadãos tenham decidido dar um basta na súcia responsável pelo hediondo e nefasto estado de coisas no planalto tupiniquim. 

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[Divulgado no Estadão online de 20/Fev/2021]

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Reações ao livro sobre o general Villas Bôas

Neste início do ano de 2021, foi realizado o lançamento do livro “General Villas Bôas: conversa com o comandante”, de Celso Castro, no qual — no âmbito de uma ampla gama de questões nacionais relevantes — são esclarecidas as razões da divulgação em 2018, por intermédio de tuíte, do seguinte comentário do então Comandante do Exército: 

“Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”. 

Entre os esclarecimentos constantes do livro, é mencionado que esse texto foi elaborado por Villas Bôas, a partir de uma proposta conjunta dos integrantes do Alto Comando do Exército.

À época, houve a interpretação de que a motivação do general Villas Bôas teria sido o então iminente julgamento pelo STF da ação que poderia impedir a prisão do ex-presidente Lula por corrupção. Nesse contexto, alegou-se que o comandante teria interferido no curso das ações em julgamento na Suprema Corte.

No livro recém-lançado, as explicações são extensas, complexas e geraram reações diante do pressuposto que houve incorreção ou inadequação de parte do notável comandante do Exército.

O ministro Fachin, do STF, foi uma das autoridades que se posicionaram publicamente alegando “que é intolerável e inaceitável qualquer tipo de pressão injurídica sobre o Poder Judiciário”.

Subsequentemente, o ex-presidente Lula — enfatize-se, condenado a prisão por corrupção, em segunda instância, e, com a anuência da Suprema Corte, encarcerado durante 580 dias em Curitiba —, proclamou que “Fachin se acovardou ao não reagir a tuíte de Villas Bôas em 2018” e acrescentou que “não é direito constitucional do Alto Comando do Exército pressionar o Supremo”

Postei um comentário correlato no jornal Folha de São Paulo. Houve reação de vários leitores. Um deles questionou a prisão do ex-presidente Lula após condenação em segunda instância, à luz de impedimentos da legislação vigente. Outros leitores postaram réplicas em tom grosseiro e ofensivo. Em comentários adicionais, sem apelar para grosserias, tentei responder aos replicantes.

 

É emblemático que um condenado em segunda instância — que deveria estar recolhido a uma penitenciária — atribua a condição de covardia a integrantes da Suprema Corte. É a segunda vez que esse caboclo presidiário comete essa ofensa. 

É surpreendente que não haja qualquer reação por parte do poder Judiciário. Quais as razões? Seria uma, alguma ou todas dentre as seguintes: dívida, doença ideológica, temor, irresponsabilidade? 

Isso contribui para que as autoridades sejam respeitadas?

 

Em todos os países do mundo, exceto no Brasil, a prisão ocorre após a condenação em primeira ou segunda instância. 

No Brasil também era assim, à luz da Carta Magna de 1988. Mudou de forma casuística para beneficiar alguns poderosos. 

Em relação às demais mensagens, como não há argumentos, apenas grosserias, não vale a pena debater. Afinal, como dizia um velho professor: "Não ensine a um jumento, pois ele pode se encher de vontade e verdade!".

 

Pela quantidade de reação de leitores, constata-se que os admiradores do Eduardo Cunha, Delúbio Soares, Gedel, Lula, André do Rap, Sérgio Cabral, José Dirceu, Renato Duque e outros estão acordando. 

Os brasileiros precisam estar atentos. Se essa turma voltar, o Brasil retomará a marcha para outra maior crise de corrupção e criminalidade da história.

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[Comentários divulgados na Folha de São Paulo online de 18 e 19/Fev/2021]

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Intolerável e inaceitável

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[Assuntos correlatos]
[Clique sobre o título desejado]
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No início do corrente ano, foi realizado o lançamento do livro “General Villas Bôas — Conversa com o comandante”, de Celso Castro, resultante de mais de 13 horas de depoimento com o então comandante do Exército no período de 2014 a 2019.

No livro, o general Villas Bôas esclarece que o alerta sobre as responsabilidades institucionais das altas autoridades do País, divulgado  com grande repercussão por intermédio de tuíte em 2018 — na véspera do julgamento na Suprema Corte de ação que tentava impedir a prisão do ex-presidente Lula, condenado pela força tarefa Lava Jato — fora elaborada a partir de uma proposta conjunta dos integrantes do Alto Comando do Exército, 

O ministro Fachin, do STF, reagiu e declarou tardiamente “que é intolerável e inaceitável qualquer tipo de pressão injurídica sobre o Poder Judiciário”.

Nas democracias consolidadas (França, Alemanha, Estados Unidos, ...): 

(i)             é intolerável e inaceitável que profissional reprovado em concurso para juiz seja investido ministro da Suprema Corte; 

(ii)           é intolerável e inaceitável que funcionário público que liderou uma horda de colegas em favor de um candidato à presidência da República (desqualificado para o cargo) seja nomeado ministro da Suprema Corte;

(iii)        é intolerável e inaceitável que esposa de ministro da Suprema Corte participe, como advogada, de processos que possam ser levados à Suprema Corte; 

(iv)         é intolerável e inaceitável que empresário com atividade controversa se torne ministro da Suprema Corte; 

(v)            é intolerável e inaceitável que advogado de facção criminosa seja nomeado ministro da Suprema Corte; 

(vi)         é intolerável e inaceitável que advogado que defenda criminoso condenado em outro país por crimes hediondos (propalando sua inocência) seja investido ministro da Suprema Corte; 

(vii)       é intolerável e inaceitável que ministro da Suprema Corte seja rotulado de “juiz de m...”; e

(viii)    é intolerável e inaceitável que ministro da Suprema Corte liberte integrante de facção criminosa que já foi condenado em duas instâncias da justiça. 

 

Nas democracias consolidadas, a Suprema Corte existe para evitar que os absurdos cogitados ocorram em detrimento dos nobres, virtuosos e sagrados interesses dos cidadãos.

Que fique claro, inequivocamente claro: tudo o que ora foi enunciado diz respeito a democracias consolidadas, onde impera a prevalência do estado de direito, associado com a inquestionável relevância da liberdade, verdade, coragem e ética. 

Nas democracias emergentes, é intolerável e inaceitável que integrantes da Suprema Corte não contribuam para a consolidação da democracia.

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[Divulgado no Correio Braziliense online de 16/Fev/2021]

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Atuação do ministro da Saúde na pandemia do coronavírus

O ministro da Saúde do Brasil é o general Eduardo Pazuello. A pandemia do coronavírus que aflige a maioria dos países do mundo tem sido objeto de pertinaz trabalho no âmbito do ministério que Pazuello conduz. 

Por ser militar, os formadores de opinião contrários ao atual governo — secundados ou liderados pelos políticos oposicionistas — exercem contundente pressão sobre o ministro. 

A Suprema Corte se inclui no universo de pessoas ou instituições que aderiram a essa sanha oposicionista e tenta agora encontrar possíveis deslizes jurídicos do ministro. 

Em um longo artigo intitulado “Inquérito pode levar Pazuello a perder posto e patente”, o Estadão delineia os principais aspectos que podem afetar o ministro. Entretanto, os articulistas deixaram de considerar um aspecto essencial: a situação da pandemia em algumas potências mundiais e em países relevantes da América Latina é pior do que no Brasil. 

Então, como atribuir culpa ao ministro brasileiro? 

Em nome da verdade e da decência — e para o imprescindível exercício da faculdade de pensar —, analisemos alguns dados sobre população, mortes por Covid e vacinação, de 14 e 15/Fev/2021.

 (i) População:

     – Brasil – 211 milhões; 

     – Alemanha + França + Reino Unido – 213 milhões; 

     – Argentina + Colômbia + México – 223 milhões. 

 (ii) Mortes por Covid: 

     – Brasil – 239.245; 

     – Alemanha + França + Reino Unido – 264.546; 

     – Argentina + Colômbia + México – 282.048.

 (iii) Pessoas vacinadas: 

      – Brasil – 5.236.943; 

      – Argentina + Colômbia + México – 2.002.273. 

Vale dizer, nos 3 países mais desenvolvidos da Europa e em 3 dentre os países mais relevantes da América Latina, há mais morte por Covid do que no Brasil. 

Em aplicação da vacina, o Brasil está melhor do que três dentre esses países latino-americanos relevantes. 

O processo na Justiça e as agressões e ofensas dos leitores do jornal são aplicáveis aos ministros da Saúde de Alemanha, França, Reino Unido, Argentina, Colômbia e México? 

Convenhamos — mantendo um mínimo de coerência, sem resvalar para a grosseria —, é nonsense em estado puro.

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[Comentário divulgado no Estadão online de 15/Fev/2021]

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domingo, 14 de fevereiro de 2021

Traumas sinalizadores das perspectivas para 2030

Em crônica no Estadão, a senhora Eliane Catanhêde afirmou que “o Centrão transformou o Congresso em puxadinho do Planalto e o DEM cala Rodrigo Maia, voz decisiva da resistência ao autoritarismo e ao atraso, imobiliza Luciano Huck, obrigado a procurar outra sigla ...”.

A articulista acrescentou que “num movimento combinado, o PSDB segue o desastre do DEM, como um piloto que, em meio a forte tempestade, entra em estado de desorientação espacial. [...] É mesmo estonteante o DEM e o PSDB elegerem João Doria e Maia como inimigos prioritários.”

E concluiu que “Doria, Huck, Moro e Luiz Henrique Mandetta são torpedeados antes de alçar voo, mas, como não há vácuo em política, quem pode preencher esse vácuo é uma mulher, empresária, colecionadora de êxitos, [...] Sim, Luiza Trajano, sem partido e sem traquejo político, mas instada a botar o bloco na rua ...”.

Postei comentários junto ao artigo da senhora Catanhêde e debati com leitores.

 

Crônica realista e lúcida! Uma mulher na Presidência seria interessante e transformador. Mas sem um mínimo de experiência em gestão pública? Bom, mas a turma que assaltou o País tinha enorme experiência! 

Pelo sim pelo não, o Brasil é realmente um país complexo. Só aqui para acontecerem coisas desse jaez. A constatação inexcedível: o atual presidente revolucionou a política brasileira — no âmbito do processo democrático — e o pessoal que defende a corrupção, a impunidade e a violência não suporta isso. 

Não é só a corrupção que foi ferida; os patronos desse e dos demais traumas voltaram à situação de indecisão objetal e, aturdidos, não conseguem sair dela. Nunca é tarde para um novo começo! 2018 e 2022 prenunciam 2026 e 2030 esperançosos!

 

Uma leitora postou uma réplica grosseira, com estímulo à violência e com palavra chula. Preparei uma tréplica, mas não houve tempo para incluir porque passados uns 3 minutos, o Estadão excluiu o texto inadequado da oponente. Transcrevo o que não postei.

 

Nenhuma surpresa! A capacidade de odiar é inversamente proporcional à faculdade de pensar; notadamente de parte de quem só tem capacidade de escrever apenas duas linhas, com grosserias e, por óbvio, de apoiar a quem sacrificou 10 milhões de cidadãos alemães e 100 milhões de cidadãos de outras partes do mundo. 

O hífen que a leitora colocou em uma palavra chula foi por covardia moral e ética ou apenas porque o Estadão não aceita a linguagem de sua família? Aguardo a próxima ofensa.

 

Em lugar da tréplica não postada, acrescentei outro comentário. 

 

O Estadão removeu a resposta de uma leitora a meu comentário. 

Um aspecto positivo: este jornal não aceita linguagem grosseira, ofensiva e chula — isso é desejável e auspicioso.

Um aspecto negativo: infelizmente, ficamos impedidos de avaliar o tipo de opositores (de qualquer origem) que existem na atual conjuntura — nesse sentido, a falta de argumentos e a apologia à violência deixam de ser convenientemente explicitados e identificados.

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[Comentários postados no Estadão online de 14/Fev/2021]

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sábado, 13 de fevereiro de 2021

Distopia e boçalidade

No artigo “O realismo oportunista do Centrão e a distopia bolsonarista” (Estadão de 13 de fevereiro), o Sr. Sérgio Fausto, diretor-geral da Fundação FHC, atribui ao governo federal os atributos de distopia, boçalidade e patrimonialismo. Ademais, o articulista critica de forma acerba os decretos do presidente da República que permitem aos cidadãos a aquisição de armas sem obstáculos intransponíveis.

Não posso esquecer que, em 2018, ao vasculhar uma livraria em Paris, encontrei um livro do pai do articulista publicado na França. Há indícios de que foram utilizados recursos públicos para levar ao público mundial uma obra que de per si não teria sido acolhida naquelas plagas. Enfim, é fácil ser contra o governo atual, afinal a fonte secou.

No mencionado artigo, constata-se que a distopia e boçalidade do autor não permitem que ele perceba que a cultura do governo a que se sujeitou permitiu a aquisição da reeleição que tantos males causou ao País. A distopia e boçalidade do caboclo não permitem que ele se recorde que a intelectualidade do governo que venera facilitou a ascensão ao poder de integrantes da maior organização criminosa da história do País. 

 

A distopia e boçalidade do virtuoso desarmamentista impedem que ele registre que Hitler, Stalin e Pol Pot desarmaram suas populações para ter a certeza de que exerceriam seus nefastos e hediondos poderes sem qualquer risco. A distopia e boçalidade do cabra não permitem que ele veja o sistema judicial — produto das gestões magníficas que ele apoia — liberando de forma recorrente integrantes de organizações criminosas de todas as latitudes, inclusive algumas que lhe são caras. Similarmente, não permitem que o moço se coloque diante do espelho e se assuste com seu reflexo distópico e boçal. 

 

Enfim, a distopia e boçalidade do rapaz impedem-lhe a percepção de que não adianta sua análise por Aristóteles, Santo Agostinho, Freud, Sabin, Rudolf Virchow e outros notáveis, dado que sua morbidade é ideológica e incurável; e desafortunadamente contagiosa.

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[Comentários divulgados no Estadão online de13/Fev/2021]

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Homem e mulher; ódio versus paz e harmonia

A escritora Laura Cappelle, do New York Times, publicou no Estadão o artigo “Como um livro chamado ‘Odeio homens’, uma feminista francesa toca num ponto sensível” (10 de fevereiro de 2021).

Li o artigo. Não lerei o livro. Em todo caso, há que se discutir sexismo e violência de gênero com o objetivo de se reduzir as injustiças de atitude e de procedimento, bem como as diferenças inaceitáveis entre seres humanos — enfatize-se que quaisquer duas pessoas são diferentes, sejam elas de gêneros distintos ou de mesmo gênero, porém diferenças há que são inaceitáveis porque injustas e motivadoras de traumas.

Não lerei o livro porque o título é uma premissa relevante, um ponto de partida da abordagem que deve ter sido adotada. Se o título começa com a ideia de ódio, então, incluo-me fora disso.

 

[Mesmo sendo redundante, persisto]. Qualquer tipo de ódio reflete doença. O grande problema é a doença contagiosa e incurável. Outro grande problema é a doença de caráter: a pessoa desprovida de talento usa o produto de sua distopia para fazer dinheiro ou sucesso ou ambos. 

Em realidade deveria haver pesquisa, diagnóstico e tratamento para pessoas que se deixam contagiar pelo ódio e assim reduzir a contaminação. Apenas para os de boa fé: o objetivo fundamental do bípede pensante é a busca da paz e da harmonia. Ponto.

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[Divulgado no Estadão online de 10/Fev/2021]

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domingo, 7 de fevereiro de 2021

Criatividade distópica e corruPTiva

O partido dos corruptos começa a se movimentar, mobilizar sua militância e arregimentar apoios para uma eventual candidatura a presidência em 2022. O Lula pode recuperar seus direitos para se candidatar — atualmente, ele é inelegível por causa das duas condenações por corrupção, por ter recebido um apartamento tríplex em Guarujá e um sítio em Atibaia —, e por isso apela ao candidato derrotado na eleição presidencial de 2018, cogitando-o como pré-candidato no próximo pleito.

 

O Lula ordenou "que o Haddad coloque o bloco na rua". Os brasileiros precisam ficar atentos. O Lula pode pedir ao seu auxiliar para colocar o bloco no bolso. Afinal, se o triplex de Guarujá e o sítio de Atibaia não pertenciam a ele — mas sua família e ele próprio usavam os dois — para tornar-se proprietário, ele precisa de recursos para saldar. E agora, sem corrupção, a criatividade distópica e corruPTiva precisa ser desencadeada.

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[Divulgado no Correio Braziliense online de 7/Fev/2021]

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