Valendo-se de sua suposta especialidade, um psiquiatra travestido de colunista do Estadão fez a avaliação de um genocida, tomando como referência o que foi praticado na Alemanha na década de 1940 e, de forma não explícita, estimulando os leitores a compararem a gestão do atual presidente da República do Brasil com o ditador alemão daquela época.
Com um psiquiatra desse, os pacientes que se cuidem. Primeiro, cita genocidas de um lado, e omite do outro (o que citou, ceifou cerca de 10 milhões de vida e é pois hediondo; o lado que ignorou, e para o qual provavelmente ele rasteja, ceifou 100 milhões).
Ademais, ele demonstra adesão aos que cometem crime de acusar de forma nefasta, mas falta-lhe densidade moral e ética para assumir e relatar de forma explícita e sem subterfúgios.
Em “Huis Clos”, Sartre, um comunista empedernido, colocou três no inferno para debater a fraqueza moral (por óbvio, essa abordagem não é exatamente o forte dos admirados pelo escritor). Onde o cidadão comum coloca um cabra da psiquiatria desse naipe?
______________
##############
[Divulgado no Estadão online de 22/03/2021]
______________
##############
Nenhum comentário:
Postar um comentário