A demissão do ministro da Defesa e dos três comandantes militares das Forças Armadas — no âmbito de substituições implementadas na Casa Civil, no ministério da Justiça, no Ministério das Relações Exteriores, na Advocacia Geral da União e na Secretaria de Governo da Presidência — causou surpresa e perplexidade no meio político, empresarial, judicial e midiático, e ocupou e ocupará as agendas das respectivas autoridades ao longo desta semana e quem sabe do futuro.
Pode-se afirmar que o presidente da República agiu com vontade, firmeza e determinação, como jamais esperavam seus aliados e, em especial, seus detratores. Porém, em relação às consequências das ações do mais alto mandatário da República, só o tempo permitirá uma avaliação eficaz e uma constatação segura.
As forças armadas preencheram larga parcela do tempo dos analistas de todas as latitudes, com ênfase para seu papel institucional e para o posicionamento das autoridades militares durante as graves crises pandêmica, política e econômica.
Há um aspecto relegado a segundo plano na maioria das análises dos formadores de opinião. Vou mencioná-lo a seguir, com clareza e simplicidade, em dois comentários, cada um no limite dos 600 caracteres que os jornais permitem para comentário dos leitores.
É terrível viver num País onde se quer as Forças Armadas como suas congêneres de países democráticos desenvolvidos; e os políticos, juízes e outros se comportam no nível encontrado em países cujo compromisso com a liberdade, verdade e ética beira os mais baixos níveis do universo global. Precisamos de intelectuais e estadistas. Os primeiros ditam as trajetórias e os objetivos; e os outros desencadeiam as ações para alcançá-los.
[Por via de consequência,] no Brasil, nós identificamos um dilema. Os cidadãos querem forças armadas no padrão da Suécia e convivem com políticos e juízes no padrão de Biafra e Mianmar.
Nesse contexto, os militares devem servir ao Estado, enquanto os políticos praticam a corrupção e legislam em favor da quase metade de parlamentares com acusações e processos na Justiça; e, por seu turno, os juízes protegem os corruptos e outros criminosos (José Dirceu, André do Rap, Gedel, Lula et al).
Quem são os responsáveis: os políticos, os juízes, os militares ou os cidadãos em geral?
Convém que todos tentemos respostas à luz de cidadania, idealismo e compromisso com as próximas gerações. Nesse sentido, entendo que, nos elevados níveis da República, os militares e os juízes dependem dos políticos. Os políticos dependem dos cidadãos em geral. Então, seria o caso de propalar que somente os cidadãos tem a faculdade de mudar o cogitado estado de coisas. Por favor, contribuições são bem-vindas.
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