Normalmente, o jornalista William Waack adota uma posição de independência, o que lhe dá uma aura de confiabilidade não encontrada entre a maioria de seus pares.
Por essa razão, em 2018, ele foi despedido da rede Globo, onde conduzia um jornal televisivo noturno.
Depois que ele foi admitido na rede CNN, com alguma frequência, dúvidas surgem em relação ao que expressa em suas análises da complexa conjuntura política.
É o que se constata na crônica “Dentro do alçapão”, em que o articulista trata da tripla crise que o presidente Bolsonaro enfrenta: a econômica, a política e a do coronavírus; e lhe atribui responsabilidade plena nos problemas do Brasil.
Há problemas? Sim. Mas a responsabilidade de um formador de opinião não pode igualá-lo a um torcedor de futebol. Equilíbrio e isenção é preciso.
Há problemas? Sim. Mas a responsabilidade de um formador de opinião não pode igualá-lo a um torcedor de futebol. Equilíbrio e isenção é preciso.
O articulista está se somando aos políticos, intelectuais, demais jornalistas e artistas que erraram nas últimas décadas. Efeito CNN? Acorde, prezado articulista. Pela primeira vez, um político oferece aos cidadãos o que eles aspiram. Tudo bem, com muitas imperfeições; mas o que quer que elas sejam, é melhor do que a safadeza, a canalhice e a corrupção que campearam no Brasil desde tanto tempo. As transformações em curso no mundo não foram percebidas. E no Brasil, continuam sendo ignoradas. O que é essencial: se não der certo dessa vez, podemos tentar outras. Não é assim na democracia?
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[Divulgado no Estadão online de 30/Abr/2020]
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