segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Telephone interview with a journalist from The Guardian


[Versão em Inglês]
[Versão em Português]
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In this article, an excerpt from the article published in The Guardian is presented. In reality, my opinions were gathered by the correspondent of the British newspaper in Brazil, Dom Phillips, in a telephone interview.
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What will a Bolsonaro government look like?  
[Excerpts]

Bolsonaro has pledged policies to boost the economy but fears remain over the future of the Amazon and the nation’s LGBT community

Dom Phillips in Rio de Janeiro
Mon 29 Oct 2018 05.30 GMT
Last modified on Mon 5 Nov 2018 21.03 GMT

Jair Bolsonaro – who won the presidency of Latin America’s biggest country on Sunday – has made broad promises for his government but offered little detail.
And in a country that emerged from military rule only 33 years ago Bolsonaro has prompted concerns with his pledge to include retired generals in his cabinet.
Among the former military officers who played a central role in drawing up his policy proposals are retired generals Aléssio Ribeiro Souto – who has focused on science, technology and education – and Oswaldo Ferreira, who has drawn up plans for infrastructure and the Amazon.
General Augusto Heleno, who ran Brazil’s United Nations mission in Haiti, will be his defence minister and is seen by some as a potential moderating force.
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The Amazon and the environment
Bolsonaro campaigned on a pledge to combine Brazil’s environment ministry with the agriculture ministry – under control of allies from the agribusiness lobby. He has attacked environmental agencies for running a “fines industry” and argued for simplifying environmental licences for development projects. His chief of staff, Onyx Lorenzoni, and other allies have challenged global warming science.
“He intends that Amazon stays Brazilian and the source of our progress and our riches,” said Ribeiro Souto in an interview. Ferreira has also said Bolsonaro wants to restart discussions over controversial hydroelectric dams in the Amazon, which were stalled over environmental concerns.
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Education
Ribeiro Souto said that under a Bolsonaro government, school curriculums would be revised to remove what he described as the “ideology” left by 12 years of rule by the leftist Workers’ party. Science and technology will be given priority and the “traditional family” will be the focus, he said.
“You have to value the traditional family without abandoning those citizens who do not fit within the aspect of the traditional family,” he said.
Souto said the history of Brazil’s military 1964-1985 dictatorship – during which 400 leftwing activists were killed or forcibly disappeared, and thousands were tortured – was a “complex process, traumatic to a certain point”.
But he argued that the history taught in schools should acknowledge what he called the economic successes and institutions created during the dictatorship and show both sides of the story, he said, including around 120 victims of armed leftist groups.
“There were Brazilians fighting for the implementation of the dictatorship of the proletariat. There were Brazilians who were fighting against its implementation,” he said.

 

 

Entrevista telefônica com jornalista do The Guardian

 

Neste texto, são apresentados trechos de artigo publicado no The Guardian. Na realidade, minhas opiniões foram coletadas pelo correspondente do jornal britânico no Brasil, Dom Phillips, em entrevista por telefone.

 

 

Como será o governo Bolsonaro?

[Trechos]

 

Bolsonaro prometeu políticas para impulsionar a economia, mas ainda há temores sobre o futuro da Amazônia e da comunidade LGBT do país

 

Dom Phillips –  Rio de Janeiro

Seg 29 Out 2018, 05:30

Última modificação em Seg 5 Nov 2018, 21:03

 

Jair Bolsonaro, que ganhou a presidência do maior país da América Latina no domingo, fez grandes promessas para seu governo, mas ofereceu poucos detalhes.

E em um país que emergiu do regime militar há apenas 33 anos, Bolsonaro gerou preocupações com sua promessa de incluir generais aposentados em seu gabinete.

Entre os ex-oficiais militares que desempenharam um papel central na elaboração de suas propostas políticas estão os generais aposentados Aléssio Ribeiro Souto – que se concentrou em ciência, tecnologia e educação – e Oswaldo Ferreira, que elaborou planos para infraestrutura e a Amazônia.

O general Augusto Heleno, que comandou a missão das Nações Unidas do Brasil no Haiti, será seu ministro da Defesa e é visto por alguns como uma potencial força moderadora.

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A Amazônia e o meio ambiente

Bolsonaro fez campanha com a promessa de unir o Ministério do Meio Ambiente do Brasil ao Ministério da Agricultura — sob o controle de aliados do lobby do agronegócio. Ele atacou agências ambientais por administrarem uma "indústria de multas" e defendeu a simplificação de licenças ambientais para projetos de desenvolvimento. Seu chefe de gabinete, Onyx Lorenzoni, e outros aliados desafiaram a ciência do aquecimento global.

"Ele pretende que a Amazônia continue brasileira e a fonte do nosso progresso e das nossas riquezas", disse Ribeiro Souto em uma entrevista. Ferreira também disse que Bolsonaro quer reiniciar as discussões sobre as polêmicas hidrelétricas na Amazônia, que foram paralisadas devido a preocupações ambientais.

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Educação

Ribeiro Souto disse que, sob um governo Bolsonaro, os currículos escolares seriam revisados para remover o que ele descreveu como a "ideologia" deixada por 12 anos de governo do Partido dos Trabalhadores de esquerda. Ciência e tecnologia terão prioridade e a "família tradicional" será o foco, ele disse.

"Você tem que valorizar a família tradicional sem abandonar os cidadãos que não se encaixam no aspecto da família tradicional", ele disse.

Souto disse que a história da ditadura militar brasileira de 1964-1985 — durante a qual 400 ativistas de esquerda foram mortos ou desapareceram à força, e milhares foram torturados — foi um "processo complexo e até certo ponto traumático ".

Mas ele argumentou que a história ensinada nas escolas deveria reconhecer o que ele chamou de sucessos econômicos e instituições criadas durante a ditadura e mostrar os dois lados da história, ele disse, incluindo cerca de 120 vítimas de grupos armados de esquerda.

"Havia brasileiros lutando pela implementação da ditadura do proletariado. Havia brasileiros que lutavam contra sua implementação”, disse ele.

 

 

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