A cerca de três anos atrás, o deputado Jair Messias Bolsonaro se propôs a concorrer ao cargo de Presidente da República. Em 20 de fevereiro de 2017, tive a primeira participação em favor de sua candidatura, ao ter acolhida e publicada no Correio Braziliense uma mensagem em que rebatia asserções contra ele em artigo nesse jornal. A mensagem é reproduzida a seguir.
Coragem, honestidade e verdade
[Mensagem divulgada na coluna Sr Redator, do Correio Brasiliense de 22/2/2017]
O artigo “Precisamos falar sobre Bolsonaro”, do senhor Leonardo Cavalcanti (Correio Braziliense de 20 de fevereiro) analisa os possíveis candidatos da eleição presidencial de 2018. Nesse sentido, é oportuno asseverar que o texto contém uma virtude: a proposição de debate sobre o provável candidato Bolsonaro; e um vício: a assertiva de que os oponentes do Bolsonaro são sábios e os demais são idiotas.
De um lado, o senhor Cavalcanti se despoja dos erros dos adversários do senhor Trump — a mídia, os intelectuais e os democratas americanos asseveravam que ele perderia inapelavelmente; de outro, ele abraça-os com inexplicável inconformismo — de forma similar ao que ocorreu no vizinho do norte, atribuindo a outros todos os defeitos possíveis.
Por imperioso, é razoável asseverar que constitui engano fatal alguém pensar que está sempre certo e os oponentes inequivocamente errados. Ademais, repetir erro já cometido não é prova de lucidez.
Por último e fundamentalmente importante, é fácil inferir que, no deserto de ética e honestidade da política brasileira, basta a um político ter coragem, não se deixar corromper e falar a verdade, para ganhar a eleição presidencial de 2018. Não é essa a práxis do Bolsonaro?
Em 27 de março — doravante, este relato se refere sempre ao corrente ano de 2018 —, encontrei-me casualmente com o General Oswaldo de Jesus Ferreira no hospital HMAB. Ferreira havia sido contatado por Bolsonaro, para ao lado do General Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ajudá-lo na orientação da campanha política que se avizinhava. Então, fui convidado pelo amigo Ferreira para unir-me ao grupo que se dispôs a contribuir para alterar os rumos que o Brasil fora mergulhado por seguidas administrações do PSDB de Fernando Henrique Cardoso e do PT de Luís Lula da Silva. Comprometi-me comigo mesmo para, de março a outubro, por algum tempo diário, deixar minha região de conforto junto à família, para colocar uma gota d’água no oceano da gestão pública de nosso imenso País.
Em 6 de setembro, em Juiz de Fora, no auge da campanha política, um celerado, ativista do PSOL, cometeu um terrível atentado contra Bolsonaro, enfiando-lhe uma faca no abdômen — a tragédia foi produto de um lobo solitário, de um conluio de políticos ou do ajuste de políticos com o crime organizado e um desequilibrado? O candidato passou as primeiras horas entre a vida e a morte, mas a ação qualificada e eficaz dos médicos mineiros evitaram um desenlace fatal. Bolsonaro foi salvo e depois foi transferido para o Hospital Alberto Einstein, em São Paulo, onde foi submetido a nova cirurgia e entrou em processo de recuperação.
Em 7 de outubro, o povo brasileiro sufragou majoritariamente o nome de Bolsonaro em histórico primeiro turno eleitoral. O candidato do PSL passou para o turno subsequente, tendo Fernando Haddad do PT, em segundo lugar. Eles deixaram de fora do processo eleitoral, figuras de proa da política brasileira — como Geraldo Alkmin, do PSDB, Ciro Gomes, do PDT, Henrique Meireles, do PMDB, Marina Silva, da Rede, Álvaro Dias, do Podemos; bem como outros candidatos de pouca expressão política, como João Amoedo, do Novo, Cabo Daciolo, do Patriota, José Maria Eymael, da DC, João Goulart Filho, do PPL, Guilherme Boulos, do PSOL e Vera Lúcia, do PSTU.
Hoje, 28 de outubro, depois de uma noite bem dormida, acordei às 6:15 horas. Não consegui mais retomar o sono. É um dia histórico. É um dia dramático. O País tem a possibilidade de fazer a opção por iniciar a saída de uma das maiores crises moral, ética, financeira, política de sua História. Levantei-me do leito, pensando qual seria minha reação contra os jornais Estadão, Globo e Folha de São Paulo, institutos de pesquisa IBOPE e Datafolha e organização criminosa PCC, diante de uma vitória acachapante de quem se propõe a liderar a Nação em direção a novos rumos. Enfatize-se que todos que foram citados uniram-se em vocação e intenção no combate à candidatura Bolsonaro. Pensei em atitude combativa e contundente. Pensei em atitude otimista e voltada para os aspectos positivos da vitória. Por isso decidi fazer os presentes registros. Bom, está em minha essência: ser combativo, tentar sempre, não desistir jamais, vencer quando possível; ser otimista, acreditar no melhor, visar à vitória com pertinácia. Serei minha ambivalência. É como sou.
Então, ficam planejadas duas mensagens para a imprensa. Ambas resultante de apenas um cenário: a vitória do povo brasileiro contra o atraso, contra a doença ideológica e contra o descompromisso com a verdade, isto é, a vitória do candidato Jair Bolsonaro.
A primeira:
“Estadão, Globo, Folha de São Paulo, Ibope, Datafolha, PCC, ... Que vergonha!”.
A segunda:
“Estadão, Globo, Folha de São Paulo, Ibope, Datafolha, PCC, ... Que vergonha! Vocês terão dificuldades de engolir o Bolsonaro. As facilidades históricas e destituídas de fundamentos lógicos deixarão de existir. Mas terão que processar a sujeira e as aberrações que produziram; sem a possibilidade de renunciar!”.
Subsequente e consentaneamente, celebrarei junto a minhas queridas moças — minha esposa e filhas —, tentarei transmitir-lhes o significado da mudança de rumos para suas próprias caminhadas; os impactos no sistema educacional brasileiro; a recuperação dos valores maiores da nacionalidade; a concretização da seriedade, austeridade de honestidade no trato dos bens e recursos públicos; o combate implacável à criminalidade; a gestão pelo exemplo dos detentores do poder, para todos os demais; e o resgate da esperança, da crença, da perspectiva de um futuro melhor para todas as crianças que estão se juntado involuntariamente a nós. Enfim — e tão repetitivo, recursivo e recorrente —, a busca inarredável da paz e da harmonia, por intermédio de seu instrumento basilar, a democracia; esta, por seu turno, fundada na liberdade, na verdade, na coragem e na ética.
São 18:00 horas. A elaboração destes garranjos ajudou-me a passar a tarde em estado de tranquilidade, de expectativa otimista e sem ansiedade. Estou preparado para o resultado da eleição presidencial de 28 de outubro de 2018 e que será anunciada em menos de duas horas. Assevero mas não anuncio — assevero para mim mesmo que em 1º de janeiro de 2019, assumirá a presidência da República Federativa do Brasil o cidadão Jair Messias Bolsonaro. Publico sem chance de revisão.
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