terça-feira, 30 de outubro de 2018

Interpretação errônea de entrevista


FOLHA DE SÃO PAULO — 30/Out/2018


Ainda sobre a polêmica da recorrente interpretação errônea de asserções constantes da entrevista que concedi à jornalista Renata Agostini, publicada no Estadão, insisto, por meu alter ego, em asseverar que defendo a liberdade do professor de ministrar qualquer tema previsto no plano de ensino ou na bibliografia adotada; o dever do professor de estimular o desenvolvimento da faculdade de pensar; e a liberdade de o aluno optar livremente pela tendência de pensamento que mais lhe convém.


RESPOSTA DESTE (E)LEITOR


O assessor chamado de reacionário é de origem pobre, filho de nordestino, neto de negra, bisneto de índia e só estudou em escola pública; fez graduação e mestrado na melhor escola de Engenharia do País; estagiou em uma das melhores universidades americanas; estagiou em escola de Telemedicina francesa; visitou a universidade de Moscou; visitou a universidade de Pequim; defendeu a substituição de livros cujo conteúdo reflete inverdade; jamais se declarou criacionista; e  advoga que todas as crianças pobres tenham a mesma oportunidade que ele teve. Por coerência, preconiza a meritocracia. Por razão e lógica, assevera que o objetivo primacial do ser humano é a paz e a harmonia; que o instrumento para essa meta é a democracia; e que esta é fundamentada na liberdade, na verdade, na coragem e na ética. Quem quiser, pode argumentar contrariamente. Quem não quiser, pode ofender e insultar; e, como corolário, estabelecer as diferenças entre ele e os responsáveis pelas ofensas e insultos. Cada um deve ter a liberdade de expressar suas virtudes e também os vícios.

# # #

Nenhum comentário:

Postar um comentário