sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Anomia versus estado de virtude e o cinema brasileiro

O filme “Ainda Estou Aqui” — que faz a apologia do combate ao regime militar brasileiro de 1964  possibilitou, em 2025, nos Estados Unidos, o prêmio Globo de Ouro de melhor atriz para Fernanda Torres, uma militante inveterada do regime do ex-presidiário Lula. Em relação à interpretação da atriz, méritos devem lhe ser inequivocamente atribuídos.

Entretanto, a história não pode ser enterrada, obscurecida e alterada, como sói acontecer em sistemas e regimes reprováveis. O produtor, diretor e demais participantes da concepção do filme esquecem que o combate ao regime militar brasileiro de 1964 tinha o objetivo de substituí-lo pela ditadura do proletariado.

Ademais, no âmbito das atividades que a obra cinematográfica se compromete a esclarecer, esquecem eventos hediondos que socialistas, esquerdistas ou comunistas — chame-se-lhes do que se queira; do que seja mais apropriado — praticaram contra aqueles que, inspirados e motivados pela vitória brasileira na Europa, em 1945, contra o nazismo, impediram a vitória do comunismo em nosso país. 

Esquecem, por exemplo, o tenente Alberto Mendes Jr, que se ofereceu para ficar em lugar de subordinados em Registro-SP, e foi assassinado a coronhadas pelo grupo do traidor capitão Carlos Lamarca; esquecem o soldado Mário Kozel Filho, que no cumprimento do serviço militar obrigatório, foi morto em 1968, em um atentado perpetrado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), contra QG do II Exército, em São Paulo; e esquecem o adolescente que foi esquartejado pelos guerrilheiros, na frente aos pais, na década de 1970, em Xambioá, por supostamente ter guiado e beneficiado aqueles que estavam combatendo a guerrilha.

Esquecem o que o embaixador colombiano Ramiro declarara no Irã, em 1999: “Se os militares colombianos tivessem eliminado os militantes das FARCs logo no início, como os militares brasileiros fizeram com os guerrilheiros do PCdoB, em Xambioá, a Colômbia não teria atingido o patamar absurdo de 50.000 mortos, nos conflitos internos.” Por oportuno, recorde-se que no final da década de 2020, autoridades do governo colombiano mencionaram que morreram na guerrilha colombiana da ordem de 200.000 cidadãos.

Enfim, como síntese emblemática, esquecem os 100 milhões de cidadãos assassinados pelo comunismo no mundo.

Nesse sentido, opor-se a atos criminosos supostamente perpetrados por um lado do espectro político-ideológico e defender, apoiar a criminalidade inexcedível do outro lado do espectro configura doença perigosa, contagiosa, incurável e nefasta; e, por via de consequência, caracteriza estupidez e indigência de caráter inaceitáveis para um estado de virtude aspirado e requerido pelo ente humano.

 

[Divulgado no Facebook da Folha de São Paulo em 10/Jan/2025]

 

2 comentários:

  1. Reproduzo comentários de amigos da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes, recebidos por intermédio do WhatsApp.

    A1. "Caro ARS, parabéns pelo claro e cirúrgico artigo sobre a 'indignação seletiva' dessa turma cuja ideologia é subvencionada pela Lei Rouanet. Um forte abraço."

    A2. "Excelente comentário!"

    A3. "Valeu ARS!"

    A4. Emoji de palmas.

    A5. "Caro amigo Ribeiro Souto! Como sempre muito claro, preciso e objetivo!"

    A6. "Excelente!"

    A7. "Muito bom, Ribeiro Souto! Abraço, A7"

    A8. "Gostei disso [+ Emoji]"

    A9. "Muito claro. Um resgate da verdade."

    A10. "Aí lascô!"

    A11. "Como sempre, direto no ponto! Parabéns!"

    A12. "Gabaritou ARS. Para mim, gaivota Azul!"

    A13. "Honorável amigo A R Souto, você foi contundente, mas com classe! Incontestável! Continue nessa caminhada. Seus muitos leitores aguardam ávidos por novos artigos."

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aos diletos e fraternos amigos,

      Deixo de identificar os companheiros, porque as mensagens foram recebidas em redes privadas de nossa valorosa Turma Marechal Mascarenhas de Moraes.

      Agradeço a todos pelas mensagens generosas e motivadoras.
      Um forte abraço,

      ARS

      Excluir