sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Queda da escada – 3 —— [6 a 30/Set/2023]

"O lavrador perspicaz conhece o caminho do arado!"
Homenagem a Oscar Barboza Souto, antigo lavrador, comerciante, tabelião e juiz de paz.
In Memoriam.

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VER TAMBÉM

Queda da escada – 1

Queda da escada – 2

Queda da escada – 4

Queda da escada – 5

Queda da escada – 6

Queda da escada – 8

Queda da escada – 9

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6/Set/2023 (4ª. F)

Finalmente, chegou o dia agendado para a conclusão da retirada dos pontos.

Com a ajuda da Laura, Isabel colocou a cadeira de rodas motorizada no veículo Chevrolet Spin — uma operação trabalhosa porque a cadeira pesa mais de 20 kg e a bateria contribui com uns 7 kg. Seguimos pois! Como sempre, Isabel dirigiu com muito cuidado.

Na chegada do HFA, o soldado Tiago ia passando e eu pedi-lhe auxílio para tirar a cadeira do carro e montá-la, lembrando-lhe que, anteriormente, ele já tinha me transportado na cadeira de rodas do hospital.

No ambulatório de ortopedia, fomos recebidos pelo Dr. Crapis e pela interna Dra. Carolina. Relatei-lhes que a cada dia, o transtorno e o desconforto reduziam gradual e lentamente. Os ferimentos laterais não causavam dor, mas o ferimento na parte posterior do calcanhar continuava dolorido em alguns movimentos ou quando encostava em qualquer superfície.

Ante meus questionamentos, o Dr. Crapis prestou os seguintes esclarecimentos:

– a fisioterapia terá início a partir de 10 de novembro; 

– a dor no calcanhar é causada pelo parafuso grande; 

– o parafuso grande deverá ser retirado 6 meses após a cirurgia ortopédica, vale dizer, por volta de abril de 2024; 

– os três parafusos pequenos não serão retirados;

– de 9 de setembro a 9 de novembro (quando voltarei a caminhar), a bota ortopédica pode ser retirada em casa, o pé pode ser apoiado no chão, mas o peso parcial ou total do corpo não pode ser colocado sobre o pé.

 

Adicionalmente, o Dr. Crapis transmitiu a seguinte orientação:

– o curativo deve ser feito em casa diariamente;

– antes de tomar banho, retirar a bota ortopédica e o curativo e, após o banho, refazer o curativo;

– os ferimentos devem ser limpos com gaze embebida em soro fisiológico e, após secar, cobri-los com gaze seca e envolver o conjunto com atadura.

Após essa orientação, passei para a sala de curativos, para a conclusão da retirada dos pontos e novo curativo. Após a retirada do curativo antigo, o Dr. Crapis apareceu na sala, deu uma olhada, declarou que a evolução estava normal e repetiu a orientação para o curativo diário em casa. 

Embora a enfermeira demonstrasse conhecimento do processo, constatei que se tratava de uma pessoa estranha — seu cabelo é pintado de rosa, usa piercing nos lábios e na sobrancelha e treme as mãos quando usa os instrumentos para retirada dos pontos. Ela fez a limpeza dos ferimentos, colocou a gaze e envolveu o pé em atadura. Eu solicitei que ela acrescentasse gaze também no pequeno ferimento do calcanhar. Ela fez de maneira que considero incorreta: não retirou a atadura já colocada e ao invés de colocar uma camada de gaze em seu tamanho natural, acrescentou um bolinho de gaze, e prosseguiu com o envolvimento da atadura. Pensei com meus botões: se aumentar a dor, quando chegar em casa, eu corrijo.

Assim, devidamente orientado e com o otimismo daqueles que estão submetidos às condições de pessimismo, retornei para casa imaginando as atividades a praticar durante dois meses de convivência amigável com as muletas, cadeira de rodas motorizada e cadeira de banho.


 

8/Set/2023 (6ª. F)

Permanecer em casa durante todo o tempo da recuperação, impõe-me alguma atenção à malsinada conjuntura política — a despeito de continuar sem ler esse tema em jornal e sem assistir à TV (fico apenas com futebol e cinema). Por essa razão, saio dos objetivos deste registro de meu infortúnio, para tratar de questão nacional relevante.

De forma geral, a imprensa ignorou a ausência de público nas celebrações da independência neste 7 de setembro de 2023 e, como vem fazendo com reprovável insistência, prefere dar destaque à mal explicada questão das joias envolvendo o ex-presidente Bolsonaro e seu ajudante de ordens, o Tenente Coronel Mauro Cid.

Como já asseverei com insistência, nas interações pessoais, nos âmbitos familiar e dos amigos, não vale a pena discutir, ofender e brigar — como não raro sói acontecer, na atual conjuntura —, contudo é imperioso não abrir mão um átimo sequer dos valores, da crença e da fé que move a evolução resultante da orientação de nossos pais e das boas escolas que frequentamos. 

Nesse sentido, registrar nos meios disponíveis, nosso pensamento e visão, é preciso. A seguir, transcrevo o texto que postei no Facebook dos seguintes jornais: Estadão, da Folha de São Paulo e Correio Braziliense.

 

Na mídia tradicional, nenhuma notícia sobre o fiasco das celebrações da independência do reinado de CorruPTozumba. 

Nenhuma referência aos 11 caminhões com containers carregados de objetos surrupiados dos palácios do reinado de CorruPTozumba. 

Claro, seria imperiosa a referência ao fato de que em 2022, de forma abominável, lideranças políticas, judiciais, empresariais e militares, com o apoio de parcela da população, desencadearam o retorno ao reinado de CorruPTozumba — um estado de distopia, caracterizado pela aceitação de desmandos políticos, gestão econômica catastrófica, corrupção, atuação judicial fora da Carta Magna e risco de socialização. 

E, como consequência, na atual conjuntura, o retorno ao reinado de CorruPTozumba correspondeu ao ingresso no maior retrocesso político, econômico e social da história.

Dúvida não resta! É tão simples quanto a brisa suave que alivia ou o sorriso da criança que enternece; tão complexo quanto a estupidez que ofende e conspurca a realidade; tão hediondo quanto a opção e vocação humanas pelo socialismo que elimina a liberdade, agride a ética e elimina humanos — não importando se nacional-socialismo, socialismo real ou socialismo do reinado de CorruPTozumba.


10/Set/2023 (Dom.)

Hoje, deixei de usar a bota ortopédica em casa. Para tomar banho, retiro o curativo e deixo água e sabão passar sobre os três ferimentos — do lado esquerdo e do lado direito do pé e na parte posterior do calcanhar.

Após o banho, faço novo curativo, envolvendo limpeza adicional e cuidadosa, com soro fisiológico e gaze; depois de secar o pé, coloco gaze sobre cada um dos ferimentos e envolvo o pé com atadura.


A primeira troca de curativo, no dia 10 de setembro, foi feita com primor e eficácia pela querida filha Alessandra. 

 

Em 11 de setembro, ocorreu uma conversa inesperada e desagradável porque a Alessandra disse que ontem “havia esquecido de colocar o soro fisiológico na geladeira”

Eu repliquei de forma irritada que ela “não pode esquecer algo assim, uma vez que na Medicina, algum esquecimento pode ter consequência fatal.” 

Ela asseverou que “eu a acusei do risco de matar gente”, uma afirmação que não corresponde ao que eu falei. 

Ela acrescentou “que eu surtei”

Por óbvio, ela não teve a paciência que um paciente requer; e eu não tive a paciência requerida com a filha muito jovem — e convencida de sua infalibilidade. 

Então, pedi para ela parar o que estava fazendo e sair da suíte; e aí eu fiz o curativo sozinho. 

Foi péssimo eu, como paciente ter reagido de forma impaciente, mas foi bom eu ter encarado, com independência, essa delicada troca de curativo.

 

 

Dormir sem a bota ortopédica tem sido mais confortável. Estou acordando apenas uma ou duas vezes por noite; e não quase de hora em hora como antes.

Essa rotina de troca de curativo vai se repetir diariamente até o dia 9 de novembro.

Até hoje, tenho evitado olhar para os ferimentos e até mesmo fotografá-los. Ora, trata-se de história e imagem vale mais que monte de palavras; então, mudo a abordagem. Quem não quiser ver, feche os olhos — afinal, nem bonito, nem agradável; e até mesmo desagradável.


14/Set/2023 (5ª. F)

Decidi enviar para o Dr. Crapis, fotos e um relato da evolução de minha recuperação, questionando e solicitando orientação.

Releva mencionar que, em meu entendimento, a movimentação do pé deveria ocorrer a partir do início de novembro. Na realidade, essa movimentação deveria começar a partir do dia em que retirei a bota ‘robofoot’. Então, propus ao Dr. Crapis uma sequência de exercícios (movimentos no plano vertical, movimentos no plano horizontal e rotação da ponta do pé) e ele aprovou.

A seguir, são apresentadas a sequência de mensagens e as fotos enviadas via WhatsApp.


 

  

  
 

Evolução da cirurgia na parte interna do pé direito.
Casa em Cima do Mundo – Brasília – 14/09/2023.

Evolução da cirurgia ortopédica no lado externo do pé direito.
Casa em Cima do Mundo – Brasília – 14/09/2023.

Evolução da cirurgia ortopédica na parte posterior do calcanhar.
Casa em Cima do Mundo – Brasília – 14/09/2023.

Parte superior do pé direito.
Casa em Cima do Mundo – Brasília – 14/09/2023.

 

  

15/Set/2023 (6ª. F)

Iniciei os exercícios de mobilização aprovados pelo Dr. Crapis. A primeira sequência foi lenta, cuidadosa e de pequena amplitude. Tendo como referência a ponta dos dedos, fiz os três tipos de movimento do pé direito, com três repetições: movimento no plano vertical, para cima e para baixo; movimento no plano horizontal para a esquerda e para a direita; e movimento circular. Em realidade, para cada movimento, repeti a mobilização algumas vezes para sentir a reação. Não houve dor e, aparentemente, não houve qualquer outra reação.


19/Set/2023 (3ª. F)

De 15 de setembro até esta data, fiz a sequência de exercícios ao acordar e, à tarde, antes do banho. Surpreendentemente, cheguei a 10 repetições para cada exercício; e repeti cada sequência de movimento duas vezes, sem que houvesse reação negativa.

Hoje, ao tirar as ataduras e fazer os exercícios de mobilização, antes do banho, notei que apareceu pus ralo na ponta posterior da cicatriz da cirurgia ortopédica, na parte externa do pé direito. O pus continuou saindo após cada uma das três limpezas com lenço de papel. Isso significa que, daqui para frente, tenho que observar com atenção. Se o processo continuar amanhã, vou fotografar e submeter ao Dr. Crapis.


23/Set/2023 (Sáb.)

De ontem para hoje, dormi um pouco melhor do que nos dias anteriores. A pequena inflamação constatada há quatro dias, deu uma melhorada, não há mais pus. 

Eu comecei a manhã fazendo a sequência de exercícios que, por precaução, deixara de fazer ontem. Fiz dez repetições de cada um dos três movimentos planejados; e em seguida, fiz uma segunda rodada de exercícios. Não houve dor ou qualquer outra reação negativa. 

Vale lembrar que, no século XXI, a Medicina se ampara fortemente na Biologia da crença, o que significa ter pensamento positivo, otimista, bem como ânimo, crença e fé na melhora e na cura. É imprescindível expurgar, ignorar e esquecer o desânimo, a mágoa e a raiva!

As fotos de ontem, 22 de setembro, mostradas a seguir indicam a citada melhora.




 

26/Set/2023 (3ª. F)

O Dr. Crapis me enviou mensagem indagando-me como estava passando. Ao final, ficou acertado que, em 4 de outubro, eu devo comparecer ao HFA para que ele faça uma avaliação presencial, que antes não fora planejada.

A seguir, seguem as mensagens e as fotos de 25 de setembro.

  



Conforme alerta da querida filha Alessandra, é habitual na Medicina, denominar a parte interna de cada um dos pés de medial, e a parte externa de lateral. Então, o que eu chamava antes de parte interna (ou lado interno) do pé direito, chamo agora de medial do pé direito; e o que chamava de parte externa (ou lado externo) do pé direito, chamo agora de lateral do pé direito. Trata-se de um detalhe que contribui para a simplicidade.

29/Set/2023 (6ª F)

A recuperação segue lenta e gradual. Estou fazendo os habituais os três tipos de movimento — vertical, horizontal e circular. A rigor, são quatro tipos, já que o movimento circular é feito no sentido horário e no anti-horário. A sequência completa é repetida três vezes; a primeira compreende dez repetições; a segunda, doze repetições; e a terceira, quinze repetições.

As fotos mostram a situação de ontem, 28 de setembro. Dá para perceber que, na medial, há pequena inflamação na parte superior da cicatriz. Na lateral (onde a cirurgia foi mais recente, i. é, nove dias após a cirurgia da medial), a evolução parece mais adiantada.


 

30/Set/2023 (Sáb.)

Desde 31 de julho, quando caí da escada e fraturei o calcâneo, não saí de casa, a não ser para ir ao hospital. Passei três meses sem cortar o cabelo. Então, no final da manhã, fui à Barbearia Cícero, na SCLRN 714, onde fui atendido pelo Rony nas últimas três vezes. Ele foi embora; então, hoje, tive o cabelo cortado pelo Luciano, barbeiro que já trabalhou no Ministério da Defesa — é bom profissional, bem como comunicativo e cuidadoso no trato.

À tarde, fiz o primeiro passeio no período subsequente à queda da escada. Fui ao Shopping Iguatemi com as queridas Isabel, Alessandra, Laura e Cecília. As filhas providenciaram uma Scooter Elétrica Motorizada, que me permitiu ir ao Cinemark com elas. Vimos o filme Som da Liberdade e depois jantamos na Praça de Alimentação. 

No atinente ao filme, transcrevo o texto que inseri anteriormente neste blog e no Facebook.

 

 

Tráfico de crianças

 

O recém-lançado filme Som da Liberdade tem causado polêmica inexplicável, isto é, explicável para a mídia de esquerda que tudo fez para ignorar e não divulgar a película. Porém, o tema é candente e dramático uma vez que aborda o inominável tráfico de crianças.

Opinei no campo de ‘Comentários do Público’ no portal Google.

 

O filme deve ser visto por todos aqueles que defendem a Liberdade, a Verdade, a Coragem e a Ética.

É preciso lembrar que os socialistas — não importando se nacional-socialistas, socialistas reais ou socialistas de CorruPTozumba — têm se insurgido contra o filme no mundo inteiro.

Ora, é compreensível, já que esses socialistas pensam e agem em favor da supressão da Liberdade, da conspurcação da Democracia, da eliminação da iniciativa privada, da observância do autoritarismo judicial, da prevalência da centralização das ações governamentais e, por último e primordialmente relevante, do assassinato dos opositores (é o caso da Alemanha nacional-socialista, da União Soviética, Cambodja, Cuba e Venezuela, socialistas reais — todos tão admirados e pranteados pelos socialistas de CorruPTozumba).

Enfim, o filme deve ser visto por todos aqueles que defendem as crianças de quaisquer violências, sejam oriundas de simples agressão, de tráfico de pessoas, de tráfico de drogas e de outras formas de ações nefastas e hediondas.

Simples como a brisa suave que alivia e como o sorriso de uma criança que enternece.

Simples assim!

 


O filme é excelente — opinião unânime entre a esposa e filhas. Trata-se de denúncia de um crime hediondo; e de alerta e apelo para que todos se voltem para a defesa e proteção das crianças indefesas.



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