O jornalista Mário Sérgio Conti escreveu um belo artigo a respeito das “questões vernáculas” do gramático Napoleão Mendes de Almeida (Folha de São Paulo, 18 de maio). Porém, maculou o texto ao se referir àqueles que mudaram a situação política do Brasil, denominando-os idiotas inúteis.
Postei dois comentários desafiadores ao articulista, conhecido por suas posições favoráveis às malfadadas correntes de esquerda que tantos danos causaram à Nação e, em outubro de 2018, foram apeadas do poder por uma expressiva maioria de 60 milhões de brasileiros.
[Folha de São Paulo]
Um belo artigo, diria o Sócrates, não o grego mas o símio. Porém incompleto. É imperioso apontar os idiotas úteis que trouxeram o Brasil para a prevalência dos inúteis. É preciso alardear os responsáveis por essa crise moral sem fim que assola o País. Napoleão não pode ficar se escondendo de vergonha pelo que fizeram com sua pátria; afundada nos últimos 20 anos nesse lamaçal com odor insuportável. Bem, mas antes é imprescindível uma pitadinha de coragem e de senso estético. Claro, ético também!
[Folha de São Paulo]
É razoável imaginar que o articulista padece do mal que aflige uma boa parcela de brasileiros: a síndrome de Heidegger-Marx [*] — moléstia ora caracterizada pela primeira vez — que força o desastrado portador a demonstrar recorrente raiva do ideário do primeiro e recursiva afeição pelo ideário do segundo ou vice-versa. Claro, uma vacina precisa ser desenvolvida para obrigar o paciente a admitir apenas uma ideologia: o amor ao trabalho, à verdade e à ética.
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[*] A despeito de sua enorme influência filosófica no século XX, Martin Heidegger é acusado de ter dado suporte a um certo cabo Adolfo, quando em 1933, filiou-se ao partido nazista e foi nomeado reitor pelo recém eleito governante. Marx deu origem ao comunismo em 1848, quando em parceria com Engels, publicou o Manifesto Comunista.
Ambos beberam na fonte inspiradora Leviatã, a emblemática obra de Thomas Hobbes. Em sua obra, Hobbes pregava que "a guerra de todos contra todos (Bellum omnium contra omnes) — uma espécie de estado de natureza — só poderia ser vencida pelo centralismo autoritário"; e aduzia que "o governo central seria uma espécie de monstro, o Leviatã, que concentraria todo o poder em torno de si, e ordenando todas as decisões da sociedade."
Ambos têm responsabilidade na concepção e criação dos dois sistemas ideológicos, sociais e políticos que mais mortes causaram na História da Humanidade.
Esses dois sistemas foram derrotados pelo Brasil e pelas Forças Armadas brasileiras — o comunismo em 1937 e 1964; e o nazismo em 1945. Isso incomoda, desconcerta, irrita e revolta os descompromissados com a verdade e com a liberdade.
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[Mensagens divulgadas no campo 'Comentários' do artigo "Questões vernáculas", da Folha de São Paulo online, de 18/Mai/2019]
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