Em plena Revolução do Conhecimento e da Informação, é imperioso questionar: onde estamos e para onde vamos [*]?
Preliminarmente, em 2020, três matérias estão colocadas para refletirmos e jogarmos conversa fora no período natalino:
– as consequências da pandemia do coronavírus;
– a eleição presidencial dos Estados Unidos [**]; e
– a situação econômica do mundo e do Brasil.
Já em 2022, com otimismo, podemos eleger as seguintes:
– o resultado da Copa do Mundo do Qatar;
– a eleição presidencial do Brasil (confirmar-se-á?); e
– o destino do combate à corrupção no Brasil.
A partir do aprendizado da produção de alimentos, com a agricultura, o ser humano levou 10.000 anos para se deixar transformar pela agricultura, pela escrita e pela revolução científica. O que se passará nos próximos 10 anos corresponde a quanto tempo pretérito? As seguintes questões-chave podem ser alinhavadas para 2030:
– Amazônia, petróleo e aquecimento global;
– educação no Brasil; e
– situação da biologia genética e da inteligência artificial.
Para não quebrar a sequência, impõe-se propor o que 2040 nos oferecerá. Abstenho-me de cogitar, na expectativa de que a iniciativa parta dos leitores (alguém suportou e manteve a resiliência de chegar até aqui? Dúvidas pairam!). Em todo caso, as sugestões são desejáveis e bem-vindas.
Do livro “Homo Deus”, de Yuval Noah Harari, retiro os questionamentos apresentados a seguir para serem revistos em 2050. Quem agora está na faixa de 70 anos, deveria viver pelo menos 100 anos para vivenciar o que virá. Então, por precaução, transfiro essa perspectiva para minhas filhas e para seus contemporâneos.
“Ninguém sabe de fato como o mercado de trabalho, a família ou a ecologia serão em 2050, ou quais religiões, sistemas econômicos ou estruturas políticas dominarão o mundo.”
“O mundo está mudando com inigualável rapidez e estamos inundados por quantidades impossíveis de dados, de ideias, de promessas e de ameaças.”
“Mas, se adotarmos uma visão realmente ampla da vida, todos os outros problemas e desenvolvimentos serão ofuscados por três processos interconectados:
[1] A ciência está convergindo para um dogma que abrange tudo e que diz que organismos são algoritmos, e a vida, processamento de dados.
[2] A inteligência está se desacoplando da consciência.
[3] Algoritmos não conscientes mas altamente inteligentes poderão, em breve, nos conhecer melhor do que nós mesmos.
“Esses três processos suscitam três questões-chave, que espero que fiquem gravadas em sua mente ... :
[1] Será que os organismos são apenas algoritmos, e a vida apenas processamento do dados?
[2] O que é mais valioso — a inteligência ou a consciência?
[3] O que vai acontecer à sociedade, aos políticos e à vida cotidiana quando algoritmos não conscientes mas altamente inteligentes nos conhecerem melhor do que nós nos conhecemos?”
Quem pensar, pensou. Quem responder, respondeu. Quem se enfastiar, enfastiou-se. Quem quer que seja, tenha a máxima precaução em relação ao coronavírus, torça para que seus efeitos sejam os menores possíveis e, sorrindo ou chorando — inclusive, os botafoguenses (sou um deles) — assista aos jogos do Flamengo. Até os que não gostam de futebol, terão alegria.
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[*] A considerar:
A Revolução Cognitiva, resultante de ação divina ou apenas da evolução das espécies, pode ter iniciado há cerca de 70.000 anos.
Com a agricultura, surgida há 10.000 anos, o ser humano imergiu na Revolução Agrícola.
A invenção da escrita e do dinheiro, há cerca de 5.000 anos, desencadeou a Evolução Intelectual e Econômica.
As grandes navegações alteraram a configuração da presença humana na Terra e desaguaram na Revolução Científica, a partir das proposições de Newton e Galilei (século XVII), e tendo como emblemas primaciais, Curie e Einstein (século XX).
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[**] Comentários divulgados no New York Times
Em comentários postados nesse jornal americano, em 3/Jan e 6/Fev, eu mencionei o cenário da vitória de Donald Trump nas eleições americanas deste ano. As razões: o passo em falso dos Democratas com o processo de impeachment; a ação vitoriosa determinada por Trump contra o general iraniano Suleiman em Bagdá, seguida da falha grosseira dos sistema antiaéreo iraniano, derrubando um avião comercial no Irã.
O impacto da pandemia do coronavírus e a consequente redução da atividade econômica mundial e, especialmente, as consequências para a economia americana (“it’s the economy stupid”), de modo contrário ao que fora cogitado, podem estar apontando para um novo cenário: a vitória do democrata Joe Biden sobre Donald Trump.
A nuvem, enquanto metáfora mineira para a política, pode vir a se confirmar de forma inexcedível.
Que comparações podem ser feitas com a política brasileira nas próximas eleições presidenciais?
Netanyahu e Trump poderiam ser os únicos derrotados?
Netanyahu e Trump poderiam ser os únicos derrotados?
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